Cante Para Eu Dormir escrita por Georgia


Capítulo 24
"Foi ele, foi ele"


Notas iniciais do capítulo

Gente essas férias tão demais, super atribuladas, acreditam que até trabalhei? Isso mesmo. Espero que gostem do capitulo. Beijocas.
ps: perdoem qualquer erro gramatical que possa existir no capitulo.



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–Charlie pare! Pare! Por que você está fazendo isso? Por favor parE! –Chloe gritava, a cada grito,ela perdia mais forças, e no último –que fora quase um sussurro- ela levou as mãos ao peito, as observou e ficou segundos paralisada assustada com o que vira e então como numa cena, em câmera lenta ela caiu.

Ajoelhei-me ao seu lado com as pupilas dilatadas, a observei nua e sangrando mas não senti nada, nem um remorso apenas mais vontade de vê-la sofrendo, agoniando, de leva-la até a beira da morte e empurra-la.

–Isso não teria acontecido se você não tivesse ido embora.

–Charlie porque v-você fez isso. – Ela gemeu.

–Você teria que ser minha por bem, mas não foi. –Eu grunhi.

Ela me olhou com aqueles olhos grandes.

–Você me...

–Eu te estuprei, e cansei de ouvir você, então vou terminar de fazer o serviço –Me levantei.

De costas para o corpo caído, ouvi apenas um som, um som que parecia choro misturado com dor e a necessidade de respirar.

–Vamos acabar logo com isso. Não imaginei que seria tão difícil. – Por fora eu era um monstro, não tinha controle sobre as minhas ações, mas por dentro estava desesperado, não sabia e não entendia o que eu estava fazendo, porque eu fiz isso? Por fora eu dei a ultima facada, por dentro eu... Não entendia!

Ela ainda demorou mais uns 30 segundos até que ela deu o seu ultimo suspiro. Acabou. Finalmente acabou. Sai do galpão enfurecido, eu parecia ter uns 25 anos agora, eu tinha barba, meu corpo era maior e mais forte do que antes, minha camisa estava amassada e com as mangas mal dobradas. Joguei a faca no mato, abri a porta de uma caminhonete preta e acelerei. Passava pelas luzes da cidade numa velocidade alta e o cheiro do sangue de Chloe na minha roupa me dava mais ódio.

Voltei para casa que estava vazia, era véspera de ano novo e todos estavam na casa do Tio Freddy , tirei as roupas sujas levei-as para o fundo da casa e ateei fogo, entrei e entrei no chuveiro, deixei que a água levasse todo vestígio do físico e mental que me torturava, eu estava preso num corpo mais velho, mais enfurecido, mais frio. Mas ainda era eu.

Coloquei uma camisa branca e uma calça de linho também branca, era sujo o modo como eu pensava e agia. Abri a porta e tudo mudou. Eu Matei Chloe.

–Acho que estou pronta.

–Eu não quero que você faça nada que não queira Chloe.

–Mas eu quero. E eu te amo, nós estamos juntos há uns oito anos, nem sei como aguentei 6 sendo só sua amiga. -Ela hesitou -Charlie o que você está fazendo?

–Eu não sei como eu aguentei todo esse tempo também, por isso eu – Pigarreei e respirei fundo –Por isso eu quero que hoje com meus maduros 25 anos pedir que você seja a minha esposa. Eu te amo, um amor como nunca senti em toda minha vida, e eu quero que ele permaneça até o final dela. Chloe Eve Miller -Eu me ajoelhei- você aceita ser minha esposa?

Ela parecia incrédula, ficou em silencio por o que pareceu uma eternidade, comecei a soar frio com medo da resposta, eu a encarava com medo e meus joelhos já estavam falhando quando finalmente ela abriu um meio sorriso que aos poucos se tornava um grande. Ela pulou em mim e começou a beijar meu rosto.

–Sim Charlie sim sim sim! Como não? SIM! –Senti meus olhos marejados, segurei seu rosto e olhei bem no fundo daqueles olhos verdes e finalmente nos beijamos. O melhor o mais incrível e inesquecível beijo da minha vida. Eu iria me casar com Chloe.

Ela entrava vestida de branco. Com o buquê vermelho.

Ela entrava vestida de branco. Meu peito se comprimia. E as minhas pupilas dilatavam.

Ela andava vestida de branco. Eu suspirei e meu coração pulsava mais rápido.

Ela chegava perto, vestida de branco segurando o braço do pai. Eu estava inquieto.

Ela parou vestida de branco, encarava meu rosto e dizia “foi ele”. Eu não entendia.

Ela caiu vestida de branco, e o buquê se tornou sangue em seu peito. Eu era receio, e medo.

Ela morreu vestida de branco, com o buque manchado de sangue. E tinha sido eu.

“Foi ele, foi ele”

Por que eu. Porque sim, eu. O que aconteceu? Aconteceu.

Minha visão escurecia, a ultima imagem que vi foi a mulher que eu amo, o amor de toda a minha miserável vida deitada no chão de madeira sangrando. Olhei para minhas roupas e elas estavam manchadas de sangue, eram as mesmas que eu havia queimado, olhei para minha mão que segurava uma faca, a mesma que eu tinha jogado. Eu matei Chloe.

–Charlie você está bem?!

Sento-me rápido assustado e suando.

–O que foi filho? Estava tendo um pesadelo? -Mamãe tirava os cabelos molhados de suor que estavam grudados na minha testa.

–Mãe saia. Por favor saia.

Ela parecia não entender, eu também não entendia. Ela levantou-se, foi até a porta e disse:

–Filho, já fazem meses e essa garota ainda te atormenta. Você precisa superar ou... Ou te mandaremos para a clinica. Sinto muito. –Ela saiu.

31 de Dezembro de 1994

Querido amigo,

Como eu pude ter matado Chloe duas vezes, mesmo que em sonho? Como eu pude estupra-la, como? Foi só um sonho, só um sonho. Mas todas as noites tenho sonhos assim, todos perturbadores e em todos Chloe aparece, minha mãe disse que se eu não melhorar voltarei para a clinica. Já que não tenho mais nada a perder nessa minha vida, eu vou atrás dela. Eu vou. De uma merda de vez por todas!


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem, digam o que estão achando, o que acham que vai acontecer e claro se tiverem ideias elas serão bem vindas. BEIUJOS



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