Diário De Sophie: A Rosa Negra escrita por Victor Everdeen Jackson
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem!
05 de fevereiro de 2013, tarde.
Sophie abriu os olhos, não sabia onde estava, mas sentia que estava deitada na grama, ela fechou os dedos em torno da grama e levantou a cabeça, parecia que lhe atingiram a cabeça com uma bola de ferro.
Ela se levantou e olhou ao redor, era um campo enorme, sem árvore, somente grama, e um casebre de madeira a uns dez metros de distância de Sophie, este não era maior do que o quarto dela, e estava em chamas.
A garota se sobressaltou e correu até o casebre, não sabia o que a fazia correr em direção a aquele lugar, mas ela correu, quando estava a dois metros para conseguir abrir a porta ela se abriu sozinha, uma mulher saiu.
Tinha cabelos negros trançados, olhos verdes-jade, seu rosto era pálido como um fantasma. Usava um vestido de época branco, com a saia cheia de babados.
Seu rosto estava cheio de cortes ensangüentados, várias partes de seu vestido estava rasgado, parecia mancar e puxava um homem – suas roupas também estavam em frangalhos, e sua camisa branca ensangüentada – pelos braços, Sophie tentou ajudá-la, mas quando relou as mãos na perna do homem suas mãos o atravessaram, como se a garota fosse um fantasma.
A mulher puxou o homem para longe do casebre que se desmontou pegando fogo, uma fumaça escura e densa subiu em direção aos céus.
Agora a mulher pousou a cabeça do homem suavemente no chão e abriu a camisa dele, Sophie se aproximou e suas entranhas se reviraram de nojo e medo, pois um ferimento do tamanho de uma bola de tênis estava na altura do coração, e mesmo de longe Sophie pode ver que era fatal.
A mulher rasgou a barra do vestido e passou em volta do peito do homem, tentando estancar o sangramento, mas não conseguiu, pois o homem ergueu a mão, tocou o rosto da mulher e disse fraco:
– Elena, você está ai?
– Sim meu amor – ela disse, trilhas de lágrimas escorreram por sua bochecha coberta de sangue e fuligem.
– Você tem que continuar, não desista – falou ele, forçando um sorriso.
– Meu amor, não me deixe não me deixe sozinha – ela se debruçou sobre ele o abraçou, como se assim pudesse salvá-lo.
– Elena, você promete? – repetiu ele.
– Prometo, eu prometo meu amor, mas...
– Eu... Eu – ele cuspiu sangue – Eu te amo Elena, não se esqueça de mim.
E fechou os olhos.
Um grito terrível, vindo da boca da mulher quebrou o silêncio.
– NÃO, Ethan, não me deixe ETHAN! – gritou ela, em seguida suas palavras não faziam mais sentido, pois ela só soluçava.
Ela se levantou e se aproximou do casebre em chamas, seu rosto agora contorcido de fúria, a mulher enfiou a mão no meio das madeiras e tirou um pequeno medalhão de lá, dourado, com uma pedra que parecia rubi no meio, ela colocou o medalhão no pescoço e escondeu sobre as vestes, se virou e começou a andar enquanto uma aura vermelha surgia a sua volta, então as madeiras explodiram.
– NÃO – gritou Sophie assustada.
– Sophie – a voz familiar de Erick lhe chamou ela olhou ao redor e viu que estava em seu quarto.
Estava sentada em sua cama, usando as mesmas roupas que usara quando saíra da escola.
Erick se aproximou dela e colocou as mãos nos ombros da garota, forçando-a se deitar.
– Erick, o que aconteceu? – perguntou a garota tremendo.
– Eu que te pergunto. Depois que a gente saiu da casa você desmaiou e começou a gritar... Coisas.
– Que tipo de coisas?
– Não entendi direito – ele coçou a nuca – Mas você estava falando coisas do tipo: Fogo... Elena... Ethan... Quem são Ethan e Elena?
– Não sei – ela contou o que sonhou para o garoto – O que será que quer dizer?
Ele deu os ombros e se sentou na cama.
– Então eu te peguei no colo e te trouxe para sua casa, seu pai não fez perguntas, mas pareceu desconfiado.
Batidas na porta seguiram as suas palavras.
– Entre – falou Sophie.
Seu pai empurrou a porta com o ombro, pois suas mãos estavam ocupadas com uma bandeja de prata, com um pão e suco de laranja.
– Com licença, oi querida – ele falou e colocou a bandeja nas pernas dela – O que aconteceu?
Sophie franziu as sobrancelhas, seu pai, sendo simpático? E trazendo um lanche para ela?
– N-nada p-pai – ela gaguejou, não estava acostumada a falar assim com seu pai – Eu só passei mal e Erick me trouxe embora.
– Ah, mas porque demoraram tanto? As aulas não terminam onze horas manhã?
– É que eu a levei para o hospital – Erick balançou a cabeça rapidamente.
– Tá, mas Sophie, não precisa esconder nada de mim, eu estou aqui para te ajudar. – ele deu um aperto carinhoso no braço dela e saiu do quarto.
A garota trocou um olhar com Erick.
– Legal. Um alien fez uma lavagem cerebral em seu pai? – perguntou o garoto.
Sophie deu uma risada e mordeu o sanduíche.
– E a criatura? – perguntou ela entre uma mordida e outra.
Erick pareceu assustado ao ouvir a pergunta.
– O que aconteceu com a criatura? – repetiu ela.
– Bem, quando você desmaiou a criatura pulou em cima de mim e eu... A joguei longe.
– Como assim A joguei longe?
– Nem eu entendi, eu só fiz isso:
Ele se levantou, ergueu a mão e empurrou o ar, uma forma do tamanho de sua mão, meio transparente saiu da palma de sua mão e acertou a parede, que tremeu um pouco.
Sophie estava boquiaberta.
– Então, o que achou? – perguntou ele com meio sorriso.
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