Compreender sentimentos.

Não era nada fácil, ela sabia. Ela sabia muito bem.

Como podia dizer a Zero que o amava, se toda vez que ela exercia sua função de monitora era para manter Kaname a salvo?

Como podia dizer o mesmo a Kaname, se ela sempre cedia seu sangue a Zero (mesmo que ele recusasse veementemente)?

Ela não podia ficar com os dois. E também não podia ignorar o que sentia. Mas o que ela realmente sentia? Qual dos dois ela realmente amava?

Ela não gostava disso, mas teria que escolher um deles. E deveria ser logo.

Antes que ela ficasse sozinha.

E ela fizera a escolha errada. E se arrependera.

Porque mesmo que ela amasse Kaname, uma parte dela ainda amava Zero, por mais errado e pecaminoso que possa parecer. Afinal, não era correto amar seu irmão e outro homem ao mesmo tempo. Nem amar seu irmão era correto. Não da forma que ela o amava.

Já não importava. Zero a odiava, e ele estava certo.

Ela só esperava que isso não fizesse mal a ninguém. A nenhum dos dois.

Porque aquilo já fazia mal a ela.