Prometes? escrita por Ana Oliveira


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Olhem quem está de volta, tadaaaa :D
Gente linda novo capítulo e tenho que informar com muita pena que as personagens não me pertencem



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Anteriormente:

Kate queria apaziguar a saudade de alguém com quem passara todo o dia, todo o encontro corporal era pouco e o desejo para mais tornava-se loucura, as mãos de Rick viajaram por entre a sua roupa e tocou de leve a pele nua do corpo amado, ela perdeu-se na sensação do calor dos dedos dele na pela e dos pequenos beijos ao longo do pescoço, ambos queriam e precisavam mais mas Rick sempre cavalheiro não deixou. Em breve os pais de Kate encontrar-se-iam no mesmo espaço do que eles e aquela não seria a melhor forma de ser apresentado.

– É melhor pararmos Kate – proclamou Rick afastando-se – em breve os teus pais vão estar em casa e imagina a má impressão que daria encontrarem-nos assim.

Ela notara nele um relance de medo numa expressão de vergonha, na sua imensidão azul dominava a incerteza e preocupação. Kate perdera-se mais uma vez, talvez aquele momento não fosse o suficiente para ele. Uma mão medrosa procurou-o no meio da negra desgraça que se espalhara pela sala e foi neste momento que o grande e escuro sofá mostrou os primeiros sinais do negrume que temia. Que se passa? Parece que nada disto é o bastante para ti? Não serei eu boa o suficiente?!

Ele encolhera-se com a pergunta, a onda de dúvida que a assombrava abalou-o por completo mas nada para ele seria difícil demais, muito menos quando se tratava dela então ele parou-a:

– De onde vem tão absurda ideia Kate? Isto sempre me pareceu tão espontâneo e nunca lhe arranjei explicação, deixei-me levar pela característica de encanto que lhe deste. Afinal porque outro motivo me irias querer aqui hoje? Mas agora, depois de te ter parado neste ponto pergunto-me Kate, não estarás a fazer isto sem qualquer outra vontade, não será o mais ínfimo dos desassossegos que te leva a razão para longe neste momento? – Ela negou com intensidade, não seria por isso. Os seus grandes olhos verdes pararam momentaneamente sobre o tique-taque do relógio, buscara pela sala um sinal de ajuda, um abrigo desesperado. Para todo o ser humano é difícil, abrir o peito e deixar o coração falar, não era o desejo ardente de agradar era sim, o medo terrível de perder. As pernas tremiam como varas fracas ao vento e uma névoa de dor, que lhe ofuscara o horizonte, chegara-lhe aos olhos. Estarei aqui hoje porque tudo se tornou tamanha rotina para ti, porque repentinamente sentiste a imensa vontade de me agradar de me enaltecer entre nós? Ainda sou o mesmo, aquele que te beija delicadamente e que te ama loucamente. Vindo de ti nada nunca vai ser demais para mim.

Kate erguera-se do sofá, precisava crescer, parar de sentir-se uma pequena formiga aos seus pés, eles eram mais do que isso.

– Estarmos aqui não é um erro – Kate exclamara com veemência - dar este passo muito menos, qualquer um destes. Não é por quere provar-te que realmente é diferente agora que torna tudo isto um erro, sou quem decide quando como e porquê, pelo menos da minha parte, desculpa se esperei não encontrar oposição desse lado!

– Não se trata de oposição Kate, sou quem assume o peso na consciência.

– A pena queres dizer, és tu que vais assumir a triste e penosa versão em relação a mim quando já não for mais assim, quando já não chegar o pouco que tenho para dar, quando perceberes que qualquer uma das barbies que te rodeia serve para ocupar o meu espaço – O rapaz sentiu que lhe foram apagados meses da vida, não conhecia, naquele momento, a jovem que o confrontava, os seus lindos olhos já nem mais lhe pareciam verdes, agora escuros carregados de mágoa e raiva olhavam-no com coragem, desafiavam-no para um duelo no qual não queria entrar.

– Sabes Kate – Rick começou suavemente – sempre pensei que não chegaríamos a este ponto, cada um de nós necessita um momento do qual não tenha que partilhar o ar, onde podemos pensar calmamente.

Toda a raiva e mágoa se dissiparam dela, evaporara-se todos os maus desejos que tinha para ele como a água evapora de uma simples toalha ao sol num dia de verão, ela temeu, queria correr e saltar sobre ele, prende-lo a ela sem hipótese de fuga mas os seus pés não se moviam, ela queria gritar mas a garganta não deixava, ela não queria perde-lo mas o corpo não respondia. Kate queria que fosse diferente, desta vez ela queria ter dado tudo, queria ter privilegiado os sentimentos dele. Todavia o mundo despertou em seu favor, o som da chave na fechadura aqueceu o local, Rick esquecera-se do que o trouxera aqui e quando em pânico olhara para ela desistiu de fugir, os seus olhos brilhavam com lágrimas enquanto imploravam por ele, jamais a poderia magoar. O jovem voltara atrás, sentou-se no sofá e puxou-a levemente com ele, não podia falhar agora.

– Katie! – Johanna Beckett encontrou o casal na sala, com sorrisos nos rostos. O brusco movimento de Kate trouxe Rick para junto das duas mulheres, ela apresentou-os:

– Mãe este é Rick, Rick é a minha mãe Johanna. – Sorriram educadamente e tocaram-se com o leve e habitual “Shake-hands”.

– É um enorme prazer Senhora Beckett!

– Sem formalidades Johanna está ótimo e é bom finalmente conhecer o suposto príncipe encantado de Katie. – Com o “suposto” de Johanna Rick cravou mais fundo os dedos sob a pele de Kate, durante as apresentações o braço do rapaz fugira para encontrar a lateral mais longínqua dela. Dando um ar feliz e apaixonado o casal sentia-se tentado a enfrentar o que estava para vir mesmo sabendo de que fora há poucos minutos que lhes ocorreu a imagem de separação definitiva. Ela desejava apenas pender-se sobre ele, acalma-lo no calor do seu abraço e no carinho dos seus beijos. Seu Rick! Seria ainda assim?


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Notas finais do capítulo

Bem obrigado por lerem e já vos amo por isso, mas era muito bom se me ajudassem a corregir qualquer erro que detetem ou pormenores que gostem mais ou menos. Resumidamente gostava de ter a vossa opinião beijos



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