Hi, I'm Kat escrita por Viroli


Capítulo 23
Picking up the road.


Notas iniciais do capítulo

Oi amores s2
Mudei a sinopse e a foto. Fui eu que fiz a montagem, por isso está horrível :((
Enfim, o capítulo ta pequenininho, não tava com muito clima para postar.
Mas eu tinha prometido um capítulo, então ele está ai.
Os próximos vão ser muito bons, pode ter certeza!
Geente, vocês sabem como é bom ver recomendações né? Então, quem quiser fazer, eu aceito! - Uma indireta super direta aqui u-u -.
Enfim, leiam as notas finais.

Até lá embaixo, beiju.



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E o impossível aconteceu. Era 23h, a Luísa já devia estar no seu quinto sono. Eu já fugi de casa antes. Mas nunca para ficar uma semana fora. Isso é loucura. Mas o Adam falou que iria ligar assim que chegássemos. O negocio é, que nem eu mesma sei aonde vamos. Diz ele que é para manter o mistério e a adrenalina.

Eu estava arrumando a mochila. Ele disse que eu só precisava levar roupas. Joguei algumas peças de roupas, minha nécessaire e dinheiro. Meu coração estava a mil. Era como se eu estivesse indo roubar o banco, mas a qualquer momento alguém pode te pegar. Essa coisa de adrenalina é muito boa, devo admitir.

Desci do meu quarto nas pontas dos pés, nas mãos segurava meu tênis. Logo quando desci a escada recebi uma mensagem do Adam.

– Me encontra atrás da sua casa. Beijos.

Fui até a cozinha. Peguei algumas comidas - chocolate e doritos para ser mais exata. - E fui para o quintal pelas portas do fundos.

E lá estava ele. Perto da piscina. Do lado da sua moto. E não podia estar mais lindo. Ele usava uma touca preta e alguns fios teimosos do seu cabelo caiam sobre seus olhos. Aqueles olhos que me fitavam sem desviar a atenção. Mesmo no escuro, eu podia ver o brilho castanho deles. Eram lindos e eu simplesmente não queria parar de vê-los. Nunca.

Sorri e fui em sua direção. Lhe dei um abraço e um beijo rápido. Seus lábios estavam frios, mas mesmo assim queria beija-lo mais algumas vezes.

– Está frio. - Disse esfregando os braços para me esquentar.

E a coisa mais clichê que podia acontecer, aconteceu.

– Toma. - Disse ele, tirando seu casaco e o colocando em cima de mim. Sorri em agradecimento. Ta, era a coisa mais clichê do mundo, mas quer saber? Eu gostei.

Iríamos de moto. Nem preciso comentar que amei a ideia né? Ele subiu e logo eu fui na garupa. Não sei como ninguém acordou quando saímos pelo lado da casa. Se acordou, era tarde demais. Já estávamos na estrada.

Não conversamos. Não era necessário. Paramos em alguns postos para abastecer e comer alguma coisa. A cidade parecia morta. Não se via ninguém. Eram 4h da manhã quando chegamos no destino. O qual eu não sabia.

O Adam parou a moto no lugar mais lindo que eu poderia imaginar. Estávamos na praia. A areia mais branca do que nunca. O sol estava nascendo. Sentamos na areia e ficamos vendo aquela bela paisagem. Só nós dois.

Depois de muito silêncio o Adam começou a falar.

– Eu vinha sempre aqui quando era criança. Agora raramente minha família vem aqui. - Ele sorriu como se lembrasse de algo maravilhoso. - Eu sempre dava um jeito de me afogar, mas no fundo era por que minha mãe sempre fazia chocolate quente para mim e dizia que eu nunca iria me machucar. Eu adorava quando ela cantava para mim. Temos uma casa de praia aqui perto, nós dois vamos ficar lá.


– Deve ser muito bom. - Disse assim que ele terminou de falar e voltou sua atenção para o mar.

– O que? - Perguntou me fitando.

– Deve ser muito bom, sabe, ter essas lembranças.

– Você não tem? Quer dizer, sua mãe nunca te levou na praia? - Ele perguntou e pude sentir meu coração se encolhendo. Era tão doloroso falar sobre aquilo.

Suspirei. Uma hora ele teria que saber não é? Esse era o objetivo da viagem, nós conhecermos melhor e eu não poderia ignorar uma parte tão importante da minha vida. A Luísa, minha mãe.

Respirei fundo e botei em palavras tudo o que sentia, desde sempre.

– Ela me abandonou Dan, me abandonou entende? Quanto eu tinha apenas três anos. Eu não tenho lembrança de quando ela me levou a praia, não tenho lembrança de quando me falou sobre meninos, não tenho lembrança dela arrumando meu cabelo ou me dando conselhos quando eu precisava, não tenho lembrança dela comigo nos dias das mães, não tenho lembrança dela indo me buscar na escola, não tenho lembrança dela me ajudando nos deveres, não tenho lembrança dela cozinhando para mim ou me ensinando a cozinhar, não tenho lembrança dela me chamando de filha. Não tenho lembrança dela me botando para dormir, não tenho lembrança dos abraços confortáveis que só ela poderia me dar, não tenho lembranças de nada. Sabe por que? Porque eu nunca vivi isso. Eu não sei o que é ter uma mãe. Eu nunca tive uma mãe. E quando eu viro um problema para ela, é bem simples. Ela me joga para o meu pai. Ele sim, apesar de não demonstrar carinho por mim, cuidou de mim a minha vida toda. E eu não sei o que eu seria sem ele. - Eu já tinha lágrimas no rosto. E o Adam me ouvia em silêncio. - Eu só queria que ela me amasse. Eu a amo, apesar de tudo. Eu a amo. Ela é minha mãe. E eu só queria que ela cuidasse de mim como tal. Só isso. É pedir demais o amor dessa completa estranha? Eu me sinto insignificante. Se ela me abandonou, qualquer um pode entende? Eu me privei de amar, de sentir, eu só não queria me apegar para não sofrer de novo. Eu não quero sentir o que eu sentir todos esse anos. - Foi como um nó tirado da garganta, eu falei tudo o que tinha para falar. E as lágrimas caiam sem pudor. Era um choro sofrido e eu soluçava compulsivamente. O Adam me abraçava.

– Eu nunca vou te abandonar baixinha... - Disse.


(...)


Ficamos algum tempo na praia. Mas logo fomos para a tal casa de praia. E digo, que casa de praia. Era um paraíso, sem mais. Guardamos as nossas coisas e fomos comer algo.

A cozinha estava lotada de coisas deliciosas.

– Você preparou tudo hein? - Disse enquanto devorava tudo que via pela frente. O Adam riu.

– Eu não ia te botar numa furada. - Sorri. Meu celular começou a tocar. "Luísa". Meu coração parou. Consequentemente o celular do Adam também começou a tocar. Trocamos olhares, respiramos fundo e atendemos.

– Oi Luísa. Eu estou com o Adam. Nós estamos fazendo uma viagem... - Disse.

– Mãe, estamos na casa de praia do pai. Está tudo bem. Não, não quero que você venha aqui... - Disse Adam.

– Eu não fui sequestrada Luísa, onde você tira essas merdas? - Revirei os olhos. - Eu estou na casa dos pais do Adam. É, uma casa de praia. Não, eu não vou te falar onde é. Acabou?

– Por favor, não vem pra aqui. Está tudo bem. Eu e a Kat estamos bem. Só precisamos de um tempo ok? Sim, mãe, eu te ligo todos os dias. Quando acordar e quando eu for dormir, pode deixar. Fala sério mãe. Eu tenho dezessete anos. - O Adam revirou os olhos. - Eu não sou mais uma criança. Ta, desculpa mãe. Abaixei o tom, satisfeita? - Eu tive que rir dessa parte.

– Sim Luísa, o Adam está falando agora com os pais dele. Daqui a uma semana. Não é tempo demais. Ah me poupe, você mal percebe quando eu to ou não em casa. Eu não vou te ligar Luíza, se quiser saber como eu estou, você tem meu número, tchau. - E assim desliguei a chamada.

– Tudo bem mãe, também te amo. Beijos. - O Adam desligou logo depois.

Suspirou. - Até que foi fácil. - E nós dois rimos.

Acabamos de comer e nós sentamos no sofá.

– Então, o que iremos fazer? - Perguntei.

E assim ele sorriu. E eu percebi, que iremos ficar realmente uma semana sozinhos.

Só espero que não dê merda!


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Notas finais do capítulo

Então, o que gostaram do capítulo?
Gente, se vcs conhecem pessoas que fazer montagens para fics, me avisem? Brigada s2
Até os comentários, estarei esperando! bjs



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