1942 escrita por GabanaF


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente, como vocês estão? Espero que bem. Enfim, faz meses que eu venho planejando esse AU e hoje, depois de muito tempo escrevendo e reescrevendo os primeiros capítulos, eu finalmente estou postando essa estória.
Esse prólogo é realmente pequeno, e eu lamento por isso, mas é só para fazer uma pequena introdução sobre o que a estória falará e dando uma prévia das intenções das personagens.
Espero que gostem e vejo vocês lá embaixo!



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Quinn Fabray sempre se perguntou se um dia mudaria o mundo. Sempre fora a garota mais impulsiva da classe, sempre questionou os professores, seus pais e o resto do mundo.

Mas, ao chegar aos dezoito anos, percebeu que isso não a ajudaria em nada.

Percebeu que onde morava não era um bom lugar para se questionar. Percebeu que a vida era muito mais que discussões na sala de aula. Se ela não parasse de questionar tudo ao seu redor, seria presa. O pai não dizia o que acontecia com as pessoas que negavam o regime do país, mas Quinn Fabray presumia que não era coisa boa.

E ainda assim, ela queria mudar o mundo. Queria fazer parte dele e queria vivê-lo intensamente.

Seu sonho cresceu quando conheceu Sam Evans. Eles compartilhavam a mesma ganância de mudar o mundo, o mesmo sonho de ver seu país longe do sistema do Führer.

Começaram a mudar o mundo. Em segredo, em cochichos, em reuniões secretas em um pub localizado no centro de Berlim. Meio perigoso, mas Quinn Fabray e Sam Evans eram apaixonados pelo perigo. Começaram a planejar pequenos atos, pequenos ataques ao poder do Führer.

No entanto, o grupo apenas planejou. Nenhum dos planos dava certo. Estavam aterrorizados com a ideia de lutar contra o Reich. Ela jamais esteve com medo do Führer, mas amava Sam e não queria vê-lo sofrer.

Desistiu de seus planos. Por um instante, Quinn desistiu de que queria mudar o mundo, de que queria seu país livre de tal homem. Quinn se perguntava todas as noites por que insistia em planos que nunca funcionariam.

Sempre que duvidava de si, aquela garota vinha à sua mente.

Aquela mesma garota que ela encontrara quatro vezes durante todos esses anos de lutas inúteis contra o Reich até a guerra estourar.

A garota judia.

A garota que Quinn não deveria ajudar.

A garota que ela deveria odiar por que era sua raça que estava destruindo o país.

E Quinn simplesmente não conseguia.

Quinn Fabray sempre se perguntou se um dia mudaria o mundo.

Ao olhar para a garota judia, desesperada, na porta da sua casa numa madrugada fria de 1942, ela teve certeza de que, sim, ela poderia mudar o mundo.


***

Rachel Berry fugia.

Ela sempre fugia, desde que se entendia por gente.

Ser judia naqueles tempos não era a melhor coisa do mundo, mas ela sempre sentiu um orgulho imenso da sua religião.

Ela tinha um melhor amigo antes da guerra. Tinha uma vida, tinha uma mãe e um pai, tinha uma boa condição financeira. Tinha sonhos.

Cantar. Representar. Viver.

Todos os sonhos foram destruídos por causa daquele homem.

Führer. Ditador. Chanceler.

O diabo, ela preferia chamá-lo.

Hitler.

Adolf Hitler.

Rachel o odiava com toda a sua força vital. Era ele que comandava os alemães. A garota sabia que seria questão de tempo até que tudo o que tinha sonhado fosse para os ares. Ela sabia. Sabia e não tinha como fugir daquilo.

Noah dissera que sim. Que poderiam fugir. Ir embora. Estados Unidos. Ou até a Inglaterra. Lá, Rachel poderia cantar. Eles poderiam ter um futuro juntos.

Ela iria com Noah. Iria com ele e seus amigos; iria para os Estados Unidos e iria ser uma grande estrela.

Mas aquela garota parou seus planos.

Não deixou Rachel Berry pensar direito. Não deixou Rachel planejar a fuga com Noah. Não deixou Rachel Berry ir embora.

A garota ariana que Rachel deveria odiar tanto quanto Hitler.

Mas não odiava.

Não odiava, mas odiava o fato de ter ficado na Alemanha para ter uma chance e conversar propriamente com ela. Odiava o fato de ter sido capturada por causa daquela garota.

Mas Rachel Berry sabia.

Sabia que aquela garota ariana iria lhe dar abrigo quando finalmente conseguiu fugir do caminhão cheio de judeus mortos de fome naquela madrugada de 1942.

Ela simplesmente sabia.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Essa introdução à personagem da Rachel foi escrito às pressas por que os primeiros capítulos são somente do ponto de vista de Quinn e da sua vida dentro da máquina nazista, mas eu pensei que seria interessante saber um pouco sobre a Rachel antes da Quinn.
Essa fic é praticamente um sonho se tornando realidade. Planejo escrevê-la há quase um ano, mas devido à RAFH e à faculdade, eu nunca conseguia tempo para montar uma estória apropriada. Agora que estou livre das duas obrigações, pensei melhor nos rascunhos que tinha aqui e resolvi publicá-los.
Então gente, o que eu imploro é um feedback de vocês. Por isso, mandem seus comentários dizendo se gostaram ou não dessa pequena introdução, seria de uma grande ajuda para eu continuar escrevendo a fic :)
Beijos para vocês, não se esqueçam dos reviews e vejo vocês na próxima semana (eu espero) com o primeiro capítulo!