– Essa comida é maravilhosa! - eu falo para Jade enquanto como um delicioso pão-na-chapa que a moça desse posto me serviu.

– Está demais mesmo. Esse pão de queijo está divino! - Jade fala enquanto aprecia seu pão de queijo e seu chocolate quente.

– Bom, temos mais uma longa viagem para fazer. Ah, muito obrigado por ter aceitado me ajudar. - Eu falo.

– Pois é... ás vezes a gente tem que ajudar gente com problemas mentais. - Jade dá um sorriso.

– Tão fofa. - eu falo.

– Obrigada. - Jade fala e depois toma o seu chocolate quente.

Levantamos da mesa, passamos num pequeno shopping que tem por lá e compramos algumas coisinhas. Pagamos a conta no caixa e saimos do hotel.

Saindo do posto, eu vou atravessar o estacionamento e tem um carro em alta velocidade vindo em minha direção, tudo está muito rápido e eu só vejo Jade vindo pulando em minha direção dizendo:

– TORI, SAI DO CAMINHO! - ela fala, me jogando longe, e sendo atropelada por uma camionete.

– JADE, JADE! - eu falo, mas ela está inconsciente. - JADE, ACORDA! - eu falo e decido ir falar com o motorista. - CHAMEM A AMBULANCIA! SEU RETARDADO, VOCÊ NÃO SABE DIRIGIR NÃO? OLHA O QUE VOCÊ FEZ COM A MINHA AMIGA, VOCÊ TA LOUCO?

– Me-me-e desculp-e- senhoo-o-rita. - ele fala, gaguejando.

– VOCÊ TÁ COM UM GOSTO HORRIVEL DE WHISKY NA BOCA E PEDE DESCULPA? VOCÊ PODE TER ACABADO COM A VIDA DA MINHA AMIGA. - eu volto e fico cuidando de Jade. Ouço os batimentos dela, bem fracos. A ambulância chega e coloca ela na maca. Enquanto isso eu ligo para Trina:

– TRINA, EU NÃO POSSO IR TE BUSCAR AGORA. ACONTECEU UM ACIDENTE E JADE FOI ATROPELADA. LONGA HISTÓRIA. DEPOIS TE LIGO.

– O QUE? Tori, tori, me explica! - Trina fala e eu desligo.

Agora, ligo para Beck:

– BECK, JADE FOI ATROPELADA. ESTAMOS INDO PARA O HOSPITAL EM KANSAS. PEGA O CARRO E TRÁS TODOS JUNTO. POR FAVOR. CORRE.

Estou aqui no hospital e até agora ninguém chegou. Jade está com as duas pernas quebradas, porque no impacto com a camionete acabou quebrando as pernas e o braço direito. Ela está com muita dificuldade para respirar, ainda não se sabe o porque. Estou desesperada. Me sentindo culpada. Me lembro que no carro, ela disse que nunca salvaria a minha vida. Mas salvou. Eu me sinto tão mal... Eu nunca devia ter trazido ela para cá. Nunca devia ter pedido nada. Ela está toda quebrada, literalmente. Espero que Beck chegue logo.

Passaram-se duas horas e o médico não disse nada. Ouço a voz de Cat, mas na verdade um resmungo. Acho que ela está chorando. Eu também estou.

– TORI! - Cat corre e me abraça. Depois de Cat vejo Beck, com o rosto super vermelho, com os olhos ainda mais.

– Beck. - eu falo, o abraço e começo a chorar. - Me desculpa. Foi culpa minha. A Jade está com duas pernas quebradas, o braço direito, e com muita dificuldade para respirar. - eu soluço de tanto chorar.

– Tudo bem. - ele fala, seco, sem mais palavras.

– Andre. - eu falo e o abraço.

– Olá, meu bem. - ele diz, sempre calmo. - O médico não disse nada ainda?

– Nadinha. Estou desesperada, mesmo. Desesperadíssima.

– Fica calma. - Cat fala e me abraça. - Jade logo vai estar aqui para nos atormentar.

O Médico chega e já começa dizendo:

– Vocês são amigos de Jade? - ele pergunta.

– Somos. - todos respondemos.

– Bom. Sou o Dr. Larry, e creio dizer que Jade está bem. Por partes. Primeiramente, ela quebrou as duas pernas e o braço direito. E ela estava com dificuldade para respirar, mas já foi resolvido. O problema é... Jade bateu a cabeça com muita força. Como ainda não acordou, não sabemos o que pode ter acontecido. Ela pode ter alguma sequela, alguma perda de memória. Mas não apontou sintoma nenhum, até agora. Podem entrar para ver. Somente 3.

– Vamos, Cat e Tori. - Beck fala.

Entramos no quarto e vejo Jade, com curativos no rosto e gesso no braço e na perna. Começo a chorar. Beck chega perto dela e fala:

– Meu amor, eu tô aqui viu? Pode não estar acordada, mas sei que sente minha presença. Eu te amo muito. - ele da um beijo na testa de Jade.

– Amiga. Melhor amiga. Nunca pensei que aconteceria algo assim com você... Você sempre disse que eu era fraca, e eu sei que sou. - Cat começa a chorar enquanto fala. - Você me ensinou tudo. Me deixou menos fraca. Obrigada. Eu te amo, garota. Volta logo. Te amo.

– Jade... - eu começo a chorar. - A culpa é toda minha. Você sempre dizia que nunca iria salvar minha vida, mas olha aí. Tá desmaiada. Obrigada por tudo. Eu realmente, gosto de você. Você é minha amiga, ouviu? Amo você. É, amo.

Beck e Cat me abraçam e todos nós ficamos no sofá olhando Jade.

FIM