All I Need Is You, Clove. escrita por Gabriela Raineri


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem!



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Uma semana para a Colheita. Apenas uma. Eu e Clove estamos treinando quatro vezes por semana. Está uma correria. Todos entrando e saindo do Centro de Treinamento. Eu e Clove começamos a ir mais tarde ainda para o Centro, por volta de umas 23h, pois é quando só há meia dúzia de adolescentes treinando. 

- Cato, e se você fosse sorteado? - Clove pergunta interrompendo os meus pensamentos. Nós estamos caminhando para ir ao Centro. Passei em sua casa, e a busquei para irmos juntos. Agora são por volta de 22h50. 

- Tentaria ganhar. 

- Você se voluntariaria? 

- Só se fosse por uma grande razão. Por que a pergunta, Clove? 

- Só interesse. Na arena, deve ser realmente complicado. Eu não me imagino lá. Bom... Eu tenho treinado desde pequena para matar. Se eu fosse sorteada, faria de tudo para orgulhar o meu distrito. Se fosse para eu morrer, então que morreria lutando.  Morreria olhando para o meu inimigo. 

As palavras de Clove giram em minha cabeça até chegarmos no Centro, que impressionantemente, só há duas pessoas. 

Nós vamos direto para a parte de escalada, que é o meu fraco porém que é o que eu preciso me aprofundar mais, e Clove me ajuda. Ela não é das melhores, mas é boa. Ela sempre ri de mim quando eu caio, e eu acabo rindo junto. 

- Vamos, Cato. Vamos! Você consegue. - ela dá berros de insentivo para mim conseguir chegar até o topo. Continuo subindo e subindo - Isso mesmo, Cato. Você consegue! 

- Cala boca, Clove! - dou uma risada. E acabo me desconcentrando e caindo com tudo no chão, gemendo de dor. Clove dá uma gargalhada, porém chega perto de mim para ver se está tudo bem. 

- Olha o que deu me desrespeitar. Caiu com tudo e agora está gemendo de dor. - ela ri. Clove estende sua para me ajudar a levantar, mas ao invés disso, eu a puxo, derrubando-a. - Que droga, Cato. - ela reclama se esforçando para não rir. 

- Foi me irritar, deu nisso. - falo com uma voz mais grossa que o normal, fazendo nós dois rirmos. Ficamos por um tempo rindo da situação e logo me vem uma ideia. - Clove, porque nós dois não passamos a noite aqui no Centro conversando? 

- Você está doido, Cato? O Centro fecha depois das 1h. E nós precisamos descansar! 

- Descansamos outro dia. Essa será uma das nossas últimas chances de ficarmos a "sós" antes da Colheita. Vamos lá, Clove. Qual o problema? 

- Cato, não é bom. E como eu disse, o Centro fecha. 

- Então vamos para o lago, para a floresta, para algum lugar. 

- O quê? Não. Cato, está tudo escuro lá fora. Não há possibilidade alguma. 

- Clove tem medo de escuro. - zombo-a.

- Me poupe, Cato. 

- Então, o que foi? - insisto em saber. Chego mais perto dela. 

- Nada... 

- Hey... - sussurro, tirando uma mecha de cabelo de seu rosto.

- Vamos então! - ela fala, sorrindo.

- Eba! - grito de alegria, levanto em um salto e a levanto comigo. 

Saímos do Centro, e entramos na escuridão.


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Notas finais do capítulo

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