A Outra Face De Um Badboy... escrita por Duda


Capítulo 24
Capítulo 24 - A culpa é minha...


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Com saudade? Desculpem a demora mas tenho andado muito desmotivada.
Os reviews são menos como eu já previa. Recomendações já nem sei que raio isso é.
Bom novo capitulo dedicado a Luma. Ela de um certo jeito é que me incentivou a escreve-lo.
Espero que gostem.
Boa leitura...
* capitulo estranho porque o sistema de postagem do nyah também está. Ou será apenas de meu pc? Com vocês tá igual?



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POV MADALENA

Abri o olho e a forte luz do sol, partiu o quarto em dois. Me levantei logo da cama e fui no banheiro. Tomei banho e me vesti, correndo depois lá para baixo.

Entrei na cantina com o intuito de encher meus estomago que mais parecia um monstro. Pois imitia sons característicos de criaturas sobrenaturais, mas incrivelmente quando entrei nela perdi logo a vontade de comer.

Vanessa estava sentada no colo de Tiago, rindo pra ele e dando comidinha na boca. Passei ao lado deles e peguei minha bandeja. Quando me voltei senti o olhar penetrante e matador de Tiago pousado em mim. Não ri nem fiz nada, apenas caminhei até meu lugar. Me sentando na cadeira e devorando toda a comida em minha frente.

Já tinham passado uns bons dias desde que tudo entre nós terminou. Mais do que um mês e o único papo que a gente bateu depois disso foi mesmo no corredor. E foi reciproco!

Era sábado por isso não haviam aulas e não teria que seguir os horários de batida do sinal. Recebi uma mensagem de Carlos falando que já tinha chegado a casa da avó, acho que havia um aniversário de um familiar e a conta disso passaria dois dias com os primos. Será que só minha família é que pouco ou nada se importa comigo?

A mesa dos populares entretanto juntou-se Afonso. Sempre arrasando corações por onde passava, espalhando seu perfume e arrastando muito falatório. Era estranho porque ele sempre era o primeiro a chegar, hoje talvez tenha perdido o relógio. Cumprimentou Tiago e sentou de frente pra ele e Vanessa, que já não ocupava as pernas de Tiago, mas estava sentada numa cadeira ao lado dele.

O certo é que depois de pegar a bandeja quando me virei a perua já não se encavalitava no Badboy.

Não vi Lucas, também devia estar passando fim de semana em casa. Na semana passada veio ter comigo, me fazendo muitas perguntas sobre Carlos. Apesar de tudo eu e Lucas ainda continuávamos nos falando várias vezes.

Confesso que quando ele me interrogou pensei que talvez ele estivesse fazendo um favorzinho para o amigo, mas o amigo estava mais preocupado, cuidando da guria.

Quando terminei fui pousar meu tabuleiro, e para meu azar quem me segui foi Tiago. Mal conseguia olhar em seus olhos. Quando me virei pra trás a gente esbarrou-se e ficamos uns segundos nos olhando. Como eu tinha medo disso. Engoli a saliva que preenchia minha boca e tratei logo de me ver livre dele.

Segui para meu quarto. Não havia nada de interessante para se ficar fazendo no piso de baixo. Assistir um filme ou ler eram programas bem melhores.

Me deitei na cama e liguei a televisão, fiquei passando pelos canais e parei num de filmes. Nem olhei o titulo, sempre é melhor que novelas ou programinhas da manhã. Abri meu livro de cabeceira na página marcada e comecei seguindo as linhas de palavras, cortando capitulo, virando folhas, lendo páginas

Um cheiro estranho invadiu minhas narinas. Snifei o ar. E realmente cheirava a a a queimado.

Olhei pela janela e tudo parecia normal. Talvez fosse apenas impressões. Me sentei de novo e depois de uns minutos fazendo de conta que estava ligando para o livro na minha frente, tive certeza que era mesmo queimado. Caminhei até ao banheiro e abri a porta. Uma nuvem de fumo invadiu o quarto e não era fogo. Era qualquer gás que me deixou com vontade de tossir. Agora estava em todo o quarto e eu comecei ficando enjoado, e a tosse não parava. Estava ficando muito abafado eu mal conseguia respirar.

Levei a mão na boca tentando não inalar tanto fumo. Corri até á porta, precisava de sair dali bem rápido, precisava respirar.

Depois de muito tentativas forçando o trinco da porta, ela não abriu e eu acabei desistindo. Tudo o que estava me rodeando estava coberto de nevoa branca e eu não via nada. Apenas estava conseguindo ouvir o som da televisão.

Estava ficando zonza e a falta de ar respirável estava se fazendo bastante necessária. Minha cabeça latejava e minhas pernas já não tinham força. De tanto tempo tossindo eu tinha vontade de vomitar as tripas, e os impulsos eram bastantes.

Fui adivinhando o que me rodeava tateando tudo forçando meus músculos das pernas a se manterem erguidos, por sorte encontrei meu celular e com os olhos dando sinais de querem fechar-se abri a lista de nomes. Meus dedos perderam a força e o aparelho quase caiu. Apertei um nome e levei no ouvido.

Alguém atendeu, mas eu mal conseguia falar, fiz um ultimo esforço e as únicas palavras que escapuliram por minha boca foram:

_ Me ajudem Socorro. - o celular escorregou por entre meus dedos caindo no chão.

E eu logo depois, também deixei meu corpo involuntariamente se colar no soalho.

POV TIAGO

Quando vi o numero dela saltando no visor meu deus, milhares de coisas me passaram na cabeça.

Estava deitado na cama, pensando no que ela falou. Me Ajudem Socorro. ??

Me levantei logo. E estava pronto a sair do quarto quando Vanessa entra.

_ Estava te procurando! passou suas mãos por meu pescoço e me conduziu de novo para a cama.

_ Mas eu agora não posso! A gente se fala mais tarde tá bom!

_ E onde vai? perguntou. Fiquei calado. Falava ou não falava? A segunda hipótese era sem sombra pra duvidas a melhor.

_ Meu pai me chamou. falei mortinho por sair dali. Depois a gente se encontra.

Ela se levantou no colchão e saiu. Se aproximando pra me beijar. Recuei mas ela não desistiu e conseguiu o que queria. Quando já estava longe, peguei de volta no celular e disquei o numero de Madalena. Ela não atendia e eu já estava delirando com suas palavras. Será que estava em perigo?

Enquanto caminhava pelos corredores do colégio tentando encontrá-la mantinha o ouvido fixo celular, esperando ela atender de volta.

Não estava na cantina, na sala de convívio e muito menos no jardim. Nem na árvore. Só restava o quarto dela.

Corri até lá, mas a porta estava trancada, bati duas vezes e chamei:

_ Madalena? Você tá aí?

Ninguém respondeu e eu repeti mas doutra forma:

_ Madalena? Tá bem? Tá me ouvindo?

Ela não respondia e eu virei costas. Porque me ligaria então. Será que está organizando um planinho pra me irritar depois do que viu na cantina? Sinceramente se assim o for não esperava uma coisa assim vinda dela.

Segui corredor fora, mas duas batidas fortes na porta do dormitório dela me fizeram parar. Olhei para lá e um fumo saía pela ranhura da porta junto ao chão.

Corri o mais rápido que pude e não descansei enquanto não mandei a porta abaixo. E o fiozinho de fumo agora parecia uma sauna a vapor. Levei o braço no rosto para não inalar tão facilmente todo aquele vapor e vi Madalena estendida no chão.

_ Você tá bem? - dei uns tapas leves em seu rosto. Ela não respondeu. Tinha os olhos meio abertos e a boca estava aberta tentando sugar algum ar. - Responda! Tá me ouvindo? Madalena, meu amor fala.

Agarrei seu rosto, entre minhas mãos, precisava tira-la do quarto.

_ Não adormeça eu te tirarei daqui!

Peguei ela no colo, suas mãos agarraram meu pescoço e quando o ar ficou puro e sem fumo ela começou tossindo contra meu peito e minha curva do pescoço.

Fui até a sala de meu pai, que se levantou logo e parou com o sermão de bater antes de entrar quando me viu.

_ Mas que aconteceu?

_ Eu não sei, mas ligue logo para a ambulância. Ela precisa ir para o hospital.

Deitei ela no sofá que tem na sala e meu pai saiu fazendo o que eu pedi / sugeri / obriguei.

_ Hey, tá me ouvindo! Não adormeça, tem já a assistência chegando.

Ela não falava, não se expressava. Agarrei sua mão e a beijei. Que raio ela tinha armado para haver tanto fumo?

_ Anda! Me ouve. Se sim faz alguma coisa! Me bate, me grita, me chama nomes, fala palavrão. Mas dê sinal de que está viva!

Senti ela apertar minha mão, não com muito força mas eu pude sentir. Assim como quando seu olhar se fixou no meu, mas depois fechou-o e nunca mais acordou.

A ambulância chegou logo e rápido, por incrível que pareça.

_ Eu vou com ela! - sugeri, pra meu pai. E se ele começasse com as merdas dele, eu fazia perceber que eu já tinha 18 anos, era maior e vacinado. - Pai, deixa eu ir. Você sabe que ela é muito importante pra mim. Eu tomo conta da situação, te garanto!

_ Não. Eu vou... - cortei sua frase.

_ Estar mais ocupado tentando apagar o fogo que tem no quarto dela!

_ Fogo? - meu pai perguntou um tanto assustado.

_ Fogo! - assenti confirmando.
 

_ Se quiser já pode vê-la. - finalmente o médico saiu. Eu já estava entrando em desespero. Meu pai falou que já tinha avisado os pais dela mas passaram-se 3 horas e não houve sinais desses dois.

Caminhei até ao quarto onde ela estava deitada, com alguma coisa tapando sua boca, coberta por lençóis brancos com as iniciais do hospital inseridas.

Passei a ponta de meus dedos por seu braço branco e depois agarrei sua mão que estava gelada. Li o que tinha escrito na placa em cima da cama. O nome e o que ela tinha, mas um nome estranho demais para um bobo como eu entender.

Uma enfermeira entrou para fazer qualquer coisa e eu perguntei:

_ O que ela tem?

_ Uma intoxicação.

_ E o fumo de fogo provoca isso?

_ Mas esse não foi fumo de fogo não. Tratasse de uma substancia toxica apenas existente em laboratórios e que apenas reage com uma mãozinha humana. Alguém decidiu fazer brincadeirinha com sua namorada. - a enfermeira parecia não ser muito simpática, por isso o papo acabou por ali.

Isso suou tão tão melancólico. Quanto tempo eu não ouvia alguém falando que ela era minha namorada. Mas não contestei com a enfermeira. Quando ela saiu eu pequei uma cadeira e me sentei do lado dela.

Queria que ela abrisse o olho rápido. Que me olhasse e que falasse o que á um mês falava. Mas isso nunca aconteceria ou talvez até acontecesse.

Peguei sua mão e fiquei ali por muito tempo. Umas horas, até não permitirem visitas nos quartos.

Liguei para minha mãe, com sorte ela também estava saindo do hospital e assim me dava uma carona para casa.
 

Acordei cedo, queria ir com minha mão para o hospital.

Felizmente ou infelizmente ela ainda não tinha acordado, mas quando cheguei no quarto tinha lá outra pessoa.

Carlos. O que essa alma estava fazendo por aqui?

_ Como ela está? - perguntei.

Ele se virou e me encarou.

_ Como ela está? - Carlos ironizou.

A culpa de tudo isso é tua, babaca! Desde que namorou com você ela tem sido vitima das armações de suas fãs frustradas. - ele se levantou da cadeira e caminhou até mim me apontando o dedo.

_ Isso não é verdade!

_ Será que não é? Você apenas presta importância pra teus amigos e tua reputação. Quando ela te falou desses atentados constantes você chamou-a de idiota e agora tá aqui, fazendo de conta que ainda gosta dela, ah esqueci você nunca gostou, né?! Porque fez isso pra ela? Tem noção que ela perdeu tudo em que acreditava? - não me manifestei. Pois, você não sabe, e sabe porquê? Porque sempre teve tudo. Sempre teve ajuda. Mas ela nunca teve. Nunca teve um amigo, e você fez ela acreditar de que tinha um, mas estragou tudo. E continua estragando a vida dela com tudo isso. Queriam mata-la sabe? E de quem é a culpa? È tua! Somente tua! - Carlos abanou a cabeça como desiludido. - Não passa de um garoto idiota, que nem valor soube dar pra ela! Olha só como ela terminou? Num hospital com uma intoxicação. Não acha que já fez merda suficiente? Desapareça daqui! Ainda a mata você!

Não controlei meus atos e quando dei por mim estava em cima de Carlos partindo seu rosto. Tinha meus nós dos dedos cheios de sangue. Não meu mas sim dele e eu não queria parar. Ele tinha razão a culpa era minha


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Novo capitulo mais rápido do que imaginam.
Passem por Lipa que em breve também será atualizada.
Beijão para todas.
Duda
* se gostaram deixem reviews!