A Nightmare Becomes True escrita por LilyCarstairs


Capítulo 5
Capítulo 5 - The Dreams.


Notas iniciais do capítulo

Acho que o capítulo ficou um pouco mais revelador que os outros, mas fazer o que... Espero que eu tenha conseguido manter o minimo de suspense. Se não consegui, reclamem e me chutem. ç..ç'
Boa leitura, pessoinhas. u_u'



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A manhã veio chuvosa. Eu quase me esqueci de que estava em missão. Dormi realmente bem o resto de tempo que me sobrou, mas foram apenas duas horas. E então me lembrei do bilhete misterioso e o que dizia nele. Como assim “Culpados são inocentes e inocentes te enganam”? Quem é inocente e quem não é? Isso me incomodou durante o banho e quando estávamos discutindo o que fazer.

Resolvemos sair daquele hotel antes que algo acontecesse. Aparentemente Lívia apareceu com o próximo lugar onde deveríamos ir. Talvez ela tenha tido um sonho-guia? Enfim, deveríamos seguir para Arkansas. Demoraríamos horas para chegar lá.

Saímos do hotel, acertando a conta e tudo o mais. Parece que a bagunça da noite anterior foi taxada como “ato de vândalos”, então não tivemos nenhum problema. Nico e eu não contamos a ninguém sobre a harpia, então eles acreditaram no ato dos vândalos.

Nossa van ainda estava lá, parada nos esperando. Os assentos foram divididos como sempre. E assim partimos para outra cidade. Eu estava com o bilhete guardado no bolso da jaqueta. O sono começou a voltar e minha cabeça despencava ocasionalmente para um dos lados. Depois de um tempo, Will ofereceu seu ombro para eu dormir. E dormir foi a pior escolha que eu poderia fazer no momento.

Tive um sonho horrível: Fogo para todos os lados e um barulho de metal, algo sendo arrastado, não pude decifrar o que era. Vi uma pequena agulha perto de meu coração e senti um calor percorrendo meu corpo, logo após veio a sensação de algo sendo arrancado de mim. Eu me sentia fria agora. “Não quer mais ninguém perto de você, a menos que vá usa-lo. Como sempre foi não é?”, disse uma voz, parecia uma gravação da voz de um robô. Extremamente estranha. “O que é isso que está acontecendo?”, uma voz feminina perguntou, e eu soube quem era: Afrodite. Era como se eu estivesse no seu lugar. “Nunca mais...”, a voz repetia.

- Acorde! – alguém me sacudia. Abri os olhos e dei de cara com Will. Parecia preocupado.

- O que foi? – só algum depois tempo notei o que acontecia a minha volta: Lívia suava frio, sendo acalmada por Susana. Nico e Will olhavam assustados para nós duas. E eu, o que dizer? Estava tremendo e suava frio. Mas por quê?

- O que aconteceu? – Susana perguntou para Lívia.

- Eu... Eu tive um sonho. – ela disse. Então ela também? – Minha mãe... Fogo... Não sei explicar...

- E com você Summer, o que aconteceu? – Nico perguntou.

- O mesmo que ela. Afrodite e fogo. – informei. – Mas o que aconteceu enquanto sonhávamos? – perguntei, olhando para Lívia.

- Vocês duas começaram a suar e a gritar, - Susana respondeu. Parecia chocada, realmente assustada. Assim como todos nós. - Algo do tipo “O que é isso?”. Várias vezes, até que acordamos vocês.

Por que sonhamos com a mesma coisa? Por que Afrodite mandou esse sonho para mim também? Não entendo. Lívia é a líder da missão. Ela é a filha de Afrodite aqui. O sonho deveria ser só dela. Por que eu também?

Lívia e eu realmente ficamos atordoadas e nos mantemos acordadas o resto da viagem. Ambas cansadas, mas não arriscaríamos dormir de novo. Foi um sonho muito real. Nico e Will dormiram. Susana tentava ficar acordada.

- PARE! – Lívia gritou, acordando todos. – Venham comigo. – ela gritou.

Entreolhamos-nos e seguimos Lívia pelo acostamento. Ela entrou no matagal que logo virou uma mini-floresta. Seguimos Lívia até encontrarmos quatro pégasos pastando em uma clareira. Quando nos viram, direcionaram seus olhos para nós. Eles batiam os cascos no chão, como se estivessem nos apressando.

- Algo me diz... Que temos ir com eles. – Lívia disse.

- Somos cinco. Eles são quatro. – eu informei o óbvio.

- Susana em um, eu em outro, Summer em outro e Will e Lívia dividem um. – Nico disse. Lívia rapidamente concordou. Susana parecia indiferente e Will olhava para mim.

- Vá. – eu disse e montei o meu pégaso.

Quando levantamos voo, senti o vento acoitar meu rosto. A sensação de voar era boa, muito boa. Quando estabilizei voo com o pégaso, olhei ao redor, procurando meus companheiros de missão. Nico parecia preocupado, olhava para o céu como se esperasse um raio. Era normal, já que era filho de um dos Três Grandes e estava no domínio de Zeus, não no de seu pai, Hades. Susana ainda parecia indiferente. E Lívia se agarrava a Will. Ela o abraçava forte, dava pra notar. Tive vontade de bater nela. E o pior: Ele não tentou afasta-la.

Depois que consegui esquecer um pouco isso, curti  a viagem. Era divertido, afinal. Dava até pra conversarmos uns com os outros lá no Céu. Todos nós conversávamos sobre a missão e coisas relacionadas. Fazíamos planos e especulações. Nico parecia desconfortável com a conversa, o que me lembrou por um momento o bilhete, mas então lembrei que era Nico, e ele não mentiria pra mim. Ou mentiria?

Descemos algumas horas depois, e, para nossa surpresa já estávamos em Arkansas. Voamos alguns estados em apenas horas. Os pégasos pareciam programados para isso. Quando descemos deles, simplesmente levantaram voo novamente, sem nem ao menos demonstrar cansaço. Caminhamos até sairmos da estrada secundária e chegamos a uma cidade, aparentemente uma metrópole. 

- E agora, bela dama? – não pude conter a raiva em minha voz ao falar com Lívia.

Ainda me lembro de seus abraços em Will. Não que ele não estivesse lindo com aquela camiseta verde, aquele suspensório e suas típicas calças pretas, mas enfim, ela não deveria abraçar o namorado dos outros. Ah, caramba, desde quando me tornei psicótica compulsiva ciumenta?

- Acho que deveríamos ter um descanso, mas estamos sem dinheiro. – Susana disse. – Garota de Hermes, arrume algum dinheiro para nós? – ela perguntou.

Susana anda estranhamente normal comigo, nem implica mais como antes, apenas leves comentários. Por quê?

- Claro. – informei. Deixei eles para trás e me infiltrei na cidade.

Caminhei pelas ruas e olhei onde estávamos. Procurei algum rapaz com cara de rico e trombei propositalmente com um deles.

- Me desculpe. – falei.

- Tudo bem. – ele respondeu mal humorado.

Tarde demais, ele perdeu a carteira e nem notou. Caminhei mais algum tempo e abri a carteira. Apenas duzentos dólares. Dá pra viver por um tempinho nessa cidade? Aparentemente não. Então roubei mais algumas carteiras até ter mil dólares.

- Mil dólares? Caramba. – Susana parece impressionada com minha capacidade de furtar rapidamente e por um breve momento me orgulhei.

- Vamos procurar saber onde estamos e nos hospedar em algum lugar, afinal, não precisamos ficar sujos só porque estamos em missão. – Lívia disse.

Um lugar para nos hospedar foi fácil. Lívia simplesmente os convenceu e pronto. Um quarto com cinco camas bem espaçosas. Deitei-me e sem querer, dormi. E a mesma droga de sonho veio.

Dessa vez, eu estava sentada em cima de uma montanha ou algo assim, que se mexia, o que achei estranho. “Solte-me...”, Afrodite repetia. “Não. E com a ajuda naquela missão boba, nada disso acontecerá de novo, Afrodite.”, a voz metálica falou novamente.

- Summer. – alguém me sacudiu. Nico.

- Sonhos de novo. O que está acontecendo comigo? – sentei-me e olhei ao redor. Ninguém estava no quarto além de nós dois.

- Vai ficar tudo bem. – ele disse, com tamanha confiança que me assustei. E me deu um beijo na bochecha. Senti um choque subindo e descendo minha espinha, e senti meu rosto corar. Virei o rosto para o lado.

Ele levantou e saiu do quarto, me deixando sozinha e feliz. Inexplicavelmente feliz.

- Summer, eu tenho que te mostrar algo. – Lívia entrou rápido no quarto e sentou-se a meu lado.

- O que? – perguntei confusa.

Ela tirou um bilhete rosa do bolso da calça. Oh-oh, ela ganhou um também? Abri rapidamente e li:

“Não desista. O elo é forte e você deve seguir seu coração. No final, você é quem escolherá a vitória.”

- Eu também recebi um. – ela informou. – Não entendo.

- Como assim “também”? – perguntei desconfiada.

- Eu vi você lendo um papel rosa. – ela disse. – O que tem nele? – perguntou.

Mostrei meu papel e tentamos entender o porquê disso. Uma coisa eu tenho que admitir: Lívia até que é inteligente. Nenhuma de suas suposições foi boa, mas não foram absurdas. E as minhas, bom, não pareciam verdade. Por que nós duas estávamos tendo os mesmos sonhos e tudo o mais?

Acho que a coisa que mais pensei nesses últimos dias foi: Não entendo. E Isso me deixa chateada, pois odeio não entender algo.

- Será que... – Lívia começou a falar, mas parou quando ouviu a maçaneta da porta girando.

- Sobre o que estão falando? – Susana chegou sorridente. Parecia bem animada agora.

Respondemos ao mesmo tempo. “Nada”. Susana olhou desconfiada e depois foi para sua cama.

- Isso é importante, depois nos falamos. – Lívia falou baixinho, e depois foi até Susana.

Notei que estava sobrando ali, então sai do quarto. Desci as escadas e antes de adentrar o “hall de entrada” do hotel, ouvi algumas vozes falando alto. Nico e Will. Parei e comecei a escutar.

- Porque você abraça outras! – Nico falava. – Não percebe que a Summer está a um fio de te largar? Aceite que perdeu.

- Eu... É mentira, garoto Di Angelo, saia de perto dela! – Will parecia alterado.

Pensei por alguns momentos. Parar a discussão ou não? Dei de ombros, virei as costas e comecei a ouvir o barulho inconfundível de socos. Pensei mais um pouco. Suspirei e continuei a andar para longe deles. Esta na hora deles pararem com isso. Briguinhas idiotas o tempo todo... Babacas.

Estava quase no nosso quarto quando avistei algo que me fez gelar. A senhora dos gatos. Ela acenou para mim e virou o corredor. Corri atrás dela, até conseguir segurar seu braço.

- Ei, o que faz aqui? Por que está nos seguindo? – talvez tenham sido perguntas idiotas.

- Olá, garotinha. – ela respondeu sorridente. Ainda tinha aquele cheiro de comida de gato. – Estou apenas te ajudando, ou quer ficar perdida? – ela era tão simpática que não pude mais ficar desconfiada.

- Como... Como é o seu nome? – perguntei.

- Adelaide. Adelaide Bonfamille. – ela respondeu. Virou a cabeça para os lados e depois sussurrou: - Agora eu tenho que ir, mas veja criança, o tempo esta acabando e o amor acabando. Tem que achar a bela deusa logo, antes de tudo terminar em ódio. – ela colocou a mão em meus olhos e um segundo depois, ela não estava mais lá. Eu estava sozinha no corredor, como uma boba.

O que acabou de acontecer? Por que ela vive aparecendo e fala essas coisas assustadoras e sem nexo? Voltei para o quarto e não encontrei ninguém, caramba, eles andam tanto em missão. Deveríamos estar viajando, afinal, temos pouco tempo.

De repente me senti cansada e resolvi dormir. Outra escolha ruim. Outro sonho.

Eu estava novamente como Afrodite. Caída aos pés de uma sombra. Algo incomodava minha cabeça, como um capacete de metal gelado. “Logo, logo, isso estará acabado. E você só precisará quebrar o coração da pequena garota.”, a voz metálica falou e depois riu alto. “Você não vai conseguir isso”, ela rebateu. “Daqui a poucos dias tudo o que lhe é importante acabará, Afrodite.”, a voz agora parecia rancorosa. Senti algo entrando em minha mente e eu tentava lutar contra isso. Ou melhor, Afrodite tentava lutar.

E então eu acordei com um salto. Depois de alguns segundos percebi o que acabei de sonhar. Alguém tentava acabar com algo que é importante para Afrodite. Essa coisa também tentava controlar sua mente e, tínhamos poucos dias para descobrir onde eles estavam. Mas ainda não fazia muito sentido. Por que alguém faria isso? E quem ajudava-o nessa missão? Qual deles? Nico, Will, Susana ou Lívia?

Olhei ao redor e encontrei todos dormindo, logo após ouvi gritos desesperados vindos do lado de fora, do outro lado da rua. Não sei o que era, mas todos acordaram. Rapidamente pegamos nossas mochilas e corremos para fora do hotel, tínhamos que sair dali bem, bem rápido.


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Notas finais do capítulo

Bom, Arkansas é outro dos 50 estados.
~
Adelaide Bonfamille é aquela madame dos Aristogatas. Seilá, acho que o nome combinou com nossa velinha misteriosa. E eu gostava dos Aristogatas. kk
~
Obrigada a Amanda e a Celine que me ajudaram com sugestões. Sugestões são sempre bem vindas!
~
Espero que tenham gostado. Não seja um leitor fantasma e deixe comentários. u_u'
Até o próximo.



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