Olá novamente! Sou a Ray, como já sabem! Estou aqui, um pouco estática, encarando a porta da entrada da escola. Vou lhe contar como sou fisicamente, já que o que sabe de mim é que tenho piercing!

Bom, tenho cabelos ruivos, olhos negros, uso lentes, originalmente eles são misturados, azuis e negros.
Sou de estatura média, nem tão baixa, nem altona. Tenho um corpo normal, acho...
Ah e o Peter? Vai ficar querendo, no próximo capítulo ele vai se apresentar...Acho....


Na escola...
7:15 a.m



Eu fui muito bem enganada... Andei três quarteirões porque sem querer deixei a bolsa dentro do trem, e ao entrar as portas fecharam. É, lindo dia né? Com este céu cinzento cheio de nuvens e eu sem nenhum guarda-chuva. Papai me deve esta por me mandar para a escola em dia de chuva!

No momento? Estou encarando o cara, que me beijou à uns minutos atrás, ficar encolhidinho numa árvore, desenhando.
Por que estou encarando-o? Estou indignada que um garoto, aparentemente tímido, que declarou que me odiava logo que me mudei, falou que gostou de mim e me beijou.
Tudo bem que não se deve julgar um livro pela capa, mas venhamos e convenhamos ele declarou ódio!
Andei até a árvore do jeito mais discreto que pude e tentei olhar o que ele desenhava.
Ele... Está... Desenhando minha reação?
_Olá! - ele sorriu_Gostou? - levantou seu caderno
_Errr.. Olá, como vai? E a família? Legal, tchau! - respondi rapidamente e saí correndo.
O que demônios estou fazendo? Falando coisas sem sentido?
Deixando isso de lado, onde é que está Julli? Aquela vadia combinou de se encontrar comigo na estação! Entro na escola, chego no corredor e paro para respirar. Estou ficando louca!
_Psssssssiu - ouço "isto" perto de meu ouvido.
Claro, como havia dito antes, como uma digna anta, eu me arrepiei toda. Ao me virar, acreditando ser Julli, para dar um sermão recebo um baita susto.
_Olá novamente... Ray! - sorriu e me beijou novamente.
Ou este garoto está zoando com minha cara por ter reações extremamente engraçadas, ou é maluco!
Eu, como anta, paralisei por alguns segundos e voltei a falar:
_P-por que v-você está fazendo isto?! E-eu n-não sou nenhum objeto d-de experimento! Seu coiso! - recupero meu folego e corro novamente para longe dele.
Onde bato exatamente? Na porta, porque como "expert" em tropeços, da sala.
O que provoco? Pessoas me encarando com uma face sem emoção e um professor no chão com o nariz vermelho. Provavelmente provocado por minha pequena batida de face na porta, onde ele possivelmente estava atrás da mesma.
Como sempre digo, ser ninja é algo que só eu e algumas antas conseguimos ser.
Olhei alguns minutos para o professor desmaiado e ligeiramente sentei em meu lugar.
Quem sabe ele não tenha visto minha habilidade em ação!

Few minutes later...

_Professor? - o chamei fingindo não saber de nada ocorrido?
_Hãn? Onde estou? Cadê todo mundo? - levantou-se rapidamente _Ai! - segurou sua cabeça.
_Você bateu feio a cabeça na porta quando estava passando uma corrente forte de vento! - menti descaradamente_Deite-se, é melhor descançar depois de uma batida dessas...
_Nossa! - olhou em volta_Onde estou? Isso aqui é a enfermaria?
_Sim! Reformaram ela... Acho - não meu querido, isto aqui é um hospício, quis te internar só por ter batido a cabeça!
_Ah... Sim, entendi. Obrigada por sua companhia Rayza. Agora pode ir para sua sala. - me olhou sorridente com aquele olhar do tipo "saia".
Que professor amável, logo eu que estive umas duas horas esperando-o acordar e ele me retribui com uma despedida esfarrapada.
_O-ok, tchau professor! - dei um pequeno aceno e ando em direção da porta.
Sinto algo puxar-me pelo braço e entro numa das "alas" da enfermaria.
_Olá novamente, Ray! - falou Peter extremamente perto e ainda segurando meu braço.
_M-mas o que? - claro, a anta está confusa.
_Você parece que está sempre presente onde estou. - sorriu
_E você parece um stalker... Pode me soltar?
_Não antes de me falar por que resolveu puxar assunto, sendo que lhe declarei ódio? Por acaso você é masoquista?
_Hãn? Eu não sou masoquista! Primeiro: Meu pai quer que façamos amizade, e em troca ele me deixa fazer algumas coisinhas. Segundo: Não me importo com sua declaração de ódio, não sou masoquista. Meu pai é que é um sádico! Terceiro: Por mais estranho que seja eu acho você bastante bonitinho! - ele lentamente abriu a boca, chocado. Me dando chance de fugir. Mas como sempre, tombei numa pedra invisível. Ele apenas escondeu um riso, e estendeu a mão.
_Você é incrível! - sorriu_Mas não quer dizer que deixo de lado minha pequena declaração de ódio. - segurei sua mão, e levantei_ Apenas de 100% foi para 60%. Parabéns grande avanço. - me deu um beijo na testa e voltou para a maca.
Logicamente saí da enfermaria e travei. O que aquilo quer dizer exatamente?
Foda-se, meu objetivo ainda é achar a Julli!