Ballare Tutta La Vita - Hiatus escrita por Anna


Capítulo 20
Capítulo 20.


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeeeey minhas estrelinhas lindas! Como é que vocês vão? Então... Primeiramente eu queria pedir desculpas pelo meu atraso, é que depois que postei aquele capítulo tive que ir viajar, quando cheguei de viajem a inspiração faltou, e por último... O Capítulo estava sendo betado e demorou um pouco, coisas de alguns dias... Ah, vejam a capa nova!

— Espero que gostem e tenham uma ótima leitura!



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Eram onze horas e trinta minutos. Estava chuviscando e ventando muito forte lá fora. Meus olhos estavam cansados, ou então, eles estavam apenas com preguiça de se abrirem. Qualquer uma dessas alternativas era válida.

 Eu tinha que levantar, tinha que ir me despedir de Elliot antes que ele entrasse no avião e fosse para Buenos Aires, se ele partisse sem eu me despedir, tenho a total certeza de que ele ficaria desapontado comigo. Eu mesma ficaria, não poderia deixar isso acontecer, simplesmente não podia.


 Só que acordar estava sendo uma tarefa difícil, praticamente impossível, para a minha adorável e sonolenta pessoa fazer. Cinco minutos depois, consegui fazer com que minhas pernas saíssem milagrosamente da cama e fossem ao encontro do chão. Do chão duro e frio.


 Quando pus os olhos novamente no meu relógio de pulso, que era azul claro com os ponteiros e todo o maquinário tampado por um pequeno tampão de acrílico, que refletia ora a luz que estava no local, ora o meu rosto coberto por olheiras leves. 


 Vi que já eram onze e quarenta e cinco. Ou seja, eu tinha praticamente dez minutos para ir até ao portão central. Onde todos os meus amigos - que também eram amigos deles - estavam à se despedir de Elliot com caras tristonhas.

 Como não daria tempo de eu tomar um bom e relaxante banho de mais ou menos vinte à trinta minutos, nem passar uns quarenta escolhendo uma roupa agradável para passar aquele dia, e também não daria para eu fazer um milagre com o meu cabelo e a minha cara amassada...

 Fiz o que seria mais sensato de uma pessoa como eu fazer, fui escovar os dentes... E depois saí correndo pelos corredores do colégio, assim mesmo, de pijama.


 Quando eu passava em qualquer lugar, independentemente de qual fosse, as pessoas olhavam em minha direção, lançando um olhar estranho para mim. O que eu já deveria imaginar antecipadamente. 

 Não era de se estranhar essa reação das pessoas, pelo menos é isso o que eu acho. Já que eu estava com um rabo de cavalo muito mal feito, com fios de meus cabelos esvoaçados por toda a minha cabeça, minha cara amassada como que não eu tivesse dormido nada nas últimas horas e fora as roupas que usava como pijama...


 Qualquer um que me visse poderia me confundir muito bem com um mendigo. E isso tudo porque sair de pijama não é algo muito... Normal para muitos, e está incluído nesses “muitos”, os professores deste colégio, porque neste exato minuto eles estão olhando-me com uma cara nada agradável.


 Por fim de tudo, eu consegui que essa minha maluquice desse certo, porque consegui chegar ao portão central antes que Elliot entrasse naquele carro pequeno com poltronas extremamente desconfortáveis.


 - Onde está o Elliot? - Perguntei, esbaforida, ao primeiro que vi. Esse primeiro era Andrew... Se eu não me engano, já que não dava para ver muito bem, já que o ser estava virado de costas.


 - Se despedindo da Sophie. - O Andrew respondeu virando em minha direção, analisando-me logo em seguida. - O que aconteceu com você? Estava em uma corrida com perus? - Perguntou ele, com os olhos arregalados. Dei uma risadinha de mau gosto e sai dali.


 Procurei Elliot com os olhos e vi que ele estava falando com Brook agora. Fui até eles, amarrando o meu cabelo rapidamente para não parecer que eu estava tão horrível, ou então, pelo menos não assustar ninguém. 


 Quando ele acabou de falar com ela e se virou para mim, a reação dele fora quase a mesma de Andrew, só que ele falou algo sem perus:


 - Alana, o que aconteceu com você? - Ele perguntou, pronunciando as palavras lentamente, mais lentamente do que o normal.


 - Eu acordei atrasada, ok? - Respondi entediada e puxei-o para um abraço. - Vou sentir a sua falta, agora eu tenho que voltar a dormir.


 Iria sair dali com a minha despedida super elegante e triunfal, mas como sempre, ele me impediu.


 - Tenho a leve impressão de que você está querendo se livrar de mim. - Disse ele, com uma cara de falso choro.


 - Nossa, você é muito inteligente! Não precisa ganhar um prêmio por isso. - Dei um sorriso irônico em sua direção.


 Quando finalmente ele me largou e eu pude sair andando tão depressa como cheguei ali, ouço-o gritar:


 - Pode deixar que eu não vou sair do seu pé e do Oliver até que vocês fiquem juntos. Ah! E eu sei que você me ama, não precisa mais esconder!


 ***


 Estava me olhando no espelho em forma oval da penteadeira rosa, uma penteadeira que tinha chego há algumas semanas pelo correio para a Sophie, e que eu sempre que podia sentava-me aqui e ficava imaginando diversas coisas idiotas... Que não vem ao caso agora.


 Finalmente eu tinha conseguido acabar de desembaraçar o meu cabelo. Sinceramente, não sei como deixei isso acontecer, porque sei muito bem que quando eu não o penteio mais do que um dia ele fica pior do que um rolo de lã atacado por sete gatos.


 Poderia ficar ali, apenas observando o meu rosto sendo refletido no vidro, imaginando várias e várias coisas, por vários e vários minutos, se ninguém tivesse batido na porta.


 Levantei do banquinho que vinha acompanhado com a tal da penteadeira, desviei dos móveis que Sophie tinha posto estrategicamente à minha frente e fui abrir a porta, cuja qual emitia variados "tock, tock, tock".


 Abri a porta e dei de cara com uma das monitoras responsáveis pelas meninas, a senhorita não me lembro do nome. Mas acho que ela era a Jéssica. Porque ela é a única loira de olhos verdes e que é portuguesa, das monitoras.


 - Senhorita Revelli, seu pai está te esperando no pátio principal do campus. - Ela disse com a sua costumeira voz calma e doce.


 Meu pai? Eu tinha ouvido bem o que aquela moça acabara de dizer? Desta vez ele conseguiu me surpreender completamente, aliás, como ele sempre está fazendo nestes últimos meses. Lembro-me muito bem das últimas linhas do e-mail que recebera ontem à noite. Não sabia que este "breve" seria tão logo assim.


 ***


 Demorou cinco segundos para que eu caísse em mim e empurrasse a moça para o final do corredor e saísse como uma louca porta afora, e deixando a mesma completamente aberta, desprovida de quaisquer tipos de furtos, e agora eu estava pedindo à Deus que aqui não tivesse nenhuma "mão leve".


 Meus eletrônicos, livros e bichinhos de pelúcia eram de fato muito importantes para mim. Ah, além de minhas roupas, é claro.


 Demorou apenas sete minutos - pelo menos era esse meio tempo que eu estava considerando, que eu estava achando - para que eu pudesse chegar ao campus principal. Talvez eu tivesse demorado mais alguns minutos, já que assim que saí do prédio, meus pés já começaram a reclamar, com certeza estava perdendo o jeito da coisa de correr.


 Todas as minhas dúvidas de: "Será que a mulher estava lúcida quando falou aquilo para mim?" acabaram quando eu vi meu pai com o seu típico terno preto, se sentindo um pouco deslocado com o lugar e passando a mão entre seus cabelos negros em cinco em cinco minutos.


 Forcei meus pés a andarem mais rápido ainda, correr mais rápido ainda, para ser mais exata. Quando me aproximei mais de meu pai, quando pude perceber que aquele homem estava realmente ali e não era proporcionado pela minha imaginação, que não era provocado pela saudade, joguei meus braços em volta de seu pescoço e lhe dei um enorme abraço de urso.


 - Pai! - Disse em meu tom de voz normal, enquanto o abraçava. - Me desculpe! Oh, por favor, me desculpe! - Murmurei ao pé de seu ouvido.


 Ele me soltou após alguns minutos e tirou os cabelos da frente de meus olhos - que só agora tinha reparado nos mesmos - e então me abraçou novamente, com os olhos fechados e a testa e as mãos molhadas pelo suor, falou pela primeira vez desde então:


 - Você é que deve me perdoar, por tudo, por não dar-lhe a devida atenção e ter-lhe tirado daqui, você e sua mãe não mereciam isso. - Ele repetiu esta frase duas vezes. - Mas eu não sabia o que fazer, Alana. Não sabia como agir e tirei tudo o que vocês mais amavam, por isso peço que me perdoe do fundo do coração. Preciso disso, mas preciso que seja verdadeiro, senão não irá adiantar. - Ele disse, enquanto me abraçava forte e afagava meus cabelos com uma mão, enquanto suas lágrimas quentes se misturavam com as que já estavam em meu rosto e que se confundiam com alguns fios rebeldes de meus cabelos, os quais eram idênticos aos deles, aos do meu pai.


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Notas finais do capítulo

Ficou bem pequeno, eu sei, sorry. Então já que leram até poderiam comentar, não cansa a mão não... Um aviso aos fantasmas: Eu não mordo! Um comentário de vez em quando é excelente! #reviews? #please!