Memória Perdida escrita por Katherine Madalene


Capítulo 20
Capítulo 19 Segredos e Ciúme


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiiiiiiii!
Demorei a morte mas cheguei!!! :D
Não estava com ideias criativas, então esse é um capitulo bem calmo e romantico.
Espero que gostem!
Birdy, minha linda, MUITO OBRIGADA PELA LINDA RECOMENDAÇÃO!!!!
Esse capitulo é para voce!
Bjinhos sangrentos



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Hamilton secou com a mão uma lágrima que descia pela bochecha direita de Sinead.
Amy estava aninhada nos braços de Ian. Os dois casais observavam o caixão de madeira sendo empurrado dentro do avião de carga.
O corpo de Victor voltaria para os Estados Unidos para ser velado e enterrado pela família. Sinead até tinha pensado em viajar também para se despedir melhor de seu amigo, mas todos ali precisavam dela para encontrar Dan e Natalie.
- Esperem! Disse Amy quando os funcionários da empresa aérea já estavam descendo do avião. Ela entrou no avião e colocou uma única rosa vermelha sobre o caixão de Victor. Mais lágrimas escorreram pelo seu rosto.
Amy soluçava quando desceu do avião e ficou feliz quando Ian a envolveu em um abraço caloroso.
- Adeus, Victor. Disse Hamilton. O loiro abraçou Sinead e eles seguiram para o interior do avião.
De dentro do aeroporto, os quatro jovens observaram o avião acelerar na pista e depois subir pelos ares.
O avião desapareceu em meio às escuras nuvens que cobriam grande parte da cidade e Ian falou, tentando fazer Amy e Sinead pararem de chorar:
- Temos que voltar para casa e fazer as malas para partimos em busca de Dan e Natalie. O moreno segurou Amy pelos ombros. Victor ia gostar que a gente fizesse isso.
Hamilton assentiu, concordando com o primo Lucian.
- O Kabra está certo. Ele disse. Temos que partir ainda hoje.
Foi nesse momento que o rosto de Sinead ficou verde. Ela levou a mão à boca e se curvou ligeiramente para frente.
- Eu vou vomitar! Ela disse e então deu meia volta e correu até o banheiro mais próximo. Hamilton correu atrás dela e eles sumiram na multidão de pessoas que zanzavam pelo aeroporto.
- Deve ser um mal passageiro. Disse Ian. Natalie sentia algo parecido quando não vestia suas roupas favoritas. Vem, Amy, vamos voltar para o carro.
Ele continuou abraçando-a enquanto caminhavam na direção do estacionamento. O ventou parecia com raiva e os cabelos de Amy voavam para todos os lados. Ela sentia um frio intenso que não via apenas do vento, mas sim do seu interior. Ela queria se lembrar da busca pelas pistas e tentar entender mais o que a rodeava, mas tudo que sua mente conseguia encontrar eram fragmentos sem nexo.
- Como Natalie e Dan devem estar agora? Ela perguntou, procurando algo no rosto de Ian que pudesse dizer: na verdade, eu acho que eles estão em casa, esperando por nós.
Mas é claro que aquilo não era verdade!
- Não sei, Amy. Ian sussurrou e beijou a testa da garota. Não sei.
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Sinead deitou no sofá. Ainda estava enjoada e não podia sentir o odor de comida que seu estomago já se embrulhava novamente.
É por causa da gravidez. Ela pensou. É claro que ninguém naquela sala jamais imaginaria isso, mas ter passado mal em público a deixou preocupada.
- Revisando o plano mais uma vez. Disse Hamilton, que estava sentado no sofá com a cabeça de Sinead no seu colo. Eu e Si vamos de carro. Amy e Ian vão de avião. Vocês reservaram as passagens nos nomes verdadeiros de vocês, não é?
Ian suspirou.
- A minha sim, mas Amy está sem passaporte, então tivemos que usar o nome falso.
- Não tem problema. Sinead falou enquanto tentava sentar, mas tudo que restava no seu estomago subiu pela sua garganta e ela se jogou de volta no colo de Hamilton. Ian é suficiente para chamar a atenção dos Vesper.
- Eu e Isabelle Munoz. Disse Ian, dando um pequeno empurrão com o ombro em Amy. Eles sorriram cúmplices. Vai dar tudo certo.
- Ótimo. Hamilton mexia no cabelo vermelho da namorada. Nós nos encontramos no ponto de encontro. Hamilton se levantou depois de pousar a cabeça de Sinead sobre uma almofada. O voo de vocês parte em duas horas, é melhor que arrumem as coisas que eu vou preparar os carros.
Ele pegou a chave do carro de Sinead e do carro que Ian alugou assim que ele, Amy e Natalie tinham chegado na Suíça e depois desceu para a garagem subterrânea. Ele e Sinead iriam viajar na 4X4 dos Starling enquanto Ian e Amy viajariam de avião, uma estratégia planejada: os Vesper, com toda certeza, tinham as listas de passageiros que embarcam e desembarcam em toda a Europa ou (talvez!) do mundo inteiro.
Enquanto Hamilton arrumava os carros, Amy e Ian foram arrumar os últimos detalhes no quarto que estavam dividindo.
Amy fechou a sua pequena mochila. Ela tinha comprado algumas peças de roupas e pegara algumas com Sinead, que tinha quase o mesmo tamanho que Amy. Fora isso, Amy levava algumas objetos pessoais de higiene, armas e o relógio.
Ela tirou o relógio da mochila e olhou para a peça de ouro maciço. Três, dois, dois, quatro... O compartimento do relógio se abriu e Amy releu o poema que estava escrito no papel. Ainda não sabia o que pensar sobre aquilo. Sua mente chiava, resmungando que ela já sabia o significado daquilo, mas as lembranças de milésimos de segundos eram sem nexo e ela continuava a olhar para as palavras sem entender.
- Vamos? Disse Ian. Ele carregava apenas uma pequena mala (a única que trouxera da Inglaterra). Amy prendeu o relógio no pulso e aceitou a mão estendida de Ian para se levantar.
- Vamos.
Eles desceram as escadas e se depararam com Sinead e Hamilton na soleira da porta.
- Eu já coloquei as nossas coisas na 4X4 e vocês vão para o aeroporto com o outro carro. Hamilton falou. Os quatro jovens se olharam por alguns segundos. O futuro era incerto: eles conseguiriam salvar Natalie e Dan? Ou essa missão de resgate era uma forma de captura-los também? Com certeza os Vesper estavam com planos mais ambiciosos do que apenas sequestrar Cahill para descobrir as 39 pistas. Se fosse mesmo isso, por que Dan e Natalie tinham sido os únicos a serem sequestrados?
Hamilton puxou Amy para um abraço e beijou o alto da cabeça dela.
- Se cuida, priminha.
Ela sorriu para o primo musculoso e então todos saíram pela porta da frente. Sinead trancou a porta e digitou um código de segurança com vinte e quatro números que apenas ela, os irmãos e Hamilton sabiam.
Como Sinead ainda estava muito enjoada, os quatro Cahill desceram de elevador, mesmo que tivessem que descer apenas dois andares até a garagem.
Sinead se acomodou no assento do motorista da picape e Hamilton sentou ao lado dela. Quando se tratava de dirigir, eles formavam o casal mais perigoso entre os motoristas. A porta automática da garagem se abriu e o carro saiu em disparada pelas ruas movimentadas.
Amy sentou ao lado de Ian e viu o moreno dar partida no carro e sair a toda velocidade da garagem.
O portão automático se fechou, mas os dois carros já estavam longe.
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Ian parou o carro na vaga destinada aos carros da empresa de aluguel de carros. Ele desceu do carro e depois passou um cartão magnético no para-brisa e o carro travou por completo. O alarme foi automaticamente ligado e as palavras OBRIGADO e VOLTE SEMPRE piscaram no cartão que Ian guardou no bolso.
Ele e Amy seguiram pelo estacionamento.
- Que frio! Amy resmungou puxando o capuz por cima da cabeça. Ian a abraçou com o braço que não estava puxando a mala.
- Melhor? Ele perguntou com um sorriso safado no rosto.
- Muito melhor! Amy riu.
O voo já estava sendo anunciado quando eles chegaram ao guichê de check-in. Amy entregou o seu passaporte falso para a atendente, que apenas confirmou se a passagem estava com o nome correto antes de devolver o passaporte.
O coração de Amy se acalmou. Aquela era a segunda pessoa que não percebeu que o passaporte era falsificado, então talvez ela não tivesse problemas quando chegasse na Alemanha.
- Boa viagem, Senhor Kabra. Amy ouviu a atendente dizer para Ian com uma voz sedutora. Aquilo a deixou com raiva. Como poderia ter algo com Ian se onde quer que ele fosse todas as garotas babassem por ele? Até mesmo a atendente, que parecia estar na casa dos vinte e cinco anos não tinha resistido a aqueles olhos maravilhosos.
Ian a desprezou (algo que ele sabia fazer muito bem!) e se voltou para Amy, que o esperava com a cara fechada ao lado da fila.
- Vamos. O moreno falou e pegou a mochila de Amy e colocou nas costas. Ela ainda estava com a cara fechada. O que foi, Amy?
- Nada. Ela retrucou e continuou andando com longos passos.
Ian parou de andar e a observou pisando duro enquanto andava. Amy com ciúmes? Ele riu consigo mesmo e depois correu um pouco para alcançá-la. Ele passou o braço pela cintura dela enquanto eles passavam pela máquina de raios-X. Quando eles se afastaram dos guardas, a cara emburrada de Amy ainda estava lá.
Dane-se! Ela pensou. Eu preciso de Ian para salvar o meu irmão. Preciso focar nisso e não ficar com ciúmes!
Eles continuaram em silêncio pelo resto do caminho até o avião. Amy não olhou para trás nenhum segundo e, se tivesse feito, veria o enorme sorriso de Ian.
Enquanto Amy colocava a sua mochila no bagageiro do avião, Ian sentou na poltrona. A sua era a do corredor e para que Amy se sentasse ele teria que se afastar.
Amy tentou passar, mas Ian esticou as pernas e a impediu.
- Ian, eu preciso sentar. Ela olhou em volta. A Primeira Classe estava quase vazia, mas todos os passageiros ainda estavam de pé. Sou a única em pé!
Ian não se mexeu. Ele tentava segurar ao máximo o sorriso, mas os cantos de seus lábios se erguiam ligeiramente.
- Ian!
- Por que você está tão chata comigo? Ele perguntou, esticando ainda mais as pernas quando Amy tentou pula-las.
- Porque eu não dormi nada essa noite! Disse Amy. Idiota! Ian, você é um idiota!
Ian sorriu ao ver Amy revirar os olhos.
- Esse mau humor não tem nada a ver com o fato de você estar com ciúmes, tem? Ele perguntou, safado.
Amy corou forte. Ele percebeu? E tentou rir, mas a risada veio cortada e, quando ela tentou dar uma resposta sarcástica, gaguejou.
- V-você se e-exibe demais!
Ian parou de sorrir e ficou olhando para Amy. Adorava quando ela corava. Adorava quando ela gaguejava quando estava nervosa. Adorava a mecha que ela sempre tinha que prender atrás da orelha. Adorava as covinhas que surgiam em seu rosto quando ela sorria.
- O q-que foi? Ela corou ainda mais, se isso era possível.
Ian recolheu as pernas e Amy se apressou em se sentar.
A ruiva se virou e ficou olhando a paisagem pela janela apenas para não ter que olhar para Ian. Ele estava parado, quieto, olhando para a tela negra de televisão que estava diante da sua poltrona.
Pouco tempo depois o avião acelerou na pista e começou a subir verticalmente. A sensação de estar sendo imprensado contra o encosto do banco não pegou Amy de surpresa, ela apenas soltou um suspiro quando o avião parou de subir e a sensação de sufoco passou.
- Amy? Ian a chamou. A garota respirou fundo uma vez e olhou para ele.
- Oi?
- Eu amo você. Ele disse. Pronto, estava feito! Qualquer carranca que ainda estava no rosto de Amy se foi e ela ficou de repente vermelha. Não era a primeira vez que Ian dizia aquilo, mas naquele momento pareceu mais intenso. Seus olhos cor de âmbar estavam presos nela e ele não sorria, estava concentrado prestando atenção a cada detalhe dela, cada marquinha na pele, cada fio de cabelo vermelho, cada movimento de sua respiração.
Como pude ser tão burro no passado? Ian se repreendeu. Não importasse quantas mulheres existisse no mundo, ele já tinha a sua.
Amy sorriu e Ian não pôde não sorrir também. Ele se aproximou e a beijou. Suas mãos escaldantes a segurava pelo pescoço e ele conseguia sentir a pulsão de Amy aumentar.
Amy por sua vez, teve que controlar o impulso de se levantar e pular de alegria dentro do avião.
Ian se afastou primeiro e Amy riu.
- Você está com o seu sorriso bobo de novo! Ela falou.
- Eu sou um bobo! Ian retrucou e então beijou a bochecha vermelha e quente dela.
Amy sabia muito bem que tinha pouco tempo para rir e aproveitar de Ian antes que eles desembarcassem na Alemanha, por isso ela soltou o cinto de segurança e se aproximou mais dele.
Quando os seus olhos começaram a ficar pesados, Amy puxou os pés para cima da poltrona e se acomodou melhor no peito de Ian. Estava quase dormindo quando ouviu uma conversa sussurrada:
- Pode pegar para mim um dos edredons? A voz era de Ian. Hum, por favor.
- Claro! Disse uma voz feminina. Ela parecia animada demais com o fato de estar fazendo alguma coisa para Ian. Com os olhos fechados, Amy não podia ver o rosto dela, mas tinha certeza que ela estava sorrindo. Aqui. Se precisar de mim é só me chamar.
Ian rasgou alguma coisa, como um saco plástico e abriu o edredom. Amy já estava sendo levada pelo sono, mas pôde sentir o tecido a cobrindo.
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Sinead saiu do banheiro do restaurante. Ela não tinha dirigido nem uma hora quando os enjoos voltaram e ela e Hamilton tiveram que parar em um restaurante na beira da estrada. Ela não vomitou, mas seu estomago ainda estava embrulhado, porém ela tinha tomado uma decisão: iria contar a verdade.
- Está melhor? Perguntou Hamilton. Ele estava encostado no carro e observou a namorada com um olhar preocupado.
- Precisamos conversar. Sinead falou. Seu rosto estava tão sério que Hamilton ficou ainda mais preocupado. Ele segurou o rosto dela com as mãos.
- O que aconteceu? Você está doente? Teve alergia a alguma coisa? Ele não sabia por que perguntou aquilo, mas, ás vezes Reagan e Madison tinham crises alérgicas. O que está acontecendo?
Sinead andou até a caçamba da picape e a abriu. Ela sentou e puxou Hamilton para que ele sentasse na frente dela.
- Aconteceu sim uma coisa. Ela começou e então olhou para as suas mãos enlaçadas nas de Ham e suspirou, com medo da forma com que ele fosse reagir. Eu não sei nem como te dizer isso. Ninguém sabe e eu pretendia te contar em lugar melhor do que na traseira de um carro perdida no meio de uma estrada sem fim e eu sei que eu devia ter contado assim que descobrir, mas estava assustada demais para isso. Ela parou e tomou fôlego. Ham, o que eu estou querendo dizer é que... Eu estou grávida.
Sinead sorriu tentando fazer Hamilton sorrir também, mas ele continuou parado, em silêncio. Seu rosto não demonstrava nada, nem raiva, nem surpresa, nem felicidade.
- Eu sei que a gente é muito jovem! Ela começou, sem aguentar o silêncio. Só temos 18 anos e eu sei como é difí...
- Eu vou ser pai? Cortou Hamilton. Ele quase não abriu a boca para falar. Ele não piscava. Não demonstrava nenhuma reação. Nada!
Sinead assentiu com a cabeça. Agora ela estava realmente assustada. Nunca tinha esperado uma reação tão... tão sem reação como aquela!
De repente, os olhos azuis de Hamilton se arregalaram e ele gritou em plenos pulmões:
- Eu vou ser pai? O loiro abriu o maior sorriso que alguém já viu e ficou de pé num pulo, puxando Sinead junto. Ele a ergueu pela cintura e eles giraram pelo estacionamento. EU VOU SER PAI!
Sinead gargalhou alto enquanto girava no ar. Todo o peso que estava carregando se dissipou.
- Ham, eu vou enjoar de novo de tanto girar! Ela quase não conseguiu falar de tanto que ria.
Hamilton imediatamente a colocou no chão.
- Desculpa, é que eu ainda não estou acreditando! Eu? Pai? Ele tinha um sorriso imenso, como o de uma criança quando ganha o brinquedo de seus sonhos. PAI!
Ele puxou Sinead e a beijou intensamente. Ela estava carregada de uma energia boa que nada poderia fazê-la parar de sorrir pelo resto do dia.
- Eu te amo! Hamilton disse. Amo demais.
- Também te amo. Ela confessou para o mundo. Sinead tinha que admitir que nunca tinha se imaginado com um Tomas, principalmente com um Holt. Nunca poderia imaginar que seria tão feliz.
- Por que você não me contou antes? Ele perguntou. A gente tinha que ter trazido mais coisas para você! Grávidas comem mais, não é? Ou são quando as pessoas estão nervosas? Esqueci. Ele andou até a sacola de comida que eles tinham trazido de casa e começou a revirar a sacola. Você precisa se cuidar! Nada de sol. Você tem que ficar deitada. Nada de esforç...
Sinead o calou com um beijo.
- Estou grávida, Ham, não morta! Ela riu e ele suspirou.
- Eu estou nervoso. Ele ergueu uma mão. Ela tremia.
Sinead riu ainda mais.
- Já estou melhor, é melhor eu dirigir! Ela tentou pegar as chaves de Hamilton, mas ele ergueu o braço e as tirou do alcance dela.
- Nem pensar!Eu que dirijo!
Sinead revirou os olhos, mas sentou no banco dos passageiros assim mesmo. Ham deu partida e o carro entro na estrada novamente.
Esse é o dia mais feliz da minha vida! Sinead pensou.
Ela não fazia ideia de como estava errada!


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Notas finais do capítulo

E ai, mereço comentários pelo menos?
Preciso de ideias para o resgate de Dan e Natalie, que quiser pode me ajudar!!!
Bjinhos sangrentos...