Midnight escrita por BiancaSalvatore


Capítulo 2
2. Love




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Agora comecei a entrar em pânico, não tenho o que vestir. Tenho mil e um vestidos no armário e nenhum se adequa. Fui tomar banho para tentar abstrair-me da roupa. Tomar banho geralmente costuma acalmar-me, o barulho da água a correr, a água quente a bater-me nas costas sempre foi relaxante, mas não hoje.

Sai do banho e olhei para o relógio, 17:29h. Ainda tenho tempo, porque não caprichar um pouco? Resolvi ondular o meu cabelo, hoje será o dia de mudanças, o cabelo não será exceção.

Ondulei o cabelo, e maquilhei-me. Coloquei batom vermelho, tinha uns ótimos lábios para isso, e nos olhos, sombra preta. Raramente o faço, mas hoje apeteceu-me. Fui para o quarto com a tolha em volta do meu corpo e enfrentei o drama da roupa. Abri o guarda-vestidos, sentei-me na cama e fiquei a olhar para os vários vestidos que lá tinha pendurado. Dois vestidos chamaram-me á atenção.  Um preto e um vermelho. Tirei o vestido vermelho do cabide e pousei-o em cima da cama. Era um vestido caicai, com as costas decotadas até ao fundo destas. Experimentei-o. O vestido era longo e tapava-me os pés, mas ficava-me lindamente, tenho que admitir. Comprei-o em saldos numa loja, cujo nome já não me lembro, esperava usá-lo em alguma ocasião especial mas nunca tive oportunidade para tal. Parece que a ocasião especial vai ser hoje. O vestido ficava maravilhoso com o tom moreno da minha pele e agora só faltava os sapatos. Hoje é dia de mudança, porque não levar mais longe? Resolvi calçar uns saltos altos, algo que não costumo fazer. Abri novamente o armário e olhei para aquele par de sapatos específico. A minha mãe deu-mos, dias antes de morrer, para o baile de finalistas. Faltava 2 anos para o baile de finalistas, mas ela estava tão ansiosa para mos comprar que o fez assim que teve o dinheiro. Nunca os usei. São os Christian Louboutin mais lindos que já vi. São pretos, com um salto astronómico, e o salto tem o maravilhoso padrão animal, tigresa. Calcei-os e a combinação vestido-sapatos era simplesmente perfeita. Agarrei na minha pequena mala preta, e meti lá dentro as chaves de casa, o telemóvel, o batom vermelho e a carteira com os meus documentos, cartões e dinheiro. Era tudo o que lá cabia mas também tudo o que poderia precisar. Olhei para as horas. 18:52h, como o tempo passou rápido.

Desci as escadas em direção á cozinha, peguei num papel e numa caneta e escrevi um bilhete para o Jeremy:


“Jer,

Vou jantar fora, não te preocupes, eu estou bem. Vou com o Damon (não faças esse olhar). Não sei a que horas volto, nem sei onde vou. Se vieres jantar a casa, tens a massa do almoço no frigorifico. Não esperes por mim.

Beijos, Elena.”

Prendi o bilhete no frigorífico com um íman. Agora só falta o Damon. Estou curiosa para saber onde vamos. Ouvi um carro a parar e dirigi-me para a porta. Enquanto isto, a campainha tocou. Sorri. Velocidade sobrenatural.

Abri a porta e por uns segundos, a cara do Damon foi impagável.

- Estou bem vestida para a ocasião? – perguntei a medo.

- Er… est… estás espantosa. – Sorri. Acho que nunca vi o Damon sem palavras, senti-me á beira de um AVC de tão feliz que estava.

Fechei a porta de casa, quando o Damon me agarrava pela mão e me dirigia até ao carro. Eu de mão dada com o Damon, senti espasmos no estomago de tão nervosa estar. Entrei no carro assim que ele me abriu a porta. Quando meti o cinto de segurança já ele tinha metido o carro a trabalhar.

- Então já podes dizer onde vamos? – Perguntei com curiosidade.

- Vamos jantar fora, como te tinha dito. – Olhou para mim sorrindo.

- Vais continuar com essa tal surpresa?

Olhou para mim e piscou-me o olho. Olhei pela janela do carro para tentar perceber para onde estávamos a ir e a única coisa que reconheci, foi a autoestrada. Tentei clarear a minha mente para acalmar o meu nervosismo, sentia-me uma rapariga de 13 anos prestes a dar o seu primeiro beijo. Conheci a música que estava a passar na rádio e automaticamente aumentei o volume.

- Tive com o Stefan esta tarde, depois de ter saído da tua casa. Ele estava para lá de bêbado. Vocês discutiram? – perguntou-me.

- Damon, porquê que me convidaste para ir jantar contigo?

Ele não me respondeu, nem olhou para mim mas vi ligeiramente a sua boca a contrair-se.

- Sabes bem que nós acabámos, daí estarmos aqui agora. Então, porquê que me estás a perguntar isso? – Agora ele intrigou-me.

- Quero ouvir isso vindo de ti. Quero ouvir que acabaste com ele. Quero ouvir que eu tenho uma hipótese, nem que seja uma pequena.

- Então pergunta-me porquê que acabei com ele.

- Porque que acabaste com ele, Elena? – Olhou para mim com aqueles seu profundos olhos azuis e derreteu-me por dentro.

Senti a velocidade a aumentar. Diminuí o som da música e virei o meu corpo para ele.

- Acabei com ele por causa de ti, Damon. – Respondi enquanto estendi a minha mão sobre a mão dele que se encontrava na alavanca das mudanças.

A expressão do resto dele era confusa, olhou-me sem falar nada para de seguida voltar o olhar para a estrada.

- Por causa de mim? – Perguntou-me confuso.

- És o meu melhor amigo Damon, és tu quem me compreende e me apoia e neste momento deves ser a única pessoa que não olha para mim como a “Elena Vampira” mas sim, a mesma Elena de sempre. Eu estou igual para ti ou pelo menos, tratas-me de igual forma.

- Se queres que te diga, acho que nunca te vi mais viva, mais feliz como agora. A “Elena Vampira” fica-te na perfeição. – Sorriu-me.

Apercebi-me que chegamos quando o Damon estacionou o carro. Era um lugar lindo. Um restaurante no extremo de uma colina, com uma vista maravilhosa para a cidade. Ele desligou o motor e olhou-me.

- Com fome?

- Nem por isso. – Sorri.

- Ainda bem porque não viemos comer. – Disse, saindo do carro. Fiquei confusa. Estamos em frente a um restaurante e não vamos comer?

Damon abriu-me a porta do carro e ajudou-me a sair.

- Então se não vamos comer, vamos fazer o quê? – Perguntei. O meu nervosismo passara e fora substituído por curiosidade.

- Vamos dançar.

Deu-me a mão e levou-me para dentro do mato que se encontrava nas traseiras do restaurante. Arrependi-me de ter calçado os saltos altos. O Damon deve ter reparado nesse pequeno percalço, apesar de eu me equilibrar bastante bem, a minha passada era ligeiramente mais lenta. Ele num ápice, pegou-me ao colo.

- Damon?!

- Assim chegamos mais rápido. – Explicou.

Quando dei por mim estávamos em frente a uma casa lindíssima. Uma casa no campo. O exterior era magnifico com a parede em pedra e as portadas da janelas em madeira, o portão da garagem era grande o suficiente para entrarem dois carros. O Damon dirigiu-se á porta de entrada. Esta era também em madeira, e no centro tinha uma pequena janela com ferros pretos a proteger.

- Que casa é esta? – Perguntei, completamente abismada com cada detalhe.

- É minha. Gostas?

- Tua? Tua como? – A admiração na minha voz era óbvia.

- Comprei-a á algum tempo. É o meu sítio de refugio. Longe do Stefan, e de todos os problemas. Como o Stefan está lá em casa do nosso tio, resolvi trazer-te aqui. Temos mais privacidade. – Sorriu-me.

- Uau, é linda Damon. – Disse num suspiro.

- Espera então até veres o interior.

Dito isto, ele tirou a chave do bolso e destrancou a porta. Se o exterior já me tinha surpreendido, o interior ultrapassou todas as minhas expectativas, para melhor.


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Notas finais do capítulo

É a minha primeira Fanfic, espero que não esteja muito mau. Obrigada a quem ler isto.



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