Capítulo 1

                                Nemtudo éo queparece ser

   - Mail, Mail.....por favor....rápido-disse, garoto de cabelos brancos despenteados sob a cama, gemendo de prazer e ainda sim, pedindo por mais-
 - Se você quer tanto assim, eu farei de todos seus desejos ordens-falei e logo penetrei ele com um dedo- Relaxe isso pode doer um pouco...
 - Não....mais-disse entre gemidos com uma cara muito safada, o que me deixou mais exitado e louco para faze-lo meu-                                                                                                 - Tudo bem só mais dois-os coloquei todos juntos, estava com pressa, mas minha pressa arrancou um grunhido contido, de dor e algumas lágrimas de minha delicada flor-Me perdoe Nate...-pedi, lambendo suas lágrimas- não queria fazer você sentir dor...

-Não......não peça perdão, apenas continue, eu imploro!
-Ordene!
-Eu ordeno que me tome agora!
-O seu desejo é uma ordem.

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-Mail, MAIL!!!Acorda garoto, vai se atrasar para a escola!

-Un?Que?Foi um sonho....

-Vamos levanta essa bunda daí e para de ter ESSES sonhos!!!
-Que?Que sonhos mãe?-perguntei preocupado, será que eu disse alguma coisa enquanto dormia?-
-Esses sonhos de adolescentes pervertidos com garotas desnudas do colegial...
-Garotas....NÃO MÃE EU JURO QUE NÃO É NADA DISSO!!!
-Mentir é feio menino!
-Mas eu não tô! Não em parte...-falei baixinho-
-Como é?
-Nada não, já estou descendo...
-Tudo bem, mas vai rápido para tomar café e não se atrasar.
-Ok-ela saiu do quarto, mas logo percebi que durante o sonho eu tinha tido uma ereção-Ah meu Deus eu tô tão obscecado que só com um sonho, ele me deixa assim....preciso resolver isso...-corri para o banheiro com meu uniforme e tudo para me ''arrumar'', resolvi o problema de forma mais rápida possível, me vesti e desci as escadas-Un, acho que eu vou passar, eu não estou com fome...
-Mail Jeevas, senta aí e come!- disse meu pai do jeitinho doce e meigo de todos os dias-
-Certo...
      Tomei meu café da manhã e logo me dirigi correndo para a escola já que fiquei atrasado por causa do café. ''Eu disse'' e ''A culpa é sua por acordar tarde'' foi o que meus pais disseram para mim antes de sair. Mas já que a escola não é tão longe eu ainda consegui uns cinco minutos.
      No meu caminho até a classe encontrei meu amigo Mihael Keehl, e no mesmo instante em que o vi, achei a minha mais confiável fonte de informações referentes ao Near. Estava tudo bem em pedir este tipo de coisa para ele, já que ele sabe de tudo. Desde minha paixão a meus desenhos, até das minhas fantasias. 
-Hey Mellow, você e esse seu intelecto conseguem achar umas informações para mim?
-Nate?
-Eh, eu quero que você procure tudo sobre ele, porém foque em achar a relação dele e o professor Knight.-disse sério-
-O que?- ele me pareceu extremamente surpreso com aquilo-
-É....eu os vi entrando juntos em um carro.-bati em minha mesa, chamando atenção de alguns meninos que estavam perto de nós-
-Não fale muito alto! Quer que todos descubram?!
-Não, é só que esse cara me tira do sério! Eu só quero poder ficar com o Near o mais rápido possível...eu....não consigo mais nem ficar com ''substitutos'', eles simplismente não me satisfazem.
-Hm, isso é um problema....
-Eu sei, eu tô obsecado por ele.
-É verdade já fazem 2 anos e meio que você gosta dele...-falou meu leal escudeiro com uma cara que me pareceu de tristeza-
-Tudo isso?!
-Sim, mas você só notou que realmente gostava dele, quando estávamos no meio da oitava série, cada vez desenvolvendo mais mais seu amor por ele, chegando a este estágio de agora no primeiro ano. Você demorou pra notar o seu sentimento em relação a pessoa, mas eu já sabia.
-Como você sabia, sendo quem gosta dele sou eu?
-Primeiro:você encheu, na época, 7 cadernos de 100 folhas com desenhos de diferentes ângulos do rosto dele e de movimentos típicos dele. Segundo:você ficou com notas piores que as da Misa porque você ficava olhando para ele a aula inteira. E terceiro....
-Acho que já tá bom assim....Mas por que você não me contou?
-Porque isso é algo que as pessoas devem descobrir sozinhas.
-Marshmellow, você realmente meu melhor amigo!-falei dando um leve abraço nele, fazendo corar por alguma razão e lançar um olhar sofrido para o reflexo de nós dois na janela, o que me deixou encucado-
-Sentem-se, a aula vai começar-disse o sr.Knight-
                 Hoje eu não tô bem, e ainda tenho que ver essa praga logo de manhã?!
-Abram o livro na página 264, vamos continuar de onde paramos aula passada, leiam alto e em bom som, e lembrem-se a declamação é uma arte. Por favor, comece a leitura Misa.
      E então a aula começou chata como sempre, mas tinha algo incômodo na expressão no rosto do professor hoje, parecia auto-satifatória, e isso estava me deixando desconfortável, queria matá-lo só de pensar na pequena possibilidade de ele ser amante de Nate. Essa ideia estava alimentando o fogo no meu coração e aumentando minha vontade de me declarar logo para o albino, mas eu sabia que não podia já que eu ainda não entendo completamente a complexidade de sua mente. Ainda não sabia o que o tinha feito odiar tanto o sentimento amor.
-Muito bem alunos, terminem o livro para a próxima aula, na qual será a discussão do livro e quem não ler....bom é um mistério da fé. Adeus.
       Assim, com sua saída e a vinda de mais dois professores chegou a tão esperada hora, o almoço. Fui direto pra lanchonete, estava morrendo de fome por alguma razão. Vi que Near estava sentado numa mesa isolada de todas as outras, como sempre. Não sei o que deu em mim mas fui até ele. Parecia que minha mente desligou-se por um instante e umas pessoinhas dentro de minha mente começaram a controlar as coisas me fazendo ir até lá sem notar.

-Posso me sentar?-perguntei meio transparente-
-Claro...-respondeu ele sem ânimo e indiferente, porém fazendo meu coração disparar-
-Obrigado.
-Hm.-disse simplesmente e se calando logo depois, mas resolvi tentar iniciar uma conversa com ele, no que incluía uma resposta de mais de uma palavra dele.
-Muito obrigado pela ajuda que você me deu na aula do sr.Knight, você realmente me salvou de algo pior que detenção...Você foi realmente genial...ah sim ainda estou com seu livro de literatura...te devolvo assim que chegar na classe...
-Tudo bem.-ele realmente não consegue manter uma conversa-
-Então...você e o professor são amigos?-perguntei com o máximo de descrição que pude, mas não sei se eu consegui esconder muito bem minha ansiedade por sua resposta já que ele me pareceu flexionar os músculos de seu belo rosto em um sorriso que interpretei como auto-satisfação, porém, mentalmente, me questionei o por quê de tal ato sendo que Nate River não sorri nunca, ainda mais um sorriso cínico como aquele-
-Não.-disse ele sem fazer muito esforço para mover os lábios-
-Você não gosta mesmo de conversar, não é?-perguntei para mim mesmo, com a intenção de ser somente em meus pensamentos, mas notei que eu havia ''soltado'' a bomba não intencionalmente-
-Não na verdade eu gosto de conversar, mas uma conversa comigo se desenvolve apenas dependento no meio, pois se o assunto não me agrada eu não vejo razão para gastar palavras desnecessárias, nem tempo sustendo-o.-que frio-
-Dependendo do meio?
-Sim, ou no nosso caso você...-
Ele disse nós....foi a primeira vez que vejo ele usar o plural em uma ocasião tão casual...
-Então do que gosta?
-Gosto de dados, bonecos de ação, quebra-cabeças e investigações...-isso foi tão diretamente estranho que precisei reanalisar a frase por alguns segundos-
-Eu também gosto de dados, quando se tem muitos dá para fazer uma mini cidade e brincar de Godzila...-disse rindo e depois notei algo assustadoramente ASSUSTADOR, porém MARAVILHOSO, o som da risada de Nate, e ainda mais belo, seu sorriso...- Essa é a primeira vez que te vejo sorrir...-disse baixo, quase inaudível, porém Nate notou e...-
-É, já faz um tempo...-foi então que o assassino disparou uma bala em minha felicidade....maldito sinal...-
-Está vendo nós conseguimos conversar!-disse sorrindo mas eu acho que eu sorri de orelha a orelha.-Vamo para a aula-
-Hm-voltando a estaca zero-
      Nem sabia eu que havia um espectador misturado a multidão, o tal não-amigo de Near, professor Thomas Knight, que estava com um sorriso maldoso.
                               Então você gosta deste cara, N....

X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
      Estávamos no meio da aula de ciências, porém eu não eu não conseguia direcionar atenção alguma no que a professora dizia, adoro essa professora, ela é muito legal e engraçada, e sua aula era muito interessante, porém minha atenção estava completamente direcionada a memória de um certo albino, a memória que gira em volta de seu belo sorriso. De fato aquela fora a primeira vez que Near sorriu para mim, e também acho que eu nunca o vi sorrindo antes, então se essa for a primeira vez fico feliz que seja comigo. 
                                 Droga eu pareço uma menina apaixonada.
      Já que não conseguia voltar meu foco para a aula eu apenas comecei a retratar os últimos vestígios da lembrança do magnífico sorriso de Nate River, meu igual¹. Estava tão entretido com minha arte, que nem notei um certo loiro vir até mim.
-Hey Matty!!-ele exclamou baixinho em meu ouvido-A aula já acabou e você continua desenhando a cara de um certo ser no seu livro de literatura....eu achei aquelas informações que você me solicitou mais cedo, então que tal nós irmos comer alguma coisa...
-Nossa tão rápido assim??? Você é realmente bom...
-Não, só foi rápido por que foi você que pediu...
-Você disse algo?
-Hm?!NÃO NADA..

Essa foi por pouco Mihael Kheel, se você tivesse.......

-Me desculpa mesmo Miha...mas eu tenho clube de artes hoje...
-Não se preocupe eu espero...
-Mellow!!!!!!!!-gritei abraçando-o -Você é o melhor amigo do MUNDO!!!!!!
-Eu sei. Eu vou para a biblioteca, esconde o desenho pois o floco de neve está vindo.
-Mail, poderia me devolver meu livro de literatura por favor?
-Claro, aqui está-entreguei para ele o livro de literatura que estava em cima de minha mesa, sendo que acabamos ter uma aula de ciências, que aluno exemplar...
-Obrigada, até amanhã...
-Até.
XX Nate POV's On XX
      Já estava na hora de voltar para casa, então antes de sair da sala de aula me direcionei ao Mail e lhe pedi meu livro de literatura de volta. No mesmo instante que ele estendeu-me o livro eu soube que não era o meu livro, mas achei interessante olhar outro de seus livros ou cadernos. Mail com aquele sorriso bobo em um rosto com olhos sofridos e cheio de marcas, cicatrizes, porém por mais que eu saiba que ele não é o melhor exemplo de cidadão, ele não deixa de me chamar atenção. É raro eu me interessar por algo que não seja quebra-cabeças de mil peças, bonecos de ação, dados, mistérios e o adquirir sabedoria. Mail Jeevas não passa de um fumante, viciado em jogos de videogame, bebida alcoólica e sexo. Sempre se mete em brigas, mesmo não sendo a pessoa mais forte ele se levanta a cada soco, chute ou pontapé que leva. Tem um histórico de escola péssimo e uma ficha na polícia, mas esta não é grande, apenas tem uma infração, foi abordado por um policial local totalmente embreagado.
      O investiguei. Fiz uma detalhada pesquisa sobre tudo a seu redor desde o nome e a vida de cada um dos seus amigos até cada pessoa com a qual ele dormiu nos últimos cinco anos. E ele tem apenas 3 pessoas de confiança pelo que calculei. Mihael Keehl, Lawliet e Light Yagami . Porém não achei nada sobre Lawliet, apenas sei que ele é o novo médico da nossa escola, substituindo temporáriamente o anterior que sofreu um acidente de carro no início do semestre e por ser um suposto amigo do diretor ele veio para a nossa escola. Vejo Light Yagami entrar várias vezes na infermaria por dia, me deixando com apenas duas teorias para explicar o fato: ou são muito amigos, possivelmente amigos de infância, ou são amantes. Light Yagami é o estudante número um do terceiro ano, tem mãe e pai, tem uma irmã mais nova, e uma vida totalmente regrada e normal. Mihael Keehl é filho de mafiosos e provavelmente um membro desta, ele é uma pessoa totalmente reservada, sendo totalmente surpreendente que possa ter um melhor amigo, sendo ele Mail Jeevas.
      Enfim chegamos ao próprio sr.Jeevas. Ele tem uma dona de casa como mãe e um pai que trabalha em uma mesa de escritório, totalmente religiosos. Nos domingos vão a Igreja e passam o dia todo juntos fazendo atividades familiares. Mail é um estudante com boas notas mas de vez em quando elas perdem o equilíbrio e caem. Ele adora desenhar, pintar e ama seu psp. Mail é uma pessoa interessante, ele nunca, nunca teve um relacionamento sério com alguém, não abertamente pelo menos, homem ou mulher. Ele apenas frequenta bordéis onde tem relações sexuais com homens e mulheres, mas nos últimos meses tem dormido apenas com homens, então presumo que ele seja mais homo do que heterossexual, mais ainda sim ele é bissexual.
      Não consigo desenvolver nenhum tipo de afinidade com ninguém, até acho que sou impotente, devido à filofobia1 e à sexoafobia2 as quais possuo desde meus 7 anos por causa de certos acontecimentos.
      Minha mãe havia se casado muito jovem e me teve muito jovem também, mas eu sabia que ela amava meu pai com todo seu coração, porém não acho que meu pai sentia o mesmo. Ele traiu minha mãe com homens e mulheres, mas um dia o encontro de meu pai deu errado e seu amante ficou impaciente e me atacou, minha mãe descobriu e se divorciou, nunca mais demonstrando sequer um sinal de amor para ninguém nem mesmo para mim, seu próprio filho. E como crianças seguem os exemplos dos pais e depois do divórcio eu nunca mais vi meu pai, segui o único exemplo que me restou, sendo assim criei uma armadura envolta de mim mesmo para que nunca sofresse o que minha mãe sofreu, me isolando das pessoas, não é que eu não sinta nada, eu só não demonstro nada. Tenho uma única pessoa que gosto, uma pessoa que gosto além da amizade, porém pelo tempo que gastei, escondendo todo e qualquer sentimento que tenho e tive, perdi a habilidade de demonstrá-los. Eu só tenho que reaprender.

XX Nate POV's Off XX
XX Mihael POV's On XX
      Quando saí da sala de aula fui à biblioteca, onde fiz meu dever de casa e dei uma olhada em alguns livros. Comecei a ficar entediado então resolvi passear pela escola, enviei uma mensagem para Matt para que ele me encontrasse na biblioteca quando acabasse com o clube de artes. Perdi a noção do tempo quando me sentei debaixo de uma árvore no jardim do colégio e adormeci, quando acordei saí correndo em disparada para a biblioteca, e o vi com aquele rosto recostado em minha mala da escola. 
      Fiquei estático, não podia deixar de pensar no quão belo o rosto de Matt era, com sua pele branca, cheia de pequenas e quase invisíveis cicatrizes, ele nunca faz uma cara tão serena, como essa a menos que seja enquanto dorme. Acho que me descuidei um pouco, ou fiquei fora de mim e fui chegando cada vez mais perto, e o beijei de leve, foi apenas um selinho, todavia no mesmo instante que me dei conta do que esstava fazendo Matt acordou, e fez uma cara de surpresa. Me distanciei dele imediatamente, e em seguida Matt perguntou confuso.
-Mello, o que significa isto?- ele parecia estar com medo, talvez temesse que seu melhor amigo de anos nutrisse por ele um sentimento superior à amizade, e sendo assim tendo que romper seus laços com ele por não poder retribuir seus sentimentos-
-Matt, me perdoa!!!!