Hurricane escrita por Rocker


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

É, eu sei, dois meses sem postar. --' Adoraria dizer um monte de coisas, mas enfim. Tenho três bons motivos: provas cada vez mais difíceis, que acho até que foram feitas pelo capeta, a falta de criatividade, que estava um horror, e a viada da minha mãe. É, ela é uma viada. Fica falando que fanfic não leva a nada e, apesar de gostar que eu leio, diz que me deixa muito iludida. O cú dela, mas okay. O importante disso foi que ela não me deixou escrever muito, ficava repetindo sempre que isso não me levaria a nada, aí acabei desanimando e sempre deixando pra depois. Ae já viu quando isso acontece, né. Enfim, queria agradecer pela paciência de não virem aqui em casa me matar. XDD hahahahaha'



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Hurricane II

Capítulo 3

– Edmundo! - Lúcia gritou, quando emergiram no mar aberto. - Edmundo!

Edmundo emergiu, e Eustáquio veio logo atrás.

– Lena! - gritou Edmundo, preocupado com o fato de que ela não era tão boa nadadora quanto os outros. - Lena!

Segundos de desespero depois, e Lena finalmente emergiu, a uma maior distância dos outros.

– O que está havendo?! - Eustáquio perguntou exasperado, mas antes que algum deles pudesse responder, a sombra de um navio apareceu acima deles.

– Nada, Eustáquio! - ordenou Lúcia, nadando para fora do alcance do barco.

Ouviram o barulho de pessoas se jogando no mar. Alguns segundos depois, Lúcia sentiu alguém segurando-lhe pela cintura.

– Calma! Te peguei. - e ela imediatamente reconheceu a firme e segura de Caspian.

– Caspian!

– Lúcia...! - Caspian se surpreendeu ao ver sua antiga amiga.

– Edmundo, é o Caspian! - ela gritou para o irmão.

Edmundo parou de nadar e olhou para trás. Sua visão estava embaçada por causa da água e sol forte e viu duas pessoas vindo ajudá-los.

– Calma, estão à salvo. - disse uma voz grossa a ele.

Edmundo, antes de se virar para eles, procurou Lena com os olhos. Alguém já ia atrás dela, para ajudá-la.

– Hey, se acalme. - ela ouviu uma voz lhe dizendo.

Ao virar-se, ela viu dois olhos verdes a encarando de perto, acompanhando um rosto jovem de um garoto loiro. Lena mordeu o lábio inferior, indecisa, mas logo se virou para onde vira Edmundo, que tinha uma expressão entusiasmada. Provavelmente, poderia confiar naquele garoto.

– Estamos em Nárnia? - perguntou Edmundo, ao homem careca que se aproximava.

– Estão em Nárnia. - respondeu ele.

Eustáquio, diferente dos primos e da órfã, nadava na direção contrária, gritando histericamente.

– Eu não quero ir! Eu vou voltar pra Inglaterra! Eu vou voltar pra Inglaterra!

Lúcia e Caspian já estavam em uma tábua suspendida com cordas, prontos para embarcarem.

– Segura.

Pouco depois, veio Edmundo junto do homem que o resgatou. Lena também chegava com o garoto que aparentava ter sua idade de dezesseis anos. O garoto pegou duas toalhas com um marinheiro.

– Senhorita. - colocou uma sobre seus ombros, ao perceber que ela batia os dentes.

– O-obrigada. - ela agradeceu com um sorriso gentil.

– Foi emocionante! - dizia Lúcia, já sendo coberta por uma toalha.

– Como foi que vieram parar aqui? - perguntou Caspian, entregando toalhas para os recém-chegados.

– Eu não faço ideia. - respondeu Lúcia.

– Caspian! - disse Edmundo.

– Mas vieram apenas os dois? E Lena? - perguntou ele, sentindo falta da outra amiga.

– Procurando por mim, bonitão? - perguntou ela, se aproximando dos três e dando um forte abraço em seu amigo.

Podiam não ter tido tanto contato na época da guerra contra Miraz, mas isso não queria dizer que não o considerasse um amigo. Um grande amigo, aliás.

– Lena! - exclamou Caspian alegremente, abraçando-a de volta.

– É um prazer ver vocês! - disse Caspian, puxando os três para perto das escadas que levavam ao leme.

– Você não chamou a gente? - perguntou Lúcia.

– Não. Não dessa vez.

– Seja qual for o caso, é um prazer estar aqui. - disse Edmundo.

Majestade.– ouviram uma voz se aproximando, e Lena reconheceu o garoto encharcado que se aproximava como sendo aquele que lhe resgatara do mar.

– Sim, Colin? - perguntou Caspian.

– Meu pai pede que os mande se trocarem, pois podem pegar um resfriado. - disse o garoto educadamente.

– Oh, claro! - concordou Caspian, mas antes puxou o garoto que era alguns centímetros mais baixo que ele para perto, a fim de apresentá-lo aos amigos, que os observavam curiosos. - Colin, esses são Lena, Lúcia e Edmundo. Este é Colin, filho do capitão. Qualquer coisa, esse garoto é o cara.

As meninas soltaram risadas enquanto o loiro enrubescia, envergonhado, mas logo trataram de se cumprimentarem adequadamente. Mas então um grito, não muito adiante, foi ouvido e logo suas atenções se voltaram para o garoto franzino que armava um escândalo no convés.

– Cale-se, rapaz! - dizia Ripchip, em cima de um garoto franzino e loiro, que gritava histericamente.

– Tire esse bicho de mim! Tire esse bicho de perto de mim! - e ele jogou o rato para longe.

O ratinho se colocou de pé, ajeitou sua espada e alinhou os pelos.

– Ripchip! - Lúcia disse animadamente.

O rato se virou e se surpreendeu ao deparar-se com Lúcia e Edmundo.

– Oh, Majestades! - ele fez uma reverência.

– Rip, quanto tempo! - exclamou Lena, sorrindo para seu velho amigo.

– Oi, Ripchip. - Edmundo cumprimentou o rato. - É um prazer.

– O prazer é todo meu, senhor. - disse o ratinho. - Mas primeiro o que fazer com esse intruso histérico?

Eustáquio se colocou sobre os joelhos e gritou, apontando acusadoramente para Rip. - Esse rato gigantesco quase arranha a minha cara toda!

– Eu só tentei tirar a água dos seus pulmões, rapazinho. - Ripchip tentou se defender diplomaticamente.

Mas isso fez o garoto se assustar, levantando-se repentinamente assustado e se escorar na balaustrada do barco. Ele apontou para o rato, tremendo de medo.

– Ele falou! Vocês ouviram?! Alguém mais ouviu?! Ele falou.

– Ele fala sempre. - disse um dos marinheiros.

– Fazer ele calar é que são elas. - brincou Caspian.

– Quando não houver nada a dizer, Majestade, - Ripchip logo se prontificou a falar a Caspian. - eu prometo ao senhor que não direi nada.

– Como sempre dramático. - comentou Colin, revirando os olhos.

– Ora, mas... - Ripchip logo ia se defender, mas outro grito de Eustáquio logo o interrompeu.

– Eu não sei que brincadeira é essa, mas eu quero acordar agora!

– Por quê não o jogamos de volta ao mar? - Ripchip perguntou aos reis e Lena segurou a língua para indicar que seria a melhor ideia.

E ela não era a única a pensar de tal forma. Aos poucos, a expressão de Edmundo fora se transformando e logo Lúcia percebera também.

– Edmundo! - ela repreendeu o irmão, dando-lhe uma cotovelada nas costelas.

Eustáquio choramingou, indo até um pequeno grupo de quatro marinheiros que conversavam sobre a vinda dos reis antigos e riam do companheiro deles.

– Eu exijo saber agora mesmo onde é que estou! - o garoto brandiu.

E então um minotauro se aproximou deles, irritado por toda aquela cena.

– Está no Peregrino da Alvorada– ele disse em uma voz grave -, o melhor navio da marinha de Nárnia.

E Eustáquio perdeu os sentidos e despencou desmaiado no chão, causando risadas nos marinheiros.

– Eu disse alguma coisa errada? - o minotauro perguntou a Caspian, que se aproximava rindo.

– Cuida dele, por favor. - disse Caspian, antes de se afastar novamente.

– Majestade. - o minotauro cumprimentou.

Caspian foi até a escada do convés, e disse em alto e bom som, esperando que todos ali ouvissem.

– Homens! - ele chamou a atenção dos marinheiros, que rapidamente viraram-se para ouvir Sua Majestade. - Vejam nossos náufragos: Edmundo, o Justo, e Lúcia, a Destemida. Grandes Rei e Rainha de Nárnia! E nossa fiel amiga Lady Lena, que foi a peça principal para me ajudar a recuperar o trono!

Todos se ajoelharam, honrando aqueles que se tornaram os amigos de Nárnia. Colin sorria para Lena, deixando-a envergonhada, mas ela logo tratou de ignorar. Não era porque o segundo garoto na vida parecia lhe dar atenção que ela se esqueceria tão rapidamente de Edmundo. Caspian desceu do degrau, e logo se dirigiu às garotas.

– Podem ficar com meu camarote. Peguem o que precisarem, toalhas, roupas, tem tudo ali dentro. Só não tem roupas femininas, pois não imaginaríamos que seria necessário. - ele completou, em tom de desculpas.

– Sem problemas, Caspian, sabemos nos virar. - garantiu Lena, sorrindo agradecida, e se encaminhando com Lúcia para dentro do camarote do rei.

Pouco depois de desaparecerem atrás da porta fechada e os marinheiros retornarem ao seu serviço, Caspian se apoiou na balautrada, esperando pelos reis e a amiga para começarem uma reunião e explicar-lhe a atual situação.

– Pensei que eles demorariam mais alguns séculos antes de retornarem. - disse Colin, aproximando-se do rei.

– Também pensei. - comentou Caspian, sorrindo. - Mas fico feliz por eles terem aparecido. Eles viriam apenas mais uma vez e poder vê-los é ótimo.

– Entendo. - comentou Colin, observando a porta por entre as garotas desapareceram.

– Ed! - exclamou Caspian, enquanto o moreno, já limpo e com vestes secas, se aproximava. - E então, como vão as coisas no outro mundo?

Edmundo deu de ombros, encostando-se na balautrada ao lado dos dois. - Estamos passando um tempo na casa de Eustáquio até que meus pais, Susana e Pedro voltassem de viagem. Não que estejamos gostando muito.

– E Lena, como está se adaptando a tudo? - perguntou Caspian. Ele conhecia os medos dela, e também o passado, sobre a morte de seus pais em um incêndio.

– Bem, meus pais a aceitaram, e minha mãe gostou tanto dela que até a chamou para morar conosco. - comentou Edmundo, e Caspian e Colin podiam ver o brilho em seus olhos.

– Então parece que vocês estão dando certo... - disse Caspian sugestivamente, até ver as bochechas de Edmundo corando levemente e riu, junto com Colin.

Logo as garotas apareceram, usando roupas largas masculinas, com um cinto atravessando as cinturas, tentando firmar as roupas e darem mais conforto.

– Quem são esses dois homens que vêm vindo? - brincou Caspian com Edmundo e Colin, que riram enquanto Lena corava e Lúcia dava um soco de brincadeira no braço do mais velho.

– Ah, cala a boca! - comentou a mais nova, envergonhada e levemente carrancuda.

– Venha, precisamos nos reunir com o capitão. - disse Caspian, passando o braço pelos ombros de Lúcia, e indo com os outros para o camarote do capitão.


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