Fire Signs escrita por Sissa Melo
Notas iniciais do capítulo
oiiiiiiiii
Bom, a partir do proximo capitulo, muitas perguntas serão resolvidas, e muitas outras voltarão á tona, pq o meu objetivo aqui é divertir e deixar uma pulga atrás da orelha de vcs :3
se tiverem sugestões de música, ou não estiverem gostando das trilhas sonoras, podem deixar reviews, vai ser muito bom saber o que vcs pensam.
A trilha desse capítulo é Freaking Me Out, do All Time Low ~le link http://www.youtube.com/watch?v=rK04Q6AFQTE ~ divirtam-se e bem vindos ao capítulo.
Boa leitura ♥
Matthew leva a mão esquerda em direção ao seu nariz. Ele me encara com uma expressão vazia e indecifrável.
Logan está de queixo caído e as garotas se entreolham.
O corredor parece vazio e silente.
Seguro meu punho. Meu coração bate convulso.
Minhas mãos tremem e o olhar emblemático de Matthew se prende ao meu.
O silêncio submerge nossos corpos e o tempo paira no ar, como suspenso nas nuvens do céu ainda límpido.
- Não ouse encostar um dedo nela – Logan diz, com os olhos arregalados.
- Não sou covarde – Matthew não desvia o olhar – Mas você vai me pagar caro, novata. – sua voz é tão sutil que mal a escuto.
Sua frase me arrepia.
Estou sem reação e o máximo que consigo fazer é continuar inerte, ao menos até ficar sozinha novamente.
Matthew vira-se, sem proferir mais nenhuma palavra.
Vejo no seu pescoço o que me parece ser o início de uma tatuagem. Ela começa de sua nuca e esconde-se sob a gola de sua camisa cinza.
As garotas viram-se e seguem-no, com o mesmo silêncio.
- O que... O que foi isso? – Logan diz, quando eles são imersos na distância e já não se pode mais vê-los. – Perdeu a noção?
- Não quero falar sobre isso, Logan. Não agora.
Saio correndo, de cabeça baixa, evitando qualquer contato visual.
Entro no quarto e tudo que consigo fazer é arremessar meu corpo sobre a cama.
Não sei o que aconteceu, nem como aconteceu.
Minha mente está cheia e vazia, simultaneamente.
Lembro-me do momento em que senti meu punho atingir com força o nariz de Matthew.
Lembro-me do momento em que o vi cambalear para trás, tonto.
Lembro-me de seu olhar preso ao meu.
Perdi toda e qualquer moderação naquele momento. É como se houvesse alguém me controlando. Eu estava fora de mim.
O sino toca no efêmero corredor e olho para os pequenos números de néon do relógio. Já é uma hora da tarde e lembro-me que não como nada desde ontem.
Levanto-me e passo as mãos pelos cabelos.
Lavo o rosto e espero que, como a água, meus pensamentos desçam pelo ralo.
Pego a chave e saio.
Vejo diversos grupos se aglomerando e falando sobre os mais distintos assuntos e por um minuto sinto a necessidade gritante de ter um amigo por perto.
Meus passos são vagarosos e prudentes. Sei que a qualquer momento posso tropeçar em um pensamento explosivo.
Durante o percurso, tento manter a minha mente ocupada com a fileira de formigas que se forma a centímetros dos meus pés. Ouvi dizer que se algo bloquear o caminho delas, todas ficam desnorteadas.
Sinto-me como a fila de formigas. Matthew está impedindo o meu caminho.
Estou perdida em meio a centenas de pessoas, que se comprimem por toda a trajetória em direção ao refeitório.
Vejo Fallena.
Vejo Matthew.
Lissa está vindo em minha direção.
Viro-me e tento me transpor por entre dezenas de jovens que andam na direção contrária a mim.
Permito-me espiar por cima do meu ombro e não a vejo mais.
Poderia jurar que a vi, há alguns segundos.
Peco a fome e continuo andando em direção ao meu cômodo.
Tudo que vejo á minha frente são adolescentes com casacos de tonalidades escuras e olhares insurgentes.
Tento desviar deles, mas tudo que consigo é ser empurrada para trás. Eles parecem não se importar.
- Vá colocar a droga do capuz.
Escuto a voz de Lissa e congelo.
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