All I Need Is You, Clove. escrita por Gabriela Raineri


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Demorei, porque com o colégio é complicado... Desculpe! Espero que gostem (=



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Duas contra Clove. Me apresso mais ainda, saio em desparada. Como é que isso aconteceu? O que será que as duas garotas fizeram com Clove? Vou me aproximando, e entrando na roda para puxar Clove fora. 

- Clove, para! - puxo o braço dela com força. 

- Me solta, Cato! - ela grita. E me empurra. 

- Hey! - falo alto, puxando-a para olhar para mim, nos meus olhos - Se acalma! Respira. - falo com clareza e com cuidado. Quando percebo que Clove se acalmou um pouco, eu a solto. Começo a olhar ao meu redor, silêncio. As duas meninas que estavam brigando com Clove estão no chão com os cabelos bagunçados e intrigadas. Ambas as 3 estão com a respiração abafada e demonstram raiva e ódio. 

- O que foi, Clove? Desistiu da briga, é? - uma das duas grita em direção a Clove, que por sinal ferve de raiva. Clove, antes que eu possa impedir, puxa uma faca de seu bolso da calça, e a joga em direção a menina, passando raspando em sua cabeça. Um silêncio inacreditável invade a saída. Todos viram seus olhares a Clove, surpresos e impressionados. Clove puxa o meu braço para o lado, e vai em direção a menina, porém, atravessando-a. Puxa sua faca, que se cravou na árvore atrás da garota, voltando em direção a ela, Clove ajoelha-se ao seu lado, sussurando de uma forma clara, fazendo com que todos entendam.

- Eu nunca desisto. - Clove levanta, pega sua bolsa que caiu na hora da briga, e sai andando em direção a sua casa. Saio correndo atrás dela, deixando para trás toda a multidão, que começa a se movimentar e fazer comentários como, "Clove tem mira boa" "Clove poderia ter a matado" e etc. 

- Hey, Clove. - grito pra ela - Hey! - a alcanço, puxando-a - O que foi aquilo? - ela resiste - Hein, Clove. O que aconteceu? - Ela para, com a cara fechada. 

- Aquelas garotas insuportáveis... Me desafiaram. 

- Mas por quê, Clove? Me conte. 

- Aqui não, Cato...

- Vamos para a floresta, o que acha? Vamos para o lago ou para algum lugar alto, onde ninguém se quer irá nos ver ou nos escutar. - sugiro. 

- Ok. 

Seguimos o caminho em silêncio. Clove parece chateada, mas não sei o porquê e isso está me matando. O que será que elas falaram ou fizeram? O quão absurdo pode ter sido? 

Chegamos em um morro alto, que tem uma vista deslumbrosa. Clove senta na grama, e me sento ao lado dela. Mais uns minutos de silêncio se seguem com a brisa do vento batendo em nossos rostos. 

Me viro a ela, olhando em seu rosto e pergunto:

- Então, Clove... O que houve lá? - pergunto cuidadosamente. 

Ela respira fundo, olha para mim, porém logo vira o olho. 

- É que aquelas garotas... - ela faz uma cara de desprezo - Elas são nojentas, Cato. Elas se acham superiores a todos. Humilham e esnobam todos. Mas para quê? Não que eu me importe, é claro. Mas me irrita. Passou dos limites hoje. Eu não sou boa com amizades, você sabe disso. Não sou social. Não me sociolizo, não porque eu não consigo, mas porque eu não quero. Tenho nojo de gente. E elas, hoje, vieram me provocar, falando que eu era isolada, perguntando se eu sabia fazer alguma coisa da vida e etc, e eu estourei. Fui pra cima, mostrei a elas que posso fazer muita coisa e uma delas é acabar com elas. Eu acabaria com elas, fácil, fácil. De olhos fechados. 

- Hey, Clove. - coloco minha mão delicadamente em seu rosto, e a puxo para mim - Elas a invejam. Todas a invejam. Você não é que nem elas. Você tem habilidades, capacidade. Você é inteligente e... - travo para falar - E... Linda. 

Clove olha nos meus olhos, e percebo que ficou um pouco vermelha com o elogio, mas que a deixou feliz. 

- Obrigada, Cato. Não só pelo elogio, mas por tudo. - ela me abraça.

- Não há de que, minha pequena. 

Ficamos em silêncio por um minuto e logo Clove me empurra.

- Hey, você sabe que eu poderia acabar com elas né? - ela fala rindo - De olhos fechados ainda...

- É claro que eu sei, Clove. Sem esforço algum. - dou um sorriso - Mas eu quero que você saiba, Clove, que brigar com elas, não vale a pena. Deixa elas para lá. Muitas das garotas do colégio queriam ser suas amigas, muitas a elogiam pelas costas. Elas só não conversam com você, porque a temem. Talvez seria uma boa ideia dar a elas uma chance, que tal? 

- Cato... - ela fala com nenhuma vontade e depois dá um sorriso - Por que não?


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Notas finais do capítulo

Aceito elogios, sugestões, críticas, comentários e etc.