You Make Me Glow escrita por lovecarrots


Capítulo 23
Indecifrável é o nosso amor.




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- Um dia ainda vou retribuir esse amor.
EMILY POV
Era segunda de manhã quando papai chegou comigo as pressas na escola. Eu estava cansada, usando uma calça jeans preta e uma blusa de mangas azul. Usando chinelos, só pelo fato de que eu estava morrendo de sono. Minha mochila nas costas, meu copo do Starbucks na mão. Meus olhos estavam praticamente se fechando.
- Querida, já vou indo. ele disse, depois de assinar o documento comprovando que realmente ele havia me deixado na escola. Se cuida. Amanhã de noite vou vir te buscar pra dormir em casa, tudo bem?
- Tudo bem. ele me deu um beijo na testa. Tchau meu bem.
- Tchau, pai. sorri e me encaminhei até meu armário. Coloquei minha mochila lá e peguei meus livros. Aproveitei e mandei uma mensagem pra Claire.
Cheguei, aonde você está? Xx, Emy.
No refeitório, beijão
Ela me respondeu rapidamente. Andei até o refeitório com meu copo de café na mão. Entrei lá e vi todo mundo na mesa, inclusive Bonnie e Brad.
Logo depois do acontecimento no meu quarto, nos falamos todo dia e toda hora. A cada segundo. Por mensagem, pessoalmente, por chamada de vídeo, de qualquer jeito. Estamos juntos, ficando, não sei realmente meu status com Brad, só sei que ele me faz me sentir tão especial que nem sei dizer.
Me aproximei de todos e sentei do lado de Brad e de Libby. Ele me olhou e sorriu, se aproximando e me dando um selinho demorado. Pude perceber que todos pararam pra olhar, pois ninguém do nosso grupo sabia que estávamos juntos.
- Novo casal no pedaço! gritou Hendrix. Felicidades.
- Valeu man disse Brad fazendo um toque esquisito com o Hendrix.
- Felicidades pro casalzinho novo. disse Bonnie. Falsa. Filha de uma puta. Fico muito feliz pelos dois. Realmente gosto de vocês.
- Valeu Bonnie disse Brad, seco. Acabei aqui Emy, quer ir lá fora?
- Sim, vamos lá amor. disse essa palavra sem nem me tocar no que tinha dito. Era esquisito. Brad me olhou e sorriu e todos da mesa fizeram aquele típico hmmmmm casal.
Não tinha olhado para Jackson, mas quando olhei, me arrependi. Ele me olhava com os olhos sem expressão dele e nem o que seus olhos tentavam me dizer. Tentei não pensar nisso, mas não sei... Aquilo realmente me incomodava. Muito. Seus olhos não tinham nem um tipo de emoção, tristeza, ódio, nada.
Me levantei e dei as mãos para o Brad, que sorriu e seguimos para fora do refeitório, juntos. Todos nos olhavam e riam, alguns faziam comentários, e outras me olhavam com desdém. Afinal, a dois meses atrás eu não era ninguém, e nesse pouco tempo, eu já tinha ficado com os dois mais gatos da escola. Eu poderia até me considerar uma vadia, mas qual é!
- É ótimo saber que estamos juntos. disse Brad, enquanto caminhávamos juntos, lado a lado, pelo jardim do colégio.
- Eu sei, é ótimo mesmo. Adoro estar com você. ele me deu um selinho no nariz.
- Adora mesmo? ele disse, me fazendo rir.
- Adoro não. ele fez uma cara confusa. Eu amo, amo, amo estar com você! Você me valoriza, me trata bem, eu nem sei... Eu só sei que quanto estou com você um sentimento maravilhoso cria dentro de mim.
- O Jackson já te proporcionou isso?
- Não vamos falar dele, por favor. coloquei minha mão em sua nuca e o beijei. Ficamos um tempo nos beijando.
Nos separamos e ficamos nos encarando um tempo. Até que ele recebeu uma mensagem do pai, dizendo que estava lá na frente para ter uma conversa. Nos beijamos mais um pouco até que eu soltei ele e deixei ele ir conversar com o pai.
Estava voltando para os corredores com um sorriso bobo no rosto, até que meu braço foi puxado, fui encostada em uma arvore. Achei que fosse Brad de novo, mas não, era o Jackson.
- O que você tá fazendo? perguntei, quase gritando.
- Você pode me escutar? ele me imprensava na parede, como se estivesse me obrigando.
- Jackson, me larga. Agora.
- Não! Não vou enquanto você no me escutar! Você nem sabe o que eu tenho pra dizer, é importante.
- Não, não quero, não me importa em nada o que você tem pra dizer. Me larga. Eu tenho que ir.
Ele respirou fundo, como se estivesse tomando coragem pra continuar falando. Ou recuperando a paciência.
- Porque você tá com ele? ele perguntou. Por que, Emily?
- Eu não te devo explicações da minha vida. Você não faz mais parte dela.
- Faço sim, porra! ele socou a arvore atrás de mim. Por que eu não faço mais, hein? ele chegava mais perto de mim e gritava muito alto. O que me deixou muito assustada. Já sentia meus olhos marejarem. Sabe porque eu faço parte da sua vida? ele perguntou, com a voz mais calma. Porque você é perdidamente, perdidamente apaixonada por mim. Não negue.
Lágrimas incontroláveis começaram a descer pelo meu rosto, ele percebeu, mesmo assim, não me soltou, não fez nada.
- Qual o seu problema, Jackson? perguntei com a voz embargada.
- Meu problema é você. Eu não posso te deixar seguir em frente.
- Você tem prazer de me ver sofrer, não é? Tem prazer de esfregar na minha cara o quanto eu te amo, sendo que eu estou fazendo de tudo pra esquecer esse sentimento inútil. Você está seguindo em frente com ela, porque eu não posso seguir com o Brad? Ele me faz bem, me faz feliz, ele tem tudo que você não tem e não consegue fazer. Acho que isso te irrita. Ele ser tudo o que você não consegue ser. disse tudo aquilo sem pensar. Foi mais um desabafo.
Então, ele me soltou. Me soltou rápido. Eu estava de olhos fechados, mas sentia ele ali somente por sua respiração pesada e ofegante.
- Ele me dá tudo, que você não deu. disse, completando minha fala. Ele me dá valor.
Ele riu.
- Quer saber? Foda-se. Foda-se. Estou pouco me fodendo se ele te trata bem, se ele faz o que for com você. Se ele te dar valor ou não, foda-se também. Só te digo que eu posso querer ser tudo que ele é, mas digo mais: ele que quer ser tudo que eu quero ser. Eu posso ser todas essas merdas, mas ele pausou e riu debochadamente. Você me ama. Me ama tanto, que chega a se odiar por me amar. E é isso que ele quer ter, tudo que eu tenho. Eu tenho você, e tenho o seu amor. Ingênua.
Sem nem pensar, dei um tapa na sua cara com toda a raiva que eu sentia. Aquelas palavras realmente me machucaram. Ele tinha acabado de jogar todas as verdades na minha cara.
- Eu te odeio, Jackson, te odeio! batia com meus punhos fechados em seu peito, mas parecia que meus socos não tinham nenhuma reação nele. Te odeio! eu gritava, chorava a esperneava. Ele não falava nada, nada mesmo. Ele nem tinha razão pra isso. Porque você me faz sofrer desse jeito?
Ele não disse nada. Apenas fez uma coisa. Me abraçou e me beijou carinhosamente. Suas mãos estavam agarrando meu rosto me impedindo de fugir, mas na verdade, eu não faria isso nunca. Apesar de estar traindo o Brad, eu não me lembrava de nada. O beijo dele parecia ser uma droga viciante cada vez que eu experimentava, não conseguia mais parar mas aquilo não deveria estar acontecendo.
Tratei de me separar dele. Empurrei ele pra trás com toda a força. Saí correndo, não queria ver nunca mais seu rosto, aquilo já estava me deixando brava. Saí correndo, e fiquei feliz por ele não vir atrás de mim.
Me sentei em um banco que tinha por ali e fiquei chorando por um tempinho. Até que vi Brad se sentar do meu lado, e me estomago embrulhou.
Eu não queria esconder isso dele. Achava chato. O menino era apaixonado por mim e não merecia isso. Eu apenas respirei fundo, torcendo para que nada de ruim acontecesse.
- O que houve? ele perguntou sério.
- Brad, eu... não sabia de onde tiraria forças pra contar aquilo, mas não podia esconder. Eu beijei o Jackson.
Ele respirou fundo. Eu estava com o rosto entre as pernas, ele estava do meu lado e respirava e inspirava alto.
- Eu sei. Eu vi. ele disse. Ele estava nos seguindo esse tempo todo, e quando percebi que ele estava ali, inventei aquela mensagem de desculpa só pra ver o que ia acontecer.
Fiquei em silencio. Eu não tinha direito nem de ficar brava com ele.
- Mas admito que não estou com raiva. E achei legal ter me contado. Sabia?
- Sério? levantei o rosto, dando um sorriso de canto.
- Eu sei que você ama ele, Emily. Ele é seu amigo, é meu amigo, mas o que eu posso fazer? Espero que esse sentimento passe rápido, mas isso só depende de você.
- Já disse que você é perfeito? perguntei. Eu nem tenho palavras pra dizer o quanto você é perfeito.
- Você quer dar um tempo? ele perguntou.
- Não! Eu não quero! disse chegando perto. Brad, coisas daquele tipo não vão mais acontecer. Eu to eliminando ele da minha vida. Pra sempre. Juro.
- Jura?
- Juro. Juro mesmo.
- Então você aceitaria namorar comigo?
Aquilo me pegou de surpresa. Juro, nunca imaginei que depois de ter chifrado ele, Brad me pediria em namoro.
Mas eu nunca senti tanta certeza de alguma coisa na minha vida. Eu queria aquilo. Eu precisava daquilo. Precisava dele para parar de sentir tudo que eu sinto. Precisava dele. Ele era minha cura.
- Sim, eu quero, eu aceito! ele sorriu e selou nossos lábios em um beijo calmo.
- Eu vou te fazer esquecer tudo. Tudo. ele disse. Me beijou novamente.
Ele iria me fazer esquecer tudo. Tudo. Eu precisava dele e de mais ninguém.


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