Memories That Fade Away Like Photographs. escrita por carolmzs


Capítulo 5
VI


Notas iniciais do capítulo

esse foi bem curtinho.



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Your love is the barrel of a gun.

O efeito de sua voz entrando por meu ouvido foi o pior e o melhor possível. Seus dedos ainda apertavam meu braço, não machucavam, mas eram firmes e quentes. Eu podia jurar que aqueles segundos estavam passando em câmera lenta, ou o mundo havia parado de girar, ou eu estava sonhando. Eu simplesmente não sabia o que fazer. Eu havia perdido todos os sentidos, tudo que eu sentia, na verdade, eram minhas pernas cedendo.

Calma, Alícia. FOCO.  Pensei comigo mesma pela décima vez naquela noite. Lentamente, me virei de frente para ele. O filho da puta sorria. E que sorriso. Um misto de divertimento e ansiedade passeavam por seus olhos, aguardando minha resposta. Tudo que eu conseguia era analisar seu rosto. Suas bochechas levemente rosadas, seu sorriso maravilhoso, seus cabelos, que agora estavam mais claros do que eu me lembrava. Seus olhos tão expressivos e tão reconfortantes. Seu cheiro familiar, mas misturado com algum perfume provavelmente caro e de marca que ele podia bancar agora... Tudo me fazia tremer. Estupidamente perfeito. Irritantemente fascinante. Eu me sentia uma adolescente de 15 anos pateticamente apaixonada.

E, bem, isso não deixava de ser verdade em partes. Afinal, eu tenho 18 anos.

Mas aí, a avalanche de todas as coisas que ele me disse naquele dia chuvoso preencheram minha mente. Então, me vi levando minha mão a seu rosto.

E assim, dei um tapa tão forte em seu rosto, que minha mão adormeceu.

Rapidamente seu sorriso se desfez e ele levou a própria mão a bochecha com uma expressão de espanto e dor, como se ele não acreditasse que eu havia feito aquilo. Para falar a verdade, eu também me surpreendi com a repentina atitude vinda de mim, mas ao mesmo tempo, senti orgulho. Fiz minha melhor cara de superior e saí andando, procurando por Carol para contar o acontecimento. Não a encontrei em nenhum lugar, e, presumindo que ela deveria estar se enroscando com Danny em algum lugar, mandei a ela uma mensagem de texto e saí do lugar. Que noite.

Cheguei em casa exausta, me lembrando de todos os acontecimentos e me sentindo um lixo. Eu nunca gostei muito de mim, na verdade. Sempre um defeito ali e aqui. Sempre me sentindo a pior pessoa, em todas as hipóteses. Sempre me sentindo (e sendo, literalmente) pequena. Mas aí, sempre ignorava esses sentimentos. Com toda a certeza do mundo, não sou a única que me sinto assim. E também sempre fui muito independente, logo, nunca tive tantos problemas relacionados a pessoas. Quer dizer... só há uma exceção. E assim, Niall retorna à minha cabeça. Sempre assim. Tudo me lembra ele. Tudo me leva à ele. Tudo.

Sempre ele, pra sempre ele...


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