Memória Perdida escrita por Katherine Madalene


Capítulo 19
Capítulo 18 Novo Futuro


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiii!!!!
Minhas leitoras lindas me disseram que a fic estava boa, então resolvi postar dois capitulos em um dia só!!!
Espero uma quinta recomendação!!!
LEITORAS FANTASMAS DO MEU CORAÇÃO: MANDEM UM "OI"
Bjinhos sangrentos...



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Hamilton arregalou os olhos diante da notícia.

- VOCÊ O QUÊ? – Ele gritou para Sinead e então se levantou, arrastando a cadeira pelo piso do belíssimo restaurante.

Sinead se encolheu. Hamilton estava com muita raiva. Talvez isso mudasse quando a notícia se acomodasse em sua mente, mas Sinead duvidava que isso fosse acontecer. Ela sabia desde o começo que Hamilton não iria acatar a notícia.

Ela mesma não conseguia acreditar no que estava acontecendo.

- Você acha isso normal? – Hamilton berrou, atraindo a atenção de todos que estavam no restaurante. – Você acha mesmo que a gente tem alguma chance depois disso?

A voz de Hamilton ficava cada vez mais forte e ecoava por todos os lados como se dezenas de Hamiltons gritassem juntos.

- Podemos enfrentar isso juntos! – Sinead sussurrou, as lágrimas escorrendo.

- Eu não quis isso! Nunca quis! – Hamilton berrou e então jogou a mesa do restaurante para o lado. O vidro se estilhaçou no chão de madeira. – Nunca!

Nunca...                                                                            

PRIMM...

Nunca...

PRIMM...

O som do telefone tocando tirou Sinead do se pesadelo. Ela tinha cochilado no sofá enquanto esperava os outros voltarem. Ela suava e demorou alguns segundos para retomar os pensamentos.

PRIMM...

Sinead agarrou o telefone.

- Alô?

Ela escutou o que Hamilton dizia. Sua voz era calma e triste, bem diferente da voz que ela escutara no sonho.

Mas é claro que ele não sabe de nada. Ela pensou. Talvez ele se torne o mesmo monstro quando descobrir a verdade...

- O quê? – Sinead gritou, agarrando com mais força o telefone. Ela não tinha escutado direito... Isso mesmo, não era possível que isso estivesse acontecendo...

- Chegamos tarde demais, Si. – A voz de Hamilton estava baixa, como se ele estivesse sussurrando. – Victor salvou Amy, mas não conseguiu se salvar. Eu dei um remédio para Amy e ela está dormindo agora. Si, por favor, você conseguiria avisar os pais de Victor?

 Sinead resmungou algumas coisas para Hamilton e desligou. Seu coração estava pesado e ela começou a chorar loucamente. Mais uma vitima. Mais um Cahill que viraria pó embaixo da terra. Já não bastava tudo que eles já tinham passado? Amy sem memória? Dan e Natalie desaparecidos? E agora mais esse baque...

Sinead chorou por longos minutos, os pensamentos iam e voltavam. Ted e Ned estavam correndo perigo no Egito? E Reagan e Madison, estariam seguras?

Não! Os Vesper não podem vencer. Não podem descobrir os segredos dos Cahill!

Vocês não vão vencer! Vocês não vão tirar mais ninguém que eu amo de perto de mim. Ela pensou, agarrando o tecido do sofá. Eu não vou permitir que o meu bebê nasça em um mundo onde os Vesper existam!

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Jonah puxou um pouco mais o capuz que cobria o seu rosto. Cada segundo naquele aeroporto parecia horas para passar.

Nellie estava chegando...

O coração do astro do hip-hop batia descompensadamente e parecia querer pular do seu peito. Ainda era difícil acreditar que ela estava viva e que chegaria em poucos minutos.

Jonah lembrou como custou a assumir para si mesmo que estava apaixonado. Era um sentimento novo, que ele nunca experimentara, e que ele nunca pesou que um dia experimentaria por uma au pair punk.

Foi nesse segundo que as portas do desembarque se abriram. As primeiras pessoas eram as da primeira classe. Algumas sorriam e corriam para os braços de seus familiares, outras apenas passavam direto e iam pegar um trem ou um táxi para irem para as suas casas.

Para Jonah, cada pessoa que aparecia significava uma pessoa a menos para a chegada de Nellie. O caminho tinha sido longo: um avião do Chile para Natal, no Brasil e depois um de Natal para Lisboa. E agora o voo de Lisboa estava desembarcando na Suíça.

Mais pessoas surgiram e as mãos do hip-hop começaram a tremer. Ele nem sabia como ainda estava conseguindo ficar de pé...

Seu coração parou de bater.

Nellie surgiu, seguida por um homem alto e musculoso, que carregava apenas duas mochilas em seus ombros largos. O cabelo multicolorido estava bagunçado e ela se apoiava em uma muleta.

Nellie parou quando viu a figura encapuzada. Eles se encararam por certo tempo antes que ela tomasse um impulso e saísse correndo.

 Ela caiu nos braços de Jonah e ele escorregou. A junção dos dois corpos desabou no chão com um baque que chamou a atenção de algumas pessoas.

Jonah segurou o rosto de Nellie entre as mãos.

- Você morreu. – Ele a puxou para um abraço, sem se importar em estar deitado no chão sujo de um aeroporto. – Eu achei que tinha te perdido para sempre!

Ela o observou por alguns minutos, admirando aquela pele escura, aqueles olhos quase pretos que derramavam lágrimas.

- E eu teria realmente morrido se não fosse por Rick. – Ela apontou para o homem musculoso que observava a cena a alguns metros de distância. Ele parecia triste. Ou melhor, triste não parecia a palavra certa para descrevê-lo. Rick parecia enciumado. – Eu podia estar morta de verdade, Jonah. Eu achei realmente que iria morrer. Que nunca mais ia...

Que nunca mais ia te ver. Ela não completou com palavras porque as lágrimas impediram. Nellie apenas desceu os lábios e beijou Jonah. Um beijo longo e apaixonado.

Foi apenas naquele momento que Nellie abriu de uma vez por todas o seu coração. Foi naquele momento que ela aceitou que estava totalmente apaixonada por Jonah.

O problema era: ela não podia simplesmente dizer que não sentia nada por Rodrick Donam. Estaria mentindo se dissesse que não sentiu nada com o beijo que ele lhe dera no dia anterior.

Nellie sabia que não poderia ter os dois.

Ela afastou esses pensamentos e apenas continuou a beijar o seu astro do hip-hop, lançando no beijo todas as dores e angustias que tinha passado no tempo que ficou separada dele.

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Damien Vesper bateu o punho fechado com força encima da mesa de madeira que estava diante de si. A tela do computador oscilou um pouco,

- Uma ratinha Cahill conseguiu derrubar seis de nossos homens?! SEIS! – Ele berrou.

Bruno sequer piscou. Não estava com medo, afinal todos os seus companheiros de missão estavam desmaiados quando ele libertou a menina Cahill.

Ser Vesper não era o seu plano para o futuro. Aos dezenove anos, Bruno queria apenas estar em uma faculdade, estudando para se tornar um bom médico e conseguir salvar vidas. Mas ao invés disso, ele estava dentro daquela organização secreta. Ele era filho de um assassino de aluguel e de uma agente Vesper. Quando sua mãe engravidou dele, seu pai também entrou para a organização e eles se tornaram um dos casais mais admirados pelos demais membros do grupo.

Quando completou dez anos, Bruno começou o seu treinamento para se tornar um agente Vesper.

- INCOMPETENTES! – Gemeu Damien. Ele saiu de trás de sua escrivaninha e observou os seus seis agentes, enfileirados, um ao lado do outro. – Vocês seis estarão suspensos nas próximas missões e serão obrigados a treinar durante seis horas seguidas todos os dias!

- Sim, senhor! – Disseram, juntos, Bruno e seus companheiros de missão.

- Estão dispensados. – Disse Damien, mas, quando todos já estavam saindo da sala, ele mudou de ideia. – Bruno, gostaria de falar a sós com você.

O coração do garoto gelou. Ele deu meia-volta e parou diante de Damien.

- Sim, senhor.

- Acredito que você tenha sido o mais competente entre os que participaram dessa missão. – Disse o líder dos Vesper. – Por você ser filho de dois dos meus mais importantes agentes, eu vou envia-lo para o cativeiro do menino Cahill. Os demais chegaram em breve, tenho certeza.

- E quanto ao senhor. – Bruno resolveu arriscar um pouco.

- Viajarei para a Índia, visitar um antigo amigo, retornarei em breve. – Ele fez um gesto com a mão. – Pode ir.

Bruno fez um leve gesto com a cabeça e saiu do escritório de Damien. Seus pés pareciam flutuar enquanto ele caminhava pelos corredores da base Vesper da França. A pouca dor de cabeça que ainda restava do veneno do dardo que ele tinha enfiado em seu próprio braço tinha sumido e Bruno apenas repetia os versos de um poema que ele decorara quando ainda era um garotinho...

Cinco, cinco zero, zero do mar

Na pedra repousa

Aos raios do sol poente

Entre o frio europeu

No sul, quase África

Espelho, espelho seu...


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Notas finais do capítulo

O capitulo foi fraco, mas a Nellie voltou, gente!!!!! :D
E vocês descobriram o segredo da Sinead...
GENTE, EU TENHO UMA PERGUNTA MUITO IMPORTANTE: EU ESTAVA PENSANDO EM COLOCAR KURT NA HISTÓRIA, QUEM ACHA QUE ISSO IA FICAR LEGAL?
OUTRA COISA: EU TAMBÉM ESTAVA PENSANDO EM ENROLAR UM POUCO O ROMANCE DANATALIE COLOCANDO UM TRIANGULO AMOROSO COM REAGAN, O QUE VOCÊS ACHAM????
Bjinhos sangrentos... e amo vocês...