Acordo ao despertar do relógio. São 7 horas exatas agora.

“Terceira arena hoje”, penso meio angustiada pela minha pupila não ter sido escolhida ainda. Pode ser hoje, ou não.

Visto uma blusa e uma calça jeans. Pego minha sandália preta, calço e saio.

Chego ao hall do hotel e meus parceiros já estão lá. Mas, nem sinal dos nossos pupilos.

- Onde eles estão? – Pergunto.

- Não sei. Mas, pra mim não faz diferença. Minha pupila já jogou mesmo. – Diz Jadson meio debochado.

- Ha, Ha, Ha. – Digo com minha ironia fatal.

- Lá vêm eles. – Diz Anderson apontando para a porta que leva às escadas.

- Porque vocês desceram de escadas? – Pergunto.

- Por que o elevador estava congestionado. Toda hora a porta abria e o elevador estava lotado. – Responde Saulo.

De fato estava. Eu tive que me espremer no elevador para conseguir descer de tão cheio.

- Vamos tomar café e partir para o salão. – Disse Jadson.

Cada um pega o que quer dessa mesa cheia de pães e bolos. A variedade para escolhermos é imensa. Depois dessa incrível mesa, tem a mesa com os sucos e garrafas de café com leite.

Sentamos e conversamos mais sobre os jogos.

Após o café, dirigimo-nos à saída do hotel e entramos num táxi que nos leva até a porta do salão dos jogos.

Entramos no salão e vejo que quase todos já estão aqui. Falta pouco para as 8 horas.

Sentamos em uma mesa e conversamos até os outros competidores chegarem.

Jadson se levanta da mesa e vai até um garoto e uma garota que são mentores dos Luvan. Percebo que são Juliana e Junio. Levanto-me e vou até eles os cumprimentar.

- Oi pessoal. Como vocês estão? – Digo.

- Oi Stéfani. Há quanto tempo. – Diz Juliana enquanto me abraça. – Estou muito bem e você?

- Também estou. E você Junio? – Pergunto.

- Muito bem também. – Ele responde. – Estou ansioso pela minha pupila. Ela está louca para entrar na arena.

- O meu também. Nunca vi tanta aflição para entrar numa arena. A propósito, gostei muito da Grazi Jadson. – Diz Juliana.

- Estou esperando ansioso para ver seus pupilos em ação. – Diz Jadson.

- Espero que minha pupila não tenha que entrar numa arena junto com a de algum de vocês. – Digo.

- Façamos então uma aliança. Nenhum de nossos pupilos atacará ao outro. Se estiverem na mesma arena, claro. – Disse Jadson.

Assentimos e nos viramos para direção de Dr. Castro que já está testando o microfone.

- Bom dia a todos. Acho que estão mais ansiosos para ver a arena do que quem vai competir. Então, começaremos o sorteio pela arena.

Na tela da TV passam vários cenários diferentes numa velocidade absurda. De repente para. Vejo que é um deserto pedregoso.  Agora começam a sortear os jogadores.

O primeiro que é selecionado pertence à Calin, a segunda é de Kupin, o terceiro de Povan, a quarta é pupila da Raphaella dos Barasen e o último escolhido foi um Tavan.

Meu coração se acalma depois do sorteio. Minha pupila ficou de fora novamente. Estou tão ansiosa que parece que nem é minha pupila que será escolhida, mas sim, eu.

Os jogadores se sentam nas cadeiras e o jogo começa.

Cada um é deixado sob uma pedra no alto de um monte. As armas estão todas no centro. Aquele que pegar a arma primeiro conseguirá sobreviver. Mas, para isso, eles deverão descer o monte de pedras que estão e pegar primeiro as armas.

Todos os jogadores descem as montanhas de pedra como se não se preocupassem que podem cair de lá de cima. Estão todos determinados a ficar no jogo.

Depois de alguns minutos de descida, a primeira a chegar ao chão, é a Barasen. Seguida pelo Calin e depois a Kupin. Tavan e Povan chegam juntos, mas são os últimos.

Eles correm para o meio em alta velocidade. O Tavan e o Povan, que tinham perdido tempo na descida, correm mais rápido do que os outros e talvez vão chegar primeiro às armas.

Só que a Barasen consegue chegar primeiro. Ela pega uma foice e um arco com uma flecha e sai correndo em direção a sua montanha novamente.

Raphaella sorri aqui do lado de fora.

Chegam juntos às armas o Tavan e o Calin. Os dois começam uma luta corpo a corpo. A Kupin chega e pega um facão e tenta investir contra o Tavan, mas ele soca o Calin e segura a mão da Kupin torcendo-a. Ela solta o facão gritando de dor.

O Povan aparece no meio da confusão e da um chute nas costelas do Tavan que solta a Kupin. Ela recupera o fôlego e pega o facão no chão.

O Povan se afasta e ela enfia a faca no peito do Tavan que se desmaterializa depois de agonizar um pouco no chão.

O Calin aproveitou do momento de união da Kupin e do Povan para pegar uma pequena adaga e fugir.

- Parece que não fomos os únicos a fazer aliança aqui do lado de fora. – Jadson cochicha.

- Pois é. – Digo.

Os dois parceiros correm na direção do Calin. A Barasen já está quase no topo de sua montanha.

O Calin corre como se não houvesse amanhã. A Kupin fica para trás porque o Povan é mais rápido que ela.

O Calin para e se vira. Ele começa a correr na direção do Povan que não entende muito bem, mas continua correndo.

O choque que acontece entre os dois cria um círculo de rachaduras no chão. A Kupin está quase chegando com o facão.

Enquanto isso o Povan investe um soco contra o Calin que se desvia e faz um corte profundo no braço do Povan com sua adaga. O Povan geme de dor e segura no local do corte. O Calin sorri e investe novamente, mas o Povan desvia. A Kupin aparece por trás do Povan lançando seu facão da direção do peito do Calin. Ele se desvia do facão, mas perde o equilíbrio e cai deixando a adaga no chão.

A Kupin corre e pega o Facão que ficou caído a alguns metros do cenário de luta.

O Tavan continua tapando o corte com a mão. O Calin se levanta e pega a adaga. Quando vai correndo na direção do Tavan incapacitado de lutar, ele para e olha para sua barriga.

A Kupin voltou a tempo de perfurá-lo.

Sangue sai da boca do Calin e ele cai de joelhos no chão. Depois disso, seu corpo se desmaterializa.

A Kupin olha para o Tavan com um sorriso maquiavélico.

- Agora é a vez da Barasen. – Ela diz.

- Obrigado. – Ele responde.

- Não foi nada.

E os dois saem correndo na direção do monte onde a Barasen os aguardava.

Eles começam a escalar a montanha.

A Barasen prepara sua flecha e mira bem no peito do Tavan.

A Kupin não percebeu que a Barasen estava com um arco e quando viu a flecha já estava cravada no peito do Tavan que cai da montanha.

A Barasen sorri e a Kupin olha para o corpo caído no chão do Tavan. Logo depois o corpo se desmaterializa e o jogo se encerra.

Raphaella pula de alegria e bate palmas para sua pupila.

Olho para minha pupila com ar de esperança. Os vencedores até agora tem se mostrado fortes.

Até agora já estão classificados: 1 Heren, 1 Seakon, 1 Tavan, 1 Orlin, 1 Kupin e 1 Barasen.

A TV começa a selecionar novos competidores.

O primeiro escolhido é dos Luvan – e também pupilo de Juliana -, o segundo é de Heren, a terceira escolhida é minha pupila, o quarto é dos Orlin e a última dos Wenon.

Finalmente minha pupila entrará em ação.

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