- Kushina, sua ruiva maluca! Não vai dar certo! – resmungava Minato a todo momento.

- Cala a boca playboy metido a besta! Eu estou no comando aqui! Você é só meu reforço... – tagarelava ela se aproximando cada vez mais do homem com o dedo apontado.

Minato sequer se esquivava da ruiva. Gostava muito do seu jeito temperamental. Ela se aproximava ainda mais do homem, gritando como uma louca, até que finalmente ela percebe que está a poucos centímetros de Minato.

Ela olha assustada para os olhos azuis do homem e vê que ele sorri para ela.

- Por que você parou de gritar? – pergunta ele em seu jeito galante. Minato entrelaça as mãos entre a cintura da mulher. Kushina fica assustada com a ação do agente. Na verdade ela gosta bastante daquele pagada.

“Puxa vida! Ele pode ser um canalha... Mas é um deus grego...” pensa ela completamente abobalhada.

De repente, ela nota o que está pensando e rapidamente se afasta de Minato.

- Quem você pensa que é, hein Namikaze Minato?! Eu não dei essa intimidade a você?!

- Eu sou Namikaze Minato. Não foi o que você acabou de dizer?! – ironiza ele.

- Cala a boca seu babaca! – grita ela. 

Minato então se aproxima da mulher e coloca sua mão sobre a boca da ruiva, tentando cala-la.

- Se você continuar gritando desse jeito, a Rússi inteira vai nos ouvir!!

- Hunholta!!! – teima ela tentando falar “Me solta”

- Se você prometer ficar caladinha eu solto. – falou Minato sedutoramente.

Passou alguns segundos. Kushina parou de se debater. E finalmente Minato a soltou.

- Nunca. Mas nunca mais faça isso de novo! – resmungou ela baixo.

Minato sorriu. Sabia que estava conquistando o coração daquela ruiva ardente. Mas como ela era cabeça dura... Puxa vida... que mulher difícil...

Kushina olhou no relógio. Abriu a mala que carregava consigo e folheou uns papéis que estavam lá dentro. Finalmente, tirou uma ficha de lá e entregou a Minato.

- Que isso? – perguntou o loiro.

- A única informação que temos da Akatsuki. Esse membro é o único conhecido. Uchiha Itachi. 

- Hun... o que matou a família inteira num parricídio muito impiedoso?

- Esse mesmo. – disse ela séria. – Sua função é entrar pela porta da frente do açougue e dizer que tem uma encomenda do Sr. Uchiha Itachi. Então o açougueiro vai fazer uma série de perguntas e você dá uma improvisada. 

- Kushina... E quanto aquele meu probleminha com carne?

- Pega esse probleminha e enfia... – disse ela sem paciência.

- Olha o respeito mulher! – reclama ele. – Lá vai ter um tanto de carne exposta não é?

- É Minato. Larga de frescura pelo amor de Deus e faz logo o que eu estou mandando!

- Mas Kushina...

- Nem meio mas!

- Por que eu não posso ir no seu lugar? Infiltrar escondido nesse açougue?

- Simplesmente porque eu vou entrar no abatedouro e ver se o que eles fazem lá é realmente matar vacas ou esconder armamento dentro de porcos! E porque sinceramente eu não vou vomitar a cada segundo que eu ver um pedaço de boi sendo degolado na minha frente! – falou ela ainda impaciente.

- Er... pensando bem é melhor eu ficar no meu posto mesmo... – murmurou o homem.

- Muito bem. Vá lá Minato, que eu vou tentar entrar pelos fundos do açougue.

Minato então arrumou o terno que vestia após pôr por cima do uniforme de espião. Ele ajeitou os cabelos como um galã de Hollywood. Kushina bufou como se reprovasse a vaidade do homem.

A mulher pegou seu equipamento e partiu sem dizer nada ao companheiro. Minato fechou os olhos tentando concentrar.

- Muita calma, Minato. Você consegue! É apenas carne morte! Não olhe para o sangue... Err... ta me dando náuseas já... Engole! Engole! Respira... Imagina que são casacos de pele! Eca! Casacos pingando sangue...

Ele repetia palavras de animação como se ajudassem ele a superar seu trauma com a maldita carne. Ela caminha pela rua até alcançar a casa com o letreiro em russo: Casa de Carnes Bratovsky.

- É isso aí. – fala ele se aproximando da porta.