Final Destination - Risk Of Death escrita por Paul Oliver


Capítulo 8
O Forte


Notas iniciais do capítulo

Eae!
Queria me desculpar pela enorme demora em atualizar a fic, isso aconteceu porque tive uma visão de um acidente e... Não pera. :P
Mentira, foi por outros motivos, mas enfim... O que importa é que agora a fic vai andar, e tudo indica que sem pausas! o/
Só queria lembrar que essa é minha PRIMEIRA fic, então não esperem Beyoncé quando se têm Anitta. Espero que tenham entendido a metáfora.
(WTF?) KKKKKKKKKKKK
Esse cap com certeza, é bastante tenso, têm algumas surpresas reveladas e reviravoltas em plots.Tem tbm algumas considerações nas notas finais. Não leiam antes de ler o cap.
Ah, se acharem erros é só avisar. Sou lerdo demais nas revisões dos capítulos.


Espero que gostem, boa leitura! :D



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A brilhante luz da Lua, iluminava o lago próximo ao casebre que pertencia a Rosie. O lago ficava no meio da mata e por isso mantinha uma boa distância da casa. Ele não era muito extenso e suas águas eram de um singelo azul escuro, e pareciam ser profundas. Uma folha estava boiando sobre a sua superfície, foi quando uma outra folha caiu sobre ela e ambas afundaram no interior do lago.

Leonel estava sentado sobre uma pedra com o celular em mãos, Oliver estava sentado um pouco mais próximo do lago, molhando suas mãos nas águas.

O aparelho celular de Leonel estava sem sinal, tanto para ligações como para internet. Apenas o rádio funcionava, então ele deu play na única estação que sintonizou. Era um jornal de notícias.

— A polícia surpreendeu a todos divulgando que nem todos os presos que fugiram na terrível rebelião na prisão de Starlike, no começo do ano foram capturados. São três ainda fugitivos, e tudo indica que foi um deles que acabou matando o Dr. Jefferson Torres, de 25 anos, no restaurante Miro 81 na tarde de ontem. Foi uma tentativa frustrada de assalto, mas o bandido acertou um tiro no peito do jovem médico, este era um dos funcionários do Hospital St. Mary Of Nazareth, que desabou já faz algumas semanas...

Oliver virou prestando atenção na notícia. Leonel ficou um pouco chateado por fazer voltar toda a história da lista na mente do filho, então desligou o rádio. Ele sabia que pegara o celular apenas para evitar uma conversa com o filho, mas respirou fundo, e colocou-se a olhar Oliver molhando suas mãos no lago. E percebeu ali, que poderia ser seus últimos momentos com ele, não podia morrer sem dizer o real motivo de eles terem uma relação tão delicada.

Uma lágrima escorreu dos olhos do médico.

Respirou fundo.

— Oliver...

O garoto levantou e secou as mãos em sua calça jeans. E olhou nos olhos de seu pai, percebeu que estavam marejados. Manteve o silêncio.

— Eu não quero morrer sem te contar uma coisa... Uma coisa que me fez muito mal no passado, uma coisa horrível e que eu tenho muita vergonha e medo de falar para as pessoas e principalmente pra você.

Oliver engoliu em seco.

— Eu sei... Eu não sou seu filho, não é? Por isso que você não gosta de mim... Não é?!

Leonel colocou-se a chorar entre soluços, enquanto sacudia a cabeça negativamente.

— Não! Você é meu filho! E é por isso que eu tenho tanto arrependimento do que eu te fiz!

— O que é então?! — Oliver gritou. Nenhuma lágrima saía de seu olho.

— Você nunca foi um pai pra mim! Eu não tenho mãe, não tenho primos, tudo o que eu tinha era o meu tio e ele morreu ano passado! Ele sim foi meu pai!

— O meu irmão Gleen foi uma pessoa incrível mesmo. Me ajudou como nunca alguém me ajudou na minha vida, se não fosse ele... — Leonel soluçava. — Eu não teria você aqui do meu lado.

— Não entendi. — Oliver ajeitou sua franja com um passar de mãos.

— Como você sabe, eu fiz o seu parto, no qual sua mãe morreu. Eu me senti muito culpado, muito mesmo. Mas não foi minha culpa, a sua mãe tinha um problema vascular que nunca havia sido detectado, e na hora do parto ele veio á tona. Mas eu fiquei completamente arrasado com a morte dela, eu a amava mais que tudo! — Leonel sorriu de lado, enquanto olhava o céu. — Eu dizia que ela era minha Lua, que iluminava a minha vida...

Os olhos de Oliver começaram a encher de lágrimas, seu olhar estava fixo com os de seu pai, fazendo uma ligação que nunca haviam feito antes.

— Você nasceu saudável, Oliver. O seu tio foi te buscar no hospital porque eu... Não conseguia te pegar nos braços.

Oliver franziu a testa.

— Eu havia passado toda a culpa da morte da sua mãe, pra você. Eu pensava que se ela nunca tivesse engravidado e lutado para conseguir dar a luz, ela não teria morrido. Naquele momento, eu te odiava com uma intensidade absurda, a ponto de não conseguir te olhar. Te tocar... O Gleen cuidava de você, ele era novo mas era ele que trocava suas fraldas e te alimentava. Ele foi o pai que eu não conseguia ser.

— Você... Ainda acha que a culpa é minha? Que a mamãe morreu por minha culpa? — Oliver finalmente derramou algumas lágrimas.

— Não! Não é e nunca foi, Oliver! Foi um acaso, era a hora dela e o único que tem que se sentir culpado aqui sou eu, não é você!

— Mas se você não acha mais que eu sou o culpado, por que então nunca me tratou como um filho? — Oliver secou algumas lágrimas.

Leonel suspirou profundamente. Havia chegado a hora de contar a pior parte de seu passado, tirando Gleen, ninguém mais sabia do ocorrido.

É agora, você precisa ser forte. Forte!

— Eu... Por seis vezes, Oliver... Eu tentei te matar.

Oliver ficou estático. Parou de chorar e nem piscar conseguia mais. Leonel olhava para os olhos do filho, e então se jogou aos pés dele. Ajoelhado, continuou a desabafar em meio ao choro.

— Filho, eu me arrependo tanto do ponto que eu cheguei! Tanto, tanto, tanto! Eu tive uma depressão pós-parto gravíssima, mesmo eu sendo médico eu nem sabia que um homem podia ter isso! Foi um grau muito avançado dessa doença. O Gleen te salvou todas as vezes que eu tentei te... — Engoliu em seco. — Por isso que eu não liguei quando você disse que ele era o seu pai, ele me impediu por seis vezes de te afogar na banheira e te asfixiar... — Leonel encostou sua cabeça na barriga de Oliver.

— Eu fiz terapia por mais de 2 anos, seu tio me ajudou muito. Foi muito difícil, mas mesmo depois de estar curado, eu não conseguia olhar pro seu rosto porque eu me lembrava que eu tinha tentado acabar com a sua vida! Eu sofri muito! Eu sofria por você, pela memória da sua mãe... Pensava em como ela poderia estar vendo lá do céu o que eu tentei fazer com nosso filho! Eu tinha vergonha de chegar próximo de você, vergonha de você me chamar de pai. Eu nunca fui seu pai, o seu é o Gleen! — Leonel ainda ajoelhado olhou nos olhos de Oliver, chorara muito.

— Me perdoa...

Oliver estava paralisado, seus olhos escorriam lágrimas e mais lágrimas, tinha ouvido tudo mas não estava acreditando direito. Toda a sua teoria em segredo, de que era adotado, fora queimada pela real história, e essa era bem pior.

— Eu não quero que você morra...

Leonel se surpreendeu com a fala do filho.

— Eu te perdoo. — Oliver se abaixou e ficou no mesma posição que seu pai. — Eu te perdoo, pa...

— Não precisa dizer se não conseguir. — Leonel ainda chorava.

— Eu te perdoo, pai. Eu só não quero sofrer mais, a gente já sofreu tanto! Cada um do seu lado, cada um com sua dor... Eu quero um pai agora, que converse comigo sobre garotas, sobre basquete, sobre tudo... Quero me sentir amado! — Oliver soluçava em meio ao desabafo.

— Eu também. Tudo vai ser diferente agora, eu prometo, a gente vai recomeçar! Eu te amo, filho.

— Eu também te amo, pai.

Leonel e Oliver se envolveram em um forte abraço, nunca haviam ficado tão próximos um do outro na vida. O garoto pode sentir-se acolhido como nunca fora antes, e Leonel se sentia leve, havia jogado tudo o que o perturbava pra fora.

No céu, a Lua continuava brilhando intensamente e iluminando o rosto do pai e do filho. A sombra de ambos na água se misturou com a da Lua, formando uma só.

XX-XX-XX

Angel entrou bruscamente na recepção do Hospital do Centro.

Com o celular em mãos, havia acabado de enviar uma mensagem a Kramer. Tomara que eu não me arrependa disso. Sua jaqueta cinza prendeu levemente na porta de vidro, mas com um puxão ela se soltou. Correu até a bancada da recepção e disse que queria visitar uma paciente.

— O nome dela é Deodora Urban.

— Bom... Pode ir, mas a senhorita terá apenas meia hora. O horário de visita acaba ás dez. — A recepcionista disse olhando em seu relógio de pulso, que marcava ás nove e meia daquela noite.

Angel sorriu.

Tempo de sobra... Ou tempo demais...

A loira então entrou no elevador e guiou-se até o andar onde o quarto de Dora ficava. Entrou em um corredor pouco movimentado, as poucas pessoas que ali estavam, estavam saindo dos quartos já que o horário de visita estava acabando. Angel entrou lentamente no quarto de Dora, a moça estava dormindo tranquilamente. A loira então passou a olhar a face da amiga, mordeu os lábios de raiva. E não pôde deixar de pensar em acabar com a vida de Dora ali mesmo.

Ela mentiu pra mim, ela me traiu, ela me roubou, ela me fez ficar com ódio da Shani... Maldita, agora você vai ter o que você merece, o que você sempre mereceu, o que sempre procurou!

Angel puxou os cabelos de Dora com tanta força que pôde sentir alguns fios se desprendendo de sua cabeça. Dora acordou no exato segundo sem entender nada, agora estava sentada na cama e olhando espantada para Angel.

— Meu Deus, Angel? O que você... Por que você fez isso? — Passou as mãos sobre a cabeça.

— Chega vagabunda! Para de atuar! Você não me engana mais, agora você vai ter o que você merece!

Angel partiu pra cima de Dora, e puxou-a para fora da cama, fazendo a moça cair de bruços no chão. Então colocou um de seus pés sobre as costas dela. Dora gemia de dor.

— Eu sei Dora, sei de tudo agora! Que era você quem ficava com o Kurt, que foi você que me roubou... Sabe o que eu tenho mais raiva?! De você ter feito eu acreditar que foi a Shaniqua que fez tudo isso! Vadia, vaca imunda!

Angel forçou o pé com ainda mais força sobre as costas de Dora, e então tirou. Dora se levantou aos poucos, e jogou os cabelos que cobriam seu rosto. Olhava com ódio para Angel, então sorriu maliciosamente.

— Até que enfim! — Dora gritou, e começou a bater palmas. — Palmas pra Angeline! Palmas pra ela! Angel, você é uma otária! Logo você que têm tanta pose, logo você que se diz tão inteligente?! Só agora descobriu tudo?

— Você têm razão, eu fui uma burra por ter acreditado em você! Desde o início. Como eu poderia imaginar que por trás da historinha de coitadinha tinha uma monstro! Ai, meus pais são doentes, eu sou filha única eles precisam de mim, blá, blá, blá! Até irmão você têm! O que mais você mentiu? Que você não tem pais? Nasceu de uma vaca então! — A loira gritava gesticulando as mãos.

— Como você descobriu que eu tenho irmão? — Dora se surpreendeu.

— David. — Angel sorriu. — Me diz, ele é tão mau caráter quanto você? Mais burro ele é né, porque tá preso.

— Não fala do meu irmão, sua piranha! — Dora ia desferir um tapa no rosto de Angel, mas a loira foi mais rápida e segurou a mão da morena, e juntou seu rosto próximo ao dela.

— Eu piranha? Quem ficou com o namorado da amiga? Espero que você e o Kurt tenham transado muito, agradeço aos céus as noites que ele não quis ficar comigo para ficar com você, certamente. Ele é tão sujo quanto você! Me fala aí, foi você que matou ele, no carro, não foi?

— Foi. E eu vou matar você e a Shaniqua também. — Dora arregalou os olhos com imensa fúria.

Angel não se intimidou.

— Vai é? — Riu, e sussurrou no ouvido de Dora.

— A questão agora é: Será que você sobrevive pra fazer isso... Amiga?

XX-XX-XX

Louise estava encostada num tronco de árvore. Sentada ali, a garota continuava a chorar. Eu não acredito que minha mãe me bateu... Mas eu acho que eu mereci.

De repente Oliver e Leonel apareceram ao longe, e graças a luz da Lua, Louise pôde avistá-los. Oliver foi mais rápido e correu até a jovem.

— O que você tá fazendo aqui Louise? Aconteceu alguma coisa?

Louise levantou-se.

— Eu e minha mãe discutimos. Eu ainda estou muito magoada, mas acho que ela...

— É sobre o lance que conversamos? Eu disse pra você que é cedo demais pra falar disso, sua mãe deve ter pirado! — Oliver a interrompeu.

— É sim, mas eu... — Louise então parou de falar, e ficou em silêncio por alguns segundos. Começou a ouvir gritos. Estavam altos e bem audíveis.

— Vocês estão ouvindo isso? — Louise perguntou dando alguns passos para frente.

— Ouvindo o quê? O que tá acontecendo? — Leonel então se aproximou dos dois. — Eu não ouço nada.

— Eu também não... Nada! — O filho do médico também negou.

— Como não?! — Louise começou a ficar nervosa. Os gritos continuaram e foram aumentando de intensidade.

— Parecem de um homem. — A garota franziu a testa.

— De onde eles vêm? — Leonel perguntou.

Louise apontou a direção, era aonde ficava a casa onde estavam hospedados. Mesmo não ouvindo som algum, o médico achou melhor verificar já que Rosie poderia estar em perigo.

— Fica aqui com a Louise, Oliver. Se for algo perigoso, quero que pegue a Louise e corra o mais longe possível! Se não for nada, eu volto e busco vocês.

Oliver assentiu. Leonel então adentrou na mata.

— Você realmente não ouviu nada, Oliver?

— Não. Nada. — o garoto disse veemente.

XX-XX-XX

O corpo de Dora se chocou contra a parede com imensa força.

Angel correu até a morena e puxou-a pelo braço e logo em seguida desferiu mais dois tapas em seu rosto, e depois empurrou seu corpo sobre outra parede, só que nessa parede havia um quadro, com o logo do Hospital do Centro, e com o forte impacto da cabeça de Dora, quebrou e caiu no chão. A cabeça da morena sangrava em pequena quantidade, Angel então se aproximou e levantou Dora pelos cabelos.

— Vai me dizer que você não esperava que esse momento chegasse?! — Angel deu um soco em seu estomago.

— Vai me matar, Angel? — Dora disse friamente.

A loira então derrubou Dora no chão, e subiu em cima dela. E com as duas mãos começou a enforcá-la. O rosto de Dora começou a ficar vermelho, ela já quase não conseguia falar.

— Piranha, vaca, cadela! Vai pro inferno sua vadia asquerosa!

— Você... É um demônio mesmo, não é? — Dora tentava falar algo. — Como o seu pai dizia...

Angel parou de enforcá-la, aquela frase de Dora fez sua mente dar um click. Olhou a cena: Dora deitada no chão tentando se recuperar com o rosto vermelho e sangue escorrendo de sua cabeça. Angel viu suas mãos, elas também estavam sujas de sangue.

— Eu não sou uma assassina! Não sou! Eu não sou um demônio! — Angel disse com os olhos marejados.

— Me mata vai! — Dora disse se levantando. Então andou até Angel e pegou as mãos da loira e colocou sobre seu pescoço.

— Vai Angel! Eu trai, roubei, menti... Me mata! Eu sei que você quer, eu sei!

Angel desviou o olhar e retirou suas mãos do pescoço da morena. Eu não sou um demônio, não sou...

— Sabe o que eu mais odeio de tudo isso? — Dora começou. — É que você conseguia enganar o Carl, a Selly... Eu pelo menos admito pra mim mesma que eu sou uma pessoa ruim! Eu me libertei Angel, se liberte também! Você nunca parou pra pensar que seu pai podia estar certo? Ou você escolhe viver assim, ou é infeliz como eu era...

Dora sorria maliciosamente.

Angel olhou pro chão, pensativa.

XX-XX-XX

Leonel estava próximo a entrada da casa. Algumas lamparinas estavam espalhadas pelo quintal, este era grande e a partir de um ponto se misturava com a mata que rodeava o casebre. As lamparinas era o que iluminava todos os cômodos também da casa, era mais um meio de se protegerem da morte, a rede elétrica da casa estava desligada. O médico então pegou uma luminária na grama, e ainda muito cauteloso olhava ao redor procurando alguma coisa, então entrou na casa e se espantou com a cena que via.

Rosie estava caída e aparentemente inconsciente no chão da sala da casa, seu rosto estava completamente branco e sua boca seca e trémula. Leonel colocou a lamparina no chão perto da parede da casa, esta estava com seu papel de parede todo descascado. A luminária fez um movimento como se fosse cair, causado pelo vento que vinha da porta aberta por Leonel.

— Rosie, Rosie, Rosie! Meu Deus o que aconteceu?!

O médico sacudiu a francesa e checou seu batimento, ele estava aceleradíssimo, então Rosie abriu os olhos.

— Um escorpião... — Sussurrou sem forças.

— Há quanto tempo ele te picou?! Onde?!

— No tornozelo... Já deve fazer quase meia-hora. — Rosie fazia um esforço enorme para falar.

Leonel colocou a mão sobre a cabeça. Então retirou a sapatilha de Rosie e pôde ver seu tornozelo. Ele estava muito inchado e sangrando muito, todo o seu pé estava roxo. Leonel o tocou e Rosie deu um gemido. O homem olhou pra Rosie, sabia que pelo tempo que ela havia sido picada, o veneno já havia penetrado em todo o seu organismo. Maldita lista, maldita morte!

— Maldita, maldita!

Rosie tentou sorrir. — Promete que vai cuidar da Louise? — Lágrimas começaram a descer dos olhos da francesa.

— Fala pra ela esquecer dos últimos minutos que nós tivemos e se lembrar apenas das coisas boas que passamos juntas... — Engoliu em seco. — Diz pra ela Leonel, que eu apoio todas as decisões que ela tomar, eu confio nela, porque eu a amo mais que tudo.

Os olhos de Leonel começaram a encher de lágrimas.

— Eu digo. Mas não vai precisar, ela sabe que você a ama! Você pode ter certeza Rosie!

Rosie sorriu.

— Seu filho também te ama, Leonel... Mesmo que a relação de vocês seja difícil, eu sei que ama. Vocês vão escapar dessa...

— A gente se acertou hoje, Rosie. Eu me libertei de tudo que eu guardava! A gente prometeu começar uma vida nova, juntos.

— Vocês serão muito felizes, eu sei.

Rosie começou a fechar os olhos, sua vista foi ficando cada vez mais turva, a francesa sabia que seu fim estava chegando. Sua vida seria encerrada ali.

— Eu vou chamar a Louise e... — Leonel disse secando algumas lágrimas.

— Não, doutor. Eu não quero que ela veja a mãe dela morrer...

Leonel começou a chorar com mais intensidade, e passou a acariciar o rosto de Rosie lentamente. E então chegou seu rosto próximo ao dela, e sussurrou algumas palavras.

— Desde o dia que te vi no estacionamento do St. Mary, eu me encantei por você, pela sua beleza, sua voz, até pelo seu jeito carrancudo... Eu queria poder ter a chance de tocar seus lábios e mostrar todo o carinho que eu sinto por você, Rosie. Isso sem ao menos te conhecer direito.

Rosie sorriu, e então Leonel se aproximou e juntou seus lábios ao dela. EM beijo cheio de carinho e afeto, assim selando o fim da vida da mulher.

O primeiro beijo entre Rosie e Leonel, também seria o último.

XX-XX-XX

Angel voltou seus olhou a Dora.

— Eu não sou como você! Eu tenho amigos! Tenho pessoas que me amam de verdade! Tenho a Shani, tinha o Carl, a Selly! Você não tinha e nunca vai ter ninguém que goste de você Deodora, ninguém!

O ódio dentro de Dora só crescia. A morena então foi rápida e avistou um pedaço de madeira pontiagudo da moldura do quadro, jogado no chão. Então correu e o pegou. Angel ainda estava lenta e Dora a pegou por trás, e colocou a ponta da madeira na direção do pescoço da loira.

— Eu falei que eu ia te matar, Angel! E eu não sou como você, eu cumpro o que falo, vadia!

Angel estava com dificuldade em falar, mas conseguiu.

— Você não pode me matar, Dora.

Então a loira começou a rir. Dora ficou ainda com mais raiva.

— Como não sua idiota?! Eu posso cravar essa madeira no seu pescoço a qualquer momento!

— Não... — Engasgou. — Você não pode Dora... Não é a minha hora, não culpe a mim, culpe o destino!

Dora ficou sem entender nada, e então sem pestanejar levantou o pedaço de madeira que ia em direção ao pescoço de Angel.

POW!

Arregalou os olhos.

XX-XX-XX

Leonel levantou a sua cabeça, seus lábios já não estavam ligados ao de Rosie. Pode sentir em seu pulso que a mulher não estava mais viva, então olhou em seu rosto. Um sorriso. Ela morreu sorrindo...

Ele colocou levemente a cabeça da francesa no chão. Se levantou e colocou a mão sobre a boca, e a mordeu. Sua vontade de gritar era grande demais. Não pôde segurar. Seus gritos eram altos e enquanto gritava andava pela sala do casebre, socou por diversas vezes a parede do local. Maldita! Por que aqui? Aqui era um lugar seguro! Como pôde nos encontrar?!

Um vento gelado entrou pela porta da frente, e fez o cabelo de Leonel sacudir. Assim como fez a lamparina, que estava no chão, cair e quebrar seu vidro, as chamas do objeto tocaram o papel de parede descascado da parede da casa. E em poucos segundos todo o lado da parede estava em chamas. Leonel ainda de costas para a parede, ainda não podia sentir o cheiro das chamas. De olhos fechados e com rosto colado na parede, continuava gritando e falando coisas incompreensíveis.

XX-XX-XX

Dora tossiu por duas vezes, então soltou a madeira no chão. E parou de segurar Angel pelo pescoço. Colocou a mão sobre um ponto abaixo de sua axila, e viu sangue.

— Droga! — Caiu no chão com a dor do tiro que havia recebido, mesmo não sendo um ferimento grave, a dor era forte. Como se a sua pele estivesse sendo rasgada.

Angel levantou um pouco desnorteada. Então viu alguns policiais na porta de entrada do quarto. Dois deles foram dar atendimento a Dora, enquanto um veio conversar com Angel, este a loira já conhecia.

— Agente Marx...

— Você está bem, senhorita Caymon?

Angel sorriu de lado.

— Sim, estou bem sim. Eu disse que ia ficar bem. — Angel disse olhando diretamente para Dora.

— Vocês não têm provas nenhuma contra mim! A Angel é uma louca! Foi a Shaniqua! — Dora dizia enquanto alguns policiais a continham.

— Além das suas impressões digitais encontradas na pedra que esmagou o Kurt, também foram recebidos diversos vídeos das câmeras de vigilância dos motéis que você e o Kurt ficaram nas últimas semanas. — O Agente Marx se aproximou de Dora que agora estava sendo colocada em uma maca que já chegara ao quarto.

— Assim que você receber atendimento médico, a senhorita aguardará o julgamento presa. Responderá por tentativa de homicídio, lesão corporal, roubo e homicídio premeditado.

— A Angel! Ela veio me bater! Eu não fiz nada eu estava quieta! — Dora gritava enquanto os policiais e enfermeiros a seguravam.

— Você que começou a me atacar, eu apenas me defendi, sua mentirosa! — Angel mentiu. — Eu não devia ter vindo aqui sozinha, devia ter esperado a polícia.

Dora olhava com fúria e raiva para a loira, enquanto Angel devolvia o olhar com um ar sarcástico. Toma do seu próprio veneno, vadia!

Os policiais e enfermeiros levaram Dora, ainda na maca, para fora do quarto. Angel e o Agente Marx também saíram poucos segundos depois. No corredor, Angel sentou-se em uma cadeira e passou a mão sobre a cabeça. Suspirou.

— Graças ao Dr. Kramer, chegamos na hora certa. Não deixe de agradecê-lo, Angel. — O Agente Willians disse se aproximando dos dois.

— Pois é, graças ao telefonema do médico podemos pegar Dora em flagrante, e assim ela não vai precisar esperar o julgamento em liberdade. Você premeditou tudo isso, senhorita Caymon? — O agente Marx perguntou.

— Não. Eu sabia que a Dora ia tentar me matar, então mandei a mensagem pro Kramer, ele tinha que chamar a polícia, não podia ser eu porque estou relacionada ao caso, talvez não desse certo, não sei...

Angel abaixou a cabeça. A verdade é que eu não queria que vocês vissem, eu mesmo queria acabar com a Dora, queria matá-la. Por isso que mandei a mensagem pro Kramer para chamá-los, pra eu não cometer uma loucura. A loira suspirou fundo. Eu queria e não queria matá-la. É confuso, mas era esse o meu pensamento.

Mas eu não consegui. Eu tive a chance, mas não consegui.

— Talvez eu não seja uma pessoa ruim...

Suspirou novamente.

XX-XX-XX

Louise e Oliver saíram da trilha da mata e já chegavam ao quintal do casebre. O garoto ainda segurava a mão da jovem e vinham devagar, olhando ao seu redor.

— Eu ouvi os gritos agora a pouco! Parecia o meu pai, Louise!

— Mas porque você não conseguiu ouvir antes?

Ambos continuavam andando e então puderam perceber um pouco de fumaça saindo da casa. O fogo, iniciado pela chama da lamparina quebrada, subiu com a ajuda do papel de parede e já começara a devastar todo o teto do casebre, a madeira era fraca e antiga e aparentemente o fogo a incendiava facilmente. Louise tentou correr mas Oliver a segurou.

— A minha mãe pode estar lá dentro! Me solta!

— É perigoso, Louise!

Oliver continuou segurando-a, foi quando escutaram um barulho. Parte do teto caiu, e então puderam ver Leonel saltando da janela para o quintal, seu rosto estava um pouco sujo de poeira e cinzas. Ele então foi em direção dos jovens. Oliver correu até ele.

— Pai! Você tá bem?! Meu Deus, o que houve? Como que...

— Eu acho que eu me salvei, Oliver. Eu acho que eu consegui passar a minha vez da lista.

Louise olhou para o médico espantada e então percebeu o que acontecera.

— A minha mãe? Se é a sua vez nessa maldita lista, então ela...

— Eu sinto muito mesmo Louise... Quando eu cheguei aqui, ela já estava quase morrendo. Um escorpião havia a picado... Ela não aguentou.

Louise passou a chorar compulsivamente e caiu de joelhos no chão. Não pôde deixar de pensar que a culpa era dela, ela havia deixado a mãe sozinha na casa.

— Foi minha culpa! A minha mãe morreu por minha culpa!

— A sua mãe te ama Louise! Ela disse pra você esquecer do que passaram nos últimos minutos e se lembrar de tudo de bom que passaram. Ela te apoia em tudo que você decidir.. Ela te ama muito! Não foi sua culpa, você sabe disso! — Leonel disse entre soluços.

Oliver se abaixou e abraçou Louise, a garota apertava a camiseta do rapaz e gritava sem parar, seus óculos apertavam-se no peito de Oliver, então ela os jogou no grama. Leonel se aproximou para pegar o objeto e viu seu reflexo nas lentes, seu reflexo estava em chamas devido ao reflexo do casebre que ainda pegava fogo atrás deles. Então se lembrou dos sinais que Angel falava tanto. Do telefonema que recebera do Carl. Dos sinais que Rosie contara que havia visto no restaurante.

É isso.

O médico olhou carinhosamente para Oliver e Louise ajoelhados no chão, seu filho dando suporte a Louise. É a vez deles, eu não posso deixar eles morrerem também, não posso. Assim como o Carl, eles são jovens não merecem morrer tão cedo, não posso deixar isso acontecer de novo! Se a morte deu um jeito de nos pegar aqui, nenhum lugar é seguro. Se eu morrer agora, eu morro fora da ordem e a lista quebra, e eles serão salvos. Leonel virou para trás e viu o casebre ainda em chamas, a porta da frente ainda aberta, e dali podia-se ver o corpo de Rosie no chão consumido pelo fogo.

As chamas queimavam o corpo da francesa com fúria, como se estivessem se alimentando do corpo da mulher. Leonel olhou o corpo inerte e sem vida de Rosie ali, na casa não tinha nenhum móvel, apenas o corpo da francesa. Apenas ele.

Eu não posso deixá-la sozinha...

Então decidiu.

— Eu vou acabar com tudo isso, eu vou quebrar a lista... Por você meu filho, tudo vai ser diferente agora. Um recomeço, lembra?

Oliver virou e olhou o pai. E levantou estático.

— Eu te amo, filho.

Leonel correu e entrou pela porta, pegou o corpo da francesa nos braços, e se abaixou no chão. Então pôde sentir as chamas tocarem cada milímetro do seu corpo. Sentiu sua pele derretendo e sua face arder como nunca sentira na vida, então seu ar foi faltando aos poucos, não sentia mais dor... Olhou mais uma vez pro rosto desfigurado de Rosie, então manteve os olhos bem fechados e se entregou a morte.

No quintal, os jovens puderam ver todo o teto do casebre se despedaçando aos poucos, até que toda a casa virasse uma bola de fogo. Louise ajoelhada na grama gritava sem parar, enquanto Oliver permaneceu em pé, em estado de choque.

Sentiram-se como em um dejá-vu, mesmo sem terem vivenciado a primeira vez.

XX-XX-XX

Wen terminou de fechar a última das malas da viagem. Colocou-a no chão perto das outras seis ali presentes na sala de estar, todas prontas com tudo que ele precisaria. Olhou para a janela aberta, o Sol iluminava e despertava para um lindo e agradável dia.

— Olha só! Até do Sol eu estou gostando mais, e olha que eu o odiava!

Riu.

Finalmente, a viagem que irá mudar minha vida! Eu tenho absoluta certeza que a cirurgia na cidade vizinha, vai ser perfeita. E eu vou voltar a andar... Eu vou!

— Sr. Aleen, já posso levar as malas lá pra baixo? O táxi está esperando. — Um dos empregados do hotel que Wen morava perguntou ao cadeirante, entrando pela porta do apartamento.

— Já devia ter levado.

— Me desculpe. — O empregado saiu do apartamento, carregando quatro das seis malas entre os braços.

Wen olhou para a foto de Phil em sua mesa de centro.

— Qual é? Eu não mudei tanto assim.

O cadeirante gargalhou e fez um pequeno esforço se apoiando na cadeira de rodas para pegar o porta-retratos, e ficou o segurando em mãos. Olhou carinhosamente para a foto, nela Phil usava uma jaqueta marrom por cima de uma camiseta e um colete azul marinho, em seu rosto sua marca registrada, seu cativante sorriso.

— Você vai comigo rapaz! — Wen então colocou o objeto em uma das malas, fazendo novamente um terrível esforço para se abaixar e pegar a mala no chão.

Respirou.

Isso vai acabar. Chega de se sentir um inútil. Isso vai acabar!

Após guardar a foto do irmão, Wen recostou sua cabeça no suporte da cadeira de rodas, pensativo, lembrou-se de Jeff e de que ele também estava morto.

— Justo agora que estávamos nos dando tão bem? Será verdade essa história que a morte quer pegar quem saiu do St. Mary antes dele cair? Isso é loucura!

Wen não tinha dado a mínima importância a toda história contada por Leonel e pela tal advogada que pouco conhecia, somente a notícia de que Shaniqua estava internada em estado grave devido a um acidente de carro, o perturbou. Sentiu vontade de cancelar a viagem, mas desistiu. Eu sei que ela vai sair dessa, e quando eu voltar eu vou recepcioná-la... Só que de pé.

O cadeirante sorriu olhando para o brilho do Sol na janela, então visualizou o rosto da enfermeira mais uma vez.

Suspirou levemente.

Nem notou que mais uma vez a história da lista e das mortes foram absorvidas pelo sentimento que nutria pela garota. E esse sentimento só aumentava, cada vez mais.

XX-XX-XX

Angel colocou a mão sobre os olhos, e respirou fundo. Estava sentada em uma das cadeiras da recepção do Hospital do Centro, esperando dar nove horas da manhã para finalmente poder visitar Shaniqua. Ela já havia sido submetida a uma cirurgia ás pressas logo depois do acidente, e se recuperava lentamente. Angel não havia procurado notícias dela até o dia anterior. A noite passada havia sido agitada, mas agora Angel suspirava aliviada. Tudo havia acabado, mesmo que tivesse deixado sequelas.

A loira havia recebido a ligação de Louise de madrugada, a garota aos prantos contou tudo o que acontecera, inclusive a quebra da lista, e principalmente a morte de Rosie e o suicídio de Leonel. No momento da notícia Angel nem havia dado importância ao fato da lista estar quebrada, queria ir dar apoio aos jovens, agora órfãos. Louise recusou e disse que ia dormir na casa de uma amiga, e levaria Oliver junto. Mesmo assim o restante da noite da enfermeira não fora fácil, não conseguiu mais dormir e sua cabeça só pensava e pensava.

— Parece mentira... — Angel sussurrou pra si mesma.

Então a imagem de Rosie e Leonel veio a sua mente, e seus olhos lacrimejaram um pouco. Ela não conhecia Rosie profundamente, mas aquele abraço que a advogada dera nela no dia que descobrira da falsa traição de Shani, havia sido muito importante. Tanto que foi uma das causas que a ajudou a descobrir toda a tramoia de Dora. Isso, junto a frase que Kramer disse que Carl falara na hora de sua morte. Será que significava que todos conseguem chorar pelos olhos, mas poucos conseguem chorar pela alma?

Respirou profundamente. Sem dúvida o seu choro me tocou aquele dia, Rosie. Angel olhou pra cima. Descanse em paz.

Nesse momento um homem entrou com seu filho pela porta do Hospital, ele andava de mãos dados com o filho e entraram no elevador do prédio. Angel então lembrou-se de Leonel.

Este ela conhecera desde que estagiava no St. Mary, na época da faculdade. Porém eram apenas colegas, nunca tiveram nenhuma intimidade. Tanto que esses dias, por causa da lista, eles haviam se aproximado como nunca acontecera antes. Angel sorriu um pouco sem graça, por lembrar de que no começo de seu estágio, havia flertado com o médico. Porém ele não correspondeu, e por muitas vezes parecia que nem percebia. Ele era lindo, sem dúvidas... E corajoso. Um herói.

Angel sentiu um aperto em seu coração por lembrar de Louise e Oliver. Sem dúvidas este estava sendo o momento mais difícil de suas vidas, a partir daquele momento teriam que seguir suas vidas sozinhos. A loira lembrou-se da época que foi expulsa de casa, desde desse dia vivia como uma órfã. Eu tive ajuda da minha madrinha, nem isso eles vão ter...

Era isso. Angel prometeu a si mesma, que os ajudaria de alguma forma a enfrentar essas perdas, sabia que era a única com quem poderiam falar sobre a lista e a morte.

Eu, a Shani, o Wen e os dois... Os únicos que sobreviveram. Os únicos.

— Senhorita, já pode entrar para ver sua amiga. — Uma enfermeira se aproximou interrompendo os pensamentos da loira.

Angel a seguiu, ambas subiram de elevador até o sétimo andar do prédio. Andaram pelo corredor e se aproximaram da porta de um quarto.

— Eu sinto muito, mas a senhorita não poderá entrar no quarto. A cirurgia que ela passou foi muito delicada e ela ainda está se recuperando.

— Mas ela vai ficar bem?

— Ela não está na UTI, como disse ela está se recuperando. Se a senhorita quiser eu posso chamar o médico pra ele te explicar melhor.

Angel assentiu. A enfermeira saiu e Angel se debruçou sobre o vidro na parede do quarto de Shaniqua, então pôde ver sua amiga. Shaniqua estava com a cabeça quase toda enfaixada, principalmente na área do queixo e maxilar. Um tubo de oxigênio no nariz e algumas ataduras no braço, provavelmente de pequenas escoriações. Podia-se ouvir o som do eletrocardiograma.

A loira começou a chorar. Parecia que todos os momentos que havia passado com Shaniqua vinham em sua mente como fotografias. Se antes amava Shani por ser sua melhor amiga, agora a amava como se fosse uma irmã. A realidade que Angel nunca tivera irmãos, mas algo dentro de si falava que era isso que irmãos sentiam uns pelos outros.

Ela secou algumas lágrimas, mas naquele momento tinha que ser forte e paciente, e esperar e torcer para que Shaniqua se recuperasse. Angel só queria entrar naquele quarto e abraçar a amiga e dizer:

Eu sei que você não sabe, mas eu duvidei da sua amizade e de tudo que vivemos. Me perdoa, Shani... Eu te amo tanto! Sei que você não sabe da lista ainda, da morte do Carl, do Jeff e do Leonel e da Rosie... Mas mesmo assim pode ficar tranquila agora, tudo vai ficar bem, amiga. Acabou. Podemos continuar a viver, juntas como sempre.

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Alguns meses depois...


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Notas finais do capítulo

...





Nessa hora vocês me agradecem por não ter parado de atualizar a fic depois desse capítulo, porque imagina? D:
Esse particularmente, é um dos meus capítulos favoritos. Leonel e Rosie deram adeus a história, mas fiz o máximo para que não morressem como meros coadjuvantes. Não sei se vocês lembram, mas na lista de fotos do blog, ambos eram a 3° e 4° foto no cast. Sim, isso foi uma forma de despistar da, como eu posso dizer... Não tão importância deles na fic. Nunca achei que tiveram taanta química assim para tornarem-se um casal declarado, mas era inegável o carinho e cumplicidade que ambos criaram por si só, então decidi resolver a situação deles no mesmo capítulo em que morriam. O beijo que deram podem significar muita coisa, daí fica pra vocês acharem o que quiserem.
Pesquisei bastante sobre DPP (depressão pós-parto), e foi difícil achar um caso masculino e tão grave, parecido com o de Leonel. E pasmem, não achei nenhum que chegasse ao ponto do pai querer matar o filho, mas achei a de uma mulher que tentou e então juntei algumas coisas...
Não tenho a mínima ideia de onde veio a ideia desse plot, mas desde o começo era essa causa da relação de Leonel com o filho ser tão fria. A doença explicou muita coisa que foi deixada no ar nos caps anteriores.

Dora foi presa, e seu plot encerrado. Mas essa bitch ainda vai dar as caras na fic, aguardem. ^^

O próximo cap, como diz o finalzinho desse, continua a fic já no final de 2012. Ou seja, de Junho pra Dezembro, já aconteceu MUITA coisa. Especulem, eu vou gostar! XDDD
Só pra deixar curiosidade, vou contar que o próximo capítulo nem existiria! Já pularíamos pro que vai ser o cap 10 agora, só pra vocês terem uma ideia da loucura que preparei... Mas não pensem que será um cap pra encher linguiça, como em partes foi o "Injúria"... Esse têm bastante ação, MUITAS revelações, 3 personagens subindo pro cast principal e etc.

Enfim, aguardem! Prometo que a espera será bastante inferior a última. :DDDDD
Abraços e témais! o/