Memória Perdida escrita por Katherine Madalene


Capítulo 6
Capítulo 5 A Verdade Doi Como Uma Faca no Coração


Notas iniciais do capítulo

OIIIIIIIIII,
consegui terminar essa capitulo hoje, na raça.
Viajei e só cheguei hoje agorinha....
A aventura começa de verdade nesse capitulo!!!
GNT, EU ESCREVI UMA SHORT FIC CHAMADA "AMOR EM CHAMAS" É SÓ UM CAPITULO COM MENOS DE 2000 PALAVRAS CONTANDO A PRIMEIRA VEZ DE AMY E IAN. PASSEM LÁ DEPOIS, OK!
Bjinhos sangrentos........................



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Amy estava sentada em um confortável pufe no quarto de Ian. A ruiva estava curvada para frente, a cabeça apoiada entre as mãos, centenas de dúvidas rodavam sua mente.

Ian tinha contado a ela tudo.

A morte de Grace Cahill.

As buscas pelas pistas.

Todas as vezes que ele tentou matá-la...

- Porque você me contou isso? – Amy perguntou, quebrando o silêncio. Ficou surpresa consigo mesma: com tantas dúvidas na mente, aquela era a que a atormentava mais?

- Isso o quê? – Ian se sentia aliviado, afinal, ele achava que Amy iria sair correndo daquele apartamento.

- Isso... De você ter tentado me matar tantas vezes. – A ruiva disse, secando as lágrimas. – Se quisesse que eu confiasse em você, então porque me contou tudo isso, não omitiu essas partes?

Ian se aproximou de Amy e se ajoelhou diante do pufe onde ela estava sentada.

- Por que eu me orgulho de ter mudado. – Ele respondeu, olhando no fundo nos olhos verdes como jade da menina. – Por que foi você que me mostrou como eu podia ser bom.

- E Dan? Ele te perdoou também?

- Ele me deu uma segunda chance. – Um pensamento involuntário passou pela mente do moreno, fazendo um sorriso se abrir, mas ele não iria compartilhar aquilo com Amy. – Mas nunca vai aceitar uma bebida minha com medo que esteja envenenada.

Amy sorriu, mesmo que seus olhos continuem tristes.

- E I-Isab... – Ian viu a dificuldade de Amy em pronunciar aquele nome. Seu corpo estremeceu. – E Isabel?

Ian sentiu seu coração pesar no peito. Ainda não tinha contado tudo, então baixou a cabeça e falou:

- Minha mãe foi a responsável pelo incêndio, Amy.

Ele sabia que não precisava dizer mais nada. Amy lembrava que Isabel estava lá na noite em que seus pais morreram.

Mais lágrimas correram pelos olhos da menina, turvando sua visão. Seu coração doía muito. Ela se sentia tão sozinha. Sua avó tinha morrido e ela nem se lembrava de ter se despedido dela. Dan estava desaparecido. Os pais estavam mortos, e agora ela sabia que fora a mãe daquele moreno lindo que os matou.

- Amy... Eu... – Ian, pela primeira vez na vida, não sabia o que falar. – Eu... Eu mudei. Não sou mais quem era no passado, - Ele se aproximou ainda mais de Amy, levantando a cabeça dela. Seus cachos ruivos estavam colados no rosto molhado das lágrimas e Ian os colocou atrás da orelha, aproveitando para secar uma lágrima fujona. – Eu quero que você confie em mim. Quero que saiba que eu sempre vou estar aqui, para o que quer que você precise.

A ruiva levantou a cabeça e encarou aqueles maravilhosos olhos cor de âmbar.

- Eu sei. – Ela confessou. – Eu sinto isso.

E, sem mais nem menos, Amy ficou de joelhos diante de Ian e o abraçou.

Ian fechou os olhos e aproveitou aquela sensação de paz interior. Uma sensação que só sentia quando estava perto de Amy Cahill. Ele sabia que, em pouco tempo, aquela paz iria desaparecer.

Afinal, o mundo não para...

- Eu tive um sonho quando ainda estava no hospital. – Amy sussurrou no ouvido de Ian. – Tinha uma parede de pedra vindo na minha direção, mas você me empurrava para longe e depois você... Você me beijava.

Amy se afastou, o rosto em chamas, mas não conseguiu esconder a surpresa quando viu que Ian também estava muito vermelho.

- Foi na Coréia. – O moreno disse. – Pouco antes de eu te abandonar na caverna. Engraçado você ter lembrado justamente desse dia. – Ele sorriu, ainda envergonhado. – Aqueles dias que eu passei com você foram especiais. Era como se a busca pelas pistas tivesse parado.

Amy franziu o cenho.

- Aconteceu de verdade?

Ian assentiu e pode ver as engrenagens do cérebro de Amy girando.

- Se todos os meus sonhos forem uma lembrança, tem algo que eu preciso te contar. – Ela disse por fim e começou a contar seu ultimo sonho ao garoto.

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O estômago de Dan roncava forte.

A garganta implorava por uma gota de água.

A escuridão sufocante da caverna piorava a situação.

Dan não entendia nada. Porque mate-lo preso ali, naquele lugar esquisito? Porque não estavam o torturando para conseguir as pistas? E se estivessem esperando que ele falasse em troca de algo para comer ou beber?

Até que não seria uma má ideia, levando em conta a fome e a sede que sentia...

Pare de pensar nisso! Dan se repreendeu. Não vou dizer nada!

De repente, ele ouviu passos abafados no chão de pedra e uma luz muito forte direcionada para o seu rosto.

Dan ouviu o barulho de algo sendo jogado e caindo perto de seus pés, mas não conseguia enxergar nada.

- Beba. – Um homem falou, a voz rouca e forte. Para muito, poderia ser considerado um urro alto, mas Dan desconfiava que aquele era seu tom de voz normal.

A luz deixou o rosto de Dan e sumiu no corredor.

O menino Cahill correu até a grade e bateu forte nelas, liberando um forte barulho.

- Quando vocês vão me tirar daqui? – Ele berrou para o pontinho de luz que se distanciava cada vez mais. – O que vocês fizeram com a minha irmã?

Recebeu somente uma gargalhada como resposta e uma voz alta:

- Logo, verme Cahill.

Frustrado, Dan chutou as grades com força e teria continuado assim se não tivesse lembrado que o homem tinha jogado algo dentro da cela.

Ele procurou com os olhos algo de diferente e percebeu um relevo no chão.

Uma garrafa de água!

Ele agarrou a garrafa de meio litro de água e – quando já estava prestes a entornar tudo na boca – parou.

Era bem provável que aquela água estivesse envenenada.

Eles me matariam? Pensou Dan. De repente, o medo o consumiu. Será que os Vesper já conseguiram as pistas e o anel torturando Amy?

Mas a sede acabou vencendo.

O garoto virou a garrafa de água na boca e bebeu tudo sem afasta-la nem um segundo.

O efeito foi quase imediato: Dan se sentiu sonolento; as pálpebras não queriam mais se abrir. Tudo ficou escuro e o jovem Cahill caiu na inconsciência.

Teve tempo apenas de formular um pensamento.

De novo não...

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Damien Vesper parou diante do enorme telão.

Aquele era o seu lugar favorito: um sala gigantesca, equipada com supercomputadores, armas (milhares delas) e acessórios de tortura. Um de seus passatempos preferidos era torturar pessoas, principalmente se essas pessoas fossem Cahill.

Aquele lugar subterrâneo tinha sido construído pelo seu pai. Damien sempre amou muito o pai e um dos principais motivos para isso foi o nome que lhe foi atribuído.

Damien.

Aquele era o mesmo nome do Damien Vesper original. Aquele que conhecera Gideon Cahill e sua família reprodutora.

Sim, por que os Cahill tinham crescido muito nos últimos séculos e o mapa que estava na tela diante de si provava isso.

Em quase todos os países do mundo tinha uma base Cahill. Ou até muitas, como nos Estados Unidos, Suíça, Inglaterra e até mesmo na Rússia que, no passado, era dominada apenas pelos Lucian.

A única coisa que intrigava o Vesper eram as bases desconhecidas.

Os pontinhos pretos no mapa-múndi eram bases Cahill que não pertenciam a nenhum dos quatro clãs. Seriam bases esquecidas? Ele não sabia.

A porta da sala se abriu.

- Senhor – Uma agente entrou na sala e entregou uma folha de papel digital à Damien. Era como um celular, só que maior, mais fina e extremamente flexível. – O relatório sobre nossas missões.

O Vesper passou os olhos sobre a finíssima tela.

Seus olhos faiscaram e ele jogou a tela na parede.

Virando-se para a agente, gritou bem forte:

- Como vocês perderam o rastro da garota Cahill? Vocês têm noção de como ela e o irmão são importantes? Eles sabem todas as pistas e a localização daquele maldito anel! – O homem pareceu se acalmar um pouco depois do surto. – Falando no verme, ele já está pronto para ser transferido?

- Sim, senhor. – A mulher respondeu. – Ele bebeu a garrafa de água por completo.

- Ótimo. A viagem vai ser mais tranquila assim. Avise o piloto que eu saio em cinco minutos.

- Sim, senhor. – A Vesper se curvou, o rosto fechado demonstrava que ela não gostava de fazer aquele gesto, e saiu.

- Você virá até mim, senhorita. – Damien Vesper sorriu ao ver a foto de Amy Cahill projetada na tela.

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Um raio de Sol atingiu o rosto de Ian.

Os olhos cor de âmbar se abriram.

O moreno imediatamente sentiu que tinha algo errado com seu colchão.

Que colchão? Ele pensou, tentando se levantar, mas tinha alguém deitado em seu peito. Eu dormi no chão?

Já estava ficando com raiva quando viu a cabeleira vermelha em seu colo.

Amy dormia calmamente. Seu rosto de anjo estava apoiado no peito nu de Ian e ela respirava devagar, em um movimento que fazia leves cócegas no moreno. O raio do Sol que acordou Ian mudou de direção, iluminando os cachos da garota. Durante a noite, o apertado short do pijama tinha subido, dando ao rapaz uma bela visão das longas e torneadas pernas da ruiva.

Qualquer raiva ou dor nas costas passou imediatamente.

Eles tinham dormido abraçados, conversando.

Todas as perguntas que Amy fazia, Ian respondia.

E aquela visão logo ao acordar era uma das coisas que fazia Ian pensar Nossa como a vida pode ser bo...

O telefone de Ian começou a tocar, alto e irritante, ao lado da cama do garoto.

Assustada, Amy se levanta bruscamente e fixa os olhos no moreno.

A menina corou violentamente ao perceber que dormia no colo dele e agradeceu quando o menino se levantou para atender o irritante telefone.

- Kabra? – A voz de Hamilton Holt soou do outro lado da linha.

- Holt. O que foi?

- Estamos com problemas em todos os clãs. – O loiro respondeu. – Menos os Lucian.

- Não sei do que você está falando. – Ian respondeu. – Eu fui atacado ontem pelos Vesper, lembra?

- Você não entendeu. – Hamilton respondeu. – A base Ekat em São Petersburgo foi atacada. Depois a base Janus em Veneza foi bloqueada por um vírus. Jonah está lá, tentando resolver o problema. A base Tomas na África do Sul também foi atacada com uma bomba. – O homem fez uma pausa, pegando ar. – Os Lucian são os próximos.

O coração de Ian parou de bater por alguns segundos. Podia ser qualquer uma das bases, mas as mais importantes eram a Torre Eiffel, em Paris e a nova base em Genebra, na Suíça. Essas eram as maiores bases e nelas estavam guardados código secretos que, se descobertos, podiam pôr fim ao clã.

- Onde você está agora? – O moreno perguntou.

- Embarcando do Cairo para Berna. – O telefone foi arrancado das mãos do Holt e a voz que o substituiu foi a de Sinead – Ian, você sabe que eles estão procurando a Amy, não sabe? – A garota fez uma pausa e suspirou. – Leve ela com você e não tire os olhos dela nem por um segundo.

- Ok. – O moreno disse e desligou o telefone.

Ele olhou para os maravilhosos olhos cor de Jade de Amy e disse:

- Se vista, nós vamos para a Suíça.

Como o telefone estava no viva-voz, Amy tinha ouvido toda a conversa.

Seus olhos faiscaram.

- Vá acordar Natalie. – Ela quase cuspiu as palavras. – Os Vesper merecem pagar pelo que fizeram.

Uma lembrança a atingiu com força. Ela ficou tonta e quase caiu no chão, mas Ian a segurou.

- Você está bem? – Ele perguntou, o rosto trasbordando preocupação.

Amy sorriu.

- Acho que vou poder encontrar algumas respostas nessa viagem.

Foi a vez de Ian sorrir, aliviado.

- Espero que seja assim mesmo.

Eles nem sabiam que tudo iria piorar...


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Notas finais do capítulo

Tá ai um capitulo cheirando a novo.... kkkk
Tomara que tenham gostado, eu achei ele meio chatinho, mas vamos ver o que vocês acham, ne?
Ideias? São muito bem vindas.
Mais uma vez: deem uma passadinha em Amor em Chamas, ok?

Bjinhos pretos com asas.............

Ps: Tenho 13 leitoras, mas recebi poucos comentário no ultimo capitulo.
FANTASMINHAS APAREÇAM!
ÀS QUE COMENTAM SEMPRE: AMO MUITO VCS, SABIA?