Os Jovens Mutantes escrita por Dafine Kerouac


Capítulo 9
Grandes poderes, responsabilidades maiores ainda




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No laboratório o cientista sentou-se na frente do computador e digitou rapidamente, sete senhas que eu rapidamente memorizei. Olhamos pra ele quase que assustados, e ele se justificou:

– Literalmente guardado a sete chaves. - brincou- Ninguém pode saber que eu estou mostrando isso pra vocês. O projeto é confidencial, além dos cientistas colaboradores, ninguém mais poderia saber de nada... Mas vocês são especiais.- sorriu para nós

Sorrimos de volta.

Doutor Alfredo iria nos contar detalhes sobre o PM. Pra nós entendermos melhor os nossos poderes.

– Primeiro o mais velho, Marcelo. Nós dividimos os poderes em três fases de desenvolvimento, cada um de vocês tem mais poder do que pensa. O que você consegue fazer?

– Eu domino o gelo.

– Cirocinese. Sabia que você pode fazer mais do que congelar coisas e criar gelo? Você pode dar vida a ele.

– Vida? Isso é sério?

– É claro. Mas pra isso você precisa praticar muito.

– Não sei se eu vou viver o bastante pra isso.

– Mas do que vocês tem medo?

– De Doutor K, é claro. - falou Marcelo

– Vocês só precisam de um plano de ação, ele não é invencível.

– Mas ele já tem tantos poderes.

– Ter TANTOS poderes não significa ter MAIS poder. Doutor K se acha tanto que nem se dá ao trabalho de pensar antes de sugar um poder.

– Onde o senhor quer chegar? - Marcelo perguntou

– Com grandes poderes, ganhamos maiores responsabilidades.

– Acho que eu entendi. - falei- Quando ele suga os poderes suga também as fraquezas.

– Isso! Que orgulho de você, raciocinou muito bem.

– Então se ele sugar o poder da água e do fogo pode inutilizar os dois.

– Pronto! Exatamente, é por isso que ele não sugou o bloqueador, o tal Match, da guarda, seu poder iria bloqueá-lo e ele não sugaria mais nenhum poder. Se contabilizarmos todos os poderes que ele tem e que são neutralizados um pelo outro, não ficarão muitos.

– Brilhante.- Raul e Marcelo disseram

– Muito obrigado. - o cientista disse- Continuemos, Raul o que você faz?

– Eu crio ilusões.

– Sabia que você pode fazer realidade? Se treinar bastante você pode transportar qualquer pessoa, para qualquer lugar de sua imaginação. E na terceira fase você pode criar esferas de sonho e pesadelo e fazer delas o que bem quiser.

– Sério?

– Claro! Você foi projetado pra isso.

"Projetado". Pra eles eramos apenas armas. Não pessoas, não humanos, só um projeto, um projeto que deu errado. Errado pra eles, Doutor Alfredo disse que o plano era formar um exército mutante e vender pra quem pagasse mais... Só que uma explosão aconteceu com os gases tóxicos que eles usavam pra nos criar, foi nessa explosão que meu pai fugiu deles comigo, e todos os não-mutantes que estavam lá foram infectados e alguns arquivos foram perdidos. A última mutante criada por barriga de aluguel fui eu. Os outros como Levi, eram um caso a ser estudado pois nasceram naturalmente com poderes, fruto da união de dois mutantes, o doutor explicou.

– E minha mãe?

– Sua mãe Alice? Bom, ela... Não sei dela, assim que cumpriu seu contrato nunca mais foi vista.

Contrato. As lágrimas rolaram no meu rosto. Será que ela não havia me amado nem um pouco? Tentado fugir comigo, me criar? O que eu fiz pra ela?

Chorei.

– Alice, não chora não.- pediu Levi me abraçando

– Aff, detesto ver mulher chorar.- Raul disse

– Eu só queria ser uma pessoa normal.

– Não fique assim, depois que tudo isso acabar nós vamos procurar sua mãe. - o cientista falou

– Pra quê? Eu já tenho quatorze anos, minha infância passou...

Rogeslane entrou no laboratório.

– Pai, tem um homem querendo falar com o senhor lá fora.

Meu coração acelerou, sondei a área... Era meu pai!

– Mas que droga! É o meu pai. Como ele sabe que estou aqui?

– Não sabe. Nós somos amigos, ele sempre me visita.

– Por favor, não conte nada pra ele, eu lhe imploro.

– Calma, eu não vou falar nada. Mas por que tanto desespero... Não vai me dizer que... Ele usava o poder com...

– Exatamente. Ele ficava me controlando e me obrigava a roubar bancos.

– Tudo bem... Eu não vou falar nada pra ele, vou tentar despachá-lo o mais rápido possível.

Ele foi pra sala e eu me conectei a conversa deles. Nós ficamos escondidos na cozinha.

– Alex, meu amigo!

– Alfredo.

– Sente-se. O que o traz aqui?

– A diabinha, a ingrata da A25 fugiu.

Raul fechou a mão, não gostara do jeito que ele se referia a mim. Meu pai derramou um pote gigante de criticas sobre mim.

– ...E depois de tudo que eu fiz por ela, A25 ainda me apronta uma dessas. Ainda estou com uma tremenda dor de cabeça.

– Me desculpe ser indelicado, mas eu estou ocupado agora, se vocês puder voltar outra hora.

– Há... Claro. Tudo bem.

Meu pai saiu xingando mentalmente o doutor. Raul relaxou e nós fomos pra sala.

– Ufa!- respirei aliviada




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