“Do not show me paradise and then destroy”

– Capítulo Três –

Fashback ON

– Mamãe? Aonde você e o papai vão? – Desci a escada tropeçando em todos os brinquedos jogados e me aguarei a perna da minha mãe.

– Vamos ir à lanchonete para comprar lanche e já voltamos okay? Está chovendo e não quero que você pegue um resfriado. – Papai deu um beijo na testa e me fez uma leve cócega na barriga me fazendo começar a rir.

– Está bem. – Dei um beijo nos dois correndo escada acima para brincar com meu dragãozinho como sempre fazia.

Fashback OFF

Droga. Droga. Droga. Além de estar chorando por apenas o meu único amigo ter me deixado eu comecei a lembrar de meus pais que estavam mortos, pois bateram o carro que por acaso não tinha nem demorado uma hora para me ligarem dizendo que eles estavam mortos. Depois disso eu fui levada orfanato e por incrível que pareça eu tinha amigos, amigos de verdade, que sabiam de tudo da minha vida.

Fashback ON

– Venha pequena Amy vou lhe mostrar seu quarto. – A mulher pegou a minha mão me guiando até uma grande porta. – Querida, você tem uma colega de quarto espero que se deem bem. Agora vou indo.

Encarei a porta, abrindo-a me deparando com o grande quarto e logo me dei de cara com uma menina e um menino mexendo em uma grande caixa de papelão.

– Oi eu sou Am..

– TA LOUCA GAROTA? FECHA ESSA PORTA. – a garota correu a até a porta que eu deixei aberta fechando-a bruscamente.

– Skyller, não seja grossa. – O garoto que antes estava na cama vendo o que seja lá que tinha na caixa se levantou estendo sua mão para mim sorrindo

– Prazer, sou o Nicholas e essa louca que acabou de gritar é Skyller.

Sorri, enquanto juntava á minha mão a dele o cumprimentando-o.

– Sou Amy.

A garota que estava calada bufou dizendo:

– Sky. Chame-me de Sky. NUNCA de Skyller. – se aproximou de mim recebendo uma careta do garoto me fazendo rir.

– Me chame de Nico. Nicholas é serio e eu realmente não gosto disso.

Nico se jogou na cama recebendo um tapa no braço da garota com cabelo loiros platinados que chegava a serem meios brancos.

– Ei, essa cama já não é boa e você se joga. Se quebrá-la vou roubar a sua para mim.

Rindo os analisei, Nico possuía o cabelo preto e os olhos em um azul intenso enquanto Skyller tinha os olhos meio castanhos meio verdes e os cabelos loiros quase brancos.

– Errr então o que tem na caixa? – perguntei me aproximando tendo que esticar o pescoço para ver.

– Certo, não surte okay? Nicholas tampe a boca dela. – Nico se aproximou colocando a mão em minha boca e Sky pegou a coisa na mão levantando.

Uma tarântula. Ótimo. Eu tinha uma colega de quarto que era maníaca, pois possuía uma tarântula como um animal de estimação. E eu não quero admitir, mas eu tinha adora isso.

Tirei a mão de Nico da minha boca correndo até a cama tocando a tarântula.

– Ta brincando? Isso é incrível. – Sorria enquanto Nico e Sky me olhavam espantando e logo Nico já possuía um olhar divertido e dizia:

– Já to vendo que vamos ser grandes amigos então. – Rimos em quanto começávamos a brincar com a tarântula e foi ai que eu soube que eu realmente não estava sozinha. Não por enquanto.

Flashback OFF

Tinha chegado ao orfanato em plenos cinco anos e depois tudo parecia ter ficado bem. Bem... Parecia.

Fashback ON

7 anos depois

– ACORDA PORRA.

Fui jogada da cama, dando de cara com o chão. Que será que me jogou? Se você disse Skyller, você está completamente CERTO. Levantando com a mão na cabeça enquanto a olhava com raiva, me acordar em plena 6h da manha era de se acabar.

– Droga Skyller. – respondi recebendo um travesseiro na cara.

– Se nós não estivéssemos atrasadas para a aula que por acaso começou mas cedo hoje eu juro que te jogava no lago frio.

Fui direto ao banheiro, e quando voltei observei que a tampa do pote onde o Hades ficava estava jogado na cama. Você deve estar se perguntando, quem ser Hades? Bem era a tarântula que Sky tinha achado, depois de muita briga decidimos dar o nome dele de Hades.

– SKYLLER. – gritei seu nome recebendo outro travesseiro na cara.

– DROGA AMY, NÃO ME CHAME DE SKYLLER. – Sky fala de cara feia na porta.

– Não te chamaria de Skyller se você não tivesse fechado o pote onde esta sua querida tarântula aberta.

– É ele. E eu abri para deixar o ar entrar, sei que tem furos já, mas experimente deixar você em um pote sem poder quase se mover.

– Oras e você é uma especialista em aranhas agora? – Ri, pegando minha bolsa.

– Certo. Certo. Deixe-me ser feliz está bem? E deixe o Hades ser feliz também. Qual é vou deixar a portar fechada, ele não vai poder sair.

– Sendo assim... Agora vamos logo para a droga da aula. – a puxei pelo braço correndo para a minha sala enquanto ela ia para a dela.

Skyller era dois anos mais velha que eu, ou seja, tinha 13 e eu 11. Nico era da minha idade, então éramos da mesma sala e isso era realmente bom pois ninguém gostava de mim por esse motivo Nico e eu sempre ficávamos juntos.

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Caminhava sozinha ao quarto, Nico já tinha ido para o dele e a turma de Skyller tinha sido liberada antes, pois a professora tinha faltado. Sorrindo ao colocar o fone de ouvido e colocar escutar o som de uma das minhas musicas preferidas uma coisa me chamou atenção.

Skyller vindo à minha direção com um olhar assustado e com o pote onde Hades estava vazio. Larguei a bolsa no chão já esperando o pior enquanto Sky começava a falar:

– E-eu fechei a porta, quando voltei ela estava aberta. Amy você tem que me ajudar, eu sei dos seus poderes VOCÊ TEM QUE ME AJUDAR POR FAVOR.

Sky falava desesperada, ela sabia que eu era "especial". Ela em um desses ia ser picada por uma cobra só que quando estava prester a acontecer a cobra veio até mim e Sky começou a gritar dizendo que meus olhos estão parecidos ao de uma cobra...Foi ai que toda a confusão começou.

– Calma, vamos achá-la. Não precisa ficar preocupada com sua querida tarântula.

– Droga Amy, é uma TARÂNTULA. Ela já está acostumada com a gente, mas e se alguém a achá-la? E se acontecer um acidente e...

Nós olhamos ao escutar um grito no andar de baixo, o nosso orfanato tinha uns dois andares e era cheio de salas que nem metade eram usadas. Corremos ao grito e vimos a tarântula no ombro de uma garota, eu sabia o que iria acontecer. Sabia que podia deixar o acidente acontecer ou simplesmente fazer algo, levita-la eu podia e entre a escolha entre deixar acontecer e impedir de acontecer eu era mestra em impedir.

Antes que algo mal acontecesse a levitei logo em seguida fazendo-a pegar fogo no chão, a garota me olhou assustada não esperando para correr gritando:

– BRUXA! BRUXA! SENHORA STYLES!

E nessa hora eu percebi que eu realmente tinha feito a droga de uma besteira.

Flashback OFF

Soltei um soluço abafado ao lembrar o que aconteceu depois. Encolhendo-me em quanto segurava o travesseiro na cara.

Flashback ON

– AMY CORRE. – Corri ao andar acima precisava ver o Nico antes de tudo acabar mal.

Ao chegar ao corredor de seu quarto, fui direito a sua porta que por acaso tinha um barulho estranho vindo de dentro me aproximei prevendo o pior mais uma vez. Olhei pelo espaço que havia na porta quase fechada e observei Nico em pé junto com a bela de uma vadia, a pior de todo o orfanato, aos beijos e pior ele correspondia.

Sai correndo indo direto ao meu quarto, trancando a porta e me permiti chorar por tudo. Eu era apaixonada pelo Nico, e agora ele quebrou meu coração.

Flashback OFF

E assim eu vim parar em outro orfanato, sozinha, pois tinha perdido tudo. Tudo. Tinha feito promessa de nunca mais me aproximar de ninguém, de nunca me apaixonar e eu a quebrei. Agora estou como estou. E eu realmente espero que um dia isso passe. Pois é a pior dor do mundo é ser esquecida, trocada, usada. Eu só esperava que ninguém mais me mostrasse o paraíso e depois o destruísse.