A Nightmare Becomes True escrita por LilyCarstairs


Capítulo 7
Capítulo 7 - Fainting.


Notas iniciais do capítulo

Bom, não tem muito o que falar sobre o capítulo, só que, na minha opinião, ficou estranho. Então, boa leitura! >_<'



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/338331/chapter/7

Eu me iludi achando que não poderia piorar. Por onde começar? Pela parte em que Lívia desmaia ou pela parte em que Susana e Connor começam a brigar no meio da rua? Bom, começou quando Will perguntou o porquê do Travis ter desaparecido. Connor colocou a culpa em Susana e tudo desandou. Socos e chutes para todos os lados. Resolvemos não nos meter. Will, Nico, Lívia e eu assistíamos a tudo. Até que Lívia desmaiou.

Os dois estavam ocupados demais brigando para notar, se afastavam cada vez mais e gritavam de costas para nós. Lívia ficou caída nos braços de Nico, enquanto tentávamos reanima-la. E então a chuva aumentou, uma tempestade.

Quem disse que não poderia ficar pior? Absurdo de vida!

- Lívia! – eu chamava já desesperada. Ela não acordava, mas ela tinha que acordar!

Ela gemeu. Mexeu-se brevemente e ficou parada novamente. Comecei a sacudir seus ombros freneticamente. Will me afastou dela.

- Sum, se controle! – ele repreendeu e voltou para ajuda-la.

Juntos Nico e Will, carregaram Lívia desacordada até os brigões, que só agora notaram. Olharam assustados e pararam com a briga babaca. Fomos até um beco coberto e discutimos no que fazer.

- Devemos leva-la ao hospital? – perguntei.

- Acho que não é seguro. – Nico disse. – Até por que, o que diríamos?

- “Oi, ela desmaiou”? – Will ironizou.

- E acha que vão ajudar crianças esfarrapadas, Senhor Raio de Sol? – Nico debochou.

- Isso não é o momento, seus fracotes. – Susana interrompeu. – Lívia está morrendo, podem, por favor, pararem de idiotices por um momento ou terei que socar seus lindos rostinhos? – ela gritava.

Pelo menos funcionou e eles se calaram. Tentamos reanima-la de todas as maneiras. Ela simplesmente não acordava. Continuamos a discutir o que fazer e resolvemos não leva-la até um hospital, pois levantaria suspeitas. Cuidaríamos dela ali mesmo, o beco até que era agradável: coberto, vazio e limpo.

Quando olhei novamente para Lívia, ela estava pior, sua pele mais pálida, seus lábios racharam e seu cabelo perdia a linda cor. Ninguém entendeu o que acontecia. Por que ela estava ficando assim?

Deitamos sua cabeça na jaqueta que Susana arrumou, e sentamos em volta dela. Susana era a mais abalada, olhava assustada e se balançava de um lado para o outro. Parecia a ponto de chorar.

- Eu não sei o que fazer... Isso não parece normal... – Will falava, analisando-a. Ele é filho de Apolo e é o melhor em medicina daqui. – Parece que ela esta em transe.

Um choque atravessou minha espinha, Lívia me contou que seus sonhos pioraram. Ela estava sonhando? Isso era um sonho? Como eu acordo-a? Já tentamos gritar, sacudir e dar leves tapas em seu rosto. Até jogamos água em seu rosto. Não adiantou. O que deveria acordar uma filha de Afrodite? Coloquei a mão em seu cabelo e puxei um pequeno tufo.

- O que?! – ela exclamou. Seus olhos se abriram rapidamente e ela olhou confusa para nós.

A-há. Sou uma pequena pessoa genial.

- Lívia? – Susana tomou a frente e amparou a amiga, ajudando-a a se sentar.  – O que aconteceu?

- Vocês... Estavam no meu sonho... Minha mãe...  – ela falava devagar, tentando lembrar as palavras. – Algo esta tirando a beleza de minha mãe! – ela exclamou. - É isso que esta acontecendo!

- Como... Como assim? – Susana perguntou cautelosa.

- Uma coisa estava presa ao coração da minha mãe e sugava sua beleza. – Lívia disse. – E novamente a voz metálica citou um traidor entre nós.

Ficamos em silencio. O que dizer? Um olhava pelo canto do olho para o outro, estávamos desconfiando de nossos próprios amigos. Então é isso que acontecem nas missões? Desmaios, traições, fins de amizades, desconfianças? Isso é horrível.

- Vamos deixar a desconfiança de lado e seguir em frente? – Connor perguntou. – Temos uma criança de Hermes e uma deusa pra salvar.

- Connor tem razão. – Nico concordou. – Temos pouco tempo pra discutir isso. Vamos seguir em frente.

Lívia estava bem o suficiente pra andar, então andamos pela cidade. Parara de chover e o Sol voltou. Tudo começou a dar certo, né? Outra ilusão.

Depois de um tempo caminhando, foi a vez de Susana cair. Ela realmente caiu muito feio, de cara no chão. Antes que pudéssemos esboçar qualquer reação ela acordou. Ela levantou com a ajuda de Lívia.

- Susi, o que aconteceu?! - a amiga perguntou.

- Não aconteceu nada, tá bom?! – ela parecia alterada. Seu rosto estava vermelho onde bateu no chão. - Vamos seguir em frente? – ela disse ainda atordoada, e começou a caminhar.

Entreolhamos-nos e voltamos a caminhar. O resto do caminho, Susana foi cabisbaixa. Nenhum de nós chegou perto dela.

Na hora de dormir, tivemos que nos virar em algum lugar. Não achamos um hotel sequer. Outro beco, o mais limpo que conseguimos. Acomodamos-nos da melhor maneira que conseguimos. Sorte que saqueamos uns lençóis no ultimo hotel em que estivemos. Dividi o meu com Connor, dormimos um de costas para o outro a fim de nos esquentar. Cada um contribuiu com o que tinha e podia. Will tinha alguma comida que dividimos. Lívia tinha água. Susana dividiu a defesa, fez os horários em que dormiríamos e armou umas armadilhas contra monstros. Nico nos deu sombras, era engraçado vê-lo manipular as sombras.

Eu e Lívia ficamos com o primeiro turno de vigia. Nenhuma queria dormir. Ela tinha medo de sonhos, e eu não estava com sono e precisava conversar com ela.

- Lívia... – comecei. – Estou desconfiando de uma pessoa.

- Eu também. – ela concordou. – Diga quem é.

- Diga você. – pedi.

- Juntas? – ela sugeriu.

- Nico. – falamos ao mesmo tempo. – Por quê? – perguntamos juntas.

- Você primeiro. – eu falei.

- Eu desconfio de Nico pelo modo como ele manipula as sombras. – ela disse. – Na profecia diz que o semideus a ocultará na névoa, mas pode muito bem se referir as sombras. – ela concluiu.

- Eu também penso isso, mas será que ele seria capaz de algo assim?  - fiz uma pergunta retória. Desnecessária no momento, mas a fiz mesmo assim.

Mais alguns momentos de reflexão e desistimos dessa conversa. Começamos a falar sobre baseball. Eu não sabia que Lívia gostava, mas sim, ela é uma grande fã de baseball. Assim como eu. Discutimos muito sobre isso. A noite inteira. Uma linda conversa. Estou começando a respeitar Lívia. É quase uma pessoa legal, exceto por torcer por outro time que não o meu.

Antes do pôr do sol outra pequena surpresa para nós. Adelaide voltou. Sentou-se perto de nós e disse que deveríamos ir para o oeste da cidade e entrar em algum prédio de nome “Sollodique”, ir até o 4º andar e entrar na 2ª sala a direita. Depois ela simplesmente virou as costas e caminhou para longe do beco.

- Ela... Ela estava no sonho. – Lívia disse depois que Adelaide foi embora.

- O que ela fazia no sonho? – perguntei cautelosa.

Antes dela conseguir responder, os outros acordaram e começou a reclamação de “Por que não me acordou para revezar a vigia?”, mandei todos calarem a boca e pararem de reclamar.

- Bebes chorões que reclamam de tudo. – Lívia comentou baixinho. Concordei com a cabeça e ela soltou um risinho.

Sentamos em um circulo e tomamos um “café-da-manhã”. Não foi grande coisa, mas foi o melhor que conseguimos. Will sentou-se ao meu lado e, desde que essa missão começou conseguimos conversar direito. Ele parecia menos cansado.

- Por que olha para mim como se eu fosse uma criança doente? – ele perguntou. Não notei que olhava fixamente para ele assim.

- Não estou. – neguei e arrumei a franja desgrenhada dele. É incrível que mesmo com o cabelo bagunçado, olheiras e tudo o mais, ele consegue ser lindo.

- Pombinhos, parem. – Nico interrompeu minhas observações sobre o rosto de Will.

Olhei para ele e depois mantive minha atenção em meus dedos. Lívia começou a contar que sabia para onde deveríamos ir e passou as instruções que Adelaide nos deu.

Juntamos nossas coisas e saímos daquele beco. Parecíamos crianças desabrigadas, ninguém daria atenção a nós então. Pedimos informação para qualquer um, e descobrimos que estávamos a apenas dez quadras do destino.

O Sol parecia nos castigar, até Will parecia incomodado com o calor que fazia. O suor começou a escorrer pelo meu pescoço e – por Hermes! – como era incomodo. Já não basta eu estar suja e com cheiro dos becos da cidade grande, agora estou suada.

Depois do que pareceu uma hora inteira caminhando, chegamos ao prédio. Um alto edifício verde escuro, o letreiro com letras elegantes e pretas, as portas de vidro e o jardim do lado de fora tão bem cuidado quanto o chalé de Deméter.

Entramos e nos deparamos com uma filial de uma empresa que fabricava pulôveres. Por que colocariam “Sollodique” no nome de alguma marca? Enfim, antes que pudéssemos subir o elevador, um guarda nos impediu e um questionário começou, estávamos quase sendo expulsos quando Lívia tomou a frente e o convenceu a nos deixar passar.

O elevador era rústico e simples, não era uma musica ambiente que tocava e sim Elvis Presley. Lívia começou a cantarolar a musica. E as portas do elevador se abriram, revelando um corredor iluminado por fortes luzes brancas. Andamos até a segunda porta da direita e abrimos. Todos com “espadas em punho” adentramos a sala.

- Um estoque de pulôveres? – Lívia perguntou. Andou até alguns dos modelos e sorriu. – São lindas. Vou pegar algumas. - e guardou algumas em sua mochila.

Uau, as pessoas estão andando demais comigo e ficando assim. Resolvi pegar uma. Era bonita e eu não tinha, eu não precisava de mais motivo que isso. Por um momento todos começamos a conversar sobre roupas e em como um banho cairia bem, até que ouvimos um barulho.

Olhamos para a direção do barulho, prontos para um combate, mas tudo que encontramos foi um bilhete rosa. Um olhava para o outro, a fim de decidir quem iria até lá pegar o bilhete. Decidi tomar a frente e ler.

O que li me deixou tão confusa que mostrei para os outros. Quem sabe eles não entendem? Nenhum de nós entendeu. O que será que essas palavras queriam dizer? Olhei novamente e reli:

Até aqui vocês chegaram e daqui só passarão quando o maior amor salvar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sobre o Nico manipular as sombras, eu não ligo se é contra as regras, eu quis colocar. ç.ç'
~
E então, curiosos ou entediados? Comente, seus dedos nem vão cair. ç.ç (Reviews, reviews, reviews! q)
~
Até o próximo capítulo. õ/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Nightmare Becomes True" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.