A Vingança escrita por BiSa830


Capítulo 5
Capítulo 5 - A colheita


Notas iniciais do capítulo

Oláááá tributos lindos e maravilhosos! Eu queria agradecer pelos comentários incríveis que vocês estão deixando em nossos capítulos, me deixa muito feliz mesmo que vocês nos apoiem tanto. Nunca me disseram que eu sou diva, valeu todo mundo! Amo vocês seus lindos!
- Bi



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Capítulo 5 – A colheita

O tempo passou rápido e percebi que já era quinta-feira. Minha mãe me acordou, estava tarde. Corri para o café da manhã, não podia chegar atrasada, todos contavam comigo. Effie Trinket passou a morar na Vila dos Vitoriosos depois do que aconteceu na Capital. Hoje vou fazer exatamente o que Effie fez quando chamaram o nome de Prim.

Haymitch veio me visitar, o que é incrível, pois isso é tão raro como dois raios caírem no mesmo lugar e ter catapora duas vezes. Talvez até mais. Effie também veio para me dar “instruções para ficar glamurosa” enquanto tiro os nomes. Enquanto eu finjo que ouço, fico prestando atenção em alguns tordos voando. E me lemberei de uma coisa.

“Então, Katniss, você deve ter suas unhas pintadas de cores blábláblá e sapatos blábláblá...”

“Haymitch...” – chamei.

“Sim?” – ele respondeu.

“Tem jeito de adicionar uma coisa na arena agora?”

“Porque você gostaria de fazer isso, queridinha?”

“Rue.”

“Ah, a menina que ficou com você nos seus primeiros jogos, e que grudou em você igual cola, certo? Acho que dá pra fazer umas alterações, mas desde que seja pouca coisa.”

“Pouca coisa? Ok. Em vez de ser um canhão que soa quando alguém morre, que tal isso?”

E assobiei a melodia que era o que eu e Rue usamos como sinal quando estávamos juntas, e que nunca me esquecerei.

“É, acho que isso pode ser mudado” – ele disse depois de pensar por um instante.

E voltei a fingir que ouço Effie e a observar os tordos. Effie perguntou de repente:

“Onde está Peeta?”

“Está no quarto descansando, ele foi dormir tarde ontem.” – respondi.

Na verdade, Peeta estava tendo o que chamo de “ataque do telessequestro”, quando ele tem vontade de me matar. Mas Effie é muito frágil para saber disso e também não gosto de falar isso. O ataque costuma durar mais ou menos quinze minutos, e durante esse tempo ele gosta de ficar sozinho, longe de mim.

Dói saber que, mesmo depois de tudo, ele continua tentando me proteger. E dói mais ainda saber que ele está me protegendo dele mesmo.

Depois da Effie falar muito e de eu enjoar de ficar vendo os tordos, Peeta saiu do nosso quarto para avisar que o telefone tocou e Gale queria falar comigo. Acho que ele já estava normal o suficiente para falar com as pessoas e comigo. Fui correndo, porque os conselhos de moda de Effie estavam muito chatos.

“Alô!” – disse.

Oi, Katnip.”

“Oi, Gale.”

É, hm, o jato da Capital chegou, e estão te esperando.

“Ah, tá bom.”

Ei, Katniss, posso te pedir uma coisa?”

“Claro. O que você quer?”

Posso ir para a Capital com você?”

“Se você não for eu te bato, Gale. Você não precisa pedir, seu besta! Você vai obrigatoriamente!”

Ok, então vamos logo.”

“Ok, tchau.”

Tchau.”

Desci as escadas correndo até onde estavam Peeta, Haymitch e Effie e gritei:

“Vamos, já chegou o jato!”

E todos foram correndo atrás de mim, Effie atrás de todos, por causa de seu salto. Haymitch estava mais rápido do que achei que iria estar. Talvez ele esteja malhando, para ocupar seu tempo livre com alguma coisa além da bebida.

Assim que chegamos na Capital, fomos cercados por uma multidão enorme de pessoas. Pessoas que saíram dos distritos para morar na Capital, pessoas da Capital, crianças aflitas e pais me olhando com olhares de raiva. Fiquei com vontade de berrar para aquela gente: “Ei! Agora vocês sentem na pele, né? Quero ver vocês rirem da morte dos outros agora!” Mas parece que eles entenderam isso olhando nos meus olhos, porque alguns pararam para dar atenção aos seus filhos e filhas chorando.

Passados 15 minutos, era hora. Subi no palco e comecei a falar como se eu fosse Effie.

“Senhoras e senhores, sejam bem vindos a septuagésima sexta e última edição dos Jogos Vorazes! Vamos começar a chamar os tributos. Primeiro as damas!”

Andei até uma caixa transparente com pequenos envelopes com os nomes dos “felizardos” que serão escolhidos como os tributos que irão para os Jogos. Chamei um nome:

“Victoria Twichire” – ouvi um grito, choro, e os soldados trouxeram a menina – “Venha, querida, não seja tímida!” – sentei a menina em um sofá exclusivo para os tributos.

Chamei as meninas, e a reação dos pais de todas foi a mesma: choro e gritos de protesto.

Mas, a última menina me chamou atenção.

“Francie Fannie.”

Mas não escutei gritos, nem choro, nem nada. Só os passos da menina chegando cada vez mais perto e sentando sofá. Eu chamei:

“Ei, Francie, venha aqui.” – ela se aproximou. “Onde estão os seus pais, querida?”

“Eu não tenho.” – ela respondeu baixinho – “Eles morreram na guerra.”

“Ah, tá bom. Pode se sentar com suas amiguinhas.”

Chamei os nomes dos meninos pensando em Francie. Fui pra casa pensando em Francie. Cheguei em casa e chorei porque matei os pais de Francie. Agora ela não tem quem chorar por ela. Ela é sozinha. Mas agora, já sabia que ela era minha favorita.


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Notas finais do capítulo

S2S2S2S2S2S2S2 TRIBUTOS LINDJOS! Esse capítulo ficou um pouco mais longo do que eu esperava. Tia Bi ama vcs!



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