Psychotic Girl escrita por Sweet Lolita


Capítulo 2
Capítulo II - Conhecidos


Notas iniciais do capítulo

Olá, boa noite, sei que demorei um pouco a postar, mais aí está o novo capítulo. Deu bastante trabalho...
Agradecimentos: Obrigada por lerem e comentarem Panda Killer, Misaki Hane e nycole.
Espero que gostem desse capítulo ^u^ Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/339954/chapter/2

 Perguntas infinitas vieram à mente de Sophie e ela tentava organizar seus pensamentos. "Eu voltei? Quem voltou?! E o que quer dizer com 'voltei'?" eram algumas das perguntas que martelavam na mente da garota. Ela deixou com que a boneca caísse de suas mãos, por um estante ela paralisou e sua mente se distanciou, seu olhar era como o olhar de mil anos, morto e sem brilho. Quando ela despertou, rasgou o bilhete e o atirou pela janela, ficou um tempo encarando o espelho, até ouvir os gritos irritados de seu pai. Sophie seguiu até o quarto de seus pais, sua mãe chorava desesperadamente no chão, enquanto abraçava suas próprias pernas e Joseph estava irritado ao telefone, lágrimas saíam dos olhos de seu pai também.

   - Porra, porra, porra! - gritou Joseph - Por que essas merdas de policiais não atendem?! 

 Joseph distanciou o telefone da orelha e o tacou com força contra a parede, fazendo com que o telefone quebrasse. Sophie não sabia o que fazer, ficou apenas observando. Rebecca levantou-se apressada ao ver a filha e a abraçou.

   - Sophie, Sophie! Graças a Deus! - choramingou Rebecca alisando os cabelos da garota - Ainda bem que está sã e salva.

 Joseph pegou outro telefone e ligou novamente para a polícia, após alguns segundos de espera a ligação foi atendida.

   - Finalmente né, seus merdas! - gritou Joseph - Não me mandem ficar calmo, porra! - respondeu - Ah, o que houve? O que houve é que o Assassino do Sorriso Macabro esteve aqui na minha casa! Ele poderia ter matado a minha família e vocês nem se quer atendem uma simples ligação, o que vocês ficam fazendo?!

   - Jeff?! - gritou o policial do outro lado da linha, foi tão alto que todos puderam ouvir - Já estamos a caminho!

 "Jeff...?" pensou Sophie. Esse nome lhe era estranhamente familiar, Sophie tentou lembrar-se de onde havia ouvido esse nome, mas a única coisa que lhe veio à cabeça foi uma imagem de uma menina de cabelos negros, cuja face era oculta e apenas podia-se ver um sorriso sádico estampado em seus lábios, a menina estava coberta por sangue. A cabeça de Sophie começou a doer como se estivesse prestes a explodir quando a imagem ficou mais nítida, Sophie levou as mãos à cabeça e começou a se contorcer. Rebecca espantou-se e se afastou de Sophie, que agora gritava. 

   - O que foi Sophie? - perguntou Rebecca.

   - N-Nada... Apenas... - ela fez uma pausa - Minha cabeça dói, só isso.

 Rebecca aliviou-se. Não demorou muito e eles ouviram o som da sirene das viaturas da polícia, os policiais já chegaram invadindo a casa, por um momento a família assustou-se.

   - Estão todos bem? - perguntou um policial.

   - Sim, estamos. - respondeu Joseph.

   - Detetive Mail Turner. - apresentou-se o policial - Chefe na investigação do Caso do Assassino do Sorriso Macabro, ou Caso Jeff.

   - Joseph Voorhees. - apresentou-se Joseph - Essa é minha mulher, Rebecca, e minha filha, Sophie.

   - Vasculhem a casa! - gritou Mail.

 Os policiais vasculharam toda a casa, mas não encontraram o invasor. Eles retornaram ao local onde estavam Mail e a família Voorhees.

   - Detetive, encontramos apenas a mensagem do invasor no espelho do quarto da menor e a porta e a janela da cozinha quebradas. - informou um policial.

   - A porta fui eu. - respondeu Sophie.

   - Certo. - assentiu Mail - Podem me acompanhar até a delegacia? 

   - O que?! - perguntou Rebecca histérica e desequilibrada.

   - Acalme-se, Rebecca. - disse Joseph - Claro, senhor.

 Acompanhado pela família Voorhees, o detetive saiu da casa e entrou na viatura da polícia e seguiu para a delegacia. Ao chegarem ao local, os pais da família Voorhees foram interrogados individualmente, e por fim, interrogaram Sophie.

   - Então, o que houve? - perguntou o detetive Mail Turner.

   - Eu acordei no meio da noite com um som estranho... - começou - Vinha da cozinha, então eu fui até a cozinha, comecei a ver vultos, ouvir risadas e ouvir passos.

   - Sim, são comuns esses acontecimentos na casa da vítima antes dela ser morta. - interrompeu o detetive - Prossiga, por favor.

   - Eu fui até a área de serviço, podia jurar que havia visto alguém indo até lá. Foi quando eu fui derrubada e trancada do lado de fora, tive de quebrar a porta para entrar. - explicou porque a porta estava quebrada - Os vultos continuaram até que meu pai apareceu, só depois vimos a mensagem no espelho e a janela quebrada.

   - Certo, mais alguma coisa? - perguntou o detetive.

   - Sim, tinha uma... - começou. Sophie se lembrou de sua boneca que havia reaparecido e o bilhete que continha nela.

   - Tinha uma...? - perguntou o detetive, gesticulando para que ela terminasse.

   - Nada, era só isso mesmo. - mentiu.

   - Olha Sophie, se você mentir não estará ajudando a pegar Jeff. - argumentou o detetive.

   - Tinha um gato, só isso, mas não é importante, certo? - mentiu um tanto irônica.

   - Certo. - assentiu - Se é apenas isso, pode se retirar.

 Sophie levantou-se e saiu da sala. O detetive continuou sentado, imóvel em seu lugar, e outros dois policiais estavam logo atrás dele, encostados na parede.

   - Acha que ela falou a verdade? - perguntou um dos policiais.

   - Sim, eu acho. - respondeu o outro.

   - Ela falou a verdade. - intrometeu-se o detetive - Apenas não nos contou tudo. Essa última parte é muito suspeita, ela está escondendo algo de nós.

 Os dois policiais derem de ombros. Sophie e sua família foram levados pelas viaturas de volta para sua residência. Sophie voltou ao seu quarto e se trancou lá, novamente veio a sua mente a imagem da boneca e do bilhete que para ela não fazia sentido algum, ela encarou novamente o espelho, a mensagem "Vá dormir" continuava lá. Uma imagem horripilante veio à mente de Sophie, era a imagem de um garoto cuja pele era branca, mas não um branco normal, os cabelos chamuscados de castanho e preto, olhos profundos e mortos - e principalmente, maiores que o normal - e o mais assustador: seu sorriso. Um sorriso imenso que havia sido moldado em seu rosto.  Ele ria histericamente, as outras imagens, como as pessoas mortas e mutiladas e a menina misteriosa piscavam sobre a imagem do garoto, tornando seus pensamentos em um caos. A cabeça de Sophie voltou a doer, ela se contorcia de dor e reprimia os gritos. Apenas quando parou de pensar nessas imagens que a dor passou. Sophie irritou-se com aquele espelho e o socou, o espelho rachou e pedaços de vidro caíram no chão, a mão de Sophie sangrava e ela resmungava por causa da dor. Sua mãe, que havia ouvido os ruídos, foi ver o que havia acontecido.

   - Filha?! Você está bem?! O que está acontecendo?! - perguntou espantada e então, ela viu a mão de Sophie - O que pensa que está fazendo?!

 Rebecca correu de volta ao seu quarto para avisar Joseph e assim levaram Sophie ao hospital. Sophie teve de levar seis pontos em sua mão esquerda, como era a mão esquerda poderia ir ao colégio. Sua mão foi enfaixada para proteger os pontos, e assim eles voltaram para casa. Com tudo que havia acontecido, Sophie se sentia exausta e derrotada, acabou - contra vontade e contra o medo - adormecendo.

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 

  De manhã, o despertador no quarto de Sophie tocou, despertando-a. Por um instante ela se assustou, mas logo depois que o breve susto passou ela suspirou desanimada. Desligou o despertador e verificou as horas, 7h: 30min. Sophie levantou-se um pouco preguiçosa e foi tomar banho e se "arrumar" para ir ao colégio, logo depois organizou seu material escolar. Sem dizer nada aos seus pais, pois ainda dormiam, saiu de casa e foi ao ponto de ônibus esperar pelo ônibus que a levaria até o colégio. 

 Sophie ficou alguns poucos minutos aguardando o ônibus. Subiu para o ônibus e sentou-se no primeiro assento vago próximo a janela que encontrou, de sua mochila retirou o celular e os fones de ouvido e ficou ouvindo música até que chegasse o momento em que desceria do ônibus.

 Chegando ao colégio, faltavam aproximadamente quinze minutos para que as aulas começassem, o dia estava frio e nublado, o tempo era um tanto deprimente. Mas Sophie havia gostado, combinava com o que ela estava sentido; desânimo.

   - Oi Sophie! - chamou Louise.

 Sophie não respondeu, apenas se aproximou de suas amigas.

   - Meu Deus... - murmurou Louise.

   - O que houve com a sua mão? - perguntou Verona.

   - Você está cheia de olheiras... - murmurou Louise.

   - Cortei a mão e tive de fazer pontos. - respondeu Sophie, ela percebeu que faltava alguém - Onde está Sabrina?

   - Não sei, ela faltou hoje. - respondeu Verona. 

 Sophie deu de ombros.

   - Fez a lição de geografia? - perguntou Verona, Sophie assentiu - Me passa? 

  - Não. - respondeu Sophie.

  - Ah, por quê? - choramingou.

  - Por que não pede a Louise? - perguntou Sophie.

  - Já pedi, mas ela não quis me passar. - respondeu - Ela é muito chata.

  - Ah?! Eu sou chata? Você deveria deixar de ser tão preguiçosa e irresponsável! - repreendeu.

  - Viu? Está sendo chata novamente! - rebateu Verona.

As duas começaram a discutir enquanto Sophie apenas assistia tudo.

   - Tá bom, chega! - interrompeu Sophie - Toma o caderno, copia logo.

Sophie entregou seu caderno de geografia para Verona, esta por sua vez, pulou em comemoração. Verona copiou a lição de Sophie enquanto Sophie apenas ouvia música, e Louise fazia o mesmo com seus fones de ouvido e seu celular no volume máximo. O sinal tocou e as três foram para suas respectivas salas para mais um dia de aula.

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 

 Depois do término das aulas, Sophie foi aguardar por suas amigas na escadaria do colégio. Verona e Louise surgiram, Verona estava com uma casquinha de sorvete em mãos, Sophie revirou os olhos.

   - Meu caderno. - pediu Sophie.

   - Aqui está, obrigada. - disse Verona sorridente, enquanto entregava o caderno de Sophie.

 Sophie pegou o caderno e ao guarda a mochila alguém a derrubou no chão, fazendo com que todos os objetos que estavam dentro da mochila se espalhassem pelo chão. Sophie, com a ajuda de suas duas amigas, recolheu rapidamente seus objetos e os guardou, ela colocou a mochila nas costas e olhou para o sujeito que a havia derrubado, ele descia as escadas, era aquele mesmo garoto estranho do último ano, que estava sempre encapuzado e de cabeça abaixada.

   - Qual o seu problema?! - Sophie o parou.

 O garoto começou a rir, e Sophie sentiu como se já tivesse ouvido aquela risada antes. O garoto se virou para ela, com o rosto oculto.

   - Qual é... O meu problema? - perguntou um pouco sarcástico.

 Sophie teve o pensamento de um cenário negro, em que o garoto continuava ali bem diante de sua pessoa, então o garoto levantou a cabeça e Sophie pode ver seu sorriso sinistro. A cabeça de Sophie começou a doer novamente, ela passou a gritar e se contorcer e suas amigas desesperadas tentavam acalmá-la. Quando Sophie olhou novamente, o garoto havia sumido.

   - Vocês viram isso? - perguntou incrédula.

   - Vimos o que? - perguntou Verona.

   - O sorriso... - murmurou.

  - Não. - respondeu Verona.

   - Eu sinto... - começou Sophie, suas amigas se entreolharam confusas, Sophie as encarou - Eu o conheço. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por ter lido, e por favor, deixe um review. Beijos, até o próximo!