Garota Estranha escrita por Tasha Reis


Capítulo 4
Irmão gêmeo


Notas iniciais do capítulo

Oi, aproveitem o capítulo!!!



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Al:

Cheguei em casa e, como sempre, não tinha ninguém, meus pais estavam no trabalho, meu querido irmão gêmeo foi no shopping com os amigos e o meu irmão mais novo estava na escola, ele fica lá até as seis horas da tarde, então eu fui tomar um banho, coloquei uma calça jeans, uma blusa preta, all star preto e fiz uma trança lateral, peguei uma bolsa e coloquei a minha carteira e o celular, desci e coloquei um bilhete sobre a mesa dizendo onde estava, fui até o ponto de ônibus e esperei até ele chegar.

Já na frente do shopping eu encontrei os meus amigos.

- Oi, Al.- Marcelo me cumprimentou.

- Oi, Celinho.- Respondi rindo com o apelido que a mãe dele usava e todos riram também.

- Oi.- Os outros me cumprimentaram.

- Oi, mas vamo entra logo, to afim de jogar guitar hero.- Falei já indo para a entrada.

- E eu quero tentar pegar um ursinho.- Lilian disse animada.

- Você sabe que aquilo é armação, eles deixam os parafusos frouxos pra ninguém conseguir.- Thiago disse pra ela.

- E daí, continua sendo legal tentar.- Ela falou.

Nós rimos e entramos no espaço de jogos, a garota que ficava no caixa já nos conhecia, então ela sorriu quando nos viu entrar.

- Oi, grupinho de preto.- Ela falou rindo.

- Oi, garota do caixa.- Eu brinquei com ela.

Nós rimos mais um pouco e cada um comprou uma ficha, eu fui direto pro guitar hero e procurei uma música legal pra tocar na guitarra, coloquei no nível mais difícil e comecei, depois de jogar e ser aplaudida, obviamente, fui até a máquina de ursinhos com a Lilian, fiquei um pouco atrás dela e olhei ela tentar pegar um coelho branco, de canto de olho vi alguém parar do meu lado, mas ignorei.

- Acho que ela não vai conseguir.- Daniel falou fazendo careta e eu me assustei, ele me olhou e sorriu.

- Ela sempre consegue o que quer.- Eu deveria montar uma barraquinha de cigana, ganharia um bom dinheiro com o meu dom de vidência, por que mal falei o barulho da máquina anunciou que ela tinha acabado de ganhar um coelho.

- Consegui, vo lá esfregar isso na cara do Thiago.- Lilian disse e saiu com um sorriso enorme na direção dele.

Eu ri e olhei pro lado, mas Daniel estava na frente da máquina e já tentava pegar alguma coisa, depois de uma quatro tentativas, ele voltou com um urso marrom.

- Pra você.- Ele falou sorrindo, fiz uma careta de dúvida, mas aceitei o presente.

- Obrigada, mas por que o presente?- Perguntei desconfiada, qualé, todas as vadias querendo ele e ele aqui comigo, sendo que nem lembrava de quando a gente converso.

- Por que eu quero que você seja minha amiga, você quer?- Ele falou com um brilho de expectativa nos olhos.

- Claro.- Falei sorrindo e levantando os ombros.

- Então, você é ótima no guitar hero.- Ele falou enquanto nós íamos para perto dos amigos dele, mas eu vi o meu irmão lá e não tava a fim de ficar com ele.

- Obrigada, mas eu prefiro ficar com os meus amigos, depois a gente se vê.- Disse pra ele e já fui para perto deles.

Passamos a tarde toda no shopping e cruzamos várias vezes o caminho de Daniel com seus amigos e todas as vezes, ele sorria e acenava, eu acenava de volta com um sorriso pequeno, a tarde foi divertida, mas quando eu fui falar com o meu  irmão ele me puxou pra dentro de uma loja, longe do grupo e onde ninguém podia nos ver.

- Por que você me trouxe aqui pra conversar, Carlos?- Perguntei desconfiada.

- Queria que os seus amigos soubessem que nós somos irmãos?- Ele falou em tom de deboche.

- Acho que você não quer que os seus amigos saibam.- Disse dando ênfase ao você.

- Pra mim tanto faz, mas o que os seus amigos iam dizer se soubessem que o seu irmão gêmeo é quem faz piada deles?- Ele falou ainda com um tom de deboche.

- Ta bom, mas eu queria perguntar como você vai voltar pra casa.- Perguntei querendo voltar junto com ele.

- De carona com os meus amigos, mas você não vai voltar comigo.- Ele já falou vendo as minhas intenções.

- Por favor, maninho, eu sou quatro minutos mais nova, você tem que cuidar de mim.- Disse com uma cara de cachorro abandonado.

- Quatro minutos mais nova?- Ele perguntou rindo da minha tentativa.

- Você nunca soube disso?- Perguntei em dúvida, a minha mãe tinha me dito isso.

- Não, mas quem disse que é verdade?- Ele levantou as sobrancelhas sem acreditar.

- A nossa mãe.- Falei com um sorriso vitorioso e também levantando a sobrancelha.

- Ok, mas é sério, não tem lugar pra você.- Ele falou sendo derrotado por mim.

- Ta bom, eu volto de ônibus, sozinha, desamparada.- Falei com uma voz chorosa.

- E dramática.- Ele falou rindo de mim e eu o acompanhei.

 Voltamos para os nossos grupos sem ninguém perceber, alguns dos meus amigos começaram a ir embora, então resolvi ir também, me despedi deles e estava quase na porta quando alguém me chama.

- Alana.- Viro e encontro Daniel vindo até mim.

- To indo embora.- Eu falei sem saber mais o que dizer.

- Não quer uma carona?- Ele me ofereceu.

- Se não for te atrapalhar.

- Que nada.- Ele disse saindo e eu fui atrás.

- Então, o que você tem com o Carlos?- Ele me perguntou sendo bem direto.

- Você é amigo dele?- Perguntei para decidir se contava ou não.

- Sim.- Ele respondeu sem muita emoção e eu falei o meu endereço para o motorista, pensando o quanto a pessoa precisa ser rica para ter um.

- Ele é meu irmão gêmeo.- Falei como se não fosse grande coisa, o que não é.

- Seu irmão?- Ele falou meio... chocado?!

- Sim, por que? Parece tão impossível assim?- Perguntei estranhando aquela reação.

- Não, só que vocês são muito diferentes.- Mentira, tudo isso por que nós somos muito diferentes? haha ele só engana as vadias, tem algo por trás disso.

- Hm, mas então, obrigada pela carona, vendo que já estávamos perto da minha casa.

- Não foi nada demais, mas que tal algo em troca?

- O que você quer?- Perguntei desconfiada.

- O número do seu celular.- Só isso? Estranho.

- Claro, me alcança o seu celular.- Peguei o celular e coloquei o meu número.

- Até amanhã, Alana.- Ele falou saindo e deixando a porta aberta pra mim.

- Até amanhã e, por favor, me chama de Al.- Falei enquanto saía do carro.

- Ok, Al e me chama de Niel, os meus amigos me chamam assim.- Ele falou sorrindo e me dando um beijo na bochecha.

- Ok, Niel.- Falei rindo e deu um beijo na bochecha dele, logo indo pra casa, vi que a porta já estava destrancada, isso quer dizer que o mala do meu irmão já tinha chego, entrei e fui direto recolher o bilhete, coloquei no lixo e pensei em ir pro meu quarto. Só pensei, por que o mala me puxou pro quarto dele.


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Notas finais do capítulo

Desculpem se ficou ruim, mas foi dificil escrever esse, tava sem ideias :p
Beijos!