The Century Golden Children escrita por Rin Bloodriver


Capítulo 2
Capítulo 1 Os Irmãos Que Um Dia Foram Separados


Notas iniciais do capítulo

Bem, aqui é onde a história realmente começa, Aproveitem a leitura!



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Thomas H.



– Vamos... – Um garoto de olhos verdes e cabelos loiros deixava para trás um pequeno bar em um beco sujo e mal cheiroso de Oshibana Town.



– Tem certeza de que não é aqui? – Perguntou-lhe um outro garoto de físico trabalhado e aparentemente um pouco mais velho – Quer dizer, você esta tão convicto que acharia pistas do paradeiro dela...

O garoto loiro continuou caminhando, sem responder a pergunta do outro.

– Thomas-sama. - Do topo de um dos prédios, algo parecido com uma cabra de óculos de sol e trajando roupa social, pulara, aterrissando ao lado do segundo garoto – Fiz o que o senhor me pedira. – Thomas parara de caminhar e agora escutava com atenção. Houve um minuto de silêncio que logo foi quebrado pelas palavras do homem-bode – Os precedentes são diversos. Tráfico de escravos esta entre um deles.

– Cara, - O segundo garoto interveio. Parecia um pouco assustado e sua voz soava em um tom receoso – não sei como este seu espírito descobre estas coisas e realmente prefiro continuar sem saber. – Ele fez uma pausa, organizando as ideias na cabeça, e logo prosseguiu – Mas você não acha que esta se envolvendo em coisas que não deveria?

– Caprico esta apenas fazendo o que lhe peço – Começou o loiro. Estava distante parecia não prestar muita atenção no que falava – e sou muito grato por isso. Não apenas a ele, mas a você também, Neji, que vem me acompanhado desde que nós nos conhecemos. Entendo que vocÊ esta um tanto receoso, mas não posso desistir. Não agora.

Neji suspirou, passando a mão pelos cabelos castanhos. Como não houve mais interferência de sua parte, o espírito celestial de capricórnio prosseguiu em seu relato.

– Um navio estará partindo de Red Beach para o arquipélago de Seinjin amanhã à noite.

– Quanto à carga?

– 5 contaniers. A viagem foi autorizada e a carga está registrada como sendo de mantimentos especiais para os desabrigados do arquipélago. Mas na verdade...

– Ele estará traficando escravos. – Interrompeu Neji, pensativo.

– Sim... – Afirmou Thomas - Tudo indica que sua gangue está envolvida no ocorrido de seis anos atrás. – Repetiu mais uma vez aquele dia.

– Mas como poderemos saber se sua irmã esta em Senjin, Thomas-kun? Não podemos nos arriscar a sermos pegos pela guarda real. As ilhas daquele lugar tem servido a 5 anos como abrigo para os infortunados que perderam tudo na guerra. Atualmente é uma das regiões mais vigiadas e seguras de Earthland. Séria possível um criminoso de renome no submundo como ele poder entrar livremente em uma área empestada de soldados imperiais? E se sim, para que ele faria algo assim?

Nem Thomas, muito menos Caprico tentaram contradizê-lo. Os argumentos de Neji haviam sido muito mais que plausíveis. No fundo, o Feiticeiro Celestial sabia que ir até Senjin não iria leva-lo até Lyra, sua doce irmã a tanto desaparecida. Depois do que ocorrera na manhã de seu nono aniversário, a vida dele desmoronou como um rochedo rolando montanha a baixo. Sua mãe ficara muito doente e se não bastasse isso, Fiore passou por uma forte crise econômica o que abalou a renda da Cia. Heartfilia. Em dois anos, foram a falência. Se não bastasse isso, três meses depois o qual Lyra fora sequestrada, a guerra explodira em Earthland. Esta fora a época em que Thomas fora mandado para uma guilda. Como tradição da família, a Fairy Tail o acolheu com muito fervor. Lá treinou e desenvolveu sua magia ao extremo. Havia decidido levar o treinamento com espíritos celestiais a sério. Fez amigos, um deles Neji. A um ano atrás, decidiu, por fim, procurar pelo paradeiro de sua irmã. Com a ajuda dos espíritos e da Aurora Beam – Um dos times mais poderosos dentro da Fairy Tail – Percorreu por vários lugares. Viu coisas horríveis. Genocídios e violência. No início, não conseguia dormir, pensando a respeito de tudo aquilo, mas com o tempo ele começou a acostumar-se. Além do bem de seus companheiros, de sua guilda e sua mãe, Thomas agora só se importava com uma coisa: Achar a irmã. De início, procurou por aqueles que atacaram o que um dia foi sua casa. Acabou descobrindo tratar-se de uma organização secreta chamada “Hand Of Sarrow”, um tipo de Dark Guild de mercenários que fornecem armas e escravos para lutarem na guerra. Percorreram meio mundo atrás do seu mestre, Roan Marllov com a intenção de descobrir o porquê do sequestro e o paradeiro da jovem Heartfilia. Acabaram em Oshibana Town, em um dos centros da guild utilizado como ponte de negociação, disfarçado de um pequeno bar repugnante chamado “The How”.

Thomas sabia que a cada dia que se passava, chegava cada vez mais perto de encontrar sua pequena irmã. Não era agora que desistiria. Não quando estava tão perto. Encheu-se de coragem e encarou Neji.

– Eu vou encontra-la.

Foi tudo o que disse. Seu companheiro o analisou por um instante, antes de dar de ombros.

– Tô nessa. – Disse, abrindo um sorriso aventureiro no rosto.

– Caprico, - Ele voltou-se ao espírito celestial que permanecera calado – encontre Taiki-san e Nana-chan. Informe-os de nossos planos e os avise que se pretendem nos acompanhar, nos encontrem na estação as quinze horas de hoje, por favor.

– Como desejar, Thomas-sama. – Fazendo uma reverência Caprico desapareceu em uma cortina de fumaça, deixando para trás um garoto determinado e seu amigo brutamonte.


***


Lyra H.



– Lyra-san – Emilly batia a sua porta – o mestre quer vê-la.



A garota de longos cachos loiros e olhos verdes não respondeu de imediato, apenas levantou da cadeira de balanço em que estava e foi até o seu pequeno armário. De lá, tirou seu melhor vestido. Tratou de trocar-se o mais rápido que pode. Aquele era um ritual que a garota sempre fazia quando recebia uma convocação do mestre. Depois de verificar-se no grande espelho de seu quarto, tratou de destrancar a porta. Emilly, uma maga de cabelo castanho alaranjado que batiam em seu pescoço, a esperava.

– Ele quer vê-la. – Repetiu, assim que viu a loira. Lyra assentiu e juntas, partiram pelos corredores escuros e úmidos do calabouço.

– O que ele quer desta vez? – Perguntou Lyra, em um tom casual, como se aquilo acontecesse frequentemente.

– O que você acha, queridinha do mestre? – Retrucou Emilly, impaciente. As duas garotas se detestavam. Entre todos os outros magos e os soldados - e inclusive o próprio mestre - a ruiva era quem Lyra mais odiava na face da terra. Tinha que contar mentalmente até vinte para não convocar Andrômeda e parti-la ao meio. Lyra não respondeu, apenas continuaram a andar em silêncio pelas entranhas sinistras do castelo. Quanto mais se aproximavam da sala do mestre, mas o lugar parecia aconchegante e convidativo. Tapeçarias e quadros nas paredes, tapetes e vasos distribuídos uniformemente, estatuetas e diversas outras bugigangas decorativas nas estantes e mesas. Lyra gostava de olhar para elas, pois a faziam lembrar-se de sua antiga vida que levava com a mãe e o irmão na mansão Heartfilia. Na verdade, seu sonho quando criança era poder viver em um castelo como aquele. Ser uma princesa. Hoje, com 15 anos, tudo aquilo mais parecia futilidade. Emilly segurou seu braço com um tanto de força desnecessária. Quando estava prestes a reclamar, a loirinha se deu conta de que não estavam indo para a sala do mestre, estavam adentrando a arena. Ainda em silêncio, continuou andando para o centro em quanto Emilly subia as arquibancadas. Ouviu-se um barulho metálico e na extremidade leste, uma porta se abriu.

“Então é ele que terei de enfrentar...” pensou consigo mesma. O mestre nunca a colocara em um duelo contra outro feiticeiro Celestial daquele nível. Seus adversários geralmente eram derrotados no primeiro golpe ou sua magia não era capaz de suportar ao menos um portão aberto por muito tempo. O garoto aproximou-se a passos lentos. Tirou do pescoço um colar onde uma chave dourada pendia e a estendeu.

– Um espírito celestial. – Disse, ao sussurro. Por mais incrível que pareça, Lyra entendera suas palavras, assentindo com a cabeça – Abro-te, portão de peixes. Pices.

Com um movimento rápido de mão, um circulo mágico surgiu á frente de Kyu e de lá, apareceu o que mais pareciam ser duas enguias gigantes. Uma negra e a outra alva. O espírito celestial de peixes. Sem mais delongas, Pices avançou contra Lyra que parecia não se intimidar pelo tamanho da criatura, desviando de seus golpes com saltos monumentais. Ela não estava preocupada. Kyu poderia ser um adversário poderoso, mas ela era mais. Estava até com pena de chamar um de seus espíritos. Ela estendeu a mão para o céu onde se materializou um cabo dourado. Ainda em meio a dança violenta com Pices, aproximou-se cada vez mais de seu adversário.

– Andrômeda... – Convocou em um sussurro. Um enorme acumulo de energia surgiu na base que carregava consigo onde logo formou-se um chicote que reluzia nas cores do arco-íris – Sinto por isso, Pices.

Suas palavras soaram sinceras. Quando o espírito se aproximou, ela começou a desferir uma saraivada de chicotadas na criatura, que mesmo assim não sedia e voltava a investir contra a garota. Lyra mais parecia a domadora de um circo, ensinando truques a um leão. Mas a realidade não era bem essa. Kyu começava a suar frio. Sua adversária não estava nem ao menos ofegante. Ele se surpreendeu quando algo agarrou seus pés o puxando para cima no mesmo momento em que Pices desmaira. Kyu caiu no chão, seu rosto estava vermelho e não ousava se quer olhar para Lyra.

– Boa batalha... – Disse, a voz começara a falhar. Lyra deu de ombros e, lentamente, como se nada tivesse acontecido, caminhou tranquilamente em direção a arquibancada. Subiu os degraus de pedra para chegar ao topo onde existia o camarote particular do mestre.

– Parabéns, minha menina – Sanshie, um homem jovem de cabelos cor de areia e olhos castanhos mel começou a bater lentas palmas quando viu Layla.

– Mestre... – Ela vez uma leve reverência – Se é só isso, permita-me voltar para meus aposentos.

– Espere, minha flor. Tenho algo a lhe pedir. – Sanshie sorriu. Um sorriso malicioso. – Você tem sido útil para mim todos estes anos, querida flor dourada. E esta na hora de mostrar seu verdadeiro potencial.

– Perdão...?

– Por hora, me espere na entrada principal. Logo menos explicarei o que vos tenho a dizer.

– Sim. Com sua licença...

Lyra não via a hora de se retirar dali. Aquele homem a causava repulsa. Sentia-se um lixo por sempre obedecer a suas ordens, mas isso não iria continuar assim. Eles apenas caminhavam juntos por seus interesses serem os mesmos. A garota sabia que, depois de usa-la, Sanshie se livraria dela em um piscar de olhos, mas ela não permitirá isso. Por hora, ficar quieta era a melhor saída. “Prepare-se, sua hora esta para chegar...” Foi o que pensou, antes de, finalmente, dar-lhe as costas e caminhar em uma marcha fúnebre até seu destino. Mal sabia Lyra que em breve, sua vida sofreria outra guinada e desta vez, podendo custar sua própria vida.


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Notas finais do capítulo

Thanks for Ready, Person! Eai, o que achou até agora? Gostaram do novo lado sombrio de Thomas ou o sorridente garotinho loiro deveria ser como era antigamente? Ih, quem será esse Sanshie e por que todos o chamam de mestre? Onde esta a Lyra e por que, mesmo possuindo tanto poder, ela ainda não tentou voltar para casa? E a luta com Kyu no castelo? Para que Sanshie sempre usa Layra para testar o potencial de outras crianças que usam a magia celestial e por que ela o obedece? E a pergunta que não quer calar: Os dois irmãos ainda vão se reencontrar? IIIH tantas dúvidas que chega dá um nó na cabeça né? rs deixe seu Review e me diga o que você acha a respeito de tudo isso xD See Ya o/