– Tomara que ninguém nos ache aqui.

Sara disse sentando entre as pernas de Grissom, e encostando sua cabeça no peito, fazendo ele acariciar seus cabelos, estavam agora sentados na grama do maravilhoso jardim do hotel em que foram premiados como melhores CSI da América Latina. Todos os CSIs estavam lá, mas eles deram uma escapada.

Grissom estava escorado em uma árvore, embalando Sara em seus braços, como uma criança.

– Estamos escondidos demais para nos encontrar.

Ficaram em silêncio por uns instantes. Olhando aquela linda lua cheia que somente ela os dava luz naquele momento. A presença um do outro era tão prazerosa, que não precisavam dizer nada. Bastava apenas ficarem juntos, interligados, unidos, e tudo ficaria bem.

– Gil? – Sara falou.

– Oi meu bem.

– Você tá vendo que linda é a lua? Meu pai me comparava com ela. Dizia que eu tinha um brilho nos olhos mais poderoso do que o brilho da lua.

Grissom se emocionou.

– Você realmente tem um brilho no olhar. – Disse encarando a lua.

– Obrigada. E os seus... Ah! Os seus tem a mesma doçura da água, a mesma cor ofuscante... O mesmo tom. Seus olhos são perfeitos, querido.

– Assim vou ficar com vergonha.

Sara sorriu e se virou um pouco, para ficar de frente para ele, com a intenção de beijá-lo. Mas antes...

– Griss... Posso te contar um sonho?

– Claro. Você tem um sonho é? Quer que eu conte um meu também? 

– Claro. Vai... Então conta você primeiro. – Disse ansiosa.

– Ok... Bom, meu sonho é estar no altar da igreja, vindo você chegar de véu e grinalda, e dizendo sim quando eu dissesse “Me aceita como seu legítimo esposo?”. – Sorriu lindamente, mostrando a sua felicidade.

– Isso é uma proposta? – Disse o olhando, eufórica.

– Você aceitaria? Se um dia eu te pedisse oficialmente?

– Claro que sim. Mas por enquanto não, está cedo. Não quero sair do turno da noite. – Disse acariciando sua barba. – Então amor, não é um pedido oficial, mas vou considerar como um de nossos planos.

– Pode considerar. É um dos meus maiores sonhos. Mas não é o principal. Depois eu te conto. Mas anda... Conte-me o seu.

– Certo... Meu sonho é que um dia, quando você chegar do trabalho, eu estar deitada na cama, de Baby Doll e...

– Sara isso já aconteceu várias vezes. E não precisa me contar o que aconteceu depois porque vou ficar excitado. – Disse levantando uma de suas sobrancelhas. Sara gargalhou.

– Não era isso, seu bobo. Posso continuar? – Disse se controlando pra não gargalhar.

– Pode sim.

– Bom, continuando... Era que quando você chegasse, e eu estivesse deitada na cama, eu te chamaria para sentar-se do meu lado e pegaria um parzinho de sapatos e passearia pela minha barriga. Assim...

Sara passeou seus dois dedos pela sua barriga, de uma maneira que parecesse dois pezinhos andando. E Grissom entendeu muito bem.

– Isso... É sério, Sara?

– Sim. Eu quero te dar um filho, meu amor.

Os olhos de Grissom lacrimejaram. Isso foi a melhor coisa que já ouviu na sua vida. Seu sonho, seu principal sonho era esse. E com ela.

– Isso está nos meus planos.

– Eu posso realizar esse sonho pra você. Quer dizer, nós podemos realizar esse sonho para nós dois. Basta querer.

– Sim. Com certeza. Logo depois que nos casarmos a gente encomenda nosso fruto. – Ele acariciou o rosto dela.

– A gente devia fazer mais isso.

– O quê? Encomendar nosso filho?

– Não Griss. Deixa de ser pervertido! – Ele sorriu depois da tapinha que ela deu. – Devíamos planejar nosso futuro. Assim, como agora.

– É, tem razão.

– Mas começando pelo presente.

– Como assim?

– Começando por isso...

Sara o beija. E ele retribui com volúpia. Os seus beijos eram sempre hipnotizantes. Dava aquela vontade de não parar mais. Necessitaram de ar, e desgrudaram seus lábios, mas como de costume, Grissom roçou sua boca na dela, tocando e sentindo as respirações de ambos. Então, sussurrou:

– Eu te amo, Sara.

– Eu também te amo, Grissom.