Ballare Tutta La Vita - Hiatus escrita por Anna


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeeeeeeeeey gente como cês estão? Então... Estou postando hoje porque não sei quando poderei postar novamente, já que estamos no final do ano, tudo está passando rápido e nessa época eu não tenho muito tempo - acho que ninguém tem - e além do mais minha semana está se aproximando e tenho que estudar, então... Uma pergunta: estão ansiosas pelo final da fic? Faltam apenas dois capítulos!

— Boa leitura:



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A sala do diretor não era assustadora. Eu pensava que seria já que nunca, em nenhum ano de meus anos de estudo entrei em alguma sala de algum diretor, e devo admitir esperar o pior não estava me ajudando muito já que com esse pensamento vinha o nervoso.

Lembro-me do que minha mãe dizia para si mesma antes de entrar no palco: "Respire fundo, conte em contagem regressiva a partir do número cem, e olhe em volte, preste atenção na decoração e no lugar onde você está".

Ela nunca disse isso para mim antes de minhas apresentações, sempre fora: "Seja você mesma e de o seu melhor no palco". Talvez ela nunca dissesse por que ela nunca pensou que eu não ficasse tão nervosa quando ela, e geralmente não fico. Mas... Mas aqui não é um palco e eu tenho medo de ser expulsa por justamente não querer ser expulsa.

Então, pego as dicas dela, espero que ela não se importe.

Começo a olhar a decoração da sala do diretor. Ela é bem simples, as paredes são pintadas por uma tonalidade de marrom terra, quase um marrom lama. O chão é revertido por uma madeira clara, mas, a parte da cadeira dele é uma madeira mais escura. A mesa dele parece ser forte e é linda, mesmo que tenha a aparência um tanto brusca.

A mesa é sustentada por uma mesa menor, esta que é sustentada por braços, literalmente braços. O desenho que fora esculpido na madeira são braços forte como os de um lenhador. Estranho. Ou talvez nem tanto. Talvez ele só goste de tudo o que lhe lembre do verde de uma floresta escura, pensei olhando fixamente para a cadeira que era revertida em um verde musgo.

A sala era completamente brusca e robusta, como se fosse insensível, mas, era bela.

Agora que já tinha olhado as partes principais de onde estou - não estou com muita paciência para detalhar mais, meus nervos estão ocultando minha visão - então agora só me resta os números. Estou no número oitenta e seis quando um homem calvo, alto e forte - que reconheço por um dos diretores - entra na sala com uma expressão leve.

Fico um pouco mais aliviada, talvez não seja tudo tão ruim assim.

– Senhorita Revelli – Alguém disse. Este alguém presumo eu, que seja o diretor. – Estava aguardando a sua visita.

Mesmo achando o que o senhor a minha frente falou algo bem irônico, já que quem estava esperando era eu, levantei-me e dei um aperto de mãos em função do cumprimento.

– O que o senhor queria falar comigo? – Perguntei, sem ao menos me sentar primeiro.

– Ah, sim. – Disse o diretor como se estivesse lembrando-se do real motivo de eu estar ali. – Sente-se, por favor, para nos podermos conversar.

Fiz o que ele pediu, com o nervosismo diminuindo, ao menos um pouco, não muito, mas pouco, diria que fora o suficiente para que eu pudesse acenar com a cabeça e me sentar.

– Então... – Começou ele dizendo. – Seu pai pediu na secretaria alguns dias de recesso exclusivo para você, e como ele fez tudo conforme as regras, eu cedi a ele tal coisa. Mas, tem dois poréns. O primeiro deles é que você só pode sair do colégio com um inspetor ou um colega que seja mais velho e de sua confiança.

“A senhorita encarregou o senhor Oliver para isso, boa escolha por sinal, porque ele é um bom moço. Mas, ele veio antes de você, o que me leva a questionar... Por quê? Por favor, não me responda agora, deixe-me acabar de falar. O segundo, porém é: estamos perto de um concerto, o do meado do ano, e você irá participar, é uma de suas obrigações como aluna. – Ele tomou um ar e depois continuou a sua fala: - E ainda mais em um evento como esse! Sabe o quanto é importante? Ele julga a sua saída e a sua permanência no colégio, e, temo dizer que se você faltar mais de dois dias, mesmo que você esteja em recesso particular; terei que lhe dar uma advertência, podendo ocasionar a sua expulsão de nossa calorosa instituição”.

Levou menos de um minuto para que a raiva subisse a minha cabeça. Como assim isso poderia ocasionar a minha expulsão? Eu tinha entrado passado no teste, e agora poderia ser expulsa por uma coisa tão insignificante como um recesso particular? Ele sabe o porquê de eu estar em recesso? Provavelmente não.

Iria começar a questionar e a informá-lo que eu só estava dentro deste recesso para achar algo precioso, um tesouro. Mas, tudo o que saiu de minha boca foi:

– Como?

– Sinto muito senhorita Alana, mas regras são regras, podem até ser duras mas são regras, e você pode até não gostar delas, mas, deve respeitá-las.

***

Encabulada, saio do escritório do diretor, passando reto por onde a professora de ballet acenava em minha direção freneticamente. Ela pode esperar, eu, por outro lado, não.

Volto para o prédio “zza” torcendo para que nenhuma das meninas estivessem no quarto, minhas preses foram atendidas, já que quando abro a porta elas não estão lá. Dou um suspiro aliviado e ando em direção em minha cama, deito-me sem nenhuma cerimonia e fico lá, apenas deitada pensando na morte da bezerra e me perguntando como é que poderiam ter matado a pobre da bezerra.

Queria ficar com raiva como estava minutos atrás, mas ela tinha sumido assustadoramente de meu coração. Queria chorar pela a minha saída do colégio, mas as lágrimas não vinham. Deve ser porque ainda não fui expulsa. Entretanto, o diretor só não disse por que talvez ele quisesse parecer um pouco educado diante de minha raiva, talvez.

De qualquer forma eu sei que minha presença no Arti Dello Spetacolo está por um fio extremamente fino de um barbante vagabundo.

Fico assim sem fazer nada pelos minutos que se passam preguiçosamente até que meu cérebro faz a grande menção de me lembrar de que algo estava faltando, este algo era o papel que o Oliver tinha deixado no banheiro do hotel.

Segundos depois que me lembrei disso, estou de pé procurando o dito-cujo, que eu não faço a menor das ideias e onde é que eu guardei, e se eu guardei.

Encontrei-o no bolso da minha jaqueta jeans, e, sem cerimonia desdobrei-o e comecei a ler o conteúdo:

“Alana,

Como você pode ver esse pedaço de papel é muito pequeno para que eu fale muito, então não peço perdão por isso, foi o único que consegui encontrar. Sinto muito por ter ido em bora sem ao menos falar com você, mas, os acontecimentos da noite passada não me deixaram o fazer.

E sinceramente? Não vejo que estou errado, não gritei comigo mesmo ontem. E como você pode ver estou bastante irritado.

Agora... Espero que encontre seja lá o que estiver procurando e mesmo que eu não esteja mais ai, estou pensando em você, e por mais que eu esteja irritado, estou preocupado com você. Por isso, siga seu coração mas também de um espaço ao seu cérebro.

Sinto muito – mais por mim por mim do que por você–.

Oliver.”

Se fosse há outros dias e em outros casos eu até que ficaria com raiva ou então, muito irritada com o que ele tinha dito. Como assim “mais por mim do que por você”? O que ele quer dizer com isso?

Enfim, fora isso, ele tem razão em tudo. Inclusive, de ficar irritado ou com raiva de mim. Acho que eu mereço por ter gritado com ele ontem, e também por ter pensado coisas que obviamente foram egoístas de minha parte. Além do mais, se eu fosse ele, também ficaria com raiva de mim.

Ele também está certo na parte que devo seguir meu coração mas que também tenho que dar um espaço para o meu cérebro.

Quero sair agora da escola e voltar com a minha caça ao tesouro, mas, se eu fizer isso sairei permanentemente dele, e eu por agora não quero que isso aconteça.

Ele disse que estava preocupado comigo, então, acho que seria bem legal da minha parte ir lá e falar com ele. Porque já basta o que fiz ontem a noite, não quero entristece-lo ainda mais.

***

– Alana! Alana! – Ouvi alguém gritar. Virei-me e vi que se tratava de uma Laurie acenando em minha direção e correndo na mesma.

– Hãn... Oi? – Cumprimentei-a enquanto a mesma chegava perto de mim.

– Não viu que estava te chamando hoje mais cedo? – Perguntou ela arrumando uns fios de seu cabelo.

– Sim, vi... Desculpe por não parar. – Respondi.

– Bem... Tanto faz. Olha eu preciso urgentemente falar com você. Agora. De preferência.

– Agora? – Perguntei com olhos arregalados.

– Sim, é de extrema importância.

Hesitei. Precisava falar com Oliver e o que eu tinha para falar também era de extrema importância. Entretanto, ela era a minha professora e a minha estadia aqui no colégio está por um único fio, então... Revirei os olhos e disse a ela que continuasse.

Ela suspirou e logo despencou as palavras sobre mim:

- Olha... Um dia eu te vi fazendo uma coreografia, ela a princípio é hiper simples, mas, andei trabalhando nela e acho que você vai gostar. Quero usá-la na apresentação que teremos e mesmo que você tenha faltado algumas aulinhas considero seu potencial muito forte para lhe dar esse papel de tamanha importância na dança, acredito que você está pronta. – Ela disse sem respeitar o uso de pontos ou vírgulas.

Demorei não sei quanto tempo para entender – e acreditar – nas palavras de Laurie. Estava parcialmente divida.

Por um lado estava feliz porque afinal, iria me apresentar e era simplesmente extraordinário saber que alguém estava apostando em mim para me dar tal papel.

E por outro estava triste porque mesmo se eu quisesse, não teria como eu sair da escola agora


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Notas finais do capítulo

Ficou pequeno, I know, but, estou guardando minhas palavras, filosofias - e emoções - para os próximos capítulos, hehe.
Me digam o que estão achando e como acham que a fic vai acabar, please.
Reviiiiiiiiiieeeeeeeeeeewwwwwwwwwws!!