As Detetives Dimensionais escrita por MisuhoTita


Capítulo 27
As Escondidas




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Os olhos de Rey e de Darien se cruzam e, Yusuke, esperto como só ele, deixa o quarto da irmã e, se certifica de fechar a porta, para que os dois possam ficar a sós. Darien se aproxima e, a um convite de Rey, se senta na cama, e, entrega a ela a rosa que tem em suas mãos.

― Ela é linda. – fala Rey, sentindo seu rosto enrubescer – Muito obrigada, Darien.

― Não há de que. – responde o moreno – Mas, eu gostaria de saber se você está se sentindo melhor. Ontem, quando a vi toda machucada, fiquei muito preocupado com você.

― Eu estou me sentindo muito melhor hoje. – Rey responde com sinceridade – E agradeço a preocupação, a rosa e a visita. Foi muito gentil de sua parte, Darien.

― Não há o que agradecer, Rey. Somos amigos, pelo menos de minha parte, e, amigos se preocupam um com o outro.

― Ei, desde quando nós somos amigos? – Rey não consegue deixar de provocar, muito menos de sorrir de forma totalmente divertida.

― Acho que desde o momento em que começamos a implicar um com o outro. E, até onde eu sei, implicância também é uma forma de amizade.

Ao ouvir as palavras de Darien, Rey não consegue se segurar e começa a rir, pois, ele tem razão. Desde que se conheceram, um não faz outra coisa a não ser implicar com o outro e, sem que percebessem, uma estranha amizade começou a se formar entre os dois, amizade esta que começou da forma mais inusitada possível.

Rey olha para a rosa em suas mãos e, em seguida para Darien. Sente seu coração batendo de forma mais rápida e, subitamente, sente seu rosto um pouco mais vermelho, apenas de olhá-lo.

Céus! O que está acontecendo com ela? Por que ele está lhe provocando essas reações tão estranhas?

Os dois continuam em silêncio, apenas se encarando. Darien se aproxima mais e, com uma gentileza em demasia, toca os ombros da jovem, para em seguida olhar diretamente em seus olhos azuis.

Seus rostos estão muito próximos, seus olhos se encarando sem ao menos piscarem e, Rey sente o seu coração batendo cada vez mais depressa, cada vez palpitando mais. Seu rosto está em brasas enquanto vê os olhos de Darien se fechando e, ele aproximando o rosto cada vez mais do seu.

Sem que consiga controlar, também fecha seus olhos e começa a aproximar o seu rosto do dele, ansiando para ser beijada.

O tempo pareceu parar, tudo o que ela quer e deseja é a sensação dos lábios de Darien de encontro aos seus. Nunca fora beijada... Nunca sentira vontade de beijar um rapaz... Até porque, nunca sentiu o seu coração bater por um rapaz antes... Mas agora...

Agora tudo é diferente...!

No mais íntimo de seu ser deseja sentir o beijo dele... Deseja mais do que qualquer outra coisa e, nunca desejou nada em sua vida como está desejando ser beijada por ele...

― Darien... – sussurra Rey.

― Rey... – sussurra Darien em resposta a ela.

Seus rostos continuam se aproximando lentamente um do outro e, quando eles estão quase beijando... O celular de Rey toca, quebrando totalmente o clima romântico de segundos atrás. Imediatamente, os dois abrem os olhos e se afastam um do outro, ambos sentindo suas faces vermelhas.

Rey pega o celular e, vendo no visor que é Saori, olha para Darien e, meio sem graça diz:

― Olha, será que você pode me deixar sozinha? Essa ligação é importante.

Darien sorri para ela de forma afirmativa e, em seguida, deixa o quarto da jovem. Quando está sozinha, Rey atende o celular, dizendo:

― Oi Saori.

― Rey, como está se sentindo? – pergunta Saori, do outro lado da linha.

― Eu estou bem, embora ainda sinta um pouco de dor, principalmente na minha perna fraturada. Mas, aproveitando que você me ligou, posso perguntar o que aconteceu depois que perdi os sentidos?

― É claro.

E, Saori começa a explicar detalhadamente a sua amiga, o que aconteceu depois que ela perdeu os sentidos. Rey escuta em silêncio e atentamente, tudo o que Saori diz, enquanto sua mente começa a bolar várias e várias estratégias de resgate no que se refere à Kari, sendo que, ela sabe que, poucas têm chances de dar certo.

E, ao final da narrativa de Saori, sua voz se faz ouvir:

― Olha Saori. Nós temos de ir resgatar a Kari de qualquer jeito e, precisa ser essa noite.

― Já pensou em um plano?

― Sim e não. O que importa é que preciso que você entre em contato com a Sylia e a Mina. Esta madrugada nós iremos voltar àquela dimensão e resgatar.

― Rey, você não pode ir! E a sua perna?

― Não se preocupe com isso, eu me viro. O mais importante neste momento é resgatar a Kari.

 

 

*****

 

 

No meio da madrugada, um portal dimensional se abre no quarto de Rey, e, surgem Saori, Sylia e Mina. Sylia pega as muletas de Rey e Saori a ajuda a se levantar, em seguida, a jovem detetive das águas pergunta:

― Olha, você tem certeza de que vai mesmo?

― Tenho. – responde Rey, com uma certeza tão grande que, surpreende suas companheiras – Essa tarde eu estava assistindo ao noticiário e, vi uma entrevista com a mãe da Kari e, me senti péssima, pensei na minha mãe, se eu estivesse desaparecida desde ontem ela estaria louca. Nenhuma mãe deve sofrer assim por um filho. Nós vamos trazer a Kari de volta e então a mãe dela vai voltar a sorrir.

Ao ouvirem as palavras de Rey, as três sorriem e, se deixam levar pelo mesmo sentimento que está no coração da líder. Com as muletas, Rey começa a caminhar e, as três entram no portal dimensional.

 

 

*****

 

 

Na dimensão, elas não veem qualquer sinal do Demônio Dimensional e, por isso mesmo, resolvem se transformar.

― Estão prontas? – questiona Rey.

― Estamos. Respondem as três ao mesmo tempo.

― Pela chama ardente do fogo... Eu me transformo!!!

― Pela correnteza viva da água... Eu me transformo!!!

― Pelos estrondos vibrantes dos raios... Eu me transformo!!!

― Pelo sopro calmo do vento... Eu me transformo!!!

Não demora muito e, de forma inesperada, o Demônio Dimensional surge na frente das quatro.


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Notas finais do capítulo

CONTINUA...



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