Dreamed Of A Paradise escrita por I Am The Mockingjay


Capítulo 7
Primeira Conversa


Notas iniciais do capítulo

GEEEEEENTE! Então, é o seguinte: Estamos cada vez mais perto do 10º cap e também cada vez mais perto de eu começar pedindo 10 comentários. Obrigada por aquilo que estão comentando, sério. Fico muito feliz que estejam gostando e isso realmente me incentiva a continuar a escrever, escrever e escrever. Por agora, falamos no fim!



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– …sponda! Katniss! Fala comigo, você está me escutando? Katniss! – Só conseguia ouvir ao de longe a voz frenética de Peeta enquanto ele sacudia meus ombros sem parar vezes e vezes seguidas. Aos poucos abri os olhos e olhei em minha volta em responder ao chamamento que ele fazia. – Porra Katniss! O que deu em você? Você está bem?! Você apagou completamente! – Ele parecia preocupado. Quando voltei meu olhar para ele é que realmente vi a preocupação espalhada em seus olhos e também um pouco de receio.

– O que você pensa que está fazendo?! PORQUE MERDA VOCÊ TINHA AQUELA MÚSICA TOCANDO AQUI? PORQUÊ?! – Perguntei enquanto saltava daquela maca onde estava buscando por sair dali, mas então senti que ia cair em meus próprios pés com tamanha a fraqueza que sentia, e os braços de Peeta vieram ao encontro de meu corpo me impedindo de cair. – ME SOLTA! – Gritei com a raiva a começar a tomar conta de mim. Porque ele tinha que estar a ser assim tão carinhoso comigo uma vez que nem sequer me conhecia e não passava de um médico? Tentei dar-lhe um empurrão, mas ele apenas riu e me segurou ainda mais perto.

– Porque você veio sozinha Katniss?

– Porque você não larga de me chatear?!

– Hmmm… porque me pediram para ser seu psicólogo?

– ME SOLTA! – Protestei novamente sem responder à sua pergunta.

Então ele me soltou rapidamente fazendo com que eu acacbasse de cair de cara no chão. Tentei me apoiar com os braços, mas nem assim consegui evitar bater com meu queixo.

– FILHO DA PUTA! VOCÊ ESTÁ LOUCO?! – É… por mais que tentasse eu não conseguia parar de gritar. A raiva estava demasiadamente em mim, e era claro que eu precisava de sair dali naquele exato momento. Foi a vez de Peeta se sentar ao meu lado sem eu sequer ter tido tempo para me sentar.

– Porque você não veio com Finnick e Annie? Se eu não encontrasse você a meio do caminho, com toda a certeza que eu não encontraria você e você acabaria perdida algures por ai.

– Eu não sou assim tão lerda ou distraída para me perder. Acho que ainda me lembro das ruas. Vivo aqui há 2 anos! – Returqui. No seu rosto surgiu uma expressão de completa curiosidade.

– Quer me falar sobre a sua vida, Katniss? – Questionou assim que eu tive tempo suficiente para me sentar. Passei as mãos por meus cabelos e cruzei as pernas cruzando os braços sobre meu peito. Em seguida quando entendi que ele queria saber o meu passado é que dei por mim em um beco sem saída. Realmente eu não sei se saberia o caminho de volta para casa… talvez mais tarde ele me levasse até casa? Katniss, você está querendo que ele leve você para casa, está louca mano?!

Não há muita coisa interessante na minha vida… - Mordi meu lábio inferior.

– Todos nós temos algo bastante interessante na nossa vida. Se quiser eu posso começar por te contar o que quiser sobre a minha. Não tenho nada a esconder.

– A sério? – Perguntei admirada.

– Claro. Então… meu nome é Peeta Mellark. Tenho 25 anos. Nasci em Londres, meus pais ainda vivem lá e têm uma padaria. Em meus tempos livres amo pintar tudo o que vejo, gosto também de viajar… estou neste trabalho porque quero ter uma casa só minha, com um grande jardim e uma piscina. Quero uma família só minha e acima de tudo, meu maior sonho é conseguir dar a volta ao mundo.

Tive que arregalar os meus olhos. Ele nasceu em Londres e tem o sonho de dar a volta ao mundo. Eu alguma vez o conhecera? Impossível…

– Eu… hm, ah… eu também nasci em Londres. – Disse enquanto dava um sorriso completamente seco. Em minha cabeça rodava aquela imagem de alguma vez ter conhecido Peeta. Eu me iria lembrar de ter um amigo como ele, não? Acho que todos à face da terra iriam se lembrar.

– A sério? Isso é interessante! Eu quando era mais pequeno tinha uma amiga a quem eu dava um nome bastante parecido com o seu. Eu não lembro ao certo o nome dela, mas eu sempre a chamava de Catnip. – Comentou.

Eu não consegui evitar a rir. Nunca em toda a minha vida havia escutado um nome tão engraçado como o que ele acabara de dizer a que chamava a amiga. Pobre garota… aquele nome era horrível! Ele riu-se comigo e então eu tentei buscar mais alguma coisa para dizer.

– Bem… Finnick disse para eu alinhar as coisas da minha vida sempre das mais fáceis para as mais difíceis. Ele disse que isso iria me ajudar a me concentrar e não ficar louca. – Tive que rir novamente. – Se bem que eu acho que a parte de me tornar louca já está fora de questão. Acho que sempre fui assim.

– Existem várias definições para loucura.

– Meu nome é Katniss Everdeen. Tenho 23 anos. Vivi quase toda minha vida em Londres. Me mudei para Nova Iorque com Cato… há 2 anos. Namorei com ele 3 anos. Nunca mais o voltarei a ver. Clove irá pagar por aquilo que fez, ela precisa pagar. Mas até lá eu ficarei aqui. Sofrendo.

Um silêncio inquietante se formou na sala onde estávamos. Aquilo devia ser com toda a certeza o consultório dele. E assim que disse as coisas por esta ordem ele me olhou com um certo espanto. O que o tinha surpreendido? O facto de realmente ter vivido em Londres? Mencionar dois nomes que para ele deviam ser desconhecidos? Eu ter dito por mim mesma que estava sofrendo? Ah! Tantas coisas que eu poderia dizer sobre mim que o deixariam em choque ou teriam outras reações e ele teve mesmo que ficar assim quando eu dissera isto? Que homem tão fraco.

– Quer me falar sobre a sua relação com Cato? Porque você nunca mais o irá ver. Como diz o ditado: “Nunca diga nun…”

– Ele foi morto. – O interrompi.

Ele ficou a olhar para mim com a preplexidade agora a dominar todo o seu rosto. Sua boca estava aberta em espanto e seus olhos arregalados com a surpresa. Olhei para baixo e forcei minhas unhas contra a palma de minhas mãos. E se as minhas unhas me cortassem? Talvez a dor fosse menor do que aquela a que estou acostumada. Talvez a dor não fosse tão insuportável. Fechei os olhos até que senti que ele se aproximava de mim para ficar sentado ao meu lado no chão.

– Eu lamento imenso…

– Todos lamentam. Eu o achei morto. Clove, a ex namorada dele, deve ter recebido o nosso convite de casamento e quando, um dia, cheguei a casa do trabalho… eu vi uma jarra que me fora oferecida destruída e marcas de sangue até ao nosso quarto. Ele já estava morto quando eu o achei.

– Isso… - Ele procurou pelas palavras certas até que continuou. – Isso é horrível.

Eu apenas acenei com a cabeça devagar até que ele soltou um suspiro e se levantou, estendendo a sua mão para mim. – Katniss, eu não quero ser apenas seu médico. Você tem amigos. Eu vi o quanto Finnick e Annie se preocupam com você.

– Eles se preocupam, mas eles têm a vida deles… - Respondi e então segurei na sua mão que imediatamente me ajudou a levantar rapidamente. – Mas eles não irão ficar comigo eternamente. Eu não quero ocupar a vida deles mais do que já ocupei.

Peeta sorriu e levou a mão até ao meu rosto o acariciando com o seu polegar. Encostei meu rosto contra a sua mão enquanto ele sorria. Fechei meus olhos e deixei-me aproveitar aquele carinho. Katniss afaste-se! AGORA! Minha mente gritava aquilo vezes sem conta até que, como um aliado, um toque daqueles irritantes de telefone ecuou pela casa afastando-me da atitude de Peeta e ele mesmo do transe em que se encontrava. Ele me olhou e deu um sorriso para em seguida murmurar uma desculpa qualquer e se retirou do quarto andando até ao lugar onde antes estavamos os dois.

– Alô?

– Mano! Nós não sabemos onde está a Katniss! Ela sumiu! Buscamos pela casa toda mas não a encontramos. – Finnick dizia do outro lado do telefone e apenas consegui escutar uma risada da parte de Peeta.

– Calma. Respira manolo. Ela está aqui.

ELA FOI SOZINHA PARA AI?

É… parece que ela tem um melhor sentido de orientação do que aquilo que você me contara. Sinceramente, Finnick… você deveria ter um pouco de mais confiança na garota. – Peeta acabou a frase quase que em um sussurro e eu que tentava escutar a conversa ficava a cada segundo mais curiosa do que no segundo anterior. O que Finnick dissera assim tão mau que fizera Peeta dizer-lhe para ele ter mais confiança em mim? Ninguém poderia ter confiança em mim, muito menos Finnick. Eu iria acabar por desapontá-lo de um modo ouded outro. Eu sempre fazia isso.

Eu vou pegá-la imediatamente! Ohhh, essa guria irá escutar um sermão tão grande que nunca mais na vida irá saber o que ouviu dos pais até agora! – Finnick prometeu com uma certa raiva. Peeta riu-se de novo e então abanou a cabeça de um lado para o outro.

– Deixe-se estar Finnick. Eu mesmo a levarei para ai. Ela fica comigo a manhã inteira.

É isso? Peeta disse que eu ficaria com ele a manhã inteira? Apoiei as mãos no chão e fiz com que, ainda sentada, recuasse um pouco para conseguir encostar a cabeça na parede e que um sorriso surgisse em meu rosto. Obrigada, Peeta.


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Notas finais do capítulo

5 comentários gente! GO GO GO.