Estamos andando a pouco mais de dez minutos. Nada aconteceu ainda. Nenhum grito, nenhum chamado de socorro, nenhuma eliminação aparentemente. Eu e minha pupila estamos em estado alerta.

– Estou tão ansiosa. Quero lutar logo. – Diz Camila.

– Acalme-se. Vai chegar a hora. Por enquanto vamos tentar nos manter vivas aqui. – Digo.

– Eu sei, mas é complicado. – Ela responde.

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– Para onde estamos indo? – Saulo pergunta.

– Deixe de ser impaciente. Vamos procurar um local seguro para nos escondermos por enquanto. – Respondo.

Ouvimos um barulho.

– Vamos até lá?! – Saulo começa a correr, mas eu o seguro pelo braço.

– Você está ficando doido? Não. Vamos procurar um local seguro primeiro. Não quero perder antes do nosso pessoal. Nós vamos até o fim nisso.

Ele me olha decepcionado.

– Você quem manda.

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– Ouviu isso? – Grazi me pergunta.

– Acho que todos nesse lugar ouviram esse barulho. Vamos lá conferir. Mas sem dar vestígios de que aparecemos por lá.

Algo vem por trás de nós e explode no chão.

Nós caímos cada um para um lado da rua. Levanto-me tossindo e abanando a poeira que se formou.

Procuro por Grazi e a encontro se levantando perto do outro meio fio.

– Vamos ter um pouco de ação por aqui. – Digo enquanto me aproximo dela.

– Estava louca pra começar.

Os nossos adversários aparecem e pra nossa sorte, é ninguém menos do que Raphaella e sua pupila dos Barasen.

– Que interessante. Finalmente terei minha revanche desde aquela arena lembra-se? - Raphaella pergunta para mim.

– Você pode até tentar. Mas não prometo que vai nos derrotar tão facilmente.

Ela e sua pupila trocam olhares e dão gargalhadas.

Grazi me olha confusa diante desse discurso.

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O barulho de uma explosão me desconcentra.

– Rodrigo, eu ia te mostrar agora meu poder. Já que aconteceu esse imprevisto, não somente vou mostrá-lo como usá-lo em nosso favor. Vamos.

Levito Rodrigo e a mim mesmo com minha telecinesia e vou em direção ao local do estouro.

– Uau. Nós estamos voando. – Diz Rodrigo todo entusiasmado.

– Esse poder me ajudou muito na última temporada. – Respondo.

– Acha que temos chance de vencer? – Rodrigo pergunta.

– Tenho certeza.

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– Finalmente um lugar onde está acontecendo alguma coisa. – Camila começa a se mover em direção ao local do estrondo que não está muito longe de nós.

– Nem pensar que nós vamos para lá. – Digo.

– Por favooooor. – Camila implora de joelhos com as mãos juntas como se estivesse fazendo uma oração.

– Tudo bem. Mas se formos eliminadas lembre-se: a culpa foi sua. – Digo.

Ela grita um “viva” e nós começamos a correr na direção lugar de onde veio a explosão.

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– Estamos com pressa então não vamos demorar muito aqui. – Diz Raphaella.

– Eu também não estou afim de perder muito do meu tempo com vocês então vamos ao que interessa. – Digo.

Olho para Grazi. Ela entende meu olhar. Piso no chão e dele sai um grande cone de terra e Grazi lança um jato de ar tão forte que a leva na direção das Barasens.

– Conseguimos? – Grazi pergunta.

– Acho que não. – Respondo procurando pelas garotas.

Sou lançado no ar até bater contra uma parede cinco metros atrás de mim.

Grazi me olha assustada e começa a girar formando um furacão de vento. Ela sai do meio do furacão e o controla pela rua. De repente a pupila de Raphaella sai por trás de um prédio atrás de Grazi. Piso no chão e uma parede de sai do chão e se forma na frente dela impedindo-a de agir.

Grazi me agradece pelo olhar e continua a procura de Raphaella com seu furacão.

Aposto que chamamos a atenção de muita gente. Corro na direção da Barasen que havia batido na parede de terra e a seguro tentando sufocá-la.

Ela sorri para mim com um sorriso maquiavélico e começa a crescer. Ela cresce até ficar cinco vezes o meu tamanho.

– Não tem como vocês nos vencerem. – Ela diz com uma voz demoníaca devido ao crescimento.

– É aí que você se engana. – Diz Luana – pupila de Junio – enquanto aparece correndo em nossa direção.

Do corpo dela ela tira um osso e corta os dois calcanhares da Barasen que muito lenta não a conseguiu impedir.

Ela cai no chão segurando os calcanhares cortados e volta ao tamanho normal.

– É aqui que sua carreira nesse jogo acaba. – Diz Luana.

Ela, com seu osso, perfura a barriga da Barasen que depois de alguns segundos cuspindo sangue desmaterializa.

– NÃÃÃÃÃÃO. – Diz Raphaella correndo na direção de Luana.

– Eu que digo isso. – Diz Grazi.

Olho ao longe e vejo Junio sorrindo pelo belo trabalho de Luana.

Grazi move seu furacão na direção de Raphaella que ao gritar denunciou seu esconderijo. O furacão a pega e a lança a muitos metros de distancia. Com meu poder eu formo uma ponta afiada de terra e Raphaella cai bem em cima dessa ponta desmaterializando-se em seguida.

– Muito bem. - Digo sorrindo para Grazi.

– Nossas pupilas mandam bem. – Diz Junio já perto de nós.

O céu escurece.

– Vamos ouvir as baixas. – Digo.

– Duplas eliminadas: – Ouço a mesma voz eletrônica feminina – Fernando e Gabriel de Orlin, Raphaella e Lúcia de Barasen.

– Só? – Pergunta Luana meio confusa.

Voltamos ao mundo real.

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– Muito bem para o primeiro momento de todos vocês na arena. – Diz Dr. Castro. - Acho que vocês estão loucos para terminar logo com isso, mas eu decidi que o jogo parará a cada duas duplas eliminadas para que os jogadores possam descansar suas mentes um pouco. Obrigado pela atenção. Vocês voltarão para lá em uma hora então estejam aqui. - Ele encerra seu discurso.

Nossa equipe recém desformada se junta.

– Nós eliminamos as Barasens. – Diz Jadson.

– Vocês quem? Você e a Grazi? Ou tiveram alguma ajuda? – Pergunta Daniel.

– Eu, a Grazi e a Luana que é a pupila do Junio. Ele ficou só olhando ela agir. – Responde Jadson.

– Então você deixou de formar uma aliança conosco para se aliar a um Luvan? – Pergunta Anderson.

– Claro que não. Não foi nada combinado. Foi por acaso eles aparecerem. Se o jogo não tivesse sido interrompido nós teríamos conversado sobre isso. E vamos conversar agora. – Diz Jadson.

Ele sai junto de Grazi e vai em direção a Junio que conversa com Luana.

– Coitado. Vocês gostam muito de fazer com que ele se sinta culpado de alguma coisa. – Digo.

– É pra não perder o costume. – Diz Daniel enquanto faz um toque com Anderson.

– Vamos comer alguma coisa? Estou com fome. – Saulo cochicha no meu ouvido.

– Vamos sim. – Respondo. – Gente, vamos ali, mas ao vamos demorar.

Eles assentem e nós saímos.

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