My Little Devil escrita por Drica


Capítulo 4
As Palavras de Lucinda


Notas iniciais do capítulo

GEEEEEEEEEMT, FELIZ PÁSCOA ♥ Desculpem pela demora e tudo mais, mas esse capítulo é muito especial! É O PRESENTE DE ANIVERSÁRIO DA MINHA SHELBY *-* Que está completando 15 aninhos hoje e é muito linda. Feliz Aniversário Shel, e feliz páscoa galero.
ENJOY IT!



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A casa dos Grigori era grande e plana, branca e cercada de peônias, dois andares de pura elegância e toques sutis de simplicidade, como casarões de famílias antigas. Luce nos contou que estava cheirando uma peônia quando viu Daniel pela primeira vez. De acordo com as palavras dela "não existia nada mais profundo e lindo que os olhos de Daniel" e ele, um pouco envergonhado, retrucou que "ela era uma completa estranha para ele, mas, no fundo, ele sabia que a conhecia". E contaram a história do casamento, o nascimento de Angel e tudo mais. Eles tinham vários álbuns de fotos. Formatura, casamento, Angel, viagens á Londres, Rio de Janeiro, Milão, Roma e Moscou... Eram várias fotos, e, em todas elas, os olhos dos dois brilhavam de felicidade.

Gabbe não sabia o que era mais lindo; o fato de eles estarem juntos e felizes, ou o fato de que, mesmo depois de milênios, o amor deles ainda era o mesmo. Ela queria poder se abrir, dizer a eles que a história deles ia além do normal, além do século XXI, além da mortalidade, mas decidiu guardar toda a emoção para si mesma. Gabbe não queria assustá-los logo de cara.

Todos eles estavam sentados em volta de uma mesa redonda, na varanda, vendo o pôr-do-sol, tomando chá gelado - Gabbe não gostava muito de chá gelado, mas estava tão feliz, que nem se importou com o que estava bebendo.

Daniel tinha contado alguma piada, e tinha feito todo mundo rir. Ele parecia outra pessoa. Apesar de estar perto dos trinta, ele era irreverente e espirituoso, como a filhinha Angel. Gabbe não conseguia acreditar que aquele Daniel Grigori eraoDaniel Grigori. Ele parecia outra pessoa. E Luce parecia uma máquina de gargalhadas, loucamente apaixonada pelo marido e super atenciosa com a filha. Ela também parecia mais radiante e madura, determinada e destemida.

Admirada com o que eles se tornaram, Gabbe não conseguia parar de sorrir.

- Bem - começou Luce, com um sorriso nos lábios - Alguém quer bolo? É de laranja.

- Eu te ajudo - disse Gabbe se levantando.

- Não, não precisa.

- Mas eu quero.

Luce sorriu e segurou a mão de Gabbe, levando-a para dentro. Ela pareciaefervescentee energética de mais para alguém que estavatãográvida. Talvez fosse a ansiedade pela chegada do bebê ou alguma vitamina que ela estava tomando que a deixava "alegrinha". Ou talvez fosse simplesmente a felicidade. Luce estava tão feliz e satisfeita com a vida que tinha que não conseguia se conter.

- Sabe - Luce disse, e deu um sorriso parecido com o que Angel deu a tarde inteira - Acho que vocês dois formariam um belo casal.

Gabbe estava tão distraída que não entendeu bem o que Luce quis dizer.

- O que?

- Você e aquele cara de olhos verdes. Cam. Vocês formariam um belo casal.

Gabbe quase deixou a xícara se espalhar em mil pedaços no chão. Quase. Ela obrigou a si mesma a manter o controle.

- Por que está falando isso?

- Porque não sou cega. Porque eu si como vocês se olham e porque eu sei como é bom amar. Quero que você saiba como é.

Gabbe fechou os olhos com força - ela não devia pensar nisso. Mas não conseguiu evitar. Cam tinha feito uma loucura na cabeça dela.

O caderno. Todas as páginas tinham o nome dele. Gabbe sempre escrevia sobre Cam. Sobre como ele era enigmático, instável, e fechado. Ou sobre como ele era atraente, desconcentrante, ou como sua voz era sexy e como seus olhos eram penetrantes. O frio na barriga ao estar próxima dele. O medo de olhá-lo nos olhos. A vontade de reconfort´-alo e o subto desejo de deixá-lo á vontade.

E quando ele a salvou. Os braços de Cam a seguravam como se ela fosse a coisa mais importante do mundo, como se Gabbe fosse a única coisa que ele não suportaria perder. Ela nunca tinha ficarem tão loucos como naquela noite. Gabbe nunca o vira tão preocupado. E, secretamente, ela sentiu um urgente desejo de beijá-lo. Não apenas quando ela a salvou. Ela havia pensado nos lábios cor-de-rosa dele – o quão macio eles seriam? Gabbe estava louca para saber.

Não. Não, não, não.

Ela não devia estar pensando nessas coisas. Gabbe queria se bater só por se imaginar beijando Cam. Não, se bater, não. Pior. Ela queria morrer. Simplesmente se deitar no chão de madeira da casa dos Grigori e morrer.

Gabbe e Cam eram absolutamente diferentes um do outro. Não só por serem um anjo e um demônio, mas sim por serem eles mesmos. Ohe para Gabbe, olhe para Cam. O que eles têm em comum? No entando, as diferenças entre eles eram uma lista interminável.

E ainda tinha Lilith. Fazeia muito tempo, mas Gabbe sabia que um amor não se apaga tão facilmente. Cam tinham se entregado inteiramente á ela e quando ela o abandonou, ele levou o coração dele junto. Lilith o deixou vazio. O transformou em um cético oco, sem sentimentos.

- Somos tão diferentes. – gemeu Gabbe – Não posso pensar nisso. É perda de tempo.

Luce estava de costa para ela, guardando as xícaras em uma prateleira cheia de xícaras bonitinhas. Ela se virou para Gabbe com um sorriso nos lábios.

- Acho que você sabe o que é bom para você. Mas seu coração sabe o que é melhor para ele mesmo. Ouça-o. Siga o seu coração. Ele nunca vai guia-la para o lugar errado, ou para a pessoa errada.

Aquilo deixou Gabbe sem palavras. Porque Luce estava certa. Seu coração havia guiado-a para Daniel milhares de vezes antes. Mas no momento Gabbe não sabia se seu coração tinha alguma utilidade, além de bater.

- Você vai encontrar as respostas, Gabbe. Não se desespere.

Mas como Gabbe era meio inversa, começou a sentir vontade de chorar. Ela nunca imaginou que Lucinda lhe daria cocelhos amorosos. Nem em um milhão de anos. Parecia mais um sonho do que realidade. Um daqueles sonhos completamente sem sentido.

Luce olhava para ela, esperando que Gabbe tivesse alguma reação. A bela anja segurou as duas mãos de Luce e sussurrou:

- Obrigada.


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Notas finais do capítulo

Foi meio sem graça, eu sei. Mas FELIZ ANIVERSÁRIO, SHELBY LIMDA STEVENS, EU TE AMO ♥