PDV Edward

Depois de uma noite intensa na companhia de Charlie e seus amigos, incluindo Emmett, - que me convidou para entrar com Bella na igreja pois achava meio fora de mão que ela entrasse com Jacob pelo fato do mesmo ser ex dela e eu ser o “atual” e que ficaria chato para todos nós.- eu voltei para casa carregando Charlie que estava morto de tonto.

Assim que entrei em casa Bella e Renée se assustaram.

– O que aconteceu?- Renée perguntou pulando do sofá em que estava e vindo correndo em nossa direção sendo seguida pela filha.

– Bebi eu, pouquinho querida. - Charlie falou trocando a ordem das palavras com dificuldade.

– Imagina se fosse muito então hein Charlie?- ela disse o repreendendo. - Edward, por favor, leve esse beberão para o quarto. - completou ela, indo na frente.

– Edward por que você não fez alguma coisa?- Bella perguntou brava, vindo atrás de nós.

Ele é quem bebe e a culpa é minha? Vai entender.

Tentando não ser grosseiro procurei pelas palavras certas.

– Isabella veja bem, seu pai estava animado e passou um pouquinho da conta. Isso acontece, não fique brava comigo e muito menos com ele.- falei.

– Isso ai!- Charlie falou, me apoiando.

– Aff!- foi tudo que ela respondeu antes de sair batendo os pés e entrar no nosso quarto.

Quando entrei no quarto dos pais de Bella, Renée já tinha separado uma roupa limpa para Charlie e estava na porta do banheiro com cara de poucos amigos.

– Obrigada querido, agora pode deixar que eu dou um jeito nessa criatura aqui.- ela disse pegando ele pelo cotovelo e levando ele para dentro do banheiro.

– Se precisar de alguma coisa é só me chamar. - falei antes dela fechar a porta, mas ainda pude ouvir ela dizendo um ok.

Já com Charlie sob os cuidados da esposa eu fui para o quarto de Bella. Entrei e encontrei ela sentada na cama lendo um livro.

– Hoje o Emmett me pediu para te acompanhar na igreja. - falei começando a tirar as roupas e me preparando para tomar um banho.

– Hum, que legal.

– Vai ficar desse jeito comigo Isabella?- perguntei vendo que ela estava brava, e joguei minha camisa na poltrona e comecei a tirar as calças.

Olhando por cima do livro ela se preparou para falar alguma coisa, mas assim que seus olhos bateram em mim ela ficou vermelha e olhou para o livro novamente.

– Eu não estou brava com você Edward, pra falar a verdade eu estou cansada e vou dormir.- falou colocando o livro da mesinha de cabeceira e se ajeitando em baixo das cobertas sem me olhar diretamente.- Boa noite Edward.

Sem entender fiquei olhando para a mulher confusa a minha frente.

– Boa noite Bella. - respondi e achando graça fui tomar meu banho.

Uns dez minutos depois sai do banheiro e vi que Bella já ressonava, e sem fazer barulho fui ate o guarda roupa pegar uma cueca e depois me deitei ao seu lado. Devo ter ficado um bom tempo apreciando a beleza de Bella antes de cair na inconsciência e mesmo dormindo ainda via seu lindo rosto.

PDV Bella

– Seu pai esta travando uma batalha com o barco lá fora. - Edward comentou olhando pela janela quando sai do banheiro e me encaminhei para a minha penteadeira para fazer a minha maquiagem para ir a despedida de solteira de Rosalie.

– Como assim?

– Ele tá lavando o barco, mas toda vez que joga água pra tirar o sabão a água volta toda no rosto dele. - falou rindo.

– Ah, não liga não, deve ser o efeito da cachaça de ontem ainda. - brinquei e vi ele se afastar da janela e se jogar na cama e pegando o jornal para ler rindo.

Enquanto eu me arrumava arrisquei dar umas olhadas em sua direção, mas ele estava tão concentrado no jornal que nem reparou, então comecei a fazer uns barulhos com a boca pra chamar sua atenção, por que o silencio estava me incomodando e a única coisa que ele fez foi me olhar rapidamente e depois voltar à atenção para o bendito jornal.

Depois do que me pareceu uma eternidade por conta do silencio de Edward, eu finalmente estava pronta e o chamei para irmos, não que ele fosse para a despedida de Rose comigo, não. Ele apenas me daria uma carona e depois seguiria para a do Emm que aconteceria no mesmo horário.

Eu vi que ele me olhava inquieto durante o percurso do meu quarto até a porta da sala e quando a atravessamos e começamos a descer as escadas acho que ele não aguentou mais e abriu a boca pra perguntar.

– Qual é dessas meias?

– É uma roupa de golfista solteirona. – expliquei sem muita vontade por que realmente eu estava odiando o modelito escolhido pela minha irmã. - Já trabalhou em casamentos?- mudei de assunto deixando minhas roupas cafonas de lado.

– Não. Mas já trabalhei e enterros. - falou com a maior naturalidade.

– Um acompanhante em enterros?- nossa, essa é novidade pra mim. - quando alguém morreu?

– Imagina tratar disso sozinha. - respondeu e quando eu abri minha boca pra responder escutamos um barulho vindo do lado de traz do barco e nos viramos para ver o que era.

– Charlie. - cumprimentou Edward.

– Oi pai.

–Oi meninos. Edward pega!- disse ele jogando as chaves do carro para o meu acompanhante que as pegou sem nenhum problema. – Não deixa ele sair do lado direito da pista.

– Que naturalmente fica a esquerda?!- Edward disse meio que perguntando e afirmando ao mesmo tempo.

– É isso mesmo. - papai disse e depois sumiu atrás do seu querido barco.

– Homens!- resmunguei baixinho acompanhando Edward até o carro e o mesmo riu.

O caminho até onde seria a festa foi feito com muita conversa, pra falar a verdade mais da minha parte do que da dele, por que eu sou um poço de curiosidade.

– Mas me conta Edward, você já se sentiu atraído por alguma cliente?- perguntei louca pra ouvir a resposta.

– Olha só Bella, eu sei que você está curiosa, mas eu... - ele olhou rapidamente para mim e depois voltou sua atenção a estrada. - eu não posso falar de outras clientes.

Toma lerda! Quem mandou querer saber do que não é da sua conta? Agora aguenta.

– Ah me conta Edward. -pedi mesmo assim. - Quantas já quiseram dormir com você? Afinal você é um pedaço de mau caminho.

– Sou é?- perguntou sorrindo de lado parando o carro, pois já tínhamos chegado e eu nem tinha percebido.

– Você sabe que sim. - afirmei, sentindo minhas bochechas queimando de vergonha. - Agora deixa de enrolar e me responde.

– Se quer mesmo saber, - começou a falar saindo do carro e vindo abrir a porta para mim. - não é tanto pelo sexo. É uma questão de entender o que as pessoas precisão. - completou me tirando do carro.

– Qual é? Você é o rei dos acompanhantes, lindo, sexy e sem esquecer que para falar com você foi bem mais difícil do que entrar para a faculdade de tanta concorrência que tive que ultrapassar- brinquei e consegui retirar um sorriso tímido dele pela primeira vez, desde que nos conhecemos.

– Não, eu não faço esse jogo. Sem truques.

– Hum. - fingi acreditar.

–É muito mais... - ele fez uma pausa procurando as palavras certas para se expressar.

– Sutil?-sugeri com deboche.

– A questão não sou eu. - arqueei uma sobrancelha desafiando ele a continuar. - a questão é você.

– Mostra então.- intimei, jogando minha bolsa encima do carro.- Vai.

Algo dentro de mim me dizia: garota você acabou de se ferrar!

– Hum. O que estará me impedindo?- perguntou mais pra si mesmo em deboche, enquanto me rodava e me deixava de costas para o carro.- Talvez as palavras moralmente e repugnante?

Ri,me lembrando que quem tinha dito isso a ele fui eu logo que nos conhecemos.

– Me mostra. - pedi para ele que estava parado na minha frente olhando serio para mim. - Hum?

Sem dizer nada Edward olhou para os dois lados da rua e do nado me empurrou gentilmente para o carro, o que me assustou.

– Feche os olhos. - mando, chegando perto de mim e tocando meu rosto de leve, o que fez mais uma vez aquela corrente elétrica percorrer meu corpo de cima a baixo.

Nervosa com a situação, olhei para os lados tentando achar uma saída.

Eu avisei! A voz chata cantarolou na minha cabeça.

– Feche... os... olhos!- pediu pausadamente dessa vez e se aproximou mais ainda de mim.

Ai meu Deus! Pensei sentindo as pernas moles.

Coragem Bella, afinal a culpa é sua e de mais ninguém!

– Feche os... Olhos. - sussurrou com os olhos fechados vindo em minha direção e eu prontamente obedeci esperando pelo contato dos seus lábios com os meus.

De repente sua mão saiu do meu rosto e eu comecei a sentir seu hálito de menta que me deixou louca de desejo.

– Você está segura. Pode relaxar. Eu não vou te beijar. - ao mesmo tempo em que me senti segura como ele mesmo disse, senti como se alguém tivesse jogado um balde de água fria em mim.

Mas ai quando senti sua mão em minha cintura, apertando forte como se eu fosse dele, achei que tinha mudado de ideia.

– Ele vai se arrepender de ter perdido você.- ele disse aos sussurros no meu ouvido e involuntariamente soltei um gemido que ele com toda certeza ouviu.- Então não se preocupe.- completou passando a mão pela lateral do meu corpo, como se estivesse fazendo reconhecimento do território, o que me deixou com a calcinha molhada de imediato .- Esqueça o passado, esqueça a dor, só pense na mulher incrível que você é.

– Ah!- soltei sem querer, não me aguentando.

Se ele continuar assim eu vou fazer besteira, ah se vou!

– Faça isso! E ele vai ver o que perdeu. - ele? Ele quem? Ah sim, o Jacob!

Nossa, como uma pessoa que eu acabei de conhecer consegue me deixar de pernas bambas assim, em poucos segundos?

Tentando recobrar a consciência e sentindo que ele se afastava de mim, abri lentamente os olhos e me deparei com seus olhos verdes dilatados, me encarando.

– Sensacional.- eu disse o que realmente estava pensando no momento. – Você vale cada centavo.

Ao dizer isso ele se afastou completamente de mim, como se tivesse ouvido algo que não gostou.

– Você tem que ir.- ele falou se encostando no carro, ainda mantendo uma certa distancia de mim.

– Uhum.- concordei, esperando a tremedeira nas pernas passar.- Você é o rei.

Vi que ele deu uma risadinha, mas continuou quieto.

Sem ter mais o que dizer comecei a caminhar em frente sem prestar atenção em nada, ainda com a sensação boa que ele deixou em mim, mas logo senti mãos forte me puxando e me mudando de direção pois eu estava caminhando para o lado errado.

Entrei no bar sem olhar para trás e lá dentro encontrei, Rose, Alice e mais algumas amigas e primas nossas.

– Até que enfim você chegou, eu já estava em tempo de mandar a policia atrás de você. - Minha irmã falou me abraçando.

–Larga de ser boba, você sabe que a mamãe não me deixaria faltar por nada. - respondi, me soltando dela.

– É, eu sei. - concordou sorrindo de orelha a orelha.

– Bellinha meu amor. - Allie veio toda alegre, com a cara cheia só pode, e se jogou em cima de mim me abraçando.

– Oi Baixinha.

- Baixinha é a tua...

- Não se esqueça que a minha mãe é sua tia viu Alice.- a lembrei antes que ela terminasse a frase e em um gesto infantil ela me mostrou a língua.

Depois de cumprimentar todo mundo Rose e Alice me arrastaram até o balcão do bar e nós nos sentamos nos banquinho que tinha ali.

– Garçom manda mais uma rodada de tequila. - Rose pediu batendo no balcão.

– Já tá saindo. - respondeu um dos vários barman’s do local, colocando varias tacinhas no balcão e as enchendo.

– A ROSE!- gritei levantando um dos copos.

– UHUUULLL!- as garotas gritaram em resposta e todas nós entornamos as bebidas.

Aquilo desceu queimando minha garganta, e até foi bom pois fez a sensação anterior sair do meu corpo.

Mas não adiantou muito por que logo em seguida o causador de sensações entrou no bar me deixando sem reação e fazendo todas as mulheres do local babarem por ele.

Pelo menos não sou só eu que fico com as pernas mole quando vê ele.

Capítulo 9 - PDV Edward

Depois de uma noite intensa na companhia de Charlie e seus amigos, incluindo Emmett, - que me convidou para entrar com Bella na igreja pois achava meio fora de mão que ela entrasse com Jacob pelo fato do mesmo ser ex dela e eu ser o “atual” e que ficaria chato para todos nós.- eu voltei para casa carregando Charlie que estava morto de tonto.

Assim que entrei em casa Bella e Renée se assustaram.

– O que aconteceu?- Renée perguntou pulando do sofá em que estava e vindo correndo em nossa direção sendo seguida pela filha.

– Bebi eu, pouquinho querida. - Charlie falou trocando a ordem das palavras com dificuldade.

– Imagina se fosse muito então hein Charlie?- ela disse o repreendendo. - Edward, por favor, leve esse beberão para o quarto. - completou ela, indo na frente.

– Edward por que você não fez alguma coisa?- Bella perguntou brava, vindo atrás de nós.

Ele é quem bebe e a culpa é minha? Vai entender.

Tentando não ser grosseiro procurei pelas palavras certas.

– Isabella veja bem, seu pai estava animado e passou um pouquinho da conta. Isso acontece, não fique brava comigo e muito menos com ele.- falei.

– Isso ai!- Charlie falou, me apoiando.

– Aff!- foi tudo que ela respondeu antes de sair batendo os pés e entrar no nosso quarto.

Quando entrei no quarto dos pais de Bella, Renée já tinha separado uma roupa limpa para Charlie e estava na porta do banheiro com cara de poucos amigos.

– Obrigada querido, agora pode deixar que eu dou um jeito nessa criatura aqui.- ela disse pegando ele pelo cotovelo e levando ele para dentro do banheiro.

– Se precisar de alguma coisa é só me chamar. - falei antes dela fechar a porta, mas ainda pude ouvir ela dizendo um ok.

Já com Charlie sob os cuidados da esposa eu fui para o quarto de Bella. Entrei e encontrei ela sentada na cama lendo um livro.

– Hoje o Emmett me pediu para te acompanhar na igreja. - falei começando a tirar as roupas e me preparando para tomar um banho.

– Hum, que legal.

– Vai ficar desse jeito comigo Isabella?- perguntei vendo que ela estava brava, e joguei minha camisa na poltrona e comecei a tirar as calças.

Olhando por cima do livro ela se preparou para falar alguma coisa, mas assim que seus olhos bateram em mim ela ficou vermelha e olhou para o livro novamente.

– Eu não estou brava com você Edward, pra falar a verdade eu estou cansada e vou dormir.- falou colocando o livro da mesinha de cabeceira e se ajeitando em baixo das cobertas sem me olhar diretamente.- Boa noite Edward.

Sem entender fiquei olhando para a mulher confusa a minha frente.

– Boa noite Bella. - respondi e achando graça fui tomar meu banho.

Uns dez minutos depois sai do banheiro e vi que Bella já ressonava, e sem fazer barulho fui ate o guarda roupa pegar uma cueca e depois me deitei ao seu lado. Devo ter ficado um bom tempo apreciando a beleza de Bella antes de cair na inconsciência e mesmo dormindo ainda via seu lindo rosto.

PDV Bella

– Seu pai esta travando uma batalha com o barco lá fora. - Edward comentou olhando pela janela quando sai do banheiro e me encaminhei para a minha penteadeira para fazer a minha maquiagem para ir a despedida de solteira de Rosalie.

– Como assim?

– Ele tá lavando o barco, mas toda vez que joga água pra tirar o sabão a água volta toda no rosto dele. - falou rindo.

– Ah, não liga não, deve ser o efeito da cachaça de ontem ainda. - brinquei e vi ele se afastar da janela e se jogar na cama e pegando o jornal para ler rindo.

Enquanto eu me arrumava arrisquei dar umas olhadas em sua direção, mas ele estava tão concentrado no jornal que nem reparou, então comecei a fazer uns barulhos com a boca pra chamar sua atenção, por que o silencio estava me incomodando e a única coisa que ele fez foi me olhar rapidamente e depois voltar à atenção para o bendito jornal.

Depois do que me pareceu uma eternidade por conta do silencio de Edward, eu finalmente estava pronta e o chamei para irmos, não que ele fosse para a despedida de Rose comigo, não. Ele apenas me daria uma carona e depois seguiria para a do Emm que aconteceria no mesmo horário.

Eu vi que ele me olhava inquieto durante o percurso do meu quarto até a porta da sala e quando a atravessamos e começamos a descer as escadas acho que ele não aguentou mais e abriu a boca pra perguntar.

– Qual é dessas meias?

– É uma roupa de golfista solteirona. – expliquei sem muita vontade por que realmente eu estava odiando o modelito escolhido pela minha irmã. - Já trabalhou em casamentos?- mudei de assunto deixando minhas roupas cafonas de lado.

– Não. Mas já trabalhei e enterros. - falou com a maior naturalidade.

– Um acompanhante em enterros?- nossa, essa é novidade pra mim. - quando alguém morreu?

– Imagina tratar disso sozinha. - respondeu e quando eu abri minha boca pra responder escutamos um barulho vindo do lado de traz do barco e nos viramos para ver o que era.

– Charlie. - cumprimentou Edward.

– Oi pai.

–Oi meninos. Edward pega!- disse ele jogando as chaves do carro para o meu acompanhante que as pegou sem nenhum problema. – Não deixa ele sair do lado direito da pista.

– Que naturalmente fica a esquerda?!- Edward disse meio que perguntando e afirmando ao mesmo tempo.

– É isso mesmo. - papai disse e depois sumiu atrás do seu querido barco.

– Homens!- resmunguei baixinho acompanhando Edward até o carro e o mesmo riu.

O caminho até onde seria a festa foi feito com muita conversa, pra falar a verdade mais da minha parte do que da dele, por que eu sou um poço de curiosidade.

– Mas me conta Edward, você já se sentiu atraído por alguma cliente?- perguntei louca pra ouvir a resposta.

– Olha só Bella, eu sei que você está curiosa, mas eu... - ele olhou rapidamente para mim e depois voltou sua atenção a estrada. - eu não posso falar de outras clientes.

Toma lerda! Quem mandou querer saber do que não é da sua conta? Agora aguenta.

– Ah me conta Edward. -pedi mesmo assim. - Quantas já quiseram dormir com você? Afinal você é um pedaço de mau caminho.

– Sou é?- perguntou sorrindo de lado parando o carro, pois já tínhamos chegado e eu nem tinha percebido.

– Você sabe que sim. - afirmei, sentindo minhas bochechas queimando de vergonha. - Agora deixa de enrolar e me responde.

– Se quer mesmo saber, - começou a falar saindo do carro e vindo abrir a porta para mim. - não é tanto pelo sexo. É uma questão de entender o que as pessoas precisão. - completou me tirando do carro.

– Qual é? Você é o rei dos acompanhantes, lindo, sexy e sem esquecer que para falar com você foi bem mais difícil do que entrar para a faculdade de tanta concorrência que tive que ultrapassar- brinquei e consegui retirar um sorriso tímido dele pela primeira vez, desde que nos conhecemos.

– Não, eu não faço esse jogo. Sem truques.

– Hum. - fingi acreditar.

–É muito mais... - ele fez uma pausa procurando as palavras certas para se expressar.

– Sutil?-sugeri com deboche.

– A questão não sou eu. - arqueei uma sobrancelha desafiando ele a continuar. - a questão é você.

– Mostra então. – intimei, jogando minha bolsa encima do carro.- Vai.

Algo dentro de mim me dizia: garota você acabou de se ferrar!

– Hum. O que estará me impedindo?- perguntou mais pra si mesmo em deboche, enquanto me rodava e me deixava de costas para o carro.- Talvez as palavras moralmente e repugnante?

Ri,me lembrando que quem tinha dito isso a ele fui eu logo que nos conhecemos.

– Me mostra. - pedi para ele que estava parado na minha frente olhando serio para mim. - Hum?

Sem dizer nada Edward olhou para os dois lados da rua e do nado me empurrou gentilmente para o carro, o que me assustou.

– Feche os olhos. - mando, chegando perto de mim e tocando meu rosto de leve, o que fez mais uma vez aquela corrente elétrica percorrer meu corpo de cima a baixo.

Nervosa com a situação, olhei para os lados tentando achar uma saída.

Eu avisei! A voz chata cantarolou na minha cabeça.

– Feche... os... olhos!- pediu pausadamente dessa vez e se aproximou mais ainda de mim.

Ai meu Deus! Pensei sentindo as pernas moles.

Coragem Bella, afinal a culpa é sua e de mais ninguém!

– Feche os... Olhos. - sussurrou com os olhos fechados vindo em minha direção e eu prontamente obedeci esperando pelo contato dos seus lábios com os meus.

De repente sua mão saiu do meu rosto e eu comecei a sentir seu hálito de menta que me deixou louca de desejo.

– Você está segura. Pode relaxar. Eu não vou te beijar. - ao mesmo tempo em que me senti segura como ele mesmo disse, senti como se alguém tivesse jogado um balde de água fria em mim.

Mas ai quando senti sua mão em minha cintura, apertando forte como se eu fosse dele, achei que tinha mudado de ideia.

– Ele vai se arrepender de ter perdido você.- ele disse aos sussurros no meu ouvido e involuntariamente soltei um gemido que ele com toda certeza ouviu.- Então não se preocupe.- completou passando a mão pela lateral do meu corpo, como se estivesse fazendo reconhecimento do território, o que me deixou com a calcinha molhada de imediato .- Esqueça o passado, esqueça a dor, só pense na mulher incrível que você é.

– Ah!- soltei sem querer, não me aguentando.

Se ele continuar assim eu vou fazer besteira, ah se vou!

– Faça isso! E ele vai ver o que perdeu. - ele? Ele quem? Ah sim, o Jacob!

Nossa, como uma pessoa que eu acabei de conhecer consegue me deixar de pernas bambas assim, em poucos segundos?

Tentando recobrar a consciência e sentindo que ele se afastava de mim, abri lentamente os olhos e me deparei com seus olhos verdes dilatados, me encarando.

– Sensacional.- eu disse o que realmente estava pensando no momento. – Você vale cada centavo.

Ao dizer isso ele se afastou completamente de mim, como se tivesse ouvido algo que não gostou.

– Você tem que ir.- ele falou se encostando no carro, ainda mantendo uma certa distancia de mim.

– Uhum.- concordei, esperando a tremedeira nas pernas passar.- Você é o rei.

Vi que ele deu uma risadinha, mas continuou quieto.

Sem ter mais o que dizer comecei a caminhar em frente sem prestar atenção em nada, ainda com a sensação boa que ele deixou em mim, mas logo senti mãos forte me puxando e me mudando de direção pois eu estava caminhando para o lado errado.

Entrei no bar sem olhar para trás e lá dentro encontrei, Rose, Alice e mais algumas amigas e primas nossas.

– Até que enfim você chegou, eu já estava em tempo de mandar a policia atrás de você. - Minha irmã falou me abraçando.

–Larga de ser boba, você sabe que a mamãe não me deixaria faltar por nada. - respondi, me soltando dela.

– É, eu sei. - concordou sorrindo de orelha a orelha.

– Bellinha meu amor. - Allie veio toda alegre, com a cara cheia só pode, e se jogou em cima de mim me abraçando.

– Oi Baixinha.

Depois de cumprimentar todo mundo Rose e Alice me arrastaram até o balcão do bar e nós nos sentamos nos banquinho que tinha ali.

– Garçom manda mais uma rodada de tequila. - Rose pediu batendo no balcão.

– Já tá saindo. - respondeu um dos vários barman’s do local, colocando varias tacinhas no balcão e as enchendo.

– A ROSE!- gritei levantando um dos copos.

– UHUUULLL!- as garotas gritaram em resposta e todas nós entornamos as bebidas.

Aquilo desceu queimando minha garganta, e até foi bom pois fez a sensação anterior sair do meu corpo.

Mas não adiantou muito por que logo em seguida o causador de sensações entrou no bar me deixando sem reação e fazendo todas as mulheres do local babarem por ele.

Pelo menos não sou só eu que fico com as pernas mole quando vê ele.