As Detetives Dimensionais escrita por MisuhoTita


Capítulo 25
A Desculpa Ideal




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Aos fundos do templo, um portal dimensional aparece e, por ele, retornam as quatro detetives dimensionais. O local do templo está vazio, embora, na parte principal do templo, o festival ainda esteja acontecendo de forma muito animada.

Rey ainda permanece inconsciente e, está bastante ferida, enquanto suas amigas têm em seus rostos a imagem vívida do fracasso e da preocupação.

Saori tem em seu rosto a expressão de que, além da preocupação para com Rey e Kari, está pensando no que dizer a família da moça, no que se refere aos ferimentos. A família de Rey e a sua sempre tiveram relações comerciais e, por isso mesmo, as duas tinham uma amizade antes deste negócio de Detetive Dimensional e, por isso mesmo, sabe que os pais da jovem são um pouco super protetores, e, isso, vai acabar dificultando um pouco as coisas para elas, que precisam inventar uma desculpa ideal.

Além disso, tem Kari. O que dizer a mãe e ao avô da jovem? Por que a verdade lhes é completamente proibida de revelar e, mesmo se não o fossem, quem em sã consciência iria acreditar em mundos paralelos à Terra e demônios dimensionais?

As três estão em uma encruzilhada daquelas e, embora ela sempre tenha tido um Q.I. Um pouco mais elevado, não se acha uma líder... Na verdade, a líder delas e a Rey e, se tivesse condições, ela já teria pensado na desculpa ideal.

Seu olhar se volta para Sylia e Mina e, ela percebe as duas tão confusas quanto ela, volta-se então, para o corpo desmaiado de Rey e, sente a mais profunda das tristezas lhe dominar por completo.

― Nós temos um grande problema. – a voz de Sylia se faz ouvir, tirando Saori de seus pensamentos.

― Sei que sim. – concorda Saori, sem tirar seus olhos de Rey, que, continua desmaiada – Não sei que fazer... Não sei que desculpa devo inventar... Aliás, eu nem gosto de mentir.

― Nenhum de nós sabe o que fazer. – Sylia é obrigada a concordar com a amiga – Essa situação é bem pior do que nós poderíamos imaginar.

― Isso é fato. – Mina finalmente diz – Eu também não sei o que fazer e, peço que me desculpem por isso. E, para falar a verdade, eu sou péssima quando se trata de inventar desculpas.

― Não tem com o que se desculpar, Mina. – Saori se força a sorrir – E, como já dissemos, nós temos de inventar uma boa desculpa.

― Saori, acho que, de nós três, a que está mais capacitada a inventar a desculpa ideia é você. – Sylia volta a dizer – Porque sinceramente, minha amiga, eu e a Mina não temos condições de inventar nada.

― Concordo com a Sylia, Saori. – Mina volta a dizer.

Ao ouvir as palavras de suas amigas, Saori volta a se colocar reflexiva, pensando que dizer, sabem que não tem muito tempo e que, e que, precisam de uma desculpa neste exato momento.

Olha para o seu relógio de pulso e, se dá conta de que já está tarde, não tem mais tempo a perder.

― Escutem. – sua voz soa alta e clara – Já sei o que vamos fazer.

― O que? – quer saber Mina.

― Com relação à Kari, nós vamos dizer que não sabemos de nada, é o mais sensato. – continua Saori – E, com relação a Rey, isso é mais complicado, e, muito provavelmente não vão acreditar no que nós vamos dizer, mas, se nos mantermos firmes nessa desculpa, e, se as três contarem a mesma história, sem qualquer hesitação, terão de engolir o que dissermos.

― E o que seria isso? – questiona Sylia.

― Vamos dizer que tivemos uma pequena discussão e a Rey, geniosa como só ela, saiu correndo, sem olhar direito por onde que ela estava andando, nisso, ela tropeçou em uma pedra e acabou rolando pela escada.

― E acha mesmo que alguém vai engolir uma desculpa como essa? – a voz de Sylia é cética.

― É como eu disse, no começo não. Mas, se nós três contarmos a mesa história, com a voz carregada de certeza e sem gaguejar, não terão como provar que estamos mentindo.

― Saori, você é realmente muito esperta. – Sylia sorri.

― Eu sei que não é a melhor desculpa do mundo, mas, foi o melhor que consegui pensar.

― Bem, de qualquer forma é melhor do que nada. – fala Mina, com um sorriso infantil.

A atenção das três então se volta para duas pessoas que, elas veem ao longe de aproximando. Respiram lentamente, a fim de buscarem forças para conseguirem ser o mais sinceras possível, nesta encenação que estão prestes a começar.

― Vem alguém aí. – a voz de Mina se faz ouvir.

― Preparem-se! – fala Sylia.

As três jovens se colocam em posição de alerta e, esperam que as pessoas se aproximem. Saori imediatamente reconhece Yusuke, o irmão de Rey, acompanhado de seu amigo Darien. A jovem Detetive da Água sente seu coração bater em disparada ante essa aproximação.

― É agora ou nunca. – a voz de Saori se faz ouvir.

Não demora muito e, Yusuke e Darien chegam ali. Os dois rapazes não demoram nada e, veem Rey desmaiada, correndo de encontro a ela, e, se abaixando. Yusuke toca no rosto desfalecido da irmã.

― Saori, o que aconteceu? – sua voz se faz ouvir.

Saori respira fundo e, começa a contar ao irmão de sua amiga a desculpa que conseguiu inventar. O mesmo relato é descrito por Mina e Sylia e, as três são firmes em suas palavras, sem ao menos gaguejar.

Yusuke não consegue engolir muito bem a história das três, enquanto Darien não tira seus olhos do corpo daquela jovem, que tanto implica com ele. Assim, ela parece tão frágil, tão delicada... Não demonstrando nem um pouco sua verdadeira personalidade...

Também não está engolindo nem um pouco esta desculpa para lá de esfarrapada, mas, no momento, isso não é mais importante. O que realmente importa no momento é levar a irmã de seu amigo para a casa dele, assim ela pode receber todos os cuidados possíveis.

― Yusuke. – sua voz se faz ouvir – Deixe os seus questionamentos para depois. O que importa agora é levar sua irmã para casa.

― Tem razão. – Yusuke concorda com o amigo.


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Notas finais do capítulo

CONTINUA...



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