– Vem me buscar! - Trina grita no telefone para mim.

– Como você foi parar em NY? - eu a pergunto.

– Papai e mamãe foram viajar e eu pedi para eles me deixarem em NY para mim visitar a Challie. Mas eles foram embora e esqueceram de deixar algum dinheiro e não tem como eu voltar. - ela reclama.

– Como vou te buscar se... - começo a cochichar - não passei no exame?? - ouço Trina rindo do outro lado da linha.

– Dê um jeito, vocês não tem aula a tarde hoje. Bye bye.

Droga. Odeio quando a Trina me mete nessas enroscadas... A única pessoa que tinha um carro e não tinha nada para fazer hoje era... Bom, Jade.

– Jade, posso falar com você? - eu pergunto.

– Não. - Jade me ignora.

– Jade, vamos lá. Lembra quando você disse que ia ser mais legal e fazer pelo menos um favor que lhe pedissem no dia? - eu falo e ela faz cara de tédio. - Então, tenho um para você.

– Você tá zoando com a minha cara né? - Jade fala.

– Não. Bom, pegue seu carro. Vamos num posto de gasolina, vou abastece-lo e nós vamos a NY. Você me deve essa. - eu falo.

– Não te devo nada. - Jade diz.

– Cala a boca e vamos logo. Eu realmente preciso disso.

– Não. - Jade fala.

– Te pago 300 dólares. - eu falo.

– Mais a gasolina?

– Taaaaá. - eu concordo.

Enquanto isso, do outro lado da rua, Cat estava tentando pedir desculpas a Robbie.

– Rob, por favor. Eu já te expliquei a história muitas vezes. Eu sei que fui totalmente rude com você, mas eu amo... - ela faz uma pausa - ...conversar com você. Você é realmente muito especial para mim e eu gosto muito da sua presença. Por favor, me desculpa... Eu sei o quanto fui rude e eu fui muito rude com você. Me desculpa, por favor. Eu nunca tive vontade de fazer isso... Muito menos de terminar o que a gente nem tinha.

– Cat, cala a boca. Eu não preciso nem falar. - Robbie diz.

– Falar o que? - Cat diz com os olhos cheios de lágrima.

– Que eu te amo. - Robbie diz e beija Cat. Os dois continuam em um intenso beijo que durou mais ou menos uns 22 segundos. Haja ar. Cat parou, deu um sorriso e um selinho em sua boca. Ela levanta e puxa ele e eles saem andando por LA.

Enquanto isso, no carro de Jade, no caminho para Nova York...

– Tira essa porcaria de música. - Jade fala.

– Olha, você deveria gostar mais de pop. É um estilo bem legal. - eu a convenço.

– Não, não, não e...NÃO! - Jade exclama. - Te recomendo um pouco de indie, alternative... - ela põe um CD e começa a tocar Medicine, uma canção muito bonita por sinal.

– Ah, gostei da música. - eu falo, e realmente gostei. Me senti muito bem enquanto eu a ouvia... me senti uma pessoa diferente.

– Pelo menos você tem um pingo de bom gosto. O que sobrou de você, né.

– A gente poderia concordar em sei lá, falar sobre alguma coisa. - eu proponho.

– Tá. - Jade ultrapassa um carro em alta velocidade e eu apenas continuo rezando.

– Uau, você deveria tomar mais cuidado. Quase me matou.

– Não ia ligar muito.

– Jade, você poderia ser menos antipatica. - eu falo.

Jade aumentou o som no máximo só para não ouvir minha voz.

Enquanto isso, Robbie e Cat estão no shopping tomando sorvete. Cat está observando Robbie, e ele fica envergonhado, Cat deixou ele vermelho.

– Cat, para. - Robbie diz, já avermelhado.

– Não. Você é lindo. Não sei qual foi o meu problema para demorar tanto tempo para perceber isso...

– Eu amo você. - ele fala.

– Eu também. - Cat fala e o beija intensamente. - Quero que esse sentimento seja infinito.

– Vai ser. - Robbie fala e eles saem andando pelo shopping.

Enquanto isso, falta 4 horas para eu e Jade chegarmos em NY. Simplesmente, o tempo não passa. Eu estava ficando enjoada.

– Estou enjoada. - reclamo.

– Se você vomitar no meu carro, eu simplesmente, te jogo na estrada e passo com meu carro por cima do seu corpo várias vezes. - Jade fala, ironicamente... eu espero.

– Que amor, Jade. - eu digo.

– Sobre o que vamos falar?

– Como está seu relacionamento com Beck, Jade?

– Ah, está tudo bem. Nós estamos juntos, já fazem 3 anos e 10 meses. Eu sou uma garota sortuda. Ele me ama muito, e eu valorizo isso demais. Sinto orgulho de ser namorada dele... Ele é um cara ótimo, sabe? Eu o amo.

– Que bom. Isso é bom.

– E o Andre? - Jade pergunta.

– Não sei. Eu fico preocupada, porque realmente eu não sei se o amo. Eu sinto coisas por ele... Mas não sei se é exatamente um tipo de coisa que eu quero para mim. Não sinto vontade de namorar com ele. Ás vezes eu acho que nem ficar com ele daria muito certo...

– Então você não sente nada mais que uma paixão passageira? - Jade pergunta.

– Provavelmente.

– Engraçado. - Jade ri. - Foi assim que comecei com Beck. A 5 anos atrás, a gente se conheceu, eu fiquei com ele numa festa. E continuei ficando, mas não sentia muita coisa. Ele me pediu em namoro e... aconteceu, certo?

– Awn. - eu fiquei sem palavras. Será que Andre era o cara certo para mim?

– Vamos parar num posto? Tô com fome. E estamos a 3 horas de NY.

– Vamos sim. - eu falo.

Paramos num posto e entramos no banheiro.

– Vamos tirar uma selfie? - eu falo e dou risada.

– Não. - Jade fala e entra no banheiro.

CONTINUA