Blessed With A Curse escrita por Mari Bonaldo, WaalPomps


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Eu pediria desculpas pela demora, mas ela foi proposital, graças ao número baixo de reviews. 3 reviews gente? Sério? Agradeço às meninas que mandaram às reviews, muito obrigada mesmo, porque em capítulo algum vocês deixam de comentar e na verdade só to postando hoje por vocês. Ao resto... gente, eu sei que tenho mais do que três leitoras. De verdade. É só ver o número de pessoas que favoritaram a história. Cadê vocês, gasparzinhos? Deem sinal de vida se quiserem continuar lendo a história hihi
Boa leitura s2



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O plano parecera simples de inicio: Rachel “dormiria” com Gian Belssario, conseguiria informações sobre Giorgio, depois entraria em sua casa e roubaria mais informações. Quando tivesse conseguido uma pista suficientemente concreta para prender Giorgio, Finn e ela voltariam à casa e o pegariam.

Mas nada era tão simples assim. Rachel procurara Gian, mas ele havia ido viajar para a Inglaterra e voltaria só daqui há 3 semanas. Além disso, Giorgio deveria ter um sistema de segurança complexo e não seria nada fácil burlá-lo. Precisariam de um hacker para isso. E mesmo quando entrassem na casa de Giorgio, ele com certeza daria por falta da pista que Rachel levaria consigo e fugiria antes que eles pudessem provar algo. Além disso, nem Rachel, nem Finn tinham um grande conhecimento sobre vírus. Como saberiam o que era o vírus e o que era a cura sem precisar fazer uma análise?

- Só há um jeito de isso dar certo, Finn. – Rachel disse.

Os dois estavam sentados na varanda de sua casa, discutindo sobre o plano irracional e utópico que haviam bolado no dia anterior. Fora muita inocência por parte deles achar que aquilo poderia dar certo. Era tão amador! Os dois haviam se deixado levar pela raiva que sentiram de Giorgio e nem ao menos pensaram direito sobre suas conclusões.

Finn tirou os olhos do mar azul que se estendiam infinitamente à sua frente e os fechou por alguns segundos.

- Fala.

Rachel o olhou. O sol batia levemente em seus cabelos desarrumados, e isso os iluminava. Sua boca rosada estava fechada em linha dura, mas de alguma forma ele parecia extremamente relaxado. Ela tentou controlar a vontade de beijá-lo que passou por todo o seu corpo naquele momento. Sabia que não poderia. Já tinha visto como o comportamento de Finn podia ser rude e extremamente grosseiro quando algo não planejado se abatia sobre ele. Ele parecia ter tanto medo de algo, mas ela não sabia o que era. Se pelo menos soubesse...

- Berry, você ta legal? – ele disse, com a típica voz grossa.

Só naquele momento foi que Rachel percebeu que ele havia aberto os olhos e a olhava com uma expressão divertida no rosto. Ela fechou a boca e desviou o olhar de seu rosto, sentindo-se uma idiota. Ele provavelmente tinha percebido o tipo de pensamento que ela havia tido.

- To legal sim. – ela disse, rapidamente. – Acho que deveríamos entrar em contato com Sue ou Schuester.

- Para quê?

- Pedir que enviassem um hacker. Alguém que moraria conosco e nos ajudaria com toda a parte técnica do plano.

Finn praguejou baixinho. Fora difícil se adaptar à presença constante de Rachel em sua “casa” e em sua vida, não imaginava passar por toda a tortura novamente.

- Você sabe que é a única forma de executar o plano corretamente, Finn. – disse Rachel ao perceber a feição do homem deitado na espreguiçadeira ao seu lado.

Finn sabia que ela tinha razão, mas não desejava mais alguém naquela casa. Era tão difícil conviver com Rachel, ele não tinha vitalidade suficiente para conviver com outra pessoa. Então, teve uma idéia.

- Você está certa, Berry. Mas eu ligo para o Will.

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Rachel e Finn estavam de mãos dadas no aeroporto particular de Elba. Haviam se acostumado à atitudes como essa quando estavam em público, pois tinham que fingir ser Charlotte e Liam.

Mas daquela vez fora diferente. Pegaram nas mãos um do outro e parecera natural, como se realmente se amassem – o que seria impossível – e não como se estivessem fingindo. Além do mais, nem precisavam dar as mãos, já que não estavam ali como Charlotte e Liam, mas sim como Rachel e Finn. Ao pensar nisso, Rachel soltou sua mão da de Finn. “Foi somente um ato falho”, ela disse para si mesma.

Estavam no aeroporto para receber uma dupla de agentes da CIA. Finn havia ligado e pedido pelos dois agentes. Tinha dito que já era suficientemente complicado ter um semi-estranho em sua vida. – Se bem que Rachel pensava que não eram mais semi-estranhos. Não eram amigos, mas definitivamente se conheciam bem demais. – Agora, os dois estavam esperando pela chegada dos agentes.

Os dois agentes não morariam na mesma casa que Rachel e Finn. Will havia dito que aquilo seria extremamente perigoso, portanto, eles viveriam em casas diferentes e teriam que tentar não se comunicar em público. Agir como se fossem completos estranhos. A casa onde os novos agentes viveriam era próxima da de Finn e Rachel e as duas eram integradas por um túnel subterrâneo e um sistema tecnológico de última geração que permitia que os moradores de uma casa conectassem-se aos moradores da outra somente apertando um botão no painel da geladeira. Tudo perfeitamente pensado para garantir a segurança dos agentes.

Rachel sentiu que a intensidade do vento aumentava, e olhou para cima. Por trás dos grandes óculos de sol Tom Ford viu um jatinho descer para o pátio de pouso. Seus cabelos haviam se tornado um emaranhado graças ao vento, e ela desistiu de tentar arrumá-los.

A primeira pessoa que saiu de dentro do jatinho foi uma mulher. Ela era uma loira maravilhosa e logo sorriu quando viu Finn. Finn retribuiu o sorriso, e a abraçou.

- Que saudades, Britt. – a loira murmurou algo que Rachel não entendeu. – Onde está Santana?

- Pegando o Lord Tubbington. Você sabe como ele é viciado nas bebidas que dão nos aviões, não sabe? Aquele safado está de ressaca agora, e como estou muito brava com ele me neguei a acordá-lo. – a loira disse, inocentemente. Rachel se perguntava que diabos era Lord Tubbington.

Finn parecia segurar riso. Rachel estava perdida.

- Ai meu Deus! – a loira disse pausadamente quando viu Rachel. – Os novos óculos do Tom Ford!

Rachel sorriu ante à animação da mulher. Gostou dela imediatamente. A loira correu em sua direção e lhe deu um abraço, que logo foi retribuído.

- Sou Brittany. E você é a diva do Tom Ford! Precisa me falar como conseguiu esses óculos, eles nem estão à venda!

Rachel riu, se apresentou e começou a contar a história sobre como conseguira os óculos escuros mais desejados do momento.

De repente, Finn gritou “Santana!” e uma linda latina correu para abraçá-lo. Os dois se abraçavam com uma intimidade invejável, como se fossem grandes amigos. Rachel sentiu uma pontada de ciúmes brotar dentro de si, mas tentou ignora-la. Por que teria ciúmes de Finn? Não fazia sentido.

A mulher se aproximou com uma gaiola de animais nas mãos. Brittany empinou o nariz, se recusando a olhar para a gaiola.

- Essa é a Santana. – disse Brittany. – E aquele ali é o safado do Lord Tubbington. Não chegue perto dele, deve estar com um bafo insuportável de champanhe.

Rachel esqueceu-se momentaneamente do ciúme que sentia. Lord Tubbington era um gato? Não fazia sentido. Ela deu um pequeno risinho, disfarçadamente. Não queria magoar Brittany.

- Oi. – disse a tal de Santana, exibindo um sorriso branco do tipo Meu-Nome-É-Santana-E-Eu-Tenho-32-Lindos-E-Perfeitos-Dentes. – Eu odeio esse gato, mas não conte para a Britt. – disse baixinho para Rachel, mas logo se aproximou de Finn novamente.

Rachel forçou um sorriso para a mulher. A operação havia acabado de ficar ainda mais insuportável.

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Ela jogou os robalos na panela, com raiva. Todo aquele estresse inexplicável tinha um nome e sobrenome: Santana Lopez.

A morena não havia desgrudado de Finn nem por um segundo, desde que chegara. Os dois conversavam intimamente, e trocavam olhares cúmplices a todo o momento. Para piorar a situação, Finn chamara Santana e Brittany para jantar. Rachel tinha imediatamente se oferecido para ir à cozinha e cuidar de tudo, pois já não suportava ficar observando os dois se tocando à todo momento.

Agora ela descontava todo aquele sentimento inexplicável na comida. Já havia feito uma Cassata Siciliana; uma Salada Caprese de entrada e agora fazia o Robalo à Moda da Ligúria como prato principal. Geralmente ela relaxa cozinhando, mas infelizmente ainda conseguia ver toda a cumplicidade do casalzinho da cozinha.

- Não precisa se preocupar. – disse Brittany, com uma voz doce.

Rachel virou-se para ela. A loira estava parada no balcão da cozinha, com Lord Tubbington no colo (Eles haviam feito as pazes).

- Oi? – Rachel perguntou, com calma. Gostava de Brittany e não queria tratá-la como estava tratando o pobre robalo que dourava na panela.

- Sobre a Sant e o Finn. Você não precisa se preocupar. Ela é libanesa.

Rachel olhou-a com uma expressão de interrogação no rosto. Pensou que Santana fosse latina. Mas de qualquer modo, o que sua nacionalidade tinha a ver com o fato de que Finn estava totalmente na dela?

- Ela é libanesa, garota Tom Ford. Sabe, gosta de mulheres. – Britt olhava para Rachel como se essa fosse burra. Rachel demorou um tempo para ligar a palavra libanesa com a descrição dada por Brittany. Ela estava dizendo que Santana era... – Ela é minha namorada. – Brittany completou, tirando qualquer dúvida de Rachel.

Rachel sentiu-se subitamente aliviada, dando até um pequeno sorriso ao pensar em como havia sido idiota, julgando Santana sem nem ao menos saber algo sobre ela. Depois sua ficha caiu.

- Tudo bem Britt, mas eu não estava preocupada. – disse Rachel, dirigindo um sorriso para a nova amiga.

- Estava sim. Quando eu não admitia para mim mesma que gostava da Sant, também ficava com essa cara, igualzinha a do Lord Tubbington quando separado da bebida. – Brittany dizia tudo tranquilamente. – Depois descobri que gostava dela. Do mesmo jeito que você gosta do Finn.

Rachel, que estava adicionando o resto dos ingredientes no peixe, jogou todos na grande frigideira, fazendo com que óleo quente espirrasse em seus braços.

- E-eu não gosto dele, Britt. – Rachel apressou-se a responder.

Brittany deu de ombros e saiu da cozinha, deixando uma Rachel pensativa e muito preocupada. Ela não podia gostar de Finn.

Rachel colocou o peixe no forno, e depois se apoiou no balcão e seu olhar imediatamente caiu sobre Finn. Ele estava jogado na poltrona da sala de estar, com uma taça de vinho nas mãos e um sorriso tranqüilo no rosto. Quando a viu, levantou a taça para ela e aumentou o sorriso. Rachel só conseguiu forjar uma felicidade que não sentia.

Ela não podia estar apaixonada pelo prepotente, egoísta, indecente, galinha e rude Finn Hudson. Deus, ela estava tão ferrada se isso acontecesse.

Mas não iria acontecer. Ela não iria deixar. Provaria para si mesma que não se importava com Finn.


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Notas finais do capítulo

Brittana is here *-* haha
Reviews?