Fire Signs escrita por Sissa Melo


Capítulo 1
The Worst Day Ever


Notas iniciais do capítulo

Nuvem pinico batata frita cupcake cubinhos de açúcar capuccino DO-RI-TOS
tá, chega de palavras aleatórias.
Então, como eu já disse nas notas do autor - aposto que você não leu- no nome de todos os capítulos eu coloco o título de uma música que tem algo a ver com o capítulo, pra acompanhar e você ouvir EM VOLUME BAIXO (se não os vizinhos jogam sapatos em você, se prepara) enquanto lê a fic - eu não tô te obrigando a ouvir nem a gostar das músicas.
Mentira, na verdade eu tô sim.
Então abaixa o volume do seu PC lindo, abre o explorer MENTIRA, NÃO ABRE O EXPLORER PELAMORDEDEOS e põe música The Worst Day Ever, da banda Simple Plan e BOA LEITURA *u*
PS.: NÃO ABRA O EXPLORER



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Estou presa por quatro paredes de pedra. O local é úmido e desconfortável.

Divido a pequena sala com outras pessoas que não reconheço.Todas elas olham desesperadas para o céu.

Viro-me.

Algo me impede de olhar para cima.

Uma mulher abaixa a cabeça e percebo que há duas cavidades vazias no lugar de seus olhos.

De repente, um barulho estridente quebra o silêncio e o chão abaixo de mim desaparece como num fade, reduzindo-se a pó. Tento segurar-me nas paredes, mas estas desabam sonoras.

Estamos caindo em direção ao desconhecido.

O despertador toca. Cinco horas da manhã.

Abro a janela e vejo a bela cena de pedreiros cantando um tipo de música que não consigo identificar. O que me dá vontade de abrir a janela, apreciar o sol e me jogar do sétimo andar.

Tudo bem, isso já é um pouco de exagero, mas mal consigo levantar-me da cama sem que meu pensamento se volte ao “Reformatório de Verão”.

Reformatório e verão são palavras que definitivamente não combinam.

Recapitulando o meu ano, fui expulsa do antigo colégio quando os professores começaram a colocar na cabeça que eu tinha algum tipo de D.D.A.

Distúrbio de Déficit de Atenção.

Ou, como eu prefiro chamar "D.D.D"

Distúrbio do Déficit de Detenção.

Eu era “convidada” a sair de sala no mínimo uma vez por dia, até que decidiram inovar e me expulsaram do colégio de uma vez.

O primeiro dia era sempre a mesma coisa.

Eu sempre chegava atrasada, atravessava o corredor quase voando, me esbarrava em alguém importante -normalmente professores ou diretores, o que fazia com que eles me odiassem- e finalmente entrava na sala.

Minha entrada era sempre triunfal.

Ou eu tropeçava no cadarço e caía de cara no chão, ou entrava na sala errada e fazia uma cara de porta, enquanto saía em silêncio.

Pode apostar, esse é o ano do cadarço desamarrado.

Espreguiço-me enquanto levanto devagar, acordando aos poucos.

Arrumo-me, tomo café da manhã e...

Voilá, já estou atrasada.

Sinceramente, não sei como o tempo passa tão rápido.

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Meus pais me levam de carro até o Via Solis.

Esse nome me parece pertencer a um sanatório.

Não que o reformatório não parecesse um.

Logo na entrada, há dois grandes portões com barras de metal enfileiradas, formando as iniciais V&S.

Pela enormidade dos portões, imagino a rigorosidade do local.

Meu pai salta e abre a porta para mim, tirando as minhas malas do fundo do carro enquanto a minha mãe pega o formulário e vai checar com um segurança parado em frente aos portões.

Estou parada em frente ás enormes portas de ferro. É completamente inadequado me mandarem para cá.

Aqui é onde os "jovens problemáticos" ficam.

Ou seja, com "jovens problemáticos", eles se referem á "jovens sem juízo que sempre fazem besteira".

Vulgo: Eu.






















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