Ballare Tutta La Vita - Hiatus escrita por Anna


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeeeeeeeey, pessoas lindas do meu coração! Como vocês estão? Vim aqui com mais um capítulo feito especialmente para a Giovanna (machiavellistisch) que recomendou aqui! :) E é claro que eu não poderia estar mais feliz pela a minha segunda recomendação. Entonces Gio muuito obrigada, fiquei muito feliz quando vi. E boa leitura para todas ocês:



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Na hora do almoço Erin e Giovana sentaram-se a mesa conosco. Descobri que por mais que fosse um pouco difícil de acreditar Giovana era do Brasil, e quando Elliot fez uma exclamação completamente surpreso com este fato, ela disse que já estava acostumada com essa reação das pessoas. Era realmente difícil de acreditar.

Nem eu quanto Erin estávamos tendo ideias para fazer o tal do trabalho, e foi ai, que a minha "animação" para fazê-lo se dissipou totalmente, ficou invisível tal como o ar que respiramos. Concordamos que se algum de nós tivesse algo considerado ideia, deveríamos ligar para o outro.

Concordei, mesmo tendo as minhas mais sinceras dúvidas de que pensaria em algo tão depressa assim. As poucas e únicas coisas que conseguiria pensar era a garotinha que estava vivendo uma experiência totalmente nova, e nos poucos dias em que estava vivenciando isso, já se encontrava perdida em seus próprios sentimentos.

Isso não conquistaria uma boa nota nem em milhões e milhões de anos, nunca.

Às vezes queria ser tipo aquelas garotas que veem a tristeza como uma inspiração para criar uma música linda, e que as pessoas se identificarem com ela. Entretanto, por mais que eu queira e tente ser assim não consigo. Simplesmente não consigo. Quando fico triste fico quieta, parada no meu canto, torcendo para que ninguém me veja. Querendo se tornar invisível.

A próxima aula seria de literatura e eu a faria com Sophie que ficou extremamente animada com a ideia. Queria eu que fosse por minha causa, já que eu sou uma das poucas pessoas com quem ela fala, e também sou uma das colegas de quarto dela coisa e tal. Mais não ela ficou feliz por conta da matéria.

E eu fiquei com cara de tacho quando perguntei se ela tinha ficado feliz porque iria fazer comigo e ela respondeu que não. Pois é... Não se pode acertar todas nessa vida.

Agora eu estava novamente naquele corredor com chão impecável que estive mais cedo, só que desta vez, com Sophie ao meu lado. Ela estava falando sobre algo que eu não fazia a mínima ideia do que era. E isso não era bom. Estava muito dispersa e sabia que não iria prestar atenção na aula, e não teria nenhuma ideia considerada boa para o trabalho.

Tinha que parar com isso, e tinha que parar logo. Se eu não estivesse em um corredor aporretado de gente eu até daria alguns tapinhas um tanto fortes em meu rosto. Mas como estou... Acho melhor não fazer isso, além disso, isso iria doer e não estou muito a fim de sentir dor.

Fiz o máximo de esforço para poder prestar atenção e assim entender o que Sophie estava dizendo.

- Tomara que esse professor ou a professora não seja igual ao de Literatura da minha antiga escola. - Ouvi ela dizer. - Ele era careca e louco. Uma vez ele ameaçou a turma dizendo que se alguém ficasse de recuperação ele rasparia os cabelos de todo mundo. - Arregalei os olhos.

- O que? Sophie... Acho que isso não seria possível. - Revirei os olhos.

- Ah então você está prestando atenção! - Ela exclamou.

- Você percebeu que não estava prestando atenção? - Perguntei.

- Sim, estava. E tenho que admitir que estou começando a ficar preocupada com você, Alana. E não é pouco, é do tipo muito preocupada. - Ela continuou a andar pelo percurso até a sala onde teríamos a aula de literatura.

Fiquei quieta. Não tinha muito que dizer diante disso, na verdade, não sabia ao certo o que deveria disser diante disso. Não pedi para que ninguém se preocupasse comigo, não queria e estava tentando fazer com que ninguém ligasse ou ao menos percebesse a minha estranheza, mais conhecida como paranoia.

- Vamos para não nos atrasarmos. E vamos torcer para que esse nosso professor não seja igual da sua história irreal. - Disse entrando na sala.

A sala era como qualquer outra. O chão - assim como os dos outros quatro prédios - estavam impecavelmente limpos, não sei quantas pessoa ali trabalhavam, mas acredito na enorme possibilidade de serem muitas. Nas paredes tinham alguns cartazes distribuídos aleatoriamente, a mesa e a cadeira do professor eram as maiores, já o restante era menores que ali iriam ficar os alunos. Por fim um quadro branco de tamanho normal estava no "alto" em uma parede de destaque.

Não demorou muito para a chegada não tão triunfal do professor de literatura. Ele era um senhor que parecia já estar na meia idade, era calvo e os poucos e restantes cabelos que tinha eram grisalhos. Seus olhos eram verdes e estes estavam por trás de um par de óculos. Ele se apresentou para a turma como Joe.

A aula em si foi divertida e leve. Joe pode nos ensinar mais uma vez que os mais velhos poderiam sim - e às vezes eram - bem mais divertidos do que muitas pessoas de nossa idade. Por conta de suas incríveis histórias que foram acumuladas com o passar dos anos.

Recebi uma mensagem de Erin dizendo para eu o encontrar no salão de dança inferior do prédio dois. Aparentemente o ser moreno de olhos claros tinha tido uma forte inspiração para o trabalho e que isso precisava ser compartilhado com urgência comigo.

E sim, ele pôs isso tudo em apenas uma mensagem de texto. Não sabia aonde era este tal de "salão inferior" e nem como ele tinha conseguido o meu número. Entretanto, iria. Já que não tinha nenhuma outra ideia que achasse que seria "boa” para demonstrar em público.

***

No final não fora tão difícil achar o salão de dança inferior. Mentira. Nos primeiros minutos da minha busca eu fiquei rodando igual a uma baratinha tonta, depois de cinco mensagens trocadas e uma ligação com Erin consegui achar o local onde aquele ser se situava.

Quando eles diziam salão de dança "inferior" era inferior, inferior mesmo. A primeira visão que você tinha dele era que ele era um porão, quando você entrava ai que a coisa mudava. Ele era simplesmente enorme e muito bem iluminado. Erin estava me esperando no meio dele junto a um som portátil.

- Olha você conseguiu chegar, afinal. - Ele disse brincando com uma bolinha.

- Não tinha como você ter escolhido um lugar com a localização pior não? - Perguntei ao fechar a porta. Ele balançou a cabeça negativamente. - Então... Qual é a sua ideia?

- Você vai amar! Já ouviu falar no clássico "Lago dos Cisnes"?

É claro que eu já tinha ouvido falar em o "Lago dos Cisnes" é simplesmente um clássico e muito lindo. Nunca o dancei completamente, apenas ficava assistindo os outros dançarem. Mesmo assim o amava. Concordei com a cabeça.

- É lindo de mais, perfeito, muito romântico. Só que precisaríamos de mais pessoas para dançar conosco, não? - Perguntei.

- Não exatamente. Andei pesquisando sobre essa coreografia e foram duas pessoas que a criaram Marius Petipa e Lev Ivanov. Os atos de Lev são o segundo e o quarto, que são os mais poéticos. E os de Marius são o primeiro e o terceiro que são mais técnicos. Estava pensando em escolher um desses quatro atos, dois na verdade. E quando acabace por alguma coisa do tipo hip-hop ou algo mais animado só com a batida e passos mais fácies.

A ideia era simplesmente ótima. Agora entendia o porquê de toda aquela pressa dele para me contar sobre tal. Quando ele disse da parte dos passos de hip-hop ou os bases mais animados, uma música do Ed. Sheeran chamada Grade 8 me veio à mente, acho que ficaria muito legal para por junto.

- Eu amei Erin. O que acha de fazermos uma mixagem da música tradicional com Grade 8? - Sugeri com um sorriso em lábios.

- A do Ed. Sheeran? - Perguntou, e eu assenti com a cabeça. - Cara, eu amo as músicas dele! - Ele disse animado.

- Então... Agora só basta por as nossas ideias em ação. - Disse ainda sorrindo.

A parte mais legal de fazer este trabalho era que seria uma ótima forma de distração para os meus problemas paranoicos feitos por uma mente de uma garota de dezesseis anos. É, acho que sou um pouco nova de mais para ser uma paranoia de plantão.

Tenho as minhas mais sinceras esperanças de que esse trabalho seja uma forma não só de distração mais também de superação para isso. Será que isso tem cura? Remédios? Acho que não. E isso é uma pena porque eles realmente precisam inventar coisas que curem feridas feitas pela nossa mente... Ou pelo nosso coração.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Me digam no que posso melhorar, se teve algum erro. Preciso saber!