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Reborn,um nome estranho para um assassino, sem dúvidas. Mas era esse homem ,que possuía tal nome estranho ,o hitman mais temido da Itália, talvez até do mundo. Sangue manchava seu rosto, o sangue asqueroso que pertencia a sua última “vítima” a quem acabara de matar, ainda estava com a arma na mão quando saiu da mansão agora em chamas.

Vagamente lembrava as palavras da mulher que matou, sorriu em escárnio. “Você nunca verá o céu.” como se ela fosse ver, aliás para o ele algo como o “céu “ ou o 'inferno” eram conceitos fantasiosos demais. Se encostou em uma árvore, fechando os olhos momentaneamente.
 

“O céu não existe. Anjos não existem.“ Murmurou, perdido em devaneios. “E mesmo se existisse , não há dúvidas que eu jamais alcançaria nenhum dos dois.” Limpou o sangue de seu rosto.

“Porquê pensa assim?” Abriu os olhos se deparando com uma criança, não, um adolescente parado a sua frente. (Quando ele tinha se aproximado?). Os olhos negros encararam fixamente os castanhos. Aqueles olhos lembravam caramelo derretido, eram tão expressivos mostravam toda a ingenuidade que o garoto possuia.[“ Lindos olhos, dono também” ] Pensou.

“Quem é você?” Apontou a arma que segurava para o menor ,este deu passos para trás,tropeçando em uma pedra e caindo,arregalou os olhos em horror.

“HIIIIIIIIIIE! GOMEN! De-desculpe! O- o que ...e-eu...fi-fiz...?” Gaguejou, tremendo. Reborn sorriu, percebendo a ligeira mudança no idioma. [“Então ele é japonês?! Isso pode ser interessante.”] “E...qual...qual seu nome, senhor?”

“Eu irei perguntar novamente, quem é você?” Falou pausadamente, irritado por não ter sido respondido. Ignorou a pergunta do outro.

“Sa-Sawada Tsunayoshi!” Respondeu rápido, engasgando com as palavras.. O italiano se aproximou,inclinando-se ,levantou o queixo do garoto, encarando-o fixamente.
 

“Tsunayoshi.” Repetiu, viu quando Sawada ficou arrepiado ao escutar sua voz, algo dentro dele se agitou. “De onde és?” Perguntou ,dessa vez ,falando em japonês.

“Namimori.” Os rostos estavam próximos, quase ameaçadoramente. Os olhos negros como azeviche pareciam hipnotizar Tsuna, fazendo-o responder as perguntas de um estranho sem problemas. “Ja-Japão.” [“Namimori, gravarei esse nome em minha mente.”]

“O que estava fazendo por aqui?” Voltou ao idioma italiano. Se aquele menino tivesse ligação com alguma máfia inimiga, ele o mataria ali mesmo. Embora uma pequena voz em sua cabeça disse-lhe que não teria coragem de matar o pirralho, o que era estranho.

“A-a casa de campo do me-meu pai fica por aqui..” Explicou, envergonhado. “Eu estava andando por aí quando escutei gritos ,por curiosidade vim até aqui e te encontrei.”O mais velho não escutou tudo, estava concentrado na primeira coisa que Tsunayoshi disse. Casa de campo? Mas as únicas casas de campo que ali existiam pertenciam a Vongola, então o garoto era filho de algum aliado?! Pelo jeito sim. Quase suspirou de contentamento por não ter que matar um anjo como aquele. Anjo?Realmente pensara em Sawada como um anjo?

“Interessante.” Comentou casualmente, aquela fala teve sentindo ambíguo para Reborn.

Observou atentamente a criança, os cabelos castanhos, os olhos cor de caramelo, os lábios trêmulos e vermelhos, o suave rubor que adornava suas bochechas . Parecia um anjo, tinha uma aura inocente e pura. Definitivamente parecia um anjo. O assassino se afastou,oferecendo uma mão para o japonês que tão logo a agarrou ,foi puxado para perto do adulto,levantando-se bruscamente. Os dois estavam perto demais, a ponto do seu rosto ficar prensado contra o peito do homem de terno, Tsuna inspirou o perfume cítrico do hitman, corando ainda mais.

“Você acredita em anjos, Tsunayoshi?” A pergunta pegou o jovem de surpresa, olhou para cima, encarando novamente os olhos escuros.

“A-Ah...e-eu...acredito em anjos.” Parecia hesitante ao falar aquilo, quase como se estivesse com medo do que aconteceria se mentisse. O homem de chapéu sorriu enigmaticamente e antes que pudesse ter qualquer reação, Reborn o beijou ferozmente. Agarrou os cabelos castanhos, que se mostraram totalmente sedosos e macios, aprofundando o beijo. Vagamente escutou algumas reclamações vindas do adolescente e sentiu ele se contorcendo em seus braços, porém não se importava ,queria sentir aqueles lábios o tanto quanto podia. Ao se separarem ,acariciou o rosto vermelho de Tsuna e sorrindo ,prometeu.

“Nos veremos em breve, Tenshi.” Depois disso desapareceu, deixando um atordoado Sawada Tsunayoshi para trás. “Ah, meu nome é Reborn.” Tinha sussurrado na orelha dele antes de desaparecer.

“A-até breve.” Falou para o vento.” Reborn.”

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5 meses depois.
Namimori, Japão.
00:05 Da manhã.

“Nos encontramos novamente, meu querido Tenshi.” Tsuna caiu da cama, assustando. Encarou desesperado o homem tão familiar que estava ajoelhado ao seu lado.
 

“RE-REBORN?!” Gritou, exasperado. O Hitman sorriu e puxou o menor para perto, beijando-o. O menor passou as mãos por volta do pescoço de Reborn, arranhando de leve sem perceber, excitando o outro. “Co-como descobriu onde eu morava?” Rompeu o beijo apaixonado, as mãos , agora, nos ombros do maior, apertando o tecido do terno.

“Tenho meus meios.” Respondeu simplesmente, voltando a beijar Sawada. “Além disso, eu prometi a você que iria te encontrar, certo?”

Uma coisa era certa, não chegava a acreditar em “céu” e “inferno”, porém ao ter Tsunayoshi em seus braços ,Reborn poderia dizer que em anjos ,pelo menos, ele acreditava.

Fim.