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Acordei e fiquei enrolando na cama, quando vi já estava meio atrasada, então corri para o banheiro, tomei uma ducha, escovei o cabelo e fui procurar uma roupa no meu armário (link nas notas finais), me vesti correndo e desci para tomar um café, Carlos estava na cozinha com uma cara de sono, roupas amassadas e uma xícara de café quente na mão.

– Bom dia, maninho.- Disse e dei um beijo na bochecha dele, ele respondeu em um resmungo e voltou a afundar a cara no café.

Ri de leve e fui até a geladeira, peguei um suco, um bolinho de chocolate e sentei do lado dele, comi rápido e quando voltei para o quarto, ouvi o meu pai sair do quarto dele, escovei os dentes e passei um pouco de maquiagem, corri para fora e eles me esperavam, Carlos me passou um chiclete que eu coloquei na boca e fiquei mascando no caminho, chegamos no colégio, descemos e cada um foi para um canto, eu fui procurar a Juh, mas não achei, então fiquei sozinha até que tocou, entrei na sala e a aula começou, mas nada da Juh aparecer, então vi que ela não vinha hoje, o estranho é ela não avisar, mas deixei de lado e fui conversar com alguns conhecidos na turma.

Quando bateu para o intervalo, eu peguei os meus fones de caveira e procurei um banco vazio, mas como não tinha, fui para a biblioteca e sentei no mesmo lugar de sempre, lembrei do Niel e fiquei morrendo de curiosidade, será que o comentário sobre a minha roupa foi por ciúmes ou outra coisa? Se foi por outra coisa, o que? Por que? Pensando nisso, nem notei que Niel sentou do meu lado e ficou me encarando, até que ele me cutucou sorrindo.

– Oi.

– Oi, Niel.- Disse sorrindo tímida.

– Cade a sua amiga?

– A Juh não veio e eu to meio preocupada, ela sempre avisa quando vai faltar.

– Nem deve ser nada, mas você pode ligar do meu celular, qualquer coisa.- Ele ofereceu e eu pensei em como poderia ser mais fofo, sorri e olhei para as minhas mãos.

– Não precisa, mas valeu.

– Que nada, mas o que vai fazer hoje?

– Limpar a casa, fazer os temas e ver tv.- Eu disse como se não fosse nada.

– Vamo vê um filme?- Ele perguntou com uma carinha de cachorro pidão.

– Vamo, mas lá em casa não dá, o meu irmão fica enchendo o saco quando alguém vai lá.- Eu disse séria, mas ele riu.

– Tudo bem, eu passo na sua casa lá pelas sete e a gente vai no cinema, o que você acha?

– Pode ser.- O sinal bateu e nós fomos cada um para a sua sala.