Os Guerreiros De Hades (em hiatus) escrita por Zombie King


Capítulo 8
Capítulo 8- Os escolhidos da missão.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal. Me desculpem pela demora do capítulo, mas vocês não estão comentando, e isso tá me desanimando. Aproveitem o capítulo e não se esqueçam de comentar no final.



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–Edward, você tem o dom da profecia- disse Quíron.

–Dom da profecia? Como assim?- eu estava intrigado, e pela expressão no rosto de Vince, ele também estava.

–Bem, você acabou de recitar a profecia, que pelo que entendi, é a da sua missão.

Fiquei estupefato com aquilo. Eu tinha o dom da profecia e nunca soube disso. Tudo bem que algumas vezes eu adivinhava algumas coisas antes de acontecer, mas eu pensava que era somente coincidência. Mas, que eu me lembre, essa foi a primeira vez que fiz uma profecia completa.

–E esse tipo de dom é comum?- indaguei a Quíron.

–Na verdade não. O único semideus que se tem notícia que teve esse dom, foi um irmão seu.

Seu nome era Fineu, mas ele tinha o péssimo hábito de revelar os segredos dos deuses, e Zeus o "presenteou"-ele fez aspas com os dedos- com a cegueira.

Bem, então é melhor eu escolher bem minhas palavras antes de dizer qualquer coisa.

–Mas, Quíron, não é Apolo que é deus das profecias?- Vince finalmente disse algo.

–Bem lembrado criança- Vince fez careta quando Quíron disse "criança"- Fineu recebeu esse dom de Apolo. Como provavelmente nosso amigo Ed também recebeu.

Certo, se um dia eu encontrar Poseidon (ainda não consigo chamá-lo de "pai") tenho muitas perguntas a fazer, e uma delas é porque Apolo me deu um presente.

–Então, Quíron, tenho a permissão de sair em uma missão?

–Bem, Ed- ele falou pensativo, coçando o queixo- o comum seria uma profecia do nosso oráculo "oficial", mas com uma profecia não se discute, então, sim, vocês podem sair em uma missão para resgatar Peter, Linya e Vicky.

–Como assim "vocês"?- pensei que só eu iria nessa missão, mas eu não havia ouvido a profecia, então ele deve ter algum motivo.

–A profecia foi bem clara quanto ao número de semideuses nessa missão. Serão três. Então, Ed, quem mais vai com você?

–Vince e Nico- falei sem pensar- afinal, as irmãs deles foram sequestradas também.

Vince apresentou um sorriso em seu rosto, que logo foi tomada pela mesma expressão de superioridade de sempre.

–Certo. Então vocês três partem amanhã ao amanhecer. Argos poderá levar vocês até algum lugar não muito distante. Tem noção de onde começar?

–Ainda não. Mas tenho a impressão que Nico sabe.

–Bem, então vejo vocês amanhã. Estão dispensados.

Saímos da Casa Grande, passamos pelo Sr.D que murmurou algo sobre o fim do castigo estar muito longe (?) e fui em direção aos chalés. Vince estava ao meu lado, mas não disse uma palavra o tempo todo.

Chegamos aos chalés.

–Vou pro meu chalé pra acabar de arrumar minhas coisas- finalmente ele disse algo.

–E eu vou para o meu. Até mais.

–Até mais, primo- ele acenou e foi em direção ao chalé 1.

O que foi aquilo? Ele me chamou de primo!? Tudo bem que nós realmente somos primos, mas essa foi a primeira vez que ele não me chamou de algum nome ofensivo.

Tirei essa ideia da cabeça quando parei em frente ao meu chalé. Pela primeira vez ele me pareceu abandonado. Sem Percy e sem Peter, eu me sentia muito só.

Entrei e senti o cheiro de oceano que sempre me animava, mas que não exerceu nenhum efeito sobre mim essa manhã.

Comecei a pensar sobre o que meu irmão e minha namorada poderiam estar sofrendo a essa hora. E a única coisa que eu queria era resgatá-los e vingá-los. Seja quem for que estivesse fazendo mal a eles, iria se ver comigo.

Me joguei na cama e não quis mais pensar em nada. Deixei para arrumar minhas coisas depois.

E quando percebi, já havia adormecido.

Sonhei novamente com aquele lugar. Peter, Linya e Vicky continuavam amarrados um ao outro. Porém, parecia que o palácio estava menos destruído, e aquele homem continuava sentado no trono menor, e parecia conversar com alguém invisível.

Ele parecia estar amedrontado, e fiquei preocupado com o que poderia amedrontar um homem daquele tamanho.

–Sim pai, o ritual vai ser feito essa noite- ele parou, como se o homem invisível estivesse falando algo- Não, não irei cometer mais erros.

A conversa parecia terminada.

–GUARDAS!!!- ele gritou e os três homens apareceram- preparem os três para o ritual. Ele será feito essa noite.

Olhei novamente para Peter, Linya e Vicky.

–Não se preocupe- Peter apenas mexeu os lábios sem emitir nenhum som- eu tenho um plano.

Acordei assustado. Olhei para o quarto e havia pontos brancos flutuando em frente aos meus olhos. Pisquei até recuperar completamente minha visão. Olhei no meu relógio e já eram 4 da tarde. Não sei como o tempo passa tão rápido assim, e resolvi arrumar minhas coisas.

Peguei uma mochila e coloquei apenas o necessário. Algumas peças de roupa, meu Ipod e alguns pacotes de guloseimas que devo agradecer aos Stoll por arrumarem pra mim. Bem, apenas o necessário.

Minha espada vai comigo no mesmo lugar de sempre: no meu pescoço na forma de um colar, e o escudo no dedo na forma de um anel.

Larguei a mochila em cima da cama e fui falar com Nico sobre a missão.

Saí do chalé e fui surpreendido pela luz do sol. Se Apolo gostava de mim o bastante para me presentear com um dom, não sei por que o sol continua insistir em quase me cegar.

Os campistas estavam em suas atividades comuns. Fui em direção à enfermaria, que foi o caminho que eu mais fiz desde que cheguei do acampamento. Alguns semideuses me cumprimentaram e eu cumprimentei de volta.

Cheguei à porta da enfermaria, parei, respirei fundo e entrei. Exceto por Nico e Percy, nenhum outro campista estava mais internado. Aproveitei que meu irmão estava dormindo, e fui falar com Nico.

Cheguei de frente à cama dele, e ele me olhou com aqueles profundos olhos negros.

–E aí Ed, como vai?- ele perguntou com a voz ainda cansada.

–Vou indo, e você, está melhor?

–Sim, estou bem melhor do que ontem. E acho que até amanhã estarei completamente curado.

–Er... espero que sim, porque amanhã partiremos em uma missão.

–Como assim numa missão?- ele se sentou.

–Recebi uma profecia que diz que três semideuses deverão partir, e eu escolhi você, afinal, sua irmã foi sequestrada- me sentei na cama ao lado.

–Certo, certo. E quem é o outro semideus que vai com a gente?

–É o meu primo Vince.

Nico me olhou friamente.

–Por que ele?-ele cruzou os braços- Porque não escolheu outra pessoa?

–Ué, porque a irmã dele foi sequestrada também e se eu não o escolhesse seria muito injusto.

Nico me olhou novamente com aqueles olhos negros que me faziam lembrar Linya.

–Eu entendo que você tem seus motivos para escolher ele– Nico olhou para o chão- então partiremos amanhã ao amanhecer, certo?

–Sim. E tem mais uma coisa- me sentei ao lado dele- você tem alguma ideia de por onde devemos começar?

Ele levantou a cabeça e olhou para a janela.

–Nico- o chamei- você está bem?

–Sim, tá tudo certo. É só que...-ele ficou pensativo- deixa pra lá.

–Então, você tem alguma ideia de por onde começamos?- indaguei novamente.

–Edward, os caras que levaram minha irmã disseram alguma coisa sobre "reconstruir o palácio". Isso é tudo que eu sei.

–Pra mim isso não significa nada, mas vou ver se acho alguém que pode me ajudar. Te vejo depois. Até mais.

–Até.

Me retirei da enfermaria e já sabia quem eu iria procurar. Pelo que me disseram, ela é a mais inteligente do acampamento inteiro.

Cheguei na porta do chalé 6, que é feito de mármore pálido e branco, ornado com grossas colunas torcidas em tranças. Tem um brilho fraco durante qualquer período do dia e tem uma coruja entalhada na frente, com olhos de ônix.

Bati na porta e um garoto muito parecido com Annabeth abriu.

–Er... A Annabeth está?

O garoto me olhou de cima a baixo.

–Ela não tá aqui agora. Quer deixar recado?- ele disse com um tom meio arrogante, que acho que é comum nos filhos de Atena.

–Se você puder pedir pra ela me procurar, me chamo Edward.

–Certo. Assim que ela chegar eu peço pra ela te procurar.

–Valeu.

Ele mal esperou eu acabar de falar, e fechou a porta na minha cara.

Como não tinha nada mais pra fazer, resolvi dar uma passada nos estábulos para rever Junny, meu amigo pégaso (pra você ver o tanto de amigos que eu tenho).

Cheguei aos estábulos e percebi que os cavalos e os pégasos estavam agitados. Todos falavam coisas ao mesmo tempo. Assim ficava difícil entender.

Achei Junny, e o chamei para um passeio.

–Hey cara, quanto tempo eu não te vejo- ele disse animado, assim que me viu.

–Pois é. É que eu estou tendo alguns probleminhas ultimamente.

–Alguma coisa que eu possa te ajudar?

–Infelizmente não- parei e pensei- mas, pensando bem, acho que pode.

–Como?

–Você pode sair do acampamento?

–Claro que posso. Sou um pégaso livre.

–Então acho que você vai poder me fazer um grande favor se puder me dar algumas caronas em uma missão que vou partir.

–Sim, sim. Posso com certeza. Te ajudar seria uma honra.

–Não preciso de tanta bajulação- comecei a rir- eu não sou isso tudo.

–Você quem sabe, mas pra mim sempre será uma honra ajudar um filho do Lorde Poseidon.

–Junny, você sabe me dizer o porquê de todos nos estábulos estarem tão agitados?

Ele ficou pensativo, olhando para o infinito.

–É que há alguns rumores, sobre a volta de um ser muito poderoso, que poderia significar o fim dos deuses, e o fim da humanidade- ele disse muito preocupado

–E porque então os deuses não tomam uma atitude?

–Porque essa força está muito acima do poder dos deuses. E uma força tão poderosa, que passa despercebida por eles.

Aquilo me pareceu muito confuso. Parecia muito mais um paradoxo.

–Então como vocês sabem disso tudo?

–Porque minha mãe me avisou.

Certo. O pégaso tem uma mãe. Depois disso qualquer coisa que eu escutasse aquele dia não soaria tão estranho quanto aquilo.

–Sua mãe. Ok. E quem é sua mãe?

–Ela pediu pra eu não te contar. Ela quer que você saiba isso futuramente.

Resolvi então mudar de assunto antes que eu começasse a rir dele, e isso não seria legal.

–Então, posso contar com sua ajuda?

–Sim. Sempre que precisar de mim, assovie que chegarei o mais rápido possível.

–Então, te vejo depois.

–Até mais.

–Até.

Me virei e fui seguindo em direção aos chalés. Aquilo tudo era muita informação para um dia só.

No meio do meu caminho de volta, andando distraidamente, esbarrei com ninguém menos que Annabeth.

–Ai! Me desculpe. Eu estava distraído.

–Eu também não te vi- obrigado por dizer que sou invisível- mas, meu irmão me disse que você está me procurando.

–É verdade. Eu preciso da sua ajuda.

–Bem, pode me dizer o que precisa.

–Vamos para um lugar mais calmo. Que tal na praia?

–Vamos.

No caminho para a praia expliquei para ela toda a história do sequestro, dos meus sonhos, sobre o que o Nico disse sobre “reconstruir o palácio” e sobre o que Junny havia me contado. Ela ouviu tudo atentamente. Assim que chegamos à praia, nos jogamos na areia quente, e o sol se pondo ao horizonte. Seria um clima bem romântico, se eu estivesse com a minha namorada.

–Bem Ed- ela disse pensativa. Eu quase podia ouvir as engrenagens que trabalhavam em seu cérebro- Me parece que eles foram levados para o Monte Tam, em São Francisco. Lá é a atual localização do Monte Otris, antigo quartel general dos titãs.

Ela me contou toda história da guerra contra o Titã Cronos (meu avô- que ideia estranha de se pensar), como eles defenderam o monte Olimpo, atualmente localizado no Empire States, e como seu amigo Luke se sacrificou para destuir o titã (mas ainda não consigo gostar dele).

–Que história incrível, Annabeth- ela me olhou com um olhar fuzilante- mas foi uma pena que vocês tiveram que passar por tudo isso.

–Então agora vocês já sabem onde eles estão. Mas ainda tem o resto da profecia, e acho que não poderei ajudar com essa parte.

–Mas a sua ajuda já foi completamente válida. Muito obrigado Annabeth.

–Por nada. Precisando, é só chamar.

Ela se levantou e foi embora. Eu continuei na praia para pensar.

Agora já sabia onde eles estavam. Só resta saber por onde deveríamos começar a procurar o resto da profecia.


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Notas finais do capítulo

Só relembrando pra não se esquecerem de comentar. Não vai doer NADA. huashuashuashuashuashuashuashuashuas


Vou parar a história por aqui por enquanto. Não estou tendo tempo de escrever.