Caçadora Das Trevas escrita por L N Oliveira


Capítulo 4
Perseguida.


Notas iniciais do capítulo

Olá como vocês estão? Aqui está mais um capitulo para vocês espero que gostem ;). Qual quer erro me avisem.



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   Qual era o problema dele? Por que não queria lutar? Tentar salvar os outros caçadores? Pensei irritada passando pelo vão da porta. O céu negro cobria todos os pinheiros deixando a floresta mais sombria que já era. A neve fofa fazia meus pés afundarem conforme eu pisava rapidamente. Arranquei parte da minha blusa enrolado no meu braço esquerdo que agora finalmente parava de sangrar.

   Encostei-me na arvore terminado de limpar meus ferimentos. O pano ficou encharcado de sangue em poucos segundos. Continuei minha caminhada ate sair da floresta e chegar à cidade, aquelas palavras em latim martelando em minha cabeça, havia algo nelas que irracionalmente despertava meu interesse. Balancei minha cabeça numa vã tentativa de esquecer o que acontecera horas atrás, eu estava sozinha e teria que encontrar meu pai sozinho.

     Continuei a caminhar pela a calçada lotada de pessoas indo e vindo de Seattle, nenhum deles pareciam me notar estavam ocupados de mais falando com alguém em um telefone ou apenas conversando com um colega do lado. Era bom isso, poderia facilmente me misturar no meio da multidão e “desaparecer” se preciso.

     Senti meu nariz arder rapidamente, o vento gelando e cortante indo e vindo com dificuldade, meus lábios tremiam apesar de saber que já passei por apuros bem piores como esse, ainda assim era difícil se concentrar em qualquer movimento na rua quando se tremia feito uma louca.

       Em meio a tudo aquilo, ouvi passos vindos atrás de mim. O mesmo ritmo sem se perder. Puxei todo o meu cabelo liso e castanho médio meio escuro para frente na intenção de cobrir meu rosto. Comecei a andar mais rápido que eu podia como eu suspeitava os passos pesados atrás de mim aumentaram de ritmo também.  Olhei para trás para ver quem era, mas apenas tive um breve vislumbre preto se escondendo atrás de uma parede, em um prédio próximo de mim, os olhos de meu cintilando por alguns minutos. Aquilo me fez para instantaneamente e apenas encarar a figura sombria.

     Não conseguia enxergar direito, a pouca luz o mantinha escondido por completo, porem por breves segundo pude enxergar as roupas sujas de sangue. O blazer azul escuro totalmente sujo junto com a calça preta e esfarrapada, eram roupas requintadas para ter manchas de sangue, roupas boas de mais para serem de um vampiro! Sem pensar duas vezes marchei em direção da curva que divida a rua em duas grandes partes – ela daria direto à praça central, haveria muitas pessoas ali, era um horário em que alunos estavam voltando da escola, adultos estariam voltando de seu trabalho e jovens da minha idade estariam saindo para mais uma noite agitada, para minha sorte estava “cuspindo” gente de todos os lados.

      Sem me importar corri por entre as pessoas tomando cuidado com minha respiração, para que não lhe chama-se a atenção. Acabei esbarrando em um grupo de rapazes – tinham aproximadamente 20 anos acho – que se encontravam vagando sem rumo. Pude ouvir eles praguejarem alto, porem tinha outra preocupação agora, olhei para minha mão e tinha um pequeno corte. Senti meus olhos se arregalarem, era um truque para me marcarem, o sangue escorria voluntariamente de meu mais novo ferimento.

      Procurei com o olhar o grupo de rapazes, mas eles desapareceram como o vento! Droga! Eu seria a próxima a desaparecer? Pensei com ironia. Eu queria gritar, bater em algo para poder me livrar do peso que a raiva tinha sobre mim, porem nada fiz, apenas continuei a correr. Para despistar os vampiros fiz questão de apertar a maçaneta de uma porta de loja deixando-a marcada pelo meu sangue enquanto eu corria para o lado contrario.

      Escondi-me de trás das escadas de incêndio de um prédio ao lado, antigo como sempre.  Enfaixei minha mão cortada enquanto de ouvidos atentos observava a praça, a movimentação era continua o que dificultava minha visão. No meio das pessoas da praça perdidos entre os olhares de curiosos, os quatro rapazes olhavam a sua volta a minha procura.

     Suspirei baixinho e voltei a andar, ainda encarando os rapazes. Foi quando algo segurou meus braços com força, uma força sobre humana. Senti meu coração gelar, parei de respirar subitamente meus olhos saltando. Podia sentir o toque frio sob minha jaqueta esfarrapada.

      – A onde pensa que vai? – questionou a voz grave atrás de mim. Podia sentir seus lábios frios roçando contra minha orelha. Droga! Pensei com ódio. Dei um solavanco com meu braço me liberando de suas mãos de ferro e joguei meu corpo para trás, dando uma “estrela” e parando de frente para ele. Seus olhos cor de mel gélido me encarando com um olhar sínico.

      Ele avançou em minha direção em meio segundo. Pulei para a esquerda desviando de seu ataque e em seguida pegando uma pequena barra de ferro jogada no chão. Ele avançou em minha direção novamente, pegando o bastão e o segurando contra meu pescoço. Ele forçou a barra contra mim me fazendo ofegar, podia sentir os últimos resquícios de oxigênio se esvaindo pelo meu corpo. Novamente o aperto no meu coração voltou tão forte quanto antes, meu pai precisava de mim!  E iria abandoná-lo.

       Reuni o resto das forças que restavam em mim e com minhas pernas o empurrei para trás. Ele estava desprevenido e caiu no chão.  Sem forças acabei caindo no chão também, bati minha cabeça contra a calçada fria e molhada. Reprimi um grito de dor que percorreu por minha garganta rapidamente. O vampiro me encarou por alguns instantes antes de tentar investir novamente. Rolei o mais rápido que pude desviando de seu ataque.

        Levantei-me o mais rápido possível e peguei a barra novamente dessa vez sendo mais rápida que ele e o atingindo com toda a minha força, ele foi jogado para frente com tudo. Com um movimento rápido alguém segurou meu pescoço com força. Ele não estava sozinho. Passei por de baixo do braço que segurava meu pescoço e com um movimento rápido descartei toda minha força no pescoço da criatura. Vi a cabeça se soltar do corpo em câmera lenta.

         O sangue espirrou em meu rosto novamente, quente e pegajoso se misturando com o meu. O vampiro de olhos de mel encarou o corpo decapitado e depois me olhou, os olhos de repente surpresos. Eu dei o primeiro passo em sua direção furiosa e determinada quando algo me jogou para o lado com uma força bruta incrível. Bati minhas costas contra a parede do prédio ouvindo o estalo assustador do impacto.

        Em meio segundo o vampiro mais seus outros três amigos estavam em minha frente, dois dele seguravam meu braço com força os travado em minhas costas. O terceiro amigo segurava meu rosto para que encarasse o vampiro “líder”, por assim dizer.

         – Você é bem forte para uma humana. – observou ele lançando um breve olhar para o corpo sem cabeça do amigo. Eu ri com cinismo enquanto ele erguia uma sobrancelha confuso. Ele estendeu a mão direito em minha direção na intenção de pegar meu pescoço, mas desviei me debatendo contra seus outros amigos, porem eles apertaram com mais força meu braço fazendo doer, foi inevitável soltar um breve grito de dor. Um dos vampiros que seguravam meu braço riu baixinho.

        Debati-me novamente na vã tentativa de me livrar, mas só jogou mais meu cabelo para frente do meu rosto e nada mais. O vampiro de olhos de mel segurou meu queixo com força me obrigando a encarar seus olhos. Trinquei meus dentes com força, sentindo seu toque frio. Ele arrancou parte de minha jaqueta deixando a mostra meu pescoço junto com a enorme tatuagem. Pude ouvir um breve grunhido vindo de seu peito. Com um golpe bruto ele largou meu rosto com força e encarou seus “amigos”.

            – Ela é uma caçadora. – disse ele entre dentes.

            – E o que vamos fazer com ela? Matá-la? – questionou um dos vampiros atrás de mim.

          – Não tenho uma idéia melhor para essa daí. – resmungou ele sorrindo. – Vamos levá-la ate os outros, eles saberão o que fazer. 

         Senti minha respiração parar e meu coração pulsar o mais rápido que podia martelando contra meu peito freneticamente. Eu fui pega.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam??
Gostaram do capitulo??
Criticas, duvidas, ideias sou toda ouvidos!
Comentem falando o que acharam.
Beijos ate o próximo capitulo.



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