Maiores Pesadelos da Humanidade escrita por B Chan


Capítulo 4
Momentos de gloria


Notas iniciais do capítulo

Este capitulo serve mais para mostrar quem é o general Felix. Queria começar logo com o próximo pesadelo, mas se o fizesse a historia ficaria muito atropelada.
Ah, este capitulo me deu a ideia para uma parte especial, ou um extra, mas ainda não sei se vou posta-lo, tudo depende do meu tempo. E do interesse dos leitores, obviamente.
Boa leitura ^^



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Legenda: “narração do jornal”

Termo usado para se referir aos monstros: eles


“O clima tenebroso antes estabelecido em Pollux diminuiu ontem permitindo o surgimento de sorrisos no rosto de alguns habitantes. A taxa de mortos por dia caiu para dez. Não se sabe ao certo o que aconteceu, mas nenhum corpo foi encontrado queimado ou horrivelmente dilacerado. Há apenas relatos de que a Dex-Dawn está envolvida no caso, com o general Felix no comando.

Infelizmente eles não completaram totalmente sua tarefa. Cadáveres foram desenterrados na área glacial, provavelmente subterrados por uma avalanche incomum. Pessoas também foram mortas no lago Ness, como de costume, e os relatos do hospício em relação aos pacientes não melhoraram nada. Pollux não estará tranquila enquanto eles ainda estiverem à solta.”


A imagem fosca das costas do general treme a frente de Lucy. Esta acabou de abrir os olhos escutando apenas o zumbido da televisão em algum lugar. Quando abre bem as pálpebras dá de cara com Felix montando algo em uma bancada. Ele manuseia os instrumentos a sua volta com leveza e desmonta as peças com cuidado. Qualquer um que o veja nesta cena se perguntaria como um rapaz igual a Felix se tornou general, pois grande parte deles é bruto não tendo paciência na montagem de equipamentos. Talvez esta paciência o tenha ajudado a montar seu plano de vingança.

Lucy sente como se houvesse chumbo em sua cabeça apesar de não existir nada a envolvendo. A bola de metal foi retirada, a única coisa presente agora é um calombo formado pelo impacto. Por compensação, seus braços pesam fortemente. Estão com duas bolas de metal prendendo as mãos uma de cada lado levando os dois a se encontrarem atrás das costas da mulher deixando-a bem reta no encosto de uma cadeira a frente do general. Ela pisca algumas vezes como se isso a fizesse melhorar. O que realmente pesa em sua cabeça é a humilhação provocada por Felix. Ter sido derrotada por uma dúzia de homens. Isto fere terrivelmente seu ego.

– Bom-dia, vossa senhoria – Diz o general ainda com os olhos sobre a arma na bancada.

A voz do rapaz faz a raiva esquentar a cabeça de Lucy. Ela tenta se levantar furiosamente, mas as bolas de metal a puxam para trás, então apenas solta um grito tenebroso concentrando toda sua ira nele com o objetivo de, pelo menos, fazer algumas chamas crescerem ateando fogo ao local. Porém nada acontece. Nada mesmo. O grito morre no ar gelado da sala.

A mulher, surpresa, encolhe os lábios. Sem deixar seu trabalho sobre a mesa Felix dá risada.

– O que você fez? – Pergunta Lucy com tom cansado.

– A pergunta certa seria, onde você está – Responde Felix.

A mulher franze o cenho e olha ao seu redor. Vê uma sala em tons pratas, moderna e praticamente vazia, se não fosse por três circunferências marcadas no chão bem ao centro e a bancada com equipamentos onde o general se encontra perto de uma janela de vidro retangular. Lucy suspira por saber o que a espera na sala, ela já está derrotada. Seu bafo quente escapa da boca ficando condensado logo à frente de seus olhos. Ela mira a própria marca que fez com seu bafo, torce o lábio, então deixa a cabeça cair sentindo sua testa se encostar a algo gelado. Ela se localiza dentro de um cilindro de vidro cobrindo seu corpo por completo. Este não permite que seus poderes funcionem.

O general pousa sua mão sobre uma peça e arranca com força.

– O que pretende fazer? – Pergunta Lucy descendo seus olhos do vidro que a cobre para o general.

Felix pega um tubo pequeno e luminoso, este encaixa dentro da arma.

– Pretendo capturar todos vocês – Diz – Depois elimina-los de uma só vez.

A mulher dá risada.

– Como?

O rapaz finalmente se vira para ela. Segura um pequeno revolver na mão. Lucy não demonstra, mas sente sua garganta apertar.

– Não duvide da capacidade de Theodor – Diz mexendo o braço que aperta o cabo da pequena arma – Ele é capaz de qualquer coisa.

– Não duvido da capacidade dele – Retruca a mulher – Mas sabe que o sucesso dessa missão depende da sua competência, não é mesmo?

Ela para por um tempo.

– E você já falhou varias vezes – Termina.

A expressão de certo modo antes alegre no rosto de Felix se torna seria.

– Desta vez é diferente – Retruca – Eu trouxe você até aqui.

– Claro – Diz Lucy se gabando – Agora falta apenas mais três. Que vitória!

– Não tente sair por cima, vossa senhoria – Responde Felix – Foi derrotada, está sob meu controle agora. Se eu fosse você ficaria quieto.

Lucy não fala nada apenas sorri com desdém.

– Pode me chamar de Lucy, se quiser.

Felix se põe a rir.

– Você é um monstro, não merece ter um nome bonitinho.

– Acha Lucy um nome bonitinho?

– Não.

Lucy faz bico.

– È bonito sim. Tanto quanto...Annie.

Ao ouvir estas palavras uma onda de raiva atinge Felix. Imediatamente ele levanta seu revolver e puxa o gatilho. Lucy solta um grito quando escuta um barulho estrondoso. Mas não sente absolutamente nada. O peso de suas mãos diminui de repente e o metal atingindo o solo pode ser ouvido. Ela olha para uma das mãos livre. Rapidamente Felix direciona o cano do revolver para a outra bola de metal. Uma luz vermelha sai de dentro dela seguida de um barulho acertando o metal no outro braço, assim o objeto abre e cai no chão.

Observando o susto no rosto da mulher o general ri.

– Viu – Diz ele – Tome cuidado.

Em seguida guarda a arma no bolso e sai da sala ainda com o sorriso estampado no rosto.

Ele anda vagorosamente pelo corredor cumprimentando todos que passam por sua pessoa. Finalmente chega a sala de controle da aero nave. Alguns soldados estão parados próximos a uma mesa analisando um mapa com expressões entristecidas. O general parece ser o único contente no recinto.

– Está Feliz, general? – Pergunta Theodor do canto da sala observando os próprios dedos enquanto devia estar ajudando os homens a montarem um plano.

– Sim – Responde Felix.

– Por quê? – Questiona o cientista desta vez transferindo seus olhos para o companheiro.

Ele dá de ombros e sorri, pois a resposta é obvia.

– Nos estamos com um deles preso em uma de nossas celas – Responde – Nunca estivemos tão próximos de eliminar pelo menos um deles.

– O que você vai ganhar eliminando-os? – Pergunta Theodor.

– Eu não sou a única pessoa que ira ganhar algo, doutor – Diz – Vou fazer um favor a humanidade!

– Se para isto é preciso matar soldados inocentes – Responde o cientista.

Felix franze o cenho fazendo Theodor suspirar e se aproximar dele colocando a mão sobre seu ombro.

– Companheiro, precisamos conversar a respeito de seu plano – Diz.

– Qual deles?

– Este ultimo, o que você sacrificou vidas.

O cientista diz esta frase como se o rapaz fosse o vilão da historia, fria e sombriamente.

Felix olha ao redor da sala surpreso. Estão todos com as cabeças baixas se lamentando. Não o olhando nos olhos.

– O que? – Diz Felix – Eu não sacrifiquei vidas. Não fazia parte do meu plano à morte deles.

Todos permanecem em silencio fazendo Felix ficar revoltado.

– Vocês vão me tornar o vilão? È isso? Milhares de pessoas morrem todos os dias por culpa daqueles quatro, e eu sou o vilão porque meus soldados morreram? Quero lembrar-lhes que não fui eu quem os queimou com lava!

O cientista Theodor continua com a mão sobre o ombro do amigo.

– Você pode estar cego pela vingança. Sabe, vamos mudar os outros planos. Podemos ir com mais calma. Você não ganhara nada ao mata-los, não vai vingar Annie...

– Cale a boca! – Grita Felix se soltando do ombro do companheiro. A menção ao nome de sua irmã geralmente o deixa nervoso.

– Eu sou o general aqui – Diz ainda alterado – Esta aero nave é minha e vocês estão sob meu controle. Não gostaram do plano? Azar. Vão obedece-lo. Melhor que morram alguns soldados que escolheram esta profissão do que varias pessoas inocentes por dia.

Dito isto Felix encara cada um dos presentes na sala depois se locomove ao motorista e o expulsa. Deste modo acelera o ritmo do automóvel para chegar mais rapidamente ao destino pretendido.

– O plano já está pronto? – Grita para um dos homens que leva um susto.

– Sim.

– Ótimo. Estamos nos aproximando do lago Nês.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem até o proximo capitulo ^^



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