Filhos Da Máfia escrita por Thalia Tsukiyomi


Capítulo 35
Capítulo 35




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Capítulo 35 - Amu Vai Presa! E Uma Promessa Para O Futuro de Uma garotinha!

Amu estava preste a abrir a porta de seu carro, até que uma mão firme e pesada pousa em seu ombro direito.

– Nagamashi Amu? - Perguntou o homem.

– Sim, sou eu. - Ela se vira e vê dois homens de ternos pretos, os mesmo mostravam os seus distintivos.

– Você está presa!

Em uma sala de interrogatório havia uma mesa, uma TV pequena e um aparelho de vídeo e duas mulheres sentadas, uma de frente para a outra.

A garota de cabelos rosados, tentava arrumar paciência para poder explicar tudo novamente pela nona vez, só que a mulher de cabelos loiros que tentava esconder seus olhos verdes atrás de uma fina armação com lentes, tentava arrancar qualquer informação ou a verdade!

– Senhora Delegada... - suspirou cansada Amu. - Já falei que essa garota no vídeo, não sou eu!

– Como não? Você mesma afirmou que a roupa que ela usa, é o uniforme de sua escola! - Falou a loira. - E além do mais, ela tem o mesmo cabelo que o seu, e pelo que calculamos, tem a mesma altura!

– Mas não quer dizer que sou eu! Vocês só têm vídeos das costas desta garota. Como vocês podem provar que ela é eu?

– Temos outras provas. - A delegada pega um envelope e o mostra. - Aqui tem fotos com o mesmo homem.

Amu pega o envelope que a mulher pôs em cima da mesa e o abre, de lá, ela retira algumas fotos de uma suposta garota que se parecia muito com ela e com o mesmo homem que se passava no vídeo. O mesmo mostrava algumas armas de fogo e munições. A garota foi passando as fotos até chegar à última, na imagem estava ela de jaqueta roxa, calça jeans, dando dinheiro para um outro homem, enquanto a mesma pegava uma sacola preta que parecia está um pouco pesada. ( N/A:. A do capítulo passado). Amu coloca as fotos dentro do envelope novamente e devolve para loira. Suspirou com a sua própria falha.

– Não nego, a última foto sou eu, mais as outras não. - Disse.

– Vamos, tenho mais uma prova, e vou lhe mostrar que a garota do vídeo é você. - Falou a delegada virando para a porta. - por favor, traga o outro suspeito.

Pediu para um policial que estava parada ao lado da porta.

Em alguns segundos, chega o mesmo com um homem novo, só que sua aparência era de uma pessoa bem mais velha, usava um short preto, uma blusa branca e por cima, uma blusa social listrada toda aberta, o mesmo estava com as mãos algemadas para trás, o mesmo se aproximava com o policial ao seu lado.

– Senhor Hideki, sou a delegada Rose. - Se apresentou a loira. - Tenho uma pergunta: Essa senhorita aqui é a mesma que lhe visitou em seus aposentos?

– Sim. - Ele leva o seu olhar para ela. - É ela mesma!

– Como é? – A rosada se levanta. - eu nem sei onde ele mora. - Exclama Amu.

– Nagamashi você está presa por importação e trafico ilegais de armas!

Um outro policial entrou e acompanhou a garota de cabelos rosas, a levou para entregar os acessórios e as roupas que estava para em troca do uniforme da prisão, que era um vestido cinza de mangas curtas um pouco em cima do joelho e uma sapatilha. Amu entregou os seus pertences e foi para a sua cela.

Onde ela estava, era uma prisão apenas para mulheres, onde tinha de todos os tipos: de assassina e traficante à ladras. E com a Amu não seria diferente, não receberia tratamentos especiais, a colocaram em qualquer cela. Nela havia duas mulheres, a garota entra e se senta no beliche de baixo, uma das mulheres se aproxima de Amu, a mesma era a mais velha, de aparência de 45 anos por aí, de cabelos curtos e bem bagunçados na cor escura, olhos castanhos claros. Ela mexe no cabelo de Amu, mesmo ele estando em um rabo-de-cavalo, e logo ela o puxa. A garota coloca uma de suas mãos em cima da mão da morena que ainda segurava os seus cabelos róseos, tentando livrar dela.

– Me solta! - Ordenou.

– Temos uma princesinha aqui. - falou a morena. - Seu cabelo é macio... Você é uma daquelas metida a riquinha, Não é? O que você aprontou para vim pra cá?

– Não fiz nada. - Respondeu. - Sou inocente!

– Ahh, claro! - A morena gargalha. - Todas nós somos inocentes.

A outra garota que estava ali, observando tudo, aparentava ser da mesma idade que a Amu, seus cabelos castanhos claros iam abaixo de seus ombros, em cima de sua cabeça havia um chapéu quase igual das enfermeiras, que também fazia parte do uniforme, usava quem quer, seus olhos violeta, estavam sem expressão... (N/A:. Imagem do capítulo)

Já era a hora da janta, e todas as detentas foram para o refeitório, lá havia várias mesas e algumas já estavam ocupadas, Uma fila se formava, para assim, as mulheres pegassem a sua janta. Amu foi quase a última a pegar a comida, que era uma tigela pequena de sopa e um pão. A garota de cabelos róseos procurava uma mesa para poder comer, Com a bandeja em mãos, Amu vai até a mesa que avistou, nela se encontrava aquela garota que está na mesma cela, ela estava sentada e em sua volta tinha três mulheres, e uma delas, era a mais velha, a morena que também estava na mesma cela. Amu se aproxima.

– Rikka, nos dê o seu pão. - Falou a morena. - Você está fraca, não precisa comer tanto assim! Você vai morrer mesmo. - Gargalhou enquanto tomava o alimento da mão da menina.

Enquanto Amu segurava a sua bandeja com uma mão, pousou a sua outra no ombro da valentona.

– Devolva a comida da garota! - Disse Amu séria.

– oras, quem você pensa que é? - Falou a morena dando-lhe uma cotovelada no rosto dela, Amu dá alguns passos para trás derrubando a sua bandeja. A rosada estava no chão com uma de suas mãos no rosto onde foi atingida, e provavelmente, estava sangrando. - Olha se não é a princesinha... - A morena fica do lado de Amu e chuta a comida dela.

Depois as três mulheres vão embora.

Amu passa as costas de sua mão no nariz para limpar o sangue, e bufa de raiva, ela estava fazendo o máximo possível para se controlar, senão ela seria capaz de matá-la! Ela se levanta e pega o pão de Rikka que estava no chão e o limpa, se aproximou da mesa onde estava a garota, que ainda não se mexeu um músculo, e estendeu o alimento para ela com o meio sorriso, sem jeito.

– Aqui está. Acho que dá pra comer. - diz Amu. A garota a encara. - Pode pegar.

– Se preocupe consigo mesma! - falou quase aos gritos. Ela se levanta e se retira da mesma.

Amu ficou sem entender nada do que estava acontecendo.

–--

Já era de manhã, e todas as detentas estavam no pátio pegando um pouco de sol.

Amu se aproxima de um oficial e pede para usar o telefone, já que ela tinha direito de pelo menos um telefonema. A policial a acompanha até um certo lugar, onde havia uns cinco aparelho de telefone, a garota digita uns números, esperando que a ligação completasse, porém, sem sucesso, então tentou mais uma vez, e nada de ninguém atender.

– A ligação não completou, será que mais tarde posso tentar novamente? - Perguntou para a oficial.

– Fora de questão! - Disse a policial. - Agora terá que esperar até amanhã.

Amu se chateou com isso, mais ficou conformada. Ficaria por mais uma noite... Infelizmente!

Voltou para o pátio e sentou-se em uma escada, um pouco longe, ficou encarando aquela garota de ontem. Rikka estava debaixo de um tonel de água, o mesmo estava sendo sustentando por algumas madeiras. Amu logo percebeu que aquilo estava pra cair, e quando o mesmo estava para desabar em cima da menina, Amu correu em sua direção e a empurrou, ficando por cima da mesma. A água alagou o pátio. Os olhos violetas curiosos, a fitavam.

– Você.. Você está bem? - Perguntou Amu saindo de cima da garota.

– Eu já mandei você se preocupar consigo mesma? !- Rikka se levanta.

– Eu acabei de salvar a sua vida, e é assim que você agradece?

– Mas eu não pedi isso, pedi? - Rikka a encarava. Parecia com raiva. - Porque uma riquinha mimada como você está fazendo aqui? Por que não vai se divertir em festas elegantes com um monte de pessoas cheias da grana, como todos os ricos fazem? Vocês ricos só sabem se gabar por terem dinheiro no banco enquanto tem várias famílias que não tem um centavo para alimentar seus filhos! Agora pegue o seu dinheiro e vá chorar nos ombros de seus pais!

Amu logo foi atingida com aquelas palavras dura. Abaixou a cabeça, fazendo sua franja cobrisse seus olhos.

– Eu não pedir para ser rica... E muito mesmo, para ter a vida que tenho.

A garota dos cabelos castanhos claros virou o rosto e abaixou a cabeça.

Qual era o problema dela?

Amu passou por ela e foi para a cela, deitou-se de um lado se deu corpo, olhando para a parede.

Riquinhos? Festas elegantes? Humf! Amu não era assim. Nunca pensou ser assim. Apenas queria ser uma simples garota, onde seus vários sonhos como de uma garota comum, pudesse ser realizado. Mas não. Seu destino foi ser uma das herdeiras do Diamante Negro!

Correr para os ombros de seus pais? Que patético! De onde ela tirou isso? Amu não tem lembranças de sua mãe lhe dando carinho e muito menos enxugando suas lágrimas. Pai? Nunca ouviu falar dele...

Depois do almoço, as detentas teriam que trabalhar como costureiras. Foram para uma fábrica perto.

Amu levantou o vestido que acabou de fazer, um lado da manga estava curto e a outra longa. Uma grande gota escorreu pela sua cabeça, mostrando o quanto era inútil nessas coisas.

Uma pessoa para perto dela.

– Você nem isso consegue fazer direito? - Perguntou Rikka.

Ela pegou o vestido das mãos de Amu, cortou o formato certo, e pediu para que ela saísse da máquina. Amu a observava.

– Obrigada. - Disse Amu.

A garota se levanta do banco e entrega a roupa, desviou o olhar.

– Desculpa por aquele dia... - Desculpou-se a garota. - Sobre as coisas ruins que falei sobre você.

Depois de algumas horas, elas voltaram para a prisão. Amu novamente pediu para fazer a sua ligação.

– Alô?

Quem fala?– perguntou uma voz feminina.

– Takius, é você? - Se animou Amu.

Amu-chan, onde você está? Estamos preocupados!

– Escute bem, Takius, pesa para Marley ligar para o meu advogado...

Advogado? O que está acontecendo Amu? Onde você está?

– Então... - Amu engole em seco. - Estou presa.

O QUÊ?! - gritou do outro lado da linha

– Takius, escute, não tenho muito tempo! - Reclamou a rosada. - Armaram pra mim, e agora estou presa. Preciso de um advogado, diga que pagarei por minha libertação e de mais um pessoa e..

– Nagamashi, seu tempo acabou. - Falou a oficial tomando o telefone da mão dela e colocando no gancho.

Como estava de noite, era hora da janta. E parece que Amu e Rikka ficaram amigas. Ambas estavam sentadas em uma mesa bem afastada das outra, enquanto comiam calmamente. Rikka para de comer, e fita a sua sopa.

– Ei, os ricos comem bem todos os dias, não é? - Perguntou desta vez olhando para Amu. - Deve ser bom. Quando eu renascer, gostaria de renascer rica. - A Amu a olha surpresa. Rikka voltou sua atenção para a sua comida - Minha mãe sempre disse isso também.

A partir do terceiro dia, novamente a Amu e Rikka estavam juntas no pátio conversando. O sol já estava para se pôr.

Amu esperava Marley chegar com o advogado para poder sair de lá e consigo Rikka também.

– Sabe... Eu já te vi nas ruas de Tóquio. - Comentou Rikka. - Mas sempre você estava com um rapaz.

– Sim.

– Eu não aguentava mais te ver, sempre acompanhada... Sempre sendo protegida. Mas minha irmãzinha adorava te observar. - Ela tosse um pouco.

– Você está bem? - Perguntou Amu a olhando.

– Sim.

– Rikka, nós voltaremos para casa. - Sorriu a Amu. - E você pegará a guarda de sua irmã!

Rikka havia contado a sua história para Amu, ela havia perdido seu pai ainda pequena e sua mãe faleceu um ano atrás. E o motivo dela estar presa, foi por ter roubado para alimentar e sustentar a sua irmã, para não perder sua guarda, e quando a mesma foi presa, sua irmã mais nova foi levada para um orfanato. E a Amu também contou quem ela era. Que família ela pertencia e qual era o seu verdadeiro nome.

Na manhã seguinte, Amu não viu Rikka em sua cama, e também não estava no refeitório para poder pegar o café da manhã. Então, a garota foi atrás de informação...

– Alguém sabe dizer onde está a Rikka? - Perguntou preocupada.

– Na enfermaria. - Respondeu uma mulher.

– Enfermaria? - Repetiu

– Os doentes são mandados pra lá, logo depois voltam para suas celas. - Disse. - Ela deve estar lá agora.

– Ela está doente?

– Faz tempo que a Rikka está fraca...- comentou uma outra mulher.

Amu deixou a bandeja na mesa e correu para a sua cela, quando chegou lá, viu a garota deitada e enrolada. A mesma estava ofegante e suada, parecia que tinha corrido uma maratona.

– A-Amu... - sussurrou abrindo os olhos.

– Você está bem? Você tomou algum medicamento?

– Saia daqui. - virou-se para o lado da parede

– Rikka... Você tem que se preocupar com você!

– Vá! - repetiu gritando.

– Não. Quando você melhorar, você vai ver. você sairá daqui. Comigo! - Sorriu tristemente. - Para ver a sua irmã...

– Amu, não sairei viva daqui... Mas quando você voltar... -tossiu mais um pouco. - Você promete cuidar da minha irmã? Tenho certeza que ela irá adorar te conhecer. - Sorriu fraco.

– Eu vou. Eu prometo. - Uma lágrima escapa dos olhos dourados de Amu, e assim, fazendo Rikka soltar uma risada baixa.

– Que coisa estranha de se ver... - ela levanta a sua mão e apoia na bochecha de Amu. - A Grande Hinamori chorando por alguém como eu?

– Não fale besteira! - reclamou Amu enxugando as suas próprias lágrimas.

Amu acabou dormindo sentada, depois quando se acordou, viu que Rikka estava com o rosto virado para a parede. Por um tempo, a rosada pensou que a mesma estava apenas descansando.

– Ei, Rikka. - chamou. - Rikka! Rikka... - novamente suas lágrimas começaram a brotarem sem parar.

O corpo da garota sem vida, foi retirado e a Amu foi chamada.

Novamente ela estava com a delegada na sala de interrogatório.

– E então, Nagamashi... Seu responsável e seu Advogado estão aí, você ficará livre até a sua audiência.

– hum...

– Então, porque não me conta o porquê de você traficar e comprar armas?

– Eu tenho permissão para portes de armas. - virou o rosto irritado.

– Você? - A loira arqueia uma sobrancelha.

– Eu sou do Diamante Negro, a Hinamori.

– Humf! Até você? Muitos estão falando isso para arrumar brigas com gangues! - Suspirou a delegada. - Até tatuadores fizeram uma marca.

– uma marca falsa! - Amu a encara. - Senhora delegada, a verdadeira marca não é feita de simples agulhas. Para receber a marca, tem que ser queimada por ferro quente. Um carimbo na forma de um diamante, entende?! Você não conseguirá saber o que é sentir isto, principalmente quando é a sua própria mãe que faz isso!

– A DN só tem herdeiros homens! É impossível isso!

– É uma mentira, para esconder minha identidade. Para me protegerem! Se quiser, pode perguntar aos caras que estão lá fora. - Sorriu. - Daqui por diante, não será mais um rosto de um homem o Hinamori, e sim, o meu rosto!

Depois que a delegada realmente confirmou o que a Amu disse, ela foi solta sem precisar ir para a audiência, afinal, Amu tinha um comprovante pelo o juiz que ela poderia usar armas.

Amu saiu dali, pensando em ajudar a pequena irmãzinha de Rikka, afinal, ela fez uma promessa.


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